Oliveira MauricioGuimaraesDe M
Oliveira MauricioGuimaraesDe M
Oliveira MauricioGuimaraesDe M
CAMPINAS
2016
MAUR
RÍCIO GUIMARÃES DE OLIVEIIRA
ESTRUTU
URAS DINÂMICAS ARTICU
ULADAS
PANTOG
GRÁFICAS - APLICAÇÕES
ES EM
ARQUITETU
URA MEDIADAS POR SIMU
ULAÇÕES
PARAMÉTRICAS
Dissertação de Me
estrado apresentada à
Faculdade de Enge
enharia Civil, Arquitetura
e Urbanismo da Unica
icamp, para obtenção do
título de Mestre em
m Arquitetura, Tecnologia
e Cidade, na área
á de Arquitetura,
Tecnologia e Cidade
e.
Orientadora: Prof
ofa. Dra. Ana Lúcia Nogueira de Camarrgo Harris
______________________________
_________
CAMPINAS
2016
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E
URBANISMO
À Ana Lúcia, minha orientadora, por toda a colaboração e imensa paciência comigo
ao longo dos três anos e meio de aprendizado na Unicamp.
À minha família, por todo o carinho e incentivo para realização dessa pesquisa.
Às amigas Ana Paula Rocha e Renata Beltramin pelas conversas, jantares, vinhos,
desabafos, trabalhos, elucubrações, fofocas e articulações "malévolas".
Aos amigos Luciana Mascaro, Alexandre Palma, Elisa Cox, Doriane Azevedo, Tula
Kirst, Leonardo Prazeres e Osvaldo Paris, professores da UFMT e companheiros
cotidianos que me auxiliaram muito durante o desenvolvimento da dissertação.
1. Introdução 16
1.1. Justificativa 17
1.2. Objetivos Gerais e Específicos 17
1.3. Seqüência de trabalho 18
2. Arquitetura Dinâmica 20
2.1. Sobre o espírito humano e as bases das transformações 20
2.2. Arquitetura dinâmica 26
2.3. Estruturas articuladas 33
2.3.1. Al Bahar Towers 33
2.4. Estruturas de Membranas Tensionadas 35
2.4.1. Pavilhão da Alemanha na Expo’67 36
2.4.2. Pátio da Mesquita Sagrada do Profeta 38
2.5. Estruturas de Membranas Pneumáticas 40
2.5.1. The Bubble 41
2.5.2. Ark Nova 43
3. Pantografia 46
3.1. Origens do Pantógrafo 46
3.2. O segundo teorema de Tales e semelhança de triângulos. 47
3.3. Homotetia 48
3.4. Sofisticação geométrica do pantógrafo: pantografia tridimensional 50
4. Sistemas Pantográficos 52
4.1. Sistemas Articulados Pantográficos 52
4.2. Funcionamento elementar das estruturas pantográficas. 53
4.3. Guarda-chuva pantográfico – patente US23503. 56
4.4. Emilio Perez Piñero - cobertura itinerante de teatro 59
4.5. Chuck Hoberman - barra de ângulo único. 61
6. Materiais e Métodos. 67
6.1. Pesquisa com patentes. 67
6.2. Análise das estruturas pantográficas levantadas nas patentes 69
6.3. Classificação das Simulações. 71
6.4. Realização de Simulações. 72
REFERÊNCIAS 95
REFERÊNCIAS IMAGÉTICAS 99
APÊNDICE A 102
Criação do algoritmo para a simulação digital da estrutura de Hoberman. 102
APÊNDICE B 106
Criação do algoritmo para a simulação digital da estrutura de Selden. 106
APÊNDICE C 111
Criação do algoritmo para a simulação digital da estrutura de Piñero. 111
16
1. Introdução
1.1. Justificativa
2. Arquitetura Dinâmica
Figura 2.3: Registro de movimento presente na pintura futurista "Dinamismo di un cane al guinzaglio".
Fonte: BALLA, 1912 (Wikipédia).
Como resultado a arquitetura precisa se tornar cada vez mais flexível – capaz
de se conformar a diferentes situações. Os espaços precisam ser adequados às
novas demandas que, ao longo do século XX dão abrigo a programas arquitetônicos
antes inexistentes, como estações de trem, abatedouros, hospícios, pavilhões,
hangares e postos de combustível. Já no século XXI, os programas se aproximam
do imprevisível dada a tamanha dinamicidade das transformações. Nesse contexto,
se mostram imprescindíveis o desenvolvimento de estruturas arquitetônicas que
permitam a multiplicidade de usos e a volatilidade de seus volumes e formas.
24
primordiais no contexto destas estruturas. Para cada uma das categorias principais
de classificação, outras duas subcategorias são consideradas.
Sua proposta é baseada numa tabela criada por Frei Otto para classificar
telhados retráteis, que discrimina estruturas rígidas de membranas flexíveis e
31
Para lidar com tal ambiente desfavorável, o escritório Aedas propôs a criação
de uma segunda pele no edifício. Constituída por uma estrutura afastada em dois
34
Segundo Langdon (2015), Otto foi piloto da força aérea alemã durante a
segunda guerra mundial e, tendo sido capturado na França, trabalhou em um campo
de prisioneiros “construindo tendas para abrigar prisioneiros usando o limitado
material que estava a sua disposição”. Essa experiência com tendas motivou Otto –
após o fim da guerra – a dedicar seus esforços para estudar suas aplicações em
uma arquitetura otimizada e mais humanitária, que pudesse ser desenvolvida
utilizando o mínimo de recursos possíveis.
Safdie apresentou seu Habitat 67, projeto de habitação concebida através de cubos
de concreto pré-moldado que posteriormente foram empilhados. Para esta Expo,
Frei Otto foi o arquiteto responsável por edificar o pavilhão da Alemanha.
Segundo Walter (2006) Frei Otto desenvolveu nos anos 50 um novo tipo de
estrutura de membrana baseada no princípio da superfície mínima, no qual a
membrana em formato de funil foi fixada abaixo da estrutura. Também, para a
exibição de paisagismo de Colônia, em 1971, numa parceria com Bodo Rasch, criou
39
Figura 2.11: Guarda sol na praça da mesquita sagrada do profeta, Medina, Arábia Saudita.
Fonte: Nabawi, 2016.
está completamente fechada, ela provê uma cobertura sólida para o tecido.
(WALTER, 2006).
A amarração idealizada para a estrutura permitirá que esta “escorra” por baixo
do “tubo” de concreto do museu original gerando espaços adicionais na implantação
e, também, conterá a estrutura para que esta se erga como uma torre a
aproximadamente 45 metros de altura, para então apoiar-se na cobertura do edifício
original, criando uma protuberância acima da cobertura a ser utilizada como uma
área de descanso. Além da estrutura de cabos que conterá a instalação, para
estabilizá-la no solo um reservatório com água foi inserido internamente a estrutura
para aumentar seu peso, mantendo-a mais firme ao chão. (OUROUSSOFF, 2009).
O projeto foi concebido para ser uma estrutura efêmera, sendo programada
para ser instalada (inflada) duas vezes por ano - em maio e outubro – podendo ser
guardada sem que interfira no prédio original do museu. “’A Bolha’ produz um
edifício macio inserido dentro de outro rígido, no qual espaços existentes e novos,
tanto internos quanto externos estarão entrelaçados como se brincassem um com o
outro.” (DILLER SCOFIDIO + RENFRO, 2009).
Sob a direção de
d Arata Isozaki, o espaço foi projeta
ado para comportar
apresentações artísticass especiais, sendo necessário o auxílio de consultorias
específicas nas áreas
s de projeto acústico e cênico. O espaço possui
0m2 e foi projetado para admitir cerca
aproximadamente 1000 a de 500 pessoas,
distribuídas em assentos
s coletivos feitos com madeira reaproveit
itada dos escombros
do tsunami.
F
Figura 2.16: Concerto musical na instalação Ark Nova.
N
Fonte: KAPOOR, 2013.
A estrutura é con
nstituída por uma membrana elástica inflável
i similar à da
instalação Leviatã, de material
m elástico, porém equipada com diispositivos cênicos e
de som. A estrutura é de
eslocada vazia e dobrada, ocupando esp
paço físico mínimo e
facilitando seu transporte entre os sítios. Quando finalizado o evento,
e a estrutura é
45
3. Pantografia
3.3. Homotetia
Fi
Figura 3.8: Escultura de Collas e Barbenienne.
Fonte: Expertissim, 2016.
4. Sistemas Pantográficos
Quando uma da
as barras articuladas possuir dimens
são diferente, mas
preservar sua junção in
ntermediária no cruzamento das mediat
atrizes de ambas as
barras, então sua forma
a será de um paralelogramo de difere
entes proporções ao
longo do desenvolvimen
nto do par de barras. Quando conectado
os sequencialmente,
dois comportamentos diiferentes se desenvolverão de acordo com
c a seqüência de
conexão das barras men
nores. Se as barras seguintes forem con
nectadas de forma a
repetir o comportamentto das barras anteriores, então seu de
esenvolvimento será
equivalente a soma das
s arestas colineares dos paralelogramos (figura 4.6). Porém,
se as barras menores se
s conectarem apenas a outras barras menores,
m então seu
desenvolvimento se dará
á pelo espelhamento dos paralelogramos
s (figura 4.7).
acarretará uma retração no sistema até o ponto em que as barras maiores limitem a
rotação das barras menores.
A utilização de ba
arras pantográficas com junções interm
mediárias deslocadas
ermite a criação de estrutura articula
de suas mediatrizes pe ada com formação
radial convergente ao
o centro de uma circunferência, poré
ém, com inevitável
transformação nos trê
ês eixos cartesianos. Se utilizada para
a uma estrutura cuja
formação seja circular – análoga a um anel – e com transformaçção restrita apenas a
um plano cartesiano, estta se tornará rígida devido à necessária variação
v angular das
retas radiais, em decorrrência de sua expansão/retração angula
ar (figura 4.10). Para
que esta estrutura seja exeqüível, é imprescindível que o centro da circunferência
possa ser deslocado através de um eixo fixo e perpendicular ao plano no qual a
expansão/retração seja projetável
p (figura 4.11).
Figura 4.11:
4 Desenvolvimento da abertura do guarda-chu
uva
Fonte: elaborado pelo autor.
59
Figura 4.13: resultado da expansão das barras articuladas com junção inte
ermediária no centro.
Fonte: elaborado pelo autor.
61
Na descrição de
e sua patente, Hoberman investiga algumas variações
possíveis de sua barra de
d ângulo único e também, diferentes fo
ormações decorrente
de variações destas. Na
N figura 4.16, por exemplo, Hoberma
an utiliza barras de
diferentes tamanhos para
p gerar uma estrutura anelar irre
egular, e em sua
representação insere as
s linhas de convergência que perpassam
m todas as junções
nas extremidades da ba
arra. Utilizando de quaisquer duas linha
as convergentes, se
estabelece o plano de tra
ansformação de cada segmento do conju
unto.
Hoberman contrib
buiu significativamente para ampliar as
s possibilidades de
utilização de estruturas articuladas pantográficas, uma vez que,
qu agora, qualquer
aresta de algum plano ou
o sólido geométrico pode ser substituída
a por um conjunto de
articulações pantográfica
as, sendo este desenvolvimento fixo em apenas
a um plano de
cartesiano (figura 4.17). Decorrente de sua criação, pesquisadorres e inventores têm
se dedicado ao estudo
o destas estruturas e concebido nova
as possibilidades e
aplicações a topologias esféricas, arqueadas e cupulares ao lon
ngo dos últimos vinte
e cinco anos.
Considerando, por exemplo, um objeto hipotético que tenha sua base fixa,
mas possua uma junção articulada que permita um movimento de rotação através de
apenas um eixo. Nestas condições a articulação possui então apenas um grau de
liberdade. Porém, se nesta mesma situação o objeto permitir em sua base uma
rotação em outro eixo – em torno de si mesmo, por exemplo – então esta articulação
possuirá dois graus de liberdade (figura 5.2).
6. Materiais e Métodos.
Este capítulo descreve o método utilizado na pesquisa, cuja base se deu por
meio do levantamento de patentes (registradas em repositórios nacionais e
internacionais) de estruturas com articulações pantográficas, com intuito de
identificar quais aquelas, cujas pantográficas descritas, apresentam inovações em
seu funcionamento sob o ponto de vista da geometria formal. Para compreendê-las,
foram realizadas análises numa desconstrução geométrica, o que permitiu uma
classificação por raízes e uma classificação. A partir daí, desenvolveu-se um
algoritmo específico para cada uma delas. Estes foram implementados em um
software gráfico paramétrico, com o intuito de servir como ferramenta auxiliar, tanto
na representação dinâmica em tempo real das estruturas selecionadas, quanto no
desenvolvimento de novas estruturas baseadas em cada uma das raízes
classificadas.
Como meio para a realização deste trabalho, foi realizada uma busca em
sistemas de catalogação de patentes. O principal sistema utilizado foi o do Google
Patents, uma vez que ele indexa todo material disponibilizado pelo United States
Patent and Trademark Office (escritório estadunidense de patentes), European
Patent Office (escritório europeu de patentes), Japan Patent Office (escritório
japonês de patentes), China's State Intellectual Property Office (escritório de
propriedade intelectual da China), World Intellectual Property Organization
(organização mundial de propriedade intelectual), Deutsches Patent und Markenamt
(escritório alemão de patentes e marcas) e, por último, o Canadian Intellectual
Property Office (escritório canadense de propriedade intelectual). A ferramenta
desenvolvida pela Google permitiu uma busca mais eficiente de patentes nos
repositórios.
A patente Three dimensional reticular structure de Piñero (1961), possui registro ES266801 na
Espanha, US3185164 nos Estados Unidos, FR1304770 na França, GB1009371 na Inglaterra,
DE1245574 na Alemanha, CH402374 na Suíça e BE609761 na Bélgica.
69
Derivadas do leva
antamento documental, apenas três pate
entes com estruturas
articuladas pantográfica
as apresentaram transformações geom
métricas inovadoras:
US23503A: Umbrella (SEL
SELDEN, 1859); US3185164A: Three dimensional
d reticular
structure (PINERO, 196
61); US4942700: Reversibly expandable doubly-curved truss
structure (HOBERMAN
N, 1990). Todas elas foram analisad
das para se poder
compreender e explicita
ar as relações geométricas que as rregem. As análises
permitiram a realização de simulações, reproduzindo-as dinamiccamente. Estas, são
apresentadas nos capítu
ulos cinco e sete.
Os pesquisadore
es You e Pellegrino (1996) perceberram que a single-
angulated bar de Hobe
erman – elemento principal de sua pattente – poderia ser
expandida para uma multi-angulated
m bar, permitindo utilizar d
de barras maiores e
mais junções que resulta
am no aumento da estabilidade do sistem
ma por conectar mais
barras – sendo conven
niente para utilização em coberturas, po
or exemplo; quando
Piñero propôs sua estrrutura para teatro móvel (1961), ele co
obriu uma parte da
estrutura através do us
so de membranas, porém, os pesquisa
adores Escrig et al.
(1995) desenvolveram um
u sistema de placas rígidas conectada
as a articulações de
Piñero que, quando expa
andidas, resultam numa cobertura maior e mais resistente. E
também, o próprio Hobe
erman (2001) produziu na patente US68
834465 uma solução
de cobertura dobrável uttilizando sua single-angulated bar (figura 8.1).
Figu
ura 6.1: Cobertura desenvolvida por Hoberman.
Fonte: Extraído de Hoberman, 2004.
70
No universo das
s patentes analisadas ao longo da pe
esquisa percebeu-se
majoritariamente um enffoque na solução trabalhada pontualmen
nte. Como exemplo,
Traut (1936) desenvolve
e uma escadaria retrátil para alçapão na
n qual um sistema
articulado pantográfico viabiliza
v a solução criada e contribui para
a outras situações a
partir da mesma solução
o geométrica, como num teclado dobrávvel para computador,
de Olodort e Tang (20
001) (figura 8.2). É diferente, porém, quando
qu as patentes
precisam repensar o fu
uncionamento de articulações tradiciona
ais para criação de
outras mais sofisticadas,, para além de sua finalidade.
Figura
a 6.2: Escadaria para alçapão e teclado dobrávell.
Fonte:: adaptado de Traut, 1936 / Olodort e Tang, 2001
1.
2
Modelo como abordagem, meio ou método de realização.
72
Figura 7.1 e 7.2: Três pares de barras e suas arestas possíveis / os três planos de desenvolvimento.
Fonte: elaborado pelo autor.
Para que esta substituição de aresta ou arco por barras anguladas funcione
sem restrições – é desejável que todos pares de barras utilizadas em determinado
conjunto tenham um centro de convergência comum – que necessariamente será o
centro de uma circunferência ou de um arco, razão pela qual as arestas podem ser
substituídas por vários pares de single-angulated bars.
76
São muitas as po
ossibilidades de aplicação da barra angu
gulada de Hoberman,
sobretudo ao se conceb
ber a capacidade de substituição das arestas
a de qualquer
poliedro por conjuntos
s com barras anguladas. Isso signiffica que estruturas
concebidas através da união de planos podem ser adaptadas para funcionarem
dinamicamente através destas
d barras angulares.
Para a validação
o da simulação digital dessa estrutu
ura, fabricou-se um
protótipo utilizando o mo
odelo virtual construído. Para isso, escolh
heu-se uma situação
na qual a estrutura tenha
a oito arestas – um octógono regular. Essa
Es opção permitiu o
encaixe de outros dois arcos
a pantográficos – em planos perpend
diculares ao do disco
original e entre si – pa
ara a criação de um domo. Uma vezz que as estruturas
arqueadas principais forram instaladas, foram anexadas estrutura
as secundárias para
se conectar os três plano
os, a fim de conferir maior rigidez ao con
njunto. Cada arco foi
pintado em uma cor differente para evidenciar os três planos cartesianos
c em que
operam, como ilustra a fiigura 7.5.
78
7.2. Desenvolvimento
o da simulação do guarda-chuva de Sellden.
Diferentemente das
d barras de angulo único de Hoberm
man, o guarda-chuva
idealizado por L. K. Se
Selden em 1859 utiliza barras retilíneas
s para compor seu
sistema. Porém, a nece
essidade de expansão radial para abrir e fechar o guarda-
chuva e o desconhecim
mento da solução criada 120 anos dep
pois por Hoberman,
resultaram em uma soluç
ção peculiar.
A solução enco
ontrada por Selden foi condicionar as barras a uma
transformação tridimens
sional, não restrita a apenas um plano.. Quando totalmente
retraído, o conjunto das
s articulações se apresenta similar a um
m cilindro. Porém, ao
iniciar a expansão do sis
istema, o conjunto gradativamente vai se
e tornando um cone
de diferentes proporçõe
es, aumentando o diâmetro da base e re
eduzindo sua altura,
ocasionando o achatame
ento desse cone (figura 7.6).
Figura
a 7.6: Expansão da estrutura proposta por Selden
n.
Fonte: elaborado pelo autor.
7.3. Desenvolvimento
o da simulação da estrutura itinerante de teatro de Piñero.
O sistema idealiza
ado por Piñero se diferencia dos de Hobe
erman e Selden pela
composição do "par" ele
ementar do sistema: enquanto estes trab
balharam com pares
de barras com comporta
amento simétrico, o sistema de Piñero precisa de mais um
elemento que funcione como
c junção articulada intermediária e utiliza
u três barras em
cada conjunto - podendo
o estas ter comportamento simétrico ou não
n (figura 7.7).
A utilização das b
barras de Piñero requer o desenvolvime
ento de articulações
específicas que contemp
ple junções intermediárias diferentes daqu
quelas presentes nas
junções das extremidade
es. Em sua patente, descreve ambos os ssistemas (figura 7.8)
e também, um terceiro sistema com torções nas barras para que
qu as junções das
extremidades permaneça
am alinhadas.
Figura 7.9: Vista frontal e lateral esquerda das duas situações propostas por Piñero.
Fonte: elaborado pelo autor.
Neste contexto, analisou-se cada uma das três com o objetivo de se alcançar
uma melhor compreensão das mesmas. Para isso, decidiu-se utilizar um ferramental
tecnológico informatizado, crescente no dia a dia dos profissionais das áreas de
Arquitetura e Construção. Tal ferramental baseia-se em primitivas gráficas
parametrizadas, que permite uma visualização e manipulação de variáveis
geométricas dos objetos modelados virtuais em tempo real.
REFERÊNCIAS
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5 hub. Nov. 2014. Disponível em:
<https://www.thebig5hub.com/opinion/2014/november/mashrabiya-
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BOAKE, T. M. Hot Climate double Façades. In: Façade Tectonics, 2014, Los
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<http://www.tboake.com/bio/facadetectonics2014boake-rev.pdf>. Acesso em:
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BRYSON, B. Em casa: uma breve história da vida doméstica. 1 ed. São Paulo:
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FREARSON, A. Ark Nova by Arata Isozaki and Anish Kapoor. Dezeen magazine.
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<https://books.google.com.br/books/about/The_founders_and_editors_of_the
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<http://www.pritzkerprize.com/laureates/2015>. Acesso em: junho 2016.
REFERÊNCIAS IMAGÉTICAS
Figura 2.1
http://www.dakhlabedouins.com/img/26_bedouin_tent.jpg
https://johnhowie.files.wordpress.com/2009/12/china-3-363.jpg
http://cdn.loc.gov/service/pnp/ppmsc/02500/02515v.jpg
Figura 2.2
http://archexpo.net/sites/default/files/crystal-palace-general-
view1.jpg?slideshow=true&slideshowAuto=false&slideshowSpeed=4000&speed=350
&transition=fade
Figura 2.3
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Giacomo_Balla,_1912,_Dinamismo_di_un_Cane_al
_Guinzaglio_(Dynamism_of_a_Dog_on_a_Leash),_Albright-Knox_Art_Gallery.jpg
Figura 2.4
https://utopografias.files.wordpress.com/2012/11/utopografias_001.jpg
Figura 2.5
HANAOR, A., LEVY, R. Evaluation of Deployable Structures for Space
Enclosures. International Journal of Space Structures, vol. 16, 2001, p.3.
Disponível em: <http://sps.sagepub.com/content/16/4/211.abstract>.
Figura 2.6
STEVENSON, C. M. Morphological principles of kinetic architectural structures.
In: Adaptive Architecture Conference Proceedings, 2011, Londres. p. 12.
Disponível em:
<https://issuu.com/carolinastevenson/docs/4cp._morphological_principles_of
_ki>.
Figura 2.7
http://solucionista.es/wp-content/uploads/al-bahar-towers-abu-dhabi-1.jpg
Figura 2.8
http://solucionista.es/wp-content/uploads/al-bahar-towers-abu-dhabi-6.jpg
100
Figura 2.9
http://www.archdaily.com.br/br/794650/classicos-da-arquitetura-pavilhao-alemao-da-
expo-67-frei-otto-e-rolf-gutbrod/55074402e58ececc4100006e-nighttime-inverted-t
http://www.archdaily.com.br/br/794650/classicos-da-arquitetura-pavilhao-alemao-da-
expo-67-frei-otto-e-rolf-gutbrod/550743efe58ececc4100006d-form-finding-study-m
Figura 2.10
http://www.archdaily.com.br/br/794650/classicos-da-arquitetura-pavilhao-alemao-da-
expo-67-frei-otto-e-rolf-gutbrod/550743e7e58ece0c0b00000d-inside-the-german-pa
Figura 2.11
https://3.bp.blogspot.com/-vF6NO5XTbMU/VuCy7pBIIzI/AAAAAAAAAxU/-
8JIQJvOOoI/s1600/Foto%2BMasjid%2BNabawi%2BMadinah%2BDari%2BAtas.jpg
Figura 2.12
http://designlike.com/wp-content/uploads/2013/07/Huge-umbrellas.jpg
Figura 2.13
http://www.dsrny.com/projects/hirshhorn-bubble
Figura 2.14
http://www.dsrny.com/projects/hirshhorn-bubble
Figura 2.15
http://www.archiphotos.com/110525_anishkapoor_leviathan/
Figura 2.16
http://anishkapoor.com/957/ark-nova
Figura 2.17
http://anishkapoor.com/957/ark-nova
Figura 2.17
http://anishkapoor.com/957/ark-nova
Figura 4.1
GALILEI, G.; SCHEINER, C. On sunspots: translated and introduced by Eileen
Reeves and Albert Van Helden. Chicago: Universidade de Chicago. 2010,
p 29. Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8d/Pantograph_by_Chris
toph_Scheiner_%28crop%29.png >.
Figura 4.8
https://medias.expertissim.com/media/cache/object_giant_cropped/uploads/object/20
09/09/21/450909/450909-2bronze-femme-1n.jpg
https://medias.expertissim.com/media/cache/media_zoom/uploads/object/2009/09/21
/450909/450909-2bronze-femme-5n.jpg
101
Figura 4.9
REINIS, J. G.; BARYE, A. The Founders and Editors of the Barye Bronzes,
Chennai: Polymath press, 2007. p. 43. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books/about/The_founders_and_editors_of_the
_Barye_br.html?id=Xr2iLWjkHqAC>.
Figura 5.1
http://ebooks.library.cornell.edu/cgi/t/text/pageviewer-
idx?c=kmoddl;cc=kmoddl;rgn=full%20text;idno=kmod020;didno=kmod020;view=imag
e;seq=58;node=kmod020%3A1;page=root;size=100
Figura 5.5
SIKLI, B. J. Scissors lift. US 4175644. 27 nov. 1979. Disponível em:
<http://www.google.ch/patents/US4175644>.
Figura 5.8
SELDEN, L. K. Umbrella. US 23503. 5 abr. 1859. Disponível em:
<http://www.google.com/patents/US23503>.
Figura 5.12
http://www.vedoque.net/emilio/wp-content/uploads/2012/08/UIA-03-1.jpg
Figura 5.16
HOBERMAN, C. Reversibly expandable doubly-curved truss structure. US
4942700. 24 jul. 1988. Disponível em:
<http://www.google.com/patents/US4942700>.
Figura 7.21
PINERO, E. P. Three dimensional reticular structure. 21 abr. 1961. Disponível
em: <https://www.google.com/patents/US3185164>.
Figura 8.1
HOBERMAN, C. Folding covering panels for expanding structures. US 6834465.
26 nov. 2001. Disponível em:
<https://www.google.com/patents/US6834465>.
Figura 8.2
TRAUT, C. Collapsible stairway. US 2050593. 11 ago. 1936. Disponível em:
<https://www.google.com.au/patents/US2050593>.
OLODORT, R.; TANG, J. Collapsible keyboard. US 6331850. 18 dez. 2001.
Disponível em: <https://www.google.com/patents/US6331850>.
102
APÊNDICE A
ângulo do arco original (0,5π), e com número de cópias igual à metade do número
de divisões utilizado no arco, razão pela qual o número de divisões é restrito a
números pares. Para esta redução, utilizou-se do componente aritmético division,
associado ao mesmo slider que define o número de divisões, e com o valor 2 na
segunda entrada do componente.
Figura 9.5: Superfície (boundary) resultante do componente offset com arcos nas extremidades.
Componente array polar aplicado à superfície.
Fonte: elaborado pelo autor.
Por fim, é preciso utilizar mais uma vez o componente array polar para
realizar cópias em todos os demais quadrantes (figura 9.6). Tendo em vista que uma
circunferência possui apenas quatro quadrantes, o número de cópias deverá ser
também igual a quatro, resultando no domo paramétrico completo.
Figura 9.7: Limites de retração e expansão da estrutura contendo três segmentos por quadrante.
Fonte: elaborado pelo autor.
106
APÊNDICE B
linha-guia e o terceiro ponto é dado pela intersecção da esfera maior com um plano
sobre a terceira linha-guia. Para ser uma reta, todos os três pontos precisam estar
alinhados.
A partir da geração das curvas, é necessário encontrar uma linha reta que
atravesse ambas as curvas simultaneamente, o que manterá constante as distâncias
necessárias para a primeira barra, gerando-a então. Para isso, é necessário criar um
meio cone entre o maior arco e o ponto transladável e, dessa forma, aonde esse
cone cruzar com o primeiro arco ambas as distâncias são adequadas e estão
precisamente alinhadas.
através do componente loft. Por fim, o componente surface | currve produz um ponto
resultante da intersecção
o entre o cone gerado pelo loft e a menorr curva (figura 9.11).
O componente Ve
ector 2pt é capaz de criar um vetor entre
e dois pontos dados,
e é necessário para cria
ar a primeira barra articulável. Esse com
mponente foi utilizado
entre o ponto transladávvel e o ponto resultante da interseção en
ntre cone e curva – a
junção intermediária. O vetor
v resultante foi utilizado no compone
ente line SDL - start /
direction / length - send
do start o ponto inicial da linha; directio
on o vetor com sua
direção e length seu com
mprimento, devendo este último ser o mesmo
m raio da esfera
maior. Assim, ao muda
ar a posição do ponto deslizante, a linh
ha funciona como a
primeira barra articulada
a (figura 9.12).
Figura 9.12:
9 Desenvolvimento da primeira barra articulad
da.
Fonte: elaborado pelo autor.
110
Resolvido o funcio
onamento da primeira barra, basta realiza
ar um espelhamento
desta através da segund
nda linha guia - que funcionará como um
m eixo de simetria –
para criar a segunda barra
b articulada e finalizar o primeiro pa
ar de barras (figura
9.13). Para o espelhame
ento é necessário utilizar o plano vertical oriundo da extrusão
da segunda linha guia.
Por último, uma vvez que o primeiro par de barras articulladas já se encontra
operante, é necessário utilizar
u o componente array polar para crriar os demais pares
de barras através de có
ópias rotacionadas. O número de cópias
s deverá ser igual à
metade do número de diivisões da primeira circunferência do algo
goritmo – que possuía
número par, finalizando o algoritmo (figura 9.14).
Figura
a 9.14: Sistema pantográfico de Selden finalizado
o.
Fonte: elaborado pelo autor.
111
APÊNDICE C
Criação do algoritmo pa
para a simulação digital da estrutura de Piñero.
O algoritmo se inic
icia utilizando o componente Construct Po
Point para criação um
ponto que funcionará co
omo centro geométrico do sistema. A parrtir deste ponto, cria-
se o parâmetro que defin
ne o comprimento da barra: uma linha perfeitamente
p vertical
entre este primeiro pontto e uma cópia sua criada pelo compone
nente move ao longo
do eixo cartesiano Z. O parâmetro que definirá esta distância entre
e os dois pontos
definirá igualmente o co
omprimento das barras articuladas de tod
odo o sistema (figura
9.15).
A seguir, é nece
essário utilizar um componente rotate para
p rotacionar essa
barra – em qualquer ângu
gulo maior que 0 e menor que 90 - a parttir do ponto inicial do
sistema e com desenvo
olvimento em plano XZ. Esta rotação é a responsável por
conduzir a abertura e a retração de todo o sistema. Na barra
b rotacionada é
necessário utilizar o com
mponente evaluate curve para definir a posição da junção
intermediária das barras
s, gerando um ponto ao longo desta linh
ha cuja posição será
definida através de núm
mero com variação entre 0 e 1, sendo 0 a posição em uma
extremidade da barra e 1,
1 na extremidade oposta (figura 9.16).
Utilizando o comp
ponente vector2Pt, é necessário criar um
m vetor informando a
direção a qual essa prrimeira barra possui a partir de dois p
pontos dados. Estes
pontos são resultantes do
d componente curve | line – ponto A – e o centro do arco –
ponto B. No primeiro pon
nto, utilizando de um componente line SDL
SD (começo, direção
e comprimento), é traçad
da uma linha utilizando o vetor recém criiado como direção e
cujo comprimento seja o mesmo especificado para as barras
s de todo o sistema
(figura 9.18). Esta linha é a primeira barra articulada que compõ
õe o sistema, e deve
ser copiada radialmente
e mais duas vezes ao longo de 360 graus,
gr mantendo um
ângulo interno de 120 graus
gr entre cada barra. Estas são as trêss primeiras barras da
estrutura de Piñero. Para
ra realizar as cópias rotacionadas foi utiliizado o componente
array polar.
O ponto central do
d arco e sua cópia rotacionada em 120
0 graus no plano XY
devem ser utilizados com
mo centro de duas esferas cujo raio é o mesmo: a distância
entre si – componente distance
d entre os dois pontos. A intersecçção entre estas duas
esferas – componente solid
s intersection – cria um sólido em fo
ormato de disco cuja
circunferência é utilizada
a para a criação da décima barra do siistema (figura 9.23).
Em paralelo, o ponto inicial da quarta barra do sistema e outros dois pontos
quaisquer presentes na
a primeira linha inicial são necessários para criar um novo
plano a partir destes trê
ês pontos – componente plane 3pt. Sua
a origem é utilizada
como centro de uma novva circunferência – componente circle – com
c raio equivalente
a menor distância enttre a junção central e as extremidad
des das barras. A
intersecção entre este círculo
c e o disco resultante da interse
ecção das esferas –
componente brep | curve
e – resulta em dois pontos de intersecçã
ão, dentre os quais o
mais externo é a junção
o central da décima barra – a ser sele
ecionado através do
componente list item com
m índice 0. Utilizando um novo compone
ente vector 2pt entre
o mesmo ponto inicial da
d quarta barra e a junção intermediária
a da décima barra, é
possível criá-la – compo
onente line SDL - com origem neste mesm
mo ponto inicial, com
direção resultante deste último vetor e com comprimento igual ao
o das demais barras
(figura 9.24).
A junção mediana
a da décima barra é utilizada também pa
ara criar a 11ª. e 12ª.
barras, pois a compartilh
ham. Para criá-las, é necessário selecion
nar a sexta barra do
sistema – componente list
l item com índice 10 no segundo arra
ay polar utilizado – e
115
Para a intersecção
ão das esferas foram utilizados dois comp
ponentes brep | brep
e, para intersecção das circunferências oriundas das esferas, o componente curve |
curve (figura 9.27). O p
produto da intersecção das curvas são dois pontos onde o
mais externo deles é a próxima junção intermediária articulada
a, que é selecionada
pelo componente list item
m com índice 0. Então, os três pontos utiilizados como centro
das esferas são o pon
nto A de três componentes vector 2p
pt e a nova junção
intermediária será o pon
nto B. Dos mesmos três pontos partem três linhas line SDL
com direção dada por seu respectivo vetor e comprimento igu
gual ao das demais
barras, resultando nas barras
ba 19, 20 e 21 (figura 9.28).
Estas três barrass devem ser espelhadas utilizando o componente mirror
através de um plano de
escrito pela 2. barra. Como resultado, as
s barras 22, 23 e 24
são produzidas (figura 9.29).
9 Por último, é necessário utilizar um
m componente array
polar contendo as barra
as 19, 20, 21, 22, 23 e 24, para produzirr outras duas cópias
destas seis barras ao lo
ongo de 360 graus. Finalizando o algorit
itmo e possibilitando
verificar o funcionamento
o das barras articuladas de Piñero, confo
orme figura 9.30.
117