República Nova (1946-1964)
República Nova (1946-1964)
República Nova (1946-1964)
Nesse ano, Getúlio Vargas foi mais uma vez eleito presidente, desta vez pelo voto
direto. Em seu segundo governo foi criada a Petrobrás, fruto de tendências nacionalistas
que receberam suporte das camadas operárias, dos intelectuais e do movimento
estudantil. Porém, os tempos não eram mais os mesmos, e Getúlio não conseguiu
conduzir tão bem o seu governo. Pressionado por uma série de eventos, em 1954
Getúlio Vargas comete suicídio dentro do Palácio do Catete. Assume o vice-presidente,
João Fernandes Campos Café Filho.
Em 1955, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente e tomou posse em janeiro de 1956,
ainda que tenha enfrentado tentativas de golpe. Seu governo caracterizou-se pelo
chamado desenvolvimentismo, doutrina que se detinha nos avanços técnico-industriais
como suposta evidência de um avanço geral do país. O lema do desenvolvimentismo
sob Juscelino foi 50 anos em 5. Em 1960, Kubitschek inaugurou Brasília, a nova capital
do Brasil.
Em 1963, entretanto, João Goulart recuperou a chefia de governo com o plebiscito que
aprovou a volta do presidencialismo. João Goulart governou até 1 de abril de 1964,
quando se refugiou no Uruguai deposto pelo Golpe Militar de 1964. No seu governo
houve constantes problemas criados pela oposição militar, em parte devido a seu
nacionalismo e posições políticas radicais como a do Slogan "Na lei ou na marra" e
"terra ou morte", em relação à reforma agrária . O maior protesto dos setores
conservadores da sociedade contra seu governo ocorreu nas cidades de São Paulo e Rio
de Janeiro, em 19 de março de 1964, com a chamada Marcha da Família com Deus pela
Liberdade.
O período termina em 31 de março de 1964, com o Golpe Militar de 1964, que depôs o
então presidente eleito democraticamente João Goulart. O governo da época, atordoado
pelas críticas de todos os lados e fustigado pelos problemas econômicos que se
avolumavam, optou pelo apoio das esquerdas. Em 31 de março, à noite, o movimento
militar eclodiu em Belo Horizonte e espalhou-se rapidamente por todo o Brasil,
praticamente sem reação da esquerda. Alguns políticos e líderes críticos ao regime
foram presos ou optaram pelo exílio, como Goulart que exilou-se no Uruguai. Era o
início da ditadura militar no Brasil.
Transição
Os anos de 1945 e 1946 foram marcantes para o Brasil. No curto espaço de tempo entre
a deposição de Getúlio Vargas, a 29 de outubro de 1945, e a promulgação de uma nova
Constituição, em 18 de setembro de 1946, ocorreram fatos decisivos para a evolução de
nosso processo histórico.
No campo político, uma nova ideologia empolgou amplos setores da classe média,
militares, estudantes, profissionais liberais, intelectuais, operários: o nacionalismo, cuja
expressão mais significativa foi a campanha "O petróleo é nosso!" da qual surgiram a lei
do monopólio estatal da prospecção e do refino do petróleo e a criação da Petróleo
Brasileiro S/A (Petrobras), em outubro de 1953.
Porém, Getúlio não conseguiu conduzir tão bem o seu governo. Pressionado por uma
série de eventos, em 1954 Getúlio Vargas comete suicídio dentro do Palácio do Catete.
Seu vice-presidente passou a dirigir o País, João Fernandes Campos Café Filho.
Governo Juscelino Kubitschek (1956–1961)
Em 1955, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente e tomou posse em janeiro de 1956,
ainda que tenha enfrentado tentativas de golpe. Seu governo caracterizou-se pelo
chamado desenvolvimentismo, doutrina que se detinha nos avanços técnico-industriais
como suposta evidência de um avanço geral do país. O lema do "desenvolvimentismo"
sob Juscelino foi 50 anos em 5. Em 1960, Kubitschek inaugurou Brasília, a nova capital
do Brasil.
A fórmula adotada por Jânio foi combinar uma política interna conservadora,
deflacionista e antipopular, com uma política externa de rompantes independentes, para
atrair a simpatia da esquerda. Muito mais retórica que efetiva, essa política, que se
notabilizou por ataques à China nacionalista e pela condecoração do líder da Revolução
Cubana Ernesto "Che" Guevara, acabou por atrair a desconfiança da burguesia e a ira
dos militares. O aumento das tarifas públicas, a ampliação da carga horária da
burocracia estatal e a preocupação demagógica com questões insignificantes, como a
proibição das brigas de galo e de transmissões de televisão que mostrassem moças de
biquíni, acabaram por desgastar o apoio que ainda recebia da opinião pública.
A segunda vez que o presidente da Câmara dos Deputados Ranieri Mazzilli assumiu a
presidência da República interinamente de forma marcante, foi em 2 de abril de 1964,
por ocasião do golpe de Estado que depôs o presidente João Goulart. Em menos de três
anos, era a sexta vez que assumia o cargo interinamente. Apesar disso, o poder de fato
passou a ser exercido por uma junta, autodenominada Comando Supremo da Revolução,
composta por três de seus ministros: o general Artur da Costa e Silva, o vice-almirante
Augusto Rademaker Grünewald e o tenente-brigadeiro Francisco de Assis Correia de
Melo. No dia 15 de abril, entregou o cargo ao marechal Humberto de Alencar Castelo
Branco, que venceu uma eleição indireta no dia 11 de abril. Embora não seja militar, seu
segundo governo é considerado o primeiro da quinta República, mais conhecida como
regime ou ditadura militar.
O vice-presidente João Goulart, conhecido como Jango, assumiu após uma rápida crise
política: os militares não queriam aceitá-lo na presidência, alegando o "perigo
comunista". Além de ex-ministro trabalhista, Goulart encontrava-se na China quando da
renúncia de Jânio Quadros (que, pela teoria do auto golpe, tentou aproveitar-se dessa
viagem de seu vice). Uma solução intermediária é acertada e instala-se o
parlamentarismo no Brasil. Em pouco mais de um ano, sucederam-se três Presidentes
do Conselho de Ministros - Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima. Com
apoio nas bases populares e sindicalistas, Goulart conseguiu antecipar o plebiscito para
janeiro de 1963 e reverteu facilmente o sistema para o presidencialismo. Assim, em
1963, João Goulart recuperou a chefia de governo com o plebiscito que aprovou a volta
do presidencialismo.
Goulart passou então a manobrar para manter o apoio das bases populares e sindicais e
ao mesmo tempo atrair as simpatias do centro político. Para isso, lançou o plano trienal
de desenvolvimento econômico e social, em que defendia conjuntamente as reformas de
base, agrárias e urbanas, medidas anti-inflacionárias clássicas e investimentos
estrangeiros.
O resultado foi exatamente o oposto. O plano foi atacado tanto pela esquerda quanto
pelos conservadores, todos preocupados mais com as implicações políticas que com os
resultados práticos. O governo, atordoado pelas críticas de todos os lados e fustigado
pelos problemas econômicos que se avolumavam, optou pelo apoio das esquerdas. Em
31 de março, à noite, o movimento militar eclodiu em Belo Horizonte e espalhou-se
rapidamente por todo o Brasil, praticamente sem reação da esquerda. Alguns políticos e
líderes críticos ao regime foram presos ou optaram pelo exílio, como Goulart que
exilou-se no Uruguai. Em 2 de abril, o presidente do Senado Auro de Moura Andrade
declara vaga a Presidência da República e empossa o presidente da Câmara dos
Deputados, Ranieri Mazzilli. Era o início da ditadura militar no Brasil.