Padrao
Padrao
Padrao
Introdução
A maior perseguição atual da Igreja está na área da permissividade que consiste em relativismo
moral, visando à destruição do núcleo familiar.
“Assistimos a um acontecimento que talvez não tenha precedente na história que é a dissolução
do grupo familiar. Pela primeira vez a instituição familiar está desaparecendo e as consequências
são imprevisíveis” (Charles Melman).
Ex: cultura do não casamento (heterossexuais que não querem casar), casamento homossexual,
gestação na adolescência, aborto e o aumento exponencial das desordens psicoemocionais.
AJUSTAMENTO PASTORAL
As grandes colheitas têm sido prejudicadas pela morte dos frutos, o que tem levado a formação
de um “evangelho” humanista, permissivo e descentralizado da glória de Deus. A Igreja tem se
tornado impotente por permitir o desequilíbrio, retirando a Cruz do centro de sua pregação. São
tantos que tentam permanecer na Igreja enfermas e consequentemente infrutíferos.
Os principais problemas consistem em não conseguir consolidar os novos membros (Eclesiologia
celular), abrindo a porta de traz da Igreja e gerando as piores pessoas (Lc 11.26).
O evangelho não traz mais impacto, gerando pastores bombeiros com rotinas desgastantes,
centrados na administração de crises, onde:
PROPÓSITO DA LIBERTAÇÃO
“Esta abordagem visa educar o corpo de Cristo com princípios e valores bíblicos, investindo na
saúde da Igreja, e, principalmente, no seu crescimento qualitativo, resgatando valores do
sacerdócio e da função pastoral, com profundidade e de maneira contextualizada com as
necessidades emergente dessa geração” (Coty).
CONCEITOS BÁSICOS
1
A) Expulsão de demônios x Libertação
Os demônios são parasitas espirituais colaterais a qualquer batalha espiritual que se alimentam
de injustiças de carnalidades humanas. Muito mais terrível do que a presença do adversário é o
que advém como resultado quando o SENHOR vira Seu rosto de nós.
Na libertação não se lida diretamente com demônios e sim com as brechas que lhes dão acesso:
Abusos, cadeias pecaminosas, pecados ocultos, inimizades, feridas e quebra de aliança.
B) Maldições (Perseguições)
As perseguições são consequências das desobediências às leis, sendo que os demônios não são
protagonistas nesse processo (I Pe 5.8).
Estas podem ser transmitidas pelas gerações através de herança, já que os pecados constituem
caminhos para uma visitação demoníaca correspondente ao pecado.
A maldição, por incrível que pareça, é uma bênção!
2
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo
se fez novo.” (II Co 5.17).
"PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que
não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." (Rm 8.1).
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo." (II Coríntios 5 : 17)
"Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os
homens, e em todo o lugar, que se arrependam;" (Atos 17 : 30)
Quando o crente não se converte a prática da iniquidade tende a apagar o Espírito em sua vida.
Não se pode chegar à salvação tomando o caminho largo (I Co 6.9-10).
Toda pessoa nascida de novo tem por direito de viver uma vida inteiramente livre, mas muitas
vezes esta tem a chave da prisão, mas continua presa por comodismo, falta de crescimento
espiritual, doutrinas heréticas.
A dívida do passado não é quitada após o novo nascimento, mas Deus tem recurso para suprir
seu pagamento, basta à pessoa fazer uso destes recursos que são provenientes do sacrifício de
Jesus para lidar com cada situação do passado.
3
Restauração
Libertação;
10%
Regeneração;
10%
Reeducação;
80%
A) Despojando do velho homem (não despojar dos velhos demônios) – muitos adotam um
novo rótulo religioso, mas mantém os valores antigos.
B) Não dar lugar ao diabo – satanás se infiltra pelas brechas do descontrole, dar lugar ao
diabo significa lhe entregar a jurisdição em determinada área (Ef 1.1).
Devemos então assimilar o tipo de relacionamento que temos com nossos sentimentos.
Ex: Ira – sentimento que cumpre um propósito de quebrar nossa indiferença à injustiça, mas
quando se perde o governo desta, vem o pecado (Ef 4.26).
Obs.: Jejum – o domínio do apetite nos ensina a dominar outros sentimentos, levando ao
domínio próprio, que é a maior arma contra o descontrole. Investir no relacionamento com os
próprios sentidos é a arma mais efetiva contra o descontrole (Jejum, Oração e Bíblia).
III) Reeducação – tem por finalidade reconstruir um caráter de obediência em áreas que tinham
histórico de pecado e derrotas, reintegrando a personalidade e destruindo sofismas (argumento
ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um
acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente,
incorreta e deliberadamente enganosa).
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A libertação quando isolada da reeducação é irresponsável. O indivíduo tem que saber que ele
tem a responsabilidade de manter os territórios livres para a ação do Espírito, e para tanto ele
tem que:
Atendimento Pastoral
Quando você semeia um pensamento, colhe um feito. Quando você semeia um feito, colhe um
hábito. Quando você semeia um hábito, colhe um caráter. Quando você semeia um caráter,
colhe um destino.
O que determina os rumos de nossas vidas são nossas escolhas. A teoria fatalista diz que as
escolhas são definidas pelos rumos que tomamos.
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Não se pode separar aconselhamento de libertação. Quando o aconselhamento vem
acompanhado de libertação deve-se criar um vínculo empático com a pessoa, focalizando a
capacidade de interação com a mesma.
Aconselhamento – enfatiza a Lei da Responsabilidade que rege que sem responsabilidade pelos
atos não se pode obter cura. Observa-se que cerca de 80% das desordens têm origem na alma
(Psicossomáticas). É mais importante saber que tipo de pessoa tem a doença do que tipo de
doença tem a pessoa.
Coty afirma que “a essência do aconselhamento é redimir a capacidade da pessoa reagir, através
do discernimento da verdade”. Devem-se confrontar culturas e pensamento que tem aparência
de verdade, mas não são.
Lei da Herança (Pessoal, Familiar, Territorial) - Libertação – lida com a lei da herança.
Bíblia
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As Doenças Psicossomáticas têm como origem o estresse contínuo causado por desordens na
alma. De outra forma devem-se considerar as doenças Pneumopsicossomáticas que são
desordens com origem no espírito humano.
Ignorar princípios espirituais é um erro cometido pela psicologia e psiquiatria e pela psicanálise,
pois em várias situações o entendimento da doença só pode ser alcançado quando se entende
a forma com que essa pessoa se relaciona com o mundo espiritual.
2º Ex: É o da mulher encurvada (Lc 13.10-17), estudaremos aqui alguns aspetos relevantes dessa
passagem:
3º Ex: Outra passagem importante é a do jovem rico (Mt 19.16-22). Jesus lança um
questionamento superficial a um jovem rico, mas inseguro, e depois o confronta com seu
relacionamento doentio com sua riqueza.
a – Revelação/confrontação;
b – Confissão de culpa e da vergonha;
c – Perdão incondicional;
d – Assumir responsabilidade por escolhas erradas;
e – Reconciliar-se unilateralmente e
f – Confessar intercessoriamente os pecados e injustiças.
Deve-se avaliar o processo de regeneração experimentado pela pessoa, pois uma libertação
prematura pode causar mais mal que bem, considerando os seguintes fatores que inviabilizam
a libertação:
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Lembrando que os demônios devem ser expulsos visando somente à evangelização.
4 – Não batizados – o batismo é um processo cerimonial, mas que tem grande conteúdo moral,
estabelecimento um sentimento sólido de membresia, paternidade espiritual e identificação
(pertencer) com o Corpo. Para se ter autoridade tem que estar sujeito à autoridade o que leva
a um testemunho público e cobertura espiritual.
5 – Não congregam – sem cobertura espiritual, discipulado e conselhos a pessoa com dificuldade
em manter um relacionamento com o Corpo de Cristo (lembrando que todo organismo tem que
ser expresso por uma organização) se torna egoísta (Pv 18.1), não amadurecendo. Observando
que os problemas de interação desempenham um ministério em nossas vidas. O sentimento de
isolamento tem por base o espírito de rebelião. O aconselhamento deve consistir em resolver o
isolamento.
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DIAGRAMA DO PADRÃO DE ACONSELHAMENTO NA LIBERTAÇÃO
2) Causas – a distancia entre os sintomas e a verdadeira causa do problema pode ser muito
grande, e por vezes difícil de ser discernida. Para tanto se deve fazer uma constatação
multifatorial a fim de que o problema possa ser atacado em sua raiz.
3) Tratamento – o tratamento está associado a uma solução específica que precisa ser
proporcional ao mal, portando depende de um diagnóstico preciso.
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CAPÍTULO I
SINTOMAS DE PERSEGUIÇÃO
Um sintoma real de perseguição é a grande premissa para uma libertação. Podemos definir
sintomas como o efeito colateral do problema. É um erro interpretar o sintoma como o
problema. Uma leitura correta dos sintomas é o genuíno ponto de partida para uma libertação
eficiente.
Muitos se apegam a repreender sintomas, o que é paliativo e não chega à base do problema. Os
demônios fazem parte dos sintomas, o problema não está na presença dos mesmos e sim na
ausência de Deus.
Devem-se pontuar os sintomas de maldição, ouvindo os principais motivos que levam a pessoa
a entender que precisa de libertação, as perguntas principais são: “Porque você acha que precisa
de libertação?” ou “Qual o principal motivo que o levou a buscar a libertação?”.
A libertação também não é surda, faz-se necessário ouvir a pessoa suficientemente, tal como
ouvir o Espírito Santo. Deve-se destinar um tempo adequado para a entrevista, sem
precipitações e exageros. O tempo dado para essa fase é fundamental.
Para se ouvir a coisa certa se deve ter o cuidado de fazer a pergunta certa, construindo a
perspectiva correta dos sintomas, e para tanto temos que ter uma Cosmovisão Bíblica alinhada
para discernir tudo o que for dito à luz da Palavra de Deus.
Quando observamos os sintomas temos que estar atentos ao misticismo. Este tem por base a
especulação e orgulho, oferecendo uma visão corrompida e exagerada dos sintomas. Os maiores
inimigos do campo de batalha espiritual são os extremos que procedem de um discernimento
imaturo de libertadores neófitos que podem sutilmente ou desenfreadamente permitir a
instalação do orgulho espiritual e um legalismo insuportável.
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A arma favorita do inimigo é a intimidação (blefe) que tem como objetivo, paralisar e
amedrontar as pessoas (Ap 12.9). Existem extremos atribuídos a objetos
contaminados, o que desvia a visão dos sintomas, construindo uma abordagem
precária da situação, gerando um evangelho legalista, baseado no medo do diabo no
que liberdade de Deus (I Tm 4.4,5).
Objetos podem ser santificados pela oração, ou tantas vezes devem ser destruídos
segundo a vontade de Deus (At 19.19). Deve-se ter uma convicção plena da ação e
orientação do Espírito Santo, tendo cuidados para não criar regras exageradas que
podem oprimir ou levar à auto-opressão (Sl 24.1).
Quando se naturaliza o espiritual, entende-se que tudo pode ser explicado de forma
científica através da letra, tornando a teologia rígida e deformada. O que leva a uma
vida espiritual engessada, afeta a eficácia pastoral e prolonga a perda de tempo em
aconselhamentos exaustivos e ineficazes.
Outro aspecto relacionado aos sintomas é que nunca se pode desprezar o poder destrutivo do
pecado, considerando que o pecado é mais repugnante para Deus do que os próprios demônios.
A repulsa que temos com demônios deve ser direcionada ao pecado.
Temos que ter em mente alguns fatos relacionados aos sintomas de maldição que muitas vezes
podem nos parecer como verdadeiras manifestações de Deus, a saber:
Em suas cartas às Igrejas da Ásia, o próprio Jesus fala sobre a existência de contaminações
espíritas dentro das Igrejas (Sinagoga de satanás, doutrina de Balaão, doutrina dos Nicolaítas,
seguidores de Jezabel) (Ap 2 e 3).
Geralmente, essas influências malignas quando manifestas em uma pessoa dentro da Igreja
estão relacionadas a um passado no ocultismo, ou uma herança familiar e cultural espírita. A
exemplo disso nota-se que o catolicismo sempre assume um sincretismo com a pajelança local,
além disso, temos a quiromancia, kardecismo francês e sociedades secretas.
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O libertador tem três opções ao se lidar com o passado geracional:
a) Lamentar-se;
b) Ignorar a história (tentar remar um barco ancorado);
c) Resgatar o indivíduo (Is 61.4), que é a função sacerdotal.
Tantas vezes o cajado de feitiçaria é passado de mão em mão por gerações dentro da família, e
quando uma pessoa encontra a Jesus, mas não quebra essa cadeia pode manifestar
consequências latentes: dons sobrenaturais, visão de espíritos, projeção astral, vozes e até
incorporação de entidades. Observa-se uma excessiva atração por manifestações espirituais,
perversão sexual e ocultismo em pessoas que seguiram caminhos do ocultismo ou se
envolveram direta ou indiretamente com o mesmo. Deve-se ter em mente que para cada tipo
de pessoa, satanás apresenta uma estratégia ocultista.
No livro de Atos capítulo 8 temos a história de Simão o mago. Simão se tornou um crente
batizado, sincero, discípulo e apoiador de Tiago e com grande testemunho. Mas Deus deu a
Pedro o discernimento da verdadeira motivação do mesmo – lucro (vs 21-23). O princípio maior
da feitiçaria é a manipulação sutil com visão em lucros.
1. Caráter de Deus
2. Palavra de Deus
3. Princípios de deus
4. Conselho de Deus
5. Paz de Deus
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b) Ouvir a voz de Deus x audição de vozes e espíritos (mediunidade auditiva) –
inicialmente a pessoa pode se sentir especial, podendo posteriormente levar ao
sentimento de estar sendo perseguido ou até a esquizofrenia (confusão, loucura,
suicídio e homicídios).
100% dos casos de doenças relacionadas à esquizofrenia e psicopatia estão
relacionadas a algum tipo de abuso sofrido, rejeição ou ocultismo.
c) Visão Profética x olhos abertos (terceiro olho) (Sm 9.9) – as visões são comuns no
espiritismo oriental, consistindo na capacidade de enxergar o mundo espiritual através
da intervenção de entidades malignas.
Nas religiões da NOVA ERA acredita-se que o corpo tem uma “energia” que circula por todo
organismo por meio de vias específicas chamadas de “meridianos”. Energia yin (+) yang (-) - a
saúde é um equilíbrio entre essas energias.
Acupuntura – A acupuntura promove a estimulação das endorfinas através das agulhas, efeitos
paliativos da dor. (pode ser aprendida por forma não ritualística) ex: exercícios da yoga,
homeopatia. – o evangelho cabe em toda cultura (I Co 9.22).
A estimulação pelas agulhas deveria ter poder para equilibras as forças, mas abrem os pontos
de estimulação (xacras) que dão acesso aos demônios em muitas vezes as entidades demoníacas
não entram nas pessoas, e as manipulam de forma remota. A acupuntura pode principiar uma
infestação demoníaca.
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Obs.: Principado – controla o raciocínio de uma sociedade.
Energia vital – aponta para a interação entre espíritos humanos e demoníacos (controle).
Nesses casos, o libertador deve procurar a Redenção da Cultura (eliminar o que é profano e usar
o que pode ser santificado para a glória de Deus).
Algumas enfermidades tem por base iniquidades que se aprofundam de tal forma que os
demônios têm acesso ao genoma humano.
Neste caso uma boa abordagem é a oração de confissão geracional.
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O texto de Oséias se refere a um período de extrema idolatria e adultério por parte do povo de
Israel, o que tem como resultado um período de extrema infertilidade resultado de sua rejeição
a Deus.
Geralmente, pessoas atingidas por essa maldição têm raízes profundas na prostituição espiritual
(idolatria), não conseguindo iniciar nenhum projeto, mas quando iniciam não conseguem dar
prosseguimento (interrupções crônicas), o que leva a um processo de profunda frustração,
decepções, pondo em cheque a esperança.
A fertilidade é uma consequência natural de uma vida saudável, porém a esterilidade crônica
denuncia desordem, rebelião e morte espiritual. A pessoa se torna estéril e incapaz de gerar
filhos, projetos, relacionamentos, etc.. (todo o que tocam morre).
A bênção de Deus não tem a ver com enriquecimento, e sim com responsabilidade.
este sintoma está relacionado à forma com que a pessoa se relaciona com o dinheiro (Gl 3.11),
colocando-o como senhor de sua vida o que leva a um desequilíbrio espiritual importante
(presença de Mamon = amor ao dinheiro).
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e) Enormes gastos desnecessários.
Todo tipo de compulsão incontrolável aponta para uma questão de exploração demoníaca
(consumismo, avareza – medo paralisante de passar necessidades, falência na família).
Mas tantas vezes o que falta é uma reeducação financeiro, onde há carência de planejamento
inteligente dos gastos.
Considera-se riqueza o fato de se gastar menos que se ganha, o que traz solução para a maioria
dos problemas financeiros, devendo-se notar a necessidade em se estabelecer prioridades na
hora de se avaliar o orçamento, segundo a seguinte ordem de importância:
Tantas vezes as prioridades são invertidas e o indivíduo se prende a uma cultura de juros que
reforça as cadeias.
Toda vez que uma pessoa tenta suicídio, esta se torna cada vez mais refém dos espíritos de
morte (pacto com espíritos do fracasso), estabelecendo um pecado pessoal e geracional de
fracasso em toda sua linhagem.
Neste caso notam-se na família inúmeros casos de depressão que levam a uma compulsão pela
auto-aniquilação.
Quando se trata especificamente de vícios (drogas, álcool, etc..), deve se ter cuidado para não
se rotular preconceituosamente a pessoa, observando que uma abordagem sistêmica familiar
tende ser mais efetiva na libertação.
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Associado a desordens espirituais tais como: Idolatria e Feitiçaria
17
Geralmente a auto-amnésia está relacionada a abusos cometidos na infância, principalmente
incestos de origem paterna. O organismo do indivíduo tenta superar o trauma apagando a
memória de determinada fase, e quando essa memória é acessada em qualquer momento, a
pessoa pode entrar em surto.
O surto é um mecanismo de defesa mediante traumas fulminantes que podem perdurar por
hora ou dias, devendo-se estar atentos para o limite de cada pessoa durante o processo de
libertação (abusos do libertador).
Nestes casos os aspectos psicoemocionais se mesclam com os espirituais, pois durante o surto
psicótico a pessoa sai de sua realidade o que dá acesso à infestação demoníaca. Para a pessoa
ser tirada do surto deve-se levá-la em Deus a enfrentar o seu passado.
Conceitos:
Neurótico – Quando a pessoa constrói um mundo onde evita a dor, criando uma nova
realidade.
Psicótico - A pessoa constrói um novo mundo e vive nele.
Tesouros da obscuridade – os cadeados que satanás põe na vida das pessoas ficam em áreas
obscuras.
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Pode estar relacionada à adoração de espíritos de morte, sendo caracterizada por mortes
estanhas de caráter repetitivo e morte de primogênitos. Um exemplo disso está na figura de Eli
(I Sm 2.33,34). Ele não teve força moral para afastar seus filhos do ministério.
Quando não se corrige os filhos a tendência é a destruição da próxima geração, devendo haver
discernimento para o uso da disciplina.
Os casos de rebelião contra pais também configuram importantes portas para a morte
prematura, pois se convergem em desonra.
O casamento significa uma emancipação espiritual, emocional e financeira sob as bênçãos dos
pais, estado e sacerdotais.
Quando se trata ao sexo, a tendência demoníaca é hipervalorizar (sexo) ou desvalorizar
(casamento), (Os 4.11-19; Cl 3.5), invertendo os valores e a ordem de importância que devemos
dar a cada um deles. As limitações bíblicas quanto ao sexo estão limitadas a perversão, sodomia
e sexo extraconjugal, não se fazendo limitação enquanto durante o casamento (Rm 1.26,27).
1ª Qualquer tipo de intimidade fora do casamento tem natureza pecaminosa e com toda
certeza, trará consequências desastrosas espirituais, emocionais e sociais. No casamento o sexo
envolve todo o corpo, por se tratar de um processo eminentemente mental, além do físico (I Co
7.4).
Observando que o sexo anal, muito embora não exista uma proibição bíblica, deve ser abolido
por apresentar impossibilidades orgânicas, fisiológicas e higiênicas (I Co 6.12,13).
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a) Tendência ao homossexualismo – forte atração por pessoas do mesmo sexo e
nenhuma pelo sexo oposto.
Deve-se fazer uma distinção clara ente atração (aspecto hormonal) e a intenção
(aspecto pecaminoso) Toda área relativa ao desejo deve ser governada.
Transexualismo – quando o indivíduo não aceita o seu sexo e deseja mudá-lo.
Sentimento de inadequação sexual (ódio de Deus).
Travestismo – prazer em trajar-se como o sexo oposto. É uma consequência do
transexualismo.
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g) Fetichismo sexual – fixação de interesse sexual em parte do corpo ou objetos
(aprisionamento).
i) Pedofilia – atração sexual por crianças que gera abuso violento e ameaçador
(experiência do agressor), geralmente advinda de uma pessoa que sofreu abusos
sexuais na infância, o que leva a morte familiar, passividade emocional (mordaça)
que é o coração da depressão (sentença espiritual de morte).
CAPÍTULO II
MAPEAMENTO ESPIRITUAL
É construído através da habilidade de percorrer a distância entre os sintomas e as causas de
maldição sendo guiado pelo espírito de deus, através de entrevista, pesquisa e a revelação de
deus, estabelecendo o diagnóstico correto para cada sintoma. Existem duas rotas de
mapeamento:
Deve-se ter cuidado para interpretar os sintomas sob uma perspectiva territorial e
pessoal (sistêmica) de tal forma que esse discernimento nos ajude a desvendar o
alvo da libertação, entendendo as culpas e causas existentes no processo.
O libertador deve proceder com uma análise sábia, tendo apetite pela pesquisa.
Observando que as perguntas certas induzirão a um processo mais rápido e preciso,
para tanto ao ouvir o indivíduo, deve-se estar atento à voz do Espírito Santo.
Assim se trará a luz tudo que esteja sob jurisdição do príncipe das trevas, já que os
demônios tentam colocar as verdadeiras causas dos distúrbios longe da visão.
Deve-se praticar uma escuta ativa, se dedicando a entender o problema do ponto
de vista do indivíduo (empatia), tendo cuidado com as comparações com
experiências pessoais. Eliminando viseiras culturais, preconceito e discernindo com
sabedoria e compaixão.
21
O mesmo princípio de mapeamento para pessoas serve para cidades, regiões e
Igrejas, já que todos estão sob uma identidade jurídica (principado) que deve ser
identificado. Ex: busca em museus.
Com a passagem do Jordão com Josué (tipo do Espírito Santo), temos a conquista da terra (alma),
através do confronto a barreiras, colocando seu pé em cada uma dessas áreas de nossa vida.
A ausência do inimigo em Israel sempre esteve relacionada à presença de Deus.
Canaã faz referencia a qualidade de vida que se pode ter na presença de Deus, mas que depende
de nossas conquistas, que não serão imediatas, mas progressivas. O processo de libertação da
alma depende de perseverança.
Princípios do mapeamento:
a. Maturidade Sacerdotal;
b. Condicionamento Espiritual;
c. Unidade (parceria – Hb 12.14);
d. Respaldo (cobertura) (papel da Igreja e sacerdócio);
e. Discrição (lealdade, livre da concupiscência de reconhecimento) e.
f. Saber encarar o inimigo sem supervalorizá-lo.
Verbos do Mapeamento
Como tratar com as “Jericós” (fortalezas da alma) – a base das libertações é identificar as
fortalezas da alma de cada pessoa. Ex: Relação com lideranças, lugares que as pessoas não
desejam confrontar.
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Entrar nas fortalezas – entrar em áreas fragilizadas (culpa, sofrimentos, desproteção, etc.) que
são defendidas pelo racionalismo (“eu não consigo mudar”). Elementos que não são verdades,
identificando as naturezas internas da fortaleza (casa de Raabe). A base da fortaleza é a raiva e
culpa baseada em feridas.
Saquear a fortaleza – a pessoa que está sendo liberta tem que hospedar (abrir todos os
cômodos) para o libertador. Tudo tem que ser trago à luz.
Herança – parte da análise de abusos, heranças, traumas, feridas, etc.. Abrangendo toda a
história familiar (3 ou 4 gerações) até a idade da razão (por volta dos 6 ou 7 anos).
A criança ainda não tem uma responsabilidade direta sobre os acontecimentos, sob os seguintes
aspectos:
Vale ressaltar que todos os homens que Deus separou como intercessores fizeram
essa confissão sacerdotal inteligente (Dn 9.6,17). Até quantas gerações nós
devemos confessar as iniquidades? 10 a 14 gerações (Dt 23.2-3; Mt 1.17).
Deus demorou 14 gerações (de Abraão até Davi) para construir uma nação que seria
um agente redentor na terra. Após a morte de Davi iniciou um processo de
decadência espiritual (14 gerações), propagação de iniquidade através da idolatria,
que culminou na destruição do povo (cativeiro).
Neste período não houve intercessores por isso as dez tribos de Israel não foram
recuperadas (Ez 22.30). Já no cativeiro babilônico houve intercessores, o que
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culminou na restauração. Jeremias entendeu o tempo de cativeiro que foi
discernido por Daniel que passou a interceder.
Toda Igreja deve fazer uma confissão corporativa de todos os pecados da Igreja e da
família. Obs.: A fim de se estabelecer doutrinas deve-se recorrer à prática a partir
da harmonia bíblica.
Quando Israel entrava em luta com Moabe e Amon, a luta era perigosa. Quando
Davi pecou com Betseba, assassinando a Urias, a guerra era contra os Amonitas
(perversão sexual). O adultério de Davi tinha a ver com a origem do inimigo.
É na fase que Deus constrói e planta, escrevendo nossos dias (Sl 139). Ex: situações
de rejeição, abandono, espancamentos ou tentativas de aborto podem gerar
consequências graves para o indivíduo.
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4) História do Nascimento (Parto) – é o momento crítico do nascimento, envolvendo
traumas pela mudança de ambiente e uma travessia dolorosa (pacto de sangue
entre mãe e filho- “no parto nasce à mãe”). Nesta situação a mãe ou pessoas
envolvidas no processo podem fazer evocações ou promessas (idolatria) que levam
a formação de pactos que podem influenciar a criança espiritualmente.
5) História da Infância até Idade da Razão (de 6 a 7 anos) – fase que envolve o
processo inicial de amadurecimento e aprendizagem. O pacto de sangue entre mãe
e filho durante o parto é reforçado na amamentação (sangue branco – princípio
ativo de vida). Surge uma profunda afeição e sentimento de proteção atinge os pais.
Nesta fase o indivíduo ainda não tem a habilidade de responder o que é bom ou mal
e de se proteger.
Maturidade Cerebral
Nascimento 25%
1,5 anos 50%
4 anos 75%
6 anos 90%
17 anos 100%
II) Territorialidade – “... não dar lugar ao diabo...” (Ef 4.27). A palavra lugar nesse texto é
“topos” que significa jurisdição. A exemplo disso o pecado de Adão amaldiçoou toda a terra (Gn
3.17), da mesma forma o assassinato de Abel por Caim trouxe maldição sobre a terra (Gn 4.12).
Muitas vezes se faz um mapeamento na pessoa sem sucesso, o responsável pode ser a questão
territorial. Assim como uma pessoa pode estar endemoniada, uma propriedade pode estar
também. Crimes, rituais de ocultismo, aborto, sacrifícios, podem trazer perturbações para um
território. Autorizando a instalação de influencias demoníacas limitada aos termos territoriais.
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Deve-se trabalhar com a redenção do lugar, onde entra a função sacerdotal. A conquista de
cidades deve partir do princípio de demarcação territorial. Os demônios demarcam o território
de influencia com sangue. Deve-se mapear onde estão os altares, onde tem sangue derramado
constantemente (prostíbulos, motéis, clínicas de aborto, encruzilhadas, praias, centros espíritas,
etc..), levantando um time de líderes responsáveis para formar um perímetro intercessório
sacerdotal, aonde os pastores vão a esses lugares pedindo perdão intercessoriamente as
injustiças e iniquidades – compadecer ternamente, desfazendo a demarcação do território.
Estabelecendo altares
Manifestações
O ponto chave que se baseia uma libertação são nos princípios exercidos com sinceridade e
coerência. As manifestações podem não ser confiáveis, podendo se tornar em laço quando
supervalorizadas. Jamais se deve pensar que a manifestação é mais importante que a atitude de
se andar por fé e obediência.
Um aspecto fundamental da libertação é saber fazer leitura das manifestações, sendo que estas
podem ocorrer no intercessor.
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confirmativa. Existem ganchos em que as manifestações se prendem. Enquanto esses
ganchos não são discernidos a libertação pode estar comprometida.
b) Vigiar – assim como Deus pode permitir uma manifestação como útil, o diabo também,
portanto deve observar as manifestações com cuidado. Deve-se ter cuidado com a
soberba.
CAPÍTULO III
CAUSAS DA PERSEGUIÇÃO
Deve-se percorrer a distancia entre os sintomas e as causas, e posteriormente percorre a
distancia entre as causas e a cruz. Identificando as causas deve-se proceder com o processo de
crucificação.
Considerando que a Cruz é o fato da morte de Cristo, mas esta só tem efeito quando se torna
um verbo no qual começa um processo de morte através de um confronto adequado com as
causas das maldições, trazendo o efeito da crucificação para a prática na vida do indivíduo.
Neste caso o resultado esperado é a ausência dos sintomas. Ex. roubo – deve haver
arrependimento com restituição.
Faz-se necessário então um processo de avaliação que deve buscar comparar os sintomas antes
e os residuais, construindo um processo de entendimento da situação real do indivíduo.
Os princípios da bênção e da maldição foram estabelecidos por Deus. O problema maior são os
problemas relacionados ao envolvimento com a desobediência. Nossa responsabilidade não
está acima da nossa filiação. O pecado nunca está isolado da maldição.
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Os nossos pecados vão autorizar repercussões de natureza equivalente em nossa
descendência. A nossa obediência vai construir um entesouramento de heranças para
nossa descendência. Ex: Na parábola do credor incompassível (Mt 18.25) toda
geração sofre pela dívida do indivíduo (situação de escravidão).
2) Castigo que os pecados acarretam para as gerações futuras. Ex: Porque os filhos de Israel
permaneceram por mais de 430 anos no Egito? Durante a fome em Canaã, Abraão vai ao
Egito, se estabelecendo. A mentira de Abrão causou grandes pragas no Egito, daí Abraão
se dá conta que seu lugar não era aquele. Os pecados dos reis de Israel são consequentes
da ação de reis anteriores, não havendo intercessores para que não houvesse destruição.
Ser infiel ao casamento é ser infiel a Deus. Autoridade e testemunho são alcançados. O que
limita o serviço de uma pessoa é o testemunho, já o que limita a posição de governo é o governar
o lar.
A lei do divórcio não tem um caráter autorizativo e sim normativo, não isentando a
pessoa das maldições do mesmo. No aconselhamento tenta-se minimizar as seqüelas
do mesmo. O repúdio envolve a rejeição, ódio, separação, indisponibilidade de
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reconciliação, do adultério que advém da dureza do coração. O divórcio é o documento
que formalizou a decisão de repúdio (Mt 19.9).
A lei mosaica implica na possibilidade de outro casamento. Não podemos ignorar essas
situações, mas esse fato nunca foi à intenção inicial de Deus, deixando diversas
heranças.
• A pessoa se torna tal como o ídolo (permuta de identidade) – a pessoa se torna cega,
surda, inútil e insensível como o ídolo. Quanto mais o ídolo se torna ativo para a
pessoa, tanto mais a pessoa se torna embrutecida e passiva (Sl 115.4-8).
• Engano (desproteção espiritual) – sempre que vamos a Deus inspirados pelos ídolos
de nosso coração, isso vai nos ser pó laço (determinar coisas para Deus).
Normalmente as coisas que as pessoas estão pedindo fazem mais mal que bem (Ez 14.4). Na
idolatria o próprio Deus endossa o engano de nosso coração (juízo). Usando essa brecha, muitas
entidades demoníacas se camuflam nos ídolos.
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Na idolatria as pessoas buscam favores a não ser em Deus, mas o que acontece é que as
entidades levam a resultados de natureza oposta, o que leva a uma maior dependência com os
ídolos. Ex. devotos de santo Antônio são vítimas de solidão e divórcios, etc..
D) Rebelião contra os Pais - todo comportamento inspirado por desprezo com os pais é
altamente amaldiçoante (Dt 27.26). Agressão verbal uso de drogas, desobediência,
casamento sem consentimento, etc.
• Situação crônica de desgraça (Lc 15.14) – alfarroba (sinal da graça de Deus) – toda
pessoa que desonra pais e mãe comunga de escassez.
• Cegueira e maldição (Pv 20.20) – perde o senso interno de direção, desprovida de
discernimento, incapacidade de tomar decisões.
• Morte prematura (Ex 20.12) – contraposição à promessa do decálogo.
E) Pecados Encobertos – todo pecado encoberto funciona como âncora que trava o
crescimento (Pv 28.13). Afastam-nos e nos impedem de alcançar misericórdia de Deus e
das pessoas, nos privando da graça de Deus. Destrói a estrutura da vida produzindo
resistências que superam nossas forças (Sl 32.3). Destrói a estrutura moral, sentimental
e espiritual. A pessoa permanece debaixo da sentença do pecado (I Jo 1.7).
• Não seremos perdoados (apostasia) – cria a condição de não ser perdoado (Mt
6.14,15). O perdão é condicional. Quando se sonega perdão a alguém, a pessoa se
afasta da graça de Deus, podendo perder a própria salvação. Não perdoar nos leva a
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uma condição crônica de condenação. Geração pós-cristã – geralmente está baseada
em uma história de amargura.
G) Jugo desigual (Ml 2.10-12) – o jugo desigual é uma aliança espiritual com demônios
consolidada através de sociedades e casamentos. Pode-se trazer a influência de espíritos
que acompanham a pessoa, podendo levar a apostasia.
H) Palavras ou pragas proferidas por pais ou autoridades – palavras interditórias que são
correspondidas com desobediência caracterizam-se como rebelião e terão
consequências (Js 6.26; I Re 16.34). As pregas e palavras abusivas correspondidas com
amargura também terão consequências. A amargura produz desonra, ativando a profecia
maligna que foi lançada a você (Mt 5.44).
I) Todo envolvimento com espiritismo, ocultismo e satanismo (Sl 16.4; Is 47.9) – pode
levar a todo tipo de miséria. Tudo o que foi recebido (votos, batismos, benzimento,
mantras, capacidades sobrenaturais, etc..) no espiritismo deve ser radicalmente
renunciado de maneira específica.
Quando a pessoa perde alguém e não se desliga da pessoa, pode levar a necromancia
(luto prolongado). Existe a necessidade de enterrar a pessoa e se desligar
emocionalmente da pessoa (dia de finados). Pode levar a problemas emocionais ou
espirituais (Lv 20.27).
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K) Tentativas de suicídio e história de suicídio na linhagem – é o maior atestado de fracasso
e um sacrifício humano que abre uma porta para a pessoa e para a geração, podendo
levar a alguns sintomas: frustração, fracasso, depressão, passividade, surto
esquizofrênico, etc..
N) Furtos e roubos – a cobiça faz muito mais mal que bem. Ativa o princípio do saquitel
furado. Escravidão por dívidas por não tratar adequadamente o roubo (Zc 5.3,4).
Geralmente, o roubo está associado à mentira, junto com o lucro vem uma maldição que
se instalará na geração. Toda pessoa que rouba que pensa que estará fazendo uma base
seguro terá sua casa desarraigada. Tem que haver confissão, arrependimento e
devolução. Ex: enriquecimento ilícito, exploração sexual, tráfico, etc..
O) Perversão sexual – gera maldições de caráter hereditário, impondo uma barreira que
levará ao desmembramento do Corpo de Cristo (I Co 6.15). Toda intimidade sexual fora
do matrimonio constrói um pacto de sangue, uma condição de casamento.
Cada um dos relacionamentos funciona como uma ligação espiritual que podem levar a
uma dependência emocional ou sexual que deve ser rompida.
Esse “descasamento” vem através da oração de arrependimento e confissão juntamente
com pessoas maduras.
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Principais perversões sexuais:
CAPÍTULO IV
CRUCIFICAÇÃO
Capacidade terapêutica e redentora de percorrer essa distância espiritual entre as causas de
maldição e a cruz de Cristo. Identificar as causas não resolve o problema, tantas vezes é até onde
a ciência chega. A crucificação é a dinâmica de uma vida comprometida com a cruz. Existe uma
diferenciação entre cruz e crucificação.
A cruz é um fato histórico que independe de nossas escolhas, que saibamos ou não, quer
aceitamos ou não, Jesus já morreu para nos justificar e restaurar a comunhão com o Pai. A
crucificação é a escolha intencional de nos sujeitarmos aos princípios propostos por Jesus em
Sua morte. Morrer por Jesus é se identificar com Ele em Sua morte. Ela deve ser acionada, se
transformar numa ação no verbo, sendo experiencializada em cada ação de pecado e injustiça
que tem nos atingido.
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A Cruz é a resposta de Deus para a queda humana, mas a crucificação é a resposta humana que
damos para a resposta de Deus validando tudo que Jesus fez por nós (Ef 1.3). Quando
entendemos, cremos e aceitamos o que Jesus fez por nós na cruz, temos direito a uma vida
abundante. Isso só é validado quando temos a disposição voluntária de interagimos com os
princípios de vida propostos na crucificação.
Jesus disse “eu sou a porta” (salvação), mas também “eu sou o caminho” (estilo de vida, nos
submetendo a disciplina de uma vida pela Cruz).
Princípios da crucificação:
Uma pessoa pode ter sido perdoada e não ter sido purificada de alguma situação. Se não houve
compromisso com a transparência e com a reconciliação pode gerar problemas e consequências
inerentes ao pecado. O pecado oculto, você confessa ocultamente, o pecado pessoal você
confessa pessoalmente e o pecado público você confessa publicamente.
Depois do adultério o caminho deve ser uma reconciliação simultânea. Tantas vezes quando a
pessoa tem que morrer para si mesmo, aceitando o preço de seu erro, a pessoa tende se
esquivar do processo da libertação (II Sm 12.11,12).
Passos que devem ser dados para lidar com tal situação:
O adultério quando ocultado traz um dos piores tipos de definhamento de alma (Sl 32.3,4),
viabilizando compulsões pecaminosas e recaídas; Mais cedo ou mais tarde esse fato virá à tona,
devendo-se ter por melhor alternativa expor a situação;
Quando endurecemos o nosso coração, Deus pode levantar profetas (quando Deus levanta um
profeta é porque deixamos de dar ouvido ao Espírito Santo);
Aquilo o que os pais fazem as escondidas, os filhos farão a luz do dia (a rebelião dos filhos pode
estar relacionada aos pecados secretos dos pais).
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rebelião explicita. A humilhação tem que falar mais alto que a reputação (II Cr 7.14;
Is 57.15). A maior pedra no caminho da libertação é o orgulho, obsessão pela
reputação. O arrependimento deve ser mais escandaloso que o nosso pecado.
Fases do Perdão:
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• Indiferença
• Raiva
• Conflito
• Frustração
• Aceitação
• Paz
• Memória cicatrizada
• Bom humor
f) Restituição (Lc 19.8,9) – é o processo de retratar, devolver, restaurar, aquilo que foi
subtraído ou defraudado na vida de outras pessoas devido às injustiças que
praticamos. Isso vale para o campo das coisas materiais, como também emocionais,
sentimentais, morais, conjugais, etc. para se ter uma boa consciência diante de
Deus. É o principio mais poderoso para resolver todo o crédito da injustiça,
restaurando a consciência (Lc 15.17-21). Maneiras erradas de restituir – fugir,
compensação, autoengano, insistir no erro ou racionalizá-lo.
Ex: Reconciliação entre Síria e Israel através de Eliseu (II Re 6.23). Deve-se levar a pessoa a
enfrentar o lugar do trauma (Samaria).
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ama e odiar o que Ele odeia. Disciplina é o processo de exercitar a escolha para
construir um caráter de obediência. Sustentar a conquista alcançada é uma parte
essencial do processo de libertação – é o selo da restauração.
i) Cabe ressaltar que na luta contra o pecado pode haver alguns fracassos, o que faz
parte do aprendizado, mas não se deve superestimar os fracassos e as derrotas. O
que pode produzir descuido e desistências, construindo um caráter de obediência,
reconhecendo nas vitórias e nos fracassos a graça de Deus (Cuidado com as
expectativas com relação às pessoas! Jó 5.19). A disciplina produz fortalecimento
através da fé (Lei da Imunidade).
CAPÍTULO V
CRUZ
A cruz é o aspecto central de onde emanam os princípios para redenção humana. Qualquer
solução espiritual viável esta de alguma forma relacionada à essência do sacrifício da cruz:
Você ter um excelente diagnóstico, mas se o remédio for inadequado não haverá cura. A Cruz
não o sofrimento ou desconforto que os outros nos causam, mas reside na responsabilidade de
negar-nos a nós mesmos em prol de uma vida reconciliada com a vontade de Deus. A essência
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da Cruz não esta nas injustiças e dificuldade que sofremos na vida, mas como reagimos
internamente diante delas.
A cruz é o plano perfeito de Deus onde encontramos a única forma de redimir o homem sem
deixar de cumprir a Lei de Deus.
I – Por nós (uma vez): nosso substituto – vivificado (Ef 2.1; I Pe 2.24; I Co 15.3; Is 53.5). Aponta
para o fato que Cristo morreu em nosso lugar, assumindo condenatoriamente nosso pecado.
Tem relação com a culpa e o pecado. A fim de se atender a esse princípio, deve se arrepender e
crer. O SENHOR cumpriu toda lei para restituir o homem a Deus.
II – Como nós (uma vez): nosso representante – libertado (Gl 5.24,25; Cl 1.13). Precisamos nos
identificar com Jesus em seu sofrimento, morte e ressurreição, se tornando um processo para
cada área de nossa vida. Tudo que crucificamos em obediência a Deus, ressurge de forma
glorificada (não existe ressurreição sem a morte). Lidamos aqui com a pecaminosidade
(tendência a servir o ego) que inspira os atos pecaminosos que praticamos.
Experimentamos esse segundo aspecto da cruz quando desejamos subjugar todos os nossos
subsídios ao Espírito de Deus. Existe uma decisão irrevogável em não abrir mo das conquistas
em atitude contínua de rendição. O velho homem– carnalidade - motivação egoísta - atitude de
identificação.
“Quando entreguei minha vida a Deus, entreguei tudo. Deus já teve em suas mãos homens
melhores do que eu, mas de mim ele recebeu tudo” (Willian Booth – fundador do exército da
salvação).
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III – Em nós (diariamente): nosso estilo de vida – sacrifício vivo (Rm 12.1; I Pe 2.23). Deve-se
lidar com nosso estilo de vida de negar a si mesmo. Não tem relação com o pecado, mas com
uma vida de quebrantamento (espírito do cordeiro imolado). É um processo contínuo e
permanentemente, quanto mais nos entregamos a Deus em uma área de nossa vida, mais
revelação de Deus temos nessa área. O novo homem - humanidade, natural - quebrantamento.
Não existe libertação sem a Cruz. Não basta orar repetidamente, pois as maldições e demônios
não vão sair pela estridência da voz ou pela repetição de um comamando (At 19.13-17), mas
deve-se identificar com a Cruz de Cristo. Todo ministério que se propõe em atuar na libertação
e não está centralizado com uma interação inteligente com os princípios da Cruz, se torna banal.
A libertação sem sangue é onde se dá uma ênfase exagerada nos demônios e enfermidades,
dando prioridade aos sintomas do que nas causas (Ap 12.11), baseando a libertação na
revelação. Ao ignorando o fato de crucificar (arrepender) a causa dos sintomas. Toda autoridade
demoníaca se fundamenta na transgressão humana em relação aos mandamentos de Deus. A
verdadeira libertação é sempre inspirada pelo arrependimento e pelo poder da Cruz (I Co 1.18).
CAPÍTULO VI
AVALIAÇÃO
A avaliação é o processo de comparar e conferir os sintomas apresentados antes e depois de
uma libertação. Após crucificar as supostas causas de maldição que foram diagnosticadas no
processo de libertação, precisamos avaliar os resultados obtidos em relação aos sintomas iniciais
apresentados.
1º Falta com a verdade – o principio mais básico para uma libertação bem sucedida tem que
haver um compromisso com a verdade (Jo 8.32).
a) Mentiras abertas;
b) Verdades escondidas.
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temporariamente conquistado na libertação acaba desmoronando deixando uma situação ainda
mais desgastada.
3º Falta de Reação (indolência espiritual) – a pessoa que apresenta uma postura indolente e
passiva, além de comprometer da libertação, entrega de bandeja para o inimigo o controle da
situação.
4º Motivos errados ou fúteis - Deus oferece liberdade para aqueles que irão cumprir o Seu
propósito, não para aqueles que querem continuar com uma vida confortavelmente egoísta,
fútil e sem significado eterno. Quando existem intenções corrompidas e estranhas ao Espírito
de Deus, a libertação da pessoa fica comprometida.
Quando a pessoa é ministrada, ela se sente o centro das atenções. Depois que as pessoas
recebem a libertação, normalmente prolonga o problema na busca de atenção. O problema de
concupiscência de atenção pode ser diagnosticado pelo prolongamento do processo de
libertação. Todo processo de libertação tem um início, meio e fim.
Quando o indivíduo cuida de um dos pais impedindo o casamento, pode iniciar uma relação
doentia, cabendo ao individua colocar as situações em seus devidos lugares. Não importa quão
próximos são os relacionamentos, mas é essencial que se rompa com essas relações
manipulativas.
8º Falta de se desprender totalmente da maldição – lidar com uma maldição requer um estilo
de vida de interseção pela família e relacionamentos.
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10º Quando a questão não é libertação, mas é reeducação – a maioria das pessoas que não
foram libertas é porque não se reeducaram. A libertação não é m processo mágico, portando
deve-se colocar em obediência na área que se procura libertação. Na libertação as pessoas são
desatadas, mas cabe a elas a reeducação (identidade, sexualidade, vontade, caráter, etc..).
A partir da avaliação pode-se iniciar um processo de aconselhamento que irá lidar com os
resíduos.
REFERENCIAL
BORGES, Marcos S. O avivamento do odre novo. Editora Jocum. Paraná, 2007.
BORGES, Marcos S. Pastoreamento Inteligente – o padrão de aconselhamento na libertação.
Editora Jocum. 2ª Ed. Paraná, 2011.
FERREL, Ana M. Iniquidade – a semente do mal transmitida de geração em geração. Ed.
Valente. Rio de Janeiro, 2009.
HAMMOND, Ida Mae e Frank. Porcos na Sala – um manual prático sobre libertação. Ed.
Bompastor. São Paulo, 1973.
JACKSON, John P. Desmascarando o espírito de Jezabel. Ed. Danprewan. Rio de Janeiro, 2003.
MENEZES, J.M. Exercitando o Quebrantamento. Disponível em: 07 de maio de 2012,
http://www.estudosgospel.com.br/estudos/diversos/exercitando-o-quebrantamento.html
SCHNOEBELEN, Willian e Sharon. Sangue nos Umbrais – manual avançado de batalha espiritual
e libertação. Ed. Propósito Eterno. Rio de Janeiro, 2008.
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