Plano de Aula Teologia

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O CRISTÃO EM UMA SOCIEDADE NÃO CRISTÃ

OBJETIVOS
Oferecer ferramentas bíblicas de como transmitir o evangelho a uma geração cética,
crítica e intelectualizada.
Desenvolver a prática espiritual e racional de pensar seriamente no significado da sua
fé e porque ela faz sentido.
Motivar o desenvolvimento do testemunho pessoal que corresponda as verdades
bíblicas.
Mostrar a relevância da Fé não somente para a Igreja mais para a sociedade como um
todo.
Capacitar o cristão a se posicionar biblicamente diante dos desafios contemporâneos.
Oferecer ferramentas para que o cristão descontrua sofismas, mitos e preconceitos
que tentam colocar a Fé cristã como mera superstição.
Fortalecer os que creem, encorajar os cristãos, dando mais confiança no
compartilhamento da fé.
Fortalecimento da Fé em momentos de dúvida e tribulações.

CONTEÚDO

Apologética e seus desdobramentos na comunidade cristã.


Qual a importância de se estudar sobre a vida do Cristão em uma
sociedade não cristã?

Segundo Pr. anglicano John Stott só existem dois caminhos para o


cristão na relação com o mundo: O caminho da “Fuga” ou o caminho do
“Envolvimento”.

Fuga significa virar as costas para o mundo em rejeição, lavar nossas


mão como Pilatos, nos enganando em achar que a responsabilidade sai
de nós com um lavar de mãos, endurecendo nossos corações aos gritos
agonizados de socorro. (deixa eu na minha ignorância mesmo)

Envolvimento significa voltar nossos rostos para o mundo com


compaixão, ouvindo seu pedido de socorro, como um “bom samaritano”,
sarando lhe as feridas provocadas pelas contingências da vida.

O mal do Escapismo religioso:

Medo de encarar a realidade , podres de mimados


O escapismo é o desvio mental ou fuga psicológica dos aspectos
desagradáveis, enfadonhos de realidades desafiadoras, que se
desdobram em práticas comportamentais, geralmente por meio de
atividades que envolvem imaginação, entretenimento ou fantasias, no
caso aqui fantasias religiosas. 
O problema do escapismo, ou seu aspecto negativo, se encontra
quando o indivíduo se instala de forma permanente na fuga fantasiosa, a
ponto de converter o que é uma ilusão momentânea em uma realidade
constante, ou seja, na tentativa de fugir de uma realidade desafiadora
por meio de algo imaginário, o indivíduo sem perceber cria uma outra
realidade e se fixa nela, esta última porém ilusiva.
Na igreja, muitos cristãos quando confrontados em sua vida social,
profissional, acadêmica se veem em uma posição de desconforto,
principalmente no início da fase adulta, início da relação matrimonial,
busca por um trabalho ou profissão, inserido dentro de um contexto
social econômico altamente desafiador, com transformações constantes,
atualizações de currículos, novas tecnologias, e que de forma indireta
nos diz que somos pequenos, frágeis, desimportantes, vivendo um
tempo passageiro insignificante, num lugar risível, sem nada de
especial. Queremos ser grandiosos, protagonistas de uma heróica
senda de descobrimento, queremos nos sentir herdeiros de
antepassados gloriosos, portadores de uma herança superior a todas as
demais. Enfim, gostamos de nos sentir especiais, únicos, expoentes de
uma grande tradição.
é natural um certo grau de insegurança, porém o que começa a se
tornar nocivo, é quando uma busca “genuína” por refúgio, direção,
orientação e apoio ( tais aspectos não são o cerne do evangelho) no
evangelho para o “enfrentamento” das dinâmicas da vida (aqui o
evangelho se torna alavanca) acaba se transformando em “fuga” e fuga
permanente, ou seja, vc por meio do escapismo cai nas garras do
pragmatismo/utilitarismo

PRAGMATISMO RELIGIOSO

Ex

Desenvolver o conceito de “orgulho” cristão x regozijo, alere-se

Desenvolver a ideia de o irmão é um ótimo membro na igreja, mas um


péssimo funcionário, ou péssimo pai, namorado, pois entendeu de forma
equivocada a sua relação com o mundo.
Indústrias inteiras surgiram para fomentar uma tendência crescente das
pessoas de se afastarem dos rigores da vida diária — especialmente
para o mundo digital.

O que você diria se conhecesse alguém que, tendo sua casa suja e mal
arrumada, passasse a morar na área dos fundos ao invés de limpá-la e
organizá-la? Sem dúvida você estranharia tal pessoa. Infelizmente é isto
que nós, cristãos, temos feito muitas vezes em nosso país. Entendendo
erradamente que, por sermos eleitos de Deus, devemos nos "separar"
do "mundo", adotamos uma postura de escapismo irresponsável que, na
melhor das hipóteses, torna-nos irrelevantes dentro da sociedade da
qual fazemos parte

J Vernon McGee disse certa feita: “Você não dá uma polida no casco do
navio que está afundando”

Que Jesus virá em glória, não resta dúvida. Porém isso não nos serve
de álibi para nossa inércia. Espero que quando Ele vier, nos encontre de
mangas arregaçadas, trabalhando pela transformação do Mundo"

O escapismo pode ser usado para se ocupar, longe de sentimentos


persistentes de depressão ou tristeza geral.

O cristianismo, portanto, não é nenhuma fuga da realidade. Envolve uma


decidida aceitação de responsabilidade.

Dizemos que jesus é a resposta, mas nem ao menos paramos pra ouvir
as perguntas que o mundo faz!

Suposições:
vivemos em um mundo em constante transformações, transformações
sociais, econômicas, culturais e principalmente nas perspectivas quanto
ao desenvolvimento da espiritualidade no campo religioso
( cosmovisão).

Porque é um mandamento bíblico:

E disse-lhes: Ide(persista na jornada iniciada) por todo o


mundo(Kosmos, toda multidão incrédula e alienada de Deus),
pregai(arauto, autoridade que deve ser escutada, proclame) o
evangelho a toda criatura.
Marcos 16:15
Um dos pensamentos mais nocivos contra a proclamação do evangelho
é considera-lo como um fim em si mesmo.
O evangelho não se reduz aos contornos únicos da existência humana,
não funciona como um movimento existencial em que toda gama
espiritual, todo o poder divino, milagre, providência e esperança gira
unicamente em torno do ser humano ou ao seu favor.
O evangelho não é centralizado no ser humano, nem possui como
propósito final o benefício humano, mas a glorificação de Deus.
Na estrutura da “Religião”, o movimento se inicia no ser humano, onde o
homem movido pelo “interesse” de receber benefícios do sagrado,
oferece sacrifícios a este “sagrado”, logo o sagrado adquiri
característica de “meio”, e este sagrado recompensa o sacrifício com
benefícios que são direcionados ao homem, como uma paga,
retribuição, logo, na estrutura da religião o homem ocupa o espaço de
inicio e o fim desta relação espiritual.
No evangelho não funciona assim, a começar que não se inicia do
“interesse” humano, mas parte do amor de Deus direcionado ao
homem ( Jo 3:16), onde Ele é o Princípio, onde Ele, por meio de seu
amor e Graça se revela ao homem, e esta revelação é manifestada na
pessoa de Jesus Cristo e que agora nascidos de novo, não vivemos
mais para nós mesmos, mas para aquele que nos amou, e viver para
Cristo inclui viver como Ele viveu, não se isentando das realidades que o
cercava, mas antes, provocando mudanças por onde passava. ( Gl.
2:20 ; 2Co 5:15)
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas
para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2Co 5:15

“antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando


sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão
da esperança que há em vós”
1 Pedro 3:15
De qual cristão estamos falando?

 O que é apologética
 Apologética clássica à Apologética contemporânea
 Mansidão e Temor – A postura do Cristão na defesa da fé

Relação Ciência e Fé Cristã

 Ciência e Religião
Fé Cristã em uma sociedade cética

 Cultura e Evangelho
Apologética do Messias

 Argumentos históricos da vida e Morte de Cristo


 Evidências da Ressurreição de Cristo

Apologética e seus desdobramentos na comunidade cristã.

1 Pe 3:15
Quando falamos em defesa da Fé (Apologética), não estamos tratando simplesmente
de uma matéria especifica de um seminário de Teologia, ou de um assunto que diz
respeito a apenas pessoas de determinados cargos eclesiásticos como Pastor,
presbítero ou diácono, estamos falando de uma característica que é constitutiva de
cada Cristão, ou seja, uma característica essencial, peculiar e distintiva, com isso, se
você é um cristão logo vc é um apologista.
Mas afinal o que é apologética?
“Uma disciplina responsável por levar em consideração as questões que o mundo faz
na área de ciência, cultura, arte em geral, um conhecimento como um todo,
respondendo estas questões a luz da razão da nossa esperança que está na
revelação de Cristo no evangelho, nas escrituras, é aquilo que convencionamos como
Defesa da Fé”
Jonas Madureira
Pastor, Teólogo e Filósofo

No ramo da teologia cristã ela é a disciplina teórica que procura apresentar


uma explicação racional para as verdades afirmadas pela fé cristã, ou seja,
uma disciplina teórica, com aplicação prática.
Bom ressaltar que quando estamos falando de apologética, não estamos
falando em defender Deus ou Cristo em um sentido de que Deus ou Cristo
carecessem de defesa, muito menos em um sentido de blindá-los de forma
beligerante, mas defesa no sentido de respostas que damos diante dos
questionamentos quanto a razão daquilo que cremos.
Exemplo:

Como você pode dizer que a bíblia é a Verdade, se não existe verdade
absoluta, tudo é relativo

Como que Jesus é o único caminho até Deus, sendo que todas as religiões de
um modo geral, levam a Deus?

Quanto mais a ciência avança, mas a religião vai sendo desmentida, é tolice
crer em mitos e lendas.

 O que é apologética
 Apologética clássica à Apologética contemporânea
 Mansidão e Temor – A postura do Cristão na defesa da fé
Willian Barclay:
“Para proceder assim temos que saber o que é que cremos e temos que refletir sobre
isso séria e profundamente. Temos que ser capazes de expô-lo em maneira
inteligente e inteligível. Nossa fé tem que ser um descobrimento em primeira mão e
não uma história de segunda mão. Uma das maiores tragédias da situação atual é
que há tantos membros de Igreja aos quais se lhes perguntasse o que é o que crêem,
não poderiam explicá-lo; e se fossem perguntados por que crêem, eles se
encontrariam igualmente perdidos. O cristão tem que passar pelo trabalho mental e
espiritual de pensar seriamente no significado de sua fé para, desta maneira, poder
explicar a outros o que é que crê e por que o crê”.

“Em toda apresentação da causa de Cristo e em toda argumentação em favor da fé


cristã o acento final deve ser o acento do amor”.

"Um santo" — disse alguém — "é aquele cuja vida torna mais fácil crer
em Deus".

É perfeitamente possível, pois, alguém estar munido dos melhores argumentos


em favor de sua fé e ainda assim contradizê-la pela falta de correspondência
das suas ações para com as verdades que afirma defender. O cristão deve,
assim, sempre trazer na consciência que a boa apologética não depende
apenas de bons argumentos, mas de um testemunho pessoal que expresse
fidelidade e amor a Cristo não apenas intelectualmente, mas sobretudo, a partir
de um compromisso do coração regenerado.

Que defesa racional pode ser fazer da Fé cristã?

A tarefa mais ampla da apologética cristã é ajudar a criar e manter um


ambiente cultural em que o evangelho possa ser ouvido como uma opção
intelectualmente viável para homens e mulheres pensantes.

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