Aula Psicopatologia 01 Consciencia

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Consciência

Fabiana Kubiak

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Definições de Consciência

1. Definição Neuropsicológica : Nível de consciência - grau


de clareza do sensório
2. Definição psicológica: O todo da vida psíquica
momentânea, tudo o que se toma conhecimento, o que
se sente.
3. Definição ético-filosófica: conhecimento de seus
deveres éticos e de assumir responsabilidades, direitos e
deveres concernentes a essa ética.

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Consciência

 Em Psicopatologia, pode ser encarada sob dois


aspectos:
 Subjetivo: Propriedades do fenômeno por serem
conhecidos do homem.
 Objetivo: Conteúdo refletido na subjetividade sob
forma de percepções, representações e conceitos.
 O mundo exterior alimenta a consciência através dos
sentidos.
 Sensações cenestésicas nos orientam sobre nosso
próprio corpo.

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Consciência

 Propriedades da consciência:
 Continuidade (experiências do passado se juntam às
atuais)
 Mudança constante (tudo se dissolve e se reconstrói)

Papel de coordenação e de síntese da atividade psíquica


 Consciência do eu
 Consciência dos objetos

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Consciência

 Não existem funções intelectuais, afetivas e volitivas


independentes do contexto da vida psíquica.

 Interdependentes e mutuamente influenciáveis.

 Diferentes graus de vigilância denotam diferentes


graduações da consciência.

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Consciência

“Na consciência e na inconsciência não se trata de qualidades absolutas e


modificáveis, senão que constituem os extremos de uma escala de
vivências, dentro da qual podem dar-se conteúdos psíquicos em todas
as gradações de claridade ou de penumbra...” (K.W. Bash, in Paim,
1969).

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Estado ou nível da consciência

 Exame psíquico: estado psíquico total vivenciado no momento.


 Funções psíquicas são interdependentes.

Nível de consciência Atenção

Voltar-se para o objeto Claridade Nitidez

Sensopercepção, pensamento, orientação

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Avaliação da consciência

 Lucidez: o curso psíquico se apresenta ordenado, vinculado a imagens-


alvo, com intencionalidade.

Deve manter:
 orientação;
 capacidade de responder a perguntas;
 capacidade de prestar atenção.

Testar:
 papel branco, fio, globo ocular.

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Redução do nível de
consciência

 Diversas causas, diversas apresentações, pode ser flutuante - “acompanhada”


de rebaixamento no funcionamento do córtex cerebral.
 Esgotamento, intoxicações, infecções.
 Dificuldade na separação entre os níveis:
 1o. Redução dos processos psíquicos;
 2o. Aparecimento de novas vivências: falsas percepções, afetos e vivências
fantásticas, sem relação contígua, ideias delirantes opostas podem se
alternar;
 3o. Incapacidade de se recordar destas experiências.

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Alterações quantitativas

 Obnubilação;

 Sopor;

 Coma;

 Delirium.

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Obnubilação ou turvação

 O paciente pode parecer desperto;


 Lentificação da compreensão;
 Dificuldade de concentração;
 Dificuldade em integrar as informações do ambiente;
 Redução dos processos psíquicos sem que haja aparecimento de novas
vivências.

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Obnubilação

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Sopor

 O paciente só é despertado por estímulo enérgico;


 Maior inibição motora.

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Coma

 Do grego: “sono profundo”;

 O grau mais profundo de rebaixamento da consciência;

 Não há atividade voluntária consciente;

 Preserva funcionamento vegetativo.

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Delirium

 Síndrome confusional aguda;


 Rebaixamento leve a moderado da consciência;
 Desorientação em tempo e espaço;
 Dificuldade de concentração;
 Ansiedade;
 Agitação ou lentificação psicomotora;
 Ilusões ou alucinações, quase sempre visuais;
 Estado onírico: estado semelhante a um sonho, alucinações visuais intensas,
caráter cênico.

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Alterações Qualitativas

 Alterações focais ou do conteúdo da consciência;

 Estreitamento do campo da consciência;

 Focalização com hipervigilância e aumento da luminosidade de certas


vivências;

 Quase sempre há algum grau de rebaixamento do nível de consciência.

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Campo da consciência

Margem

Foco

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Sono

 Sono sincronizado (não-REM): 4 estágios


 Diminuição da atividade simpática e aumento relativo da atividade
parassimpática.

 Sono dessincronizado ou sono REM:


 Instabilidade do SNA;
 Movimentos rápidos dos olhos;
 Contração de grupos musculares;
 Sonhos.

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Estados Intermediários

 Adormecer e Despertar:
 Diminuição gradual do nível de consciência;
 Propensão a falsas-percepções, mesmo em indivíduos normais:
 alucinações hipnopômpicas/ hipnagógicas.

 Sonhos:
 Vivências predominantemente visuais;
 Podem ocorrer sensações olfativas, gustativas, táteis, sensações de
orgasmo.

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Estados Crepusculares

 Estreitamento transitório do campo da consciência com conservação de uma


atividade psicomotora global coordenada, permitindo a realização dos atos
automáticos;

 Memória fragmentada; Surgimento e remissão abruptos e duração variável;

 Aura: precede as crises epilépticas, transição para a inconsciência com


estreitamento da consciência e desaparecimento do mundo exterior. Aumento da
luminosidade de vivências interiores e sensações.

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Alterações da consciência do eu

 Êxtase;
 Transformação do eu;
 Transitivismo;
 Possesão;
 Convicção da inexistência do eu.

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Êxtase

 Sentir-se fora de si, desaparecimento do eu individual, substituído por


uma difusão com o meio.

 Vivenciado em experiência religiosas.

 Acompanhado de alterações corporais: imobilidade, mutismo,


percepção sensorial confusa, movimentos respiratórios e batimentos
cardíacos diminuídos, extremidades frias.

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Transformação do eu

 Sentimento de transformação íntima e interna, metamorfose de


pensamentos e sentimentos.

 Perda da sua própria identidade.

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Exemplo de Transformação do Eu

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Transitivismo

 Sentir-se transformado em outra pessoa.

 Desaparecimento da relação entre o corpo e os objetos do meio


exterior.

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Relato de Transitivismo

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Possessão

 Sentir-se possuído por entidades sobrenaturais. Sentimento de


desdobramento da personalidade e se manifesta no delírio de
possessão.

 Apresenta-se em pessoas religiosas ou não.

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Convicção da inexistência pessoal

 Convicção da inexistência do próprio corpo ou de certos órgãos, ou de


que o enfermo não se encontra vivo.

 Aniquilamento da própria corporalidade.

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Relato de convicção da
inexistência pessoal

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Valor semiológico

 Transtornos mentais sintomáticos (sintomas de quadros clínicos) - Obnubilação/ delirium


acompanham quadros infecciosos e/ou agudos;

 Uso abusivo de álcool – obnubilação acentuada, delirium acompanhado de sintomas


psicóticos;

 Epilepsia – supressão rápida da consciência;

 Esquizofrenia – alterações da consciência do eu;

 Encarceramento – reações vivenciais anormais: obnubilação, desorientação,


intranquilidade.

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Referências bibliográficas

PAIM, I. Curso de Psicopatologia. 11ª Edição. São Paulo: EPU, 1993.

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos


mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

KAPLAN, H.; SADDOCK, B. Compêndio de psiquiatria. 6.ed. Porto Alegre:


Artes Médicas,1993.

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