PCDT Ist 2022 - TBL2 - 82 104
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Não existe uma avaliação complementar que determine com precisão o diagnóstico
da infecção na criança. Assim, esse diagnóstico exige uma combinação de avaliação
clínica, epidemiológica e laboratorial103.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Para fins clínicos e assistenciais, alguns fatores são considerados para o tratamento adequado
da gestante com sífilis, como:
› > Administração de benzilpenicilina benzatina;
› > Início do tratamento até 30 dias antes do parto;
› > Tratamento finalizado antes do parto;
› > Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da infecção;
› > Respeito ao intervalo recomendado entre as doses.
Para fins clínicos e assistenciais, alguns fatores são considerados para avaliar a resposta
terapêutica após o tratamento da sífilis na gestante, como:
› > Tratamento adequado da gestante com sífilis;
› > Avaliação quanto ao risco de reinfecção;
› > Resposta imunológica adequada:
› Documentação de queda da titulação do teste não treponêmico em pelo menos duas
diluições em até três meses, ou de quatro diluições em até seis meses após a conclusão do
tratamento (ex.: antes, 1:16; depois, menor ou igual a 1:4);
› Documentação de queda da titulação em pelo menos duas diluições em até seis meses
para sífilis recente ou até 12 meses para sífilis tardia.
Obs.: após o tratamento adequado, muitas vezes é observada estabilidade de títulos em teste
não treponêmico quando o título inicial for menor ou igual a 1:4. O tempo de monitoramento
durante a gestação pode ser insuficiente para observar diminuição da titulação do teste não
treponêmico.
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ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
A resposta imunológica pode ser mais lenta sem que se configure falha de
tratamento, com redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses
(sífilis primária, secundária e sífilis latente recente) ou 12 meses (sífilis tardia) após o
tratamento adequado.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Recém-nascido
RN de mulher
diagnosticada com realizar avaliação
e manejo clínico
Recém-nascido e ADEQUADAMENTE conforme
TRATADA* a Figura 9
RN de mulher
diagnosticada com
avaliação e
ou puerpério, NÃO manejo clínico
Recém-nascido TRATADA ou TRATADA conforme
DE FORMA NÃO a Figura 9
ADEQUADA
Fonte: DCCI/SVS/MS.
*Tratamento adequado: tratamento completo para o respectivo estágio clínico da sífilis, com benzilpenicilina benzatina,
iniciado até 30 dias antes do parto. As gestantes que não se enquadrarem nesse critério serão consideradas como
tratadas de forma não adequada.
Nota: as crianças nascidas de mãe com cicatriz sorológica para sífilis antes da gestação DEVEM realizar teste não
treponêmico na maternidade e, na ausência de sinais/sintomas, não necessitam de avaliação ou tratamento na maternidade.
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ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Deve haver atenção específica aos sinais e sintomas mais clássicos, referentes às
manifestações precoces de sífilis congênita.
Além do exame físico, toda criança exposta à sífilis deve ser submetida a exame
laboratorial não treponêmico para exclusão da possibilidade de sífilis congênita.
No teste não treponêmico, um título maior que o materno em pelo menos duas
diluições (ex.: materno 1:4, RN maior ou igual a 1:16) é indicativo de infecção congênita.
No entanto, a ausência desse achado não exclui a possibilidade do diagnóstico de SC.
Alguns estudos demonstraram que menos de 30% das crianças com sífilis
congênita têm resultado pareado do teste não treponêmico maior que o materno105,106;
portanto, é fundamental a realização do seguimento de todas as crianças.
O Quadro 21 apresenta os testes para a criança exposta à sífilis que devem ser
realizados na maternidade ou casa de parto e no seguimento clínico e laboratorial.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
NA
TESTES DE MATERNIDADE
NO SEGUIMENTO O QUE AVALIAR
SÍFILIS OU CASA DE
PARTO
Não reagente ou reagente com titulação
menor, igual ou até uma diluição maior que a
materna (ex.: RN 1:4 e materna 1:2): baixo risco
de SC.
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ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
› Persistência da titulação reagente do teste não treponêmico aos seis meses de idade;
E/OU
› Aumento nos títulos não treponêmicos em duas diluições ao longo do seguimento (ex.: 1:2
ao nascimento e 1:8 após).
Nesses dois casos, as crianças serão notificadas para sífilis congênita e submetidas
à punção lombar para estudo do LCR com análise do VDRL, contagem celular e
proteína, devendo ser tratadas durante dez dias com penicilina parenteral (a escolha
do tratamento dependerá da presença ou não de neurossífilis), mesmo quando houver
histórico de tratamento prévio.
O seguimento de crianças expostas à sífilis pode ser feito na Atenção Básica111, com
especial atenção ao monitoramento de sinais e sintomas sugestivos de sífilis congênita,
além do monitoramento laboratorial com teste não treponêmico em 1, 3, 6, 12 e 18 meses
de idade. A partir dessa idade, se não houver achados clínicos e laboratoriais, exclui-se SC.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
ESQUEMA
ESTADIAMENTO ALTERNATIVAa (EXCETO PARA GESTANTES)
TERAPÊUTICO
Seguimento
habitual na rotina A criança exposta à sífilis, mesmo que não tenha
da puericultura, sido diagnosticada com sífilis congênita no momento
conforme no nascimento, pode apresentar sinais e sintomas
recomendação da compatíveis com a doença ao longo do seu
Saúde da Criança: desenvolvimento. Dessa forma, deve ser realizada busca
na 1ª semana de ativa de sinais e sintomas a cada retorno referente às
vida e nos meses manifestações precoces de SC e ao desenvolvimento
1, 2, 4, 6, 9, 12 e 18, neuropsicomotor.
com retorno para
Consultas checagem de exames Espera-se que os testes não treponêmicos declinem aos 3
ambulatoriais de complementares, se meses de idade, devendo ser não reagentes aos 6 meses
pueri- for o caso. caso a criança não tenha sido infectada e se trate apenas
de passagem passiva de anticorpos maternos.
cultura
Se, no seguimento, ocorrer elevação de títulos em duas
Avaliação laboratorial diluições em teste não treponêmico ou persistência da
com teste não titulação aos 6 meses de idade, a criança deverá ser
treponêmico com investigada, submetida a coleta de líquor, tratada para
1, 3, 6, 12 e 18 sífilis congênita com benzilpenicilina potássica (cristalina)
meses de idade, por 10 dias e notificada à vigilância epidemiológica.
interrompendo-se o
seguimento após dois A partir dos 18 meses de idade, se não houver achados
testes não reagentes clínicos e laboratoriais, exclui-se SC.
consecutivos.
Observações:
Solicitar testes não treponêmicos, para que os resultados estejam disponíveis na consulta de retorno.
Aproveitar o momento da consulta para avaliar o risco de outras IST maternas. O diagnóstico prévio de
uma IST é fator de risco para outras, inclusive HIV, que pode ser transmitido pelo aleitamento materno.
Indagar sobre práticas sexuais e oferecer testagem para a mãe da criança e suas parcerias sexuais, na
rotina, enquanto a mulher estiver amamentando (testagem para HIV pelo menos a cada 6 meses).
Oferecer teste rápido para hepatite B e vacina contra hepatite B, quando não houver histórico de
vacinação.
Fonte: Brasil (2017)8.
A sífilis congênita precoce deve ser diagnosticada por meio de criteriosa avaliação
clínica e epidemiológica da situação materna, associada à avaliação clínico-laboratorial
e exames de imagem na criança.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA
ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Quando a mãe não foi tratada ou foi tratada de forma não adequada durante o pré-
natal, as crianças são classificadas como caso de sífilis congênita, independentemente
dos resultados da avaliação clínica ou de exames complementares.
Todas as crianças com sífilis congênita devem ser submetidas a uma investigação
completa, incluindo punção lombar para análise do líquor e radiografia de ossos longos.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
GESTACIONAIS/PERINATAIS
Prematuridade –
Baixo peso ao nascer
(<2.500g) –
SISTÊMICAS
Linfadenomegalia O linfonodo pode ser de até 1cm, geralmente não flutuante e firme.
generalizada
Continua
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ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Continuação
Atraso no
desenvolvimento –
neuropsicomotor
MUCOCUTÂNEAS
HEMATOLÓGICAS
Leucopenia –
Leucocitose –
MUSCULOESQUELÉTICAS
90
SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Conclusão
Anormalidade mais comum na sífilis congênita precoce não tratada, surgindo
em 70% a 100% dos casos; tipicamente múltipla e simétrica, acometendo
Anormalidades principalmente ossos longos (rádio, ulna, úmero, tíbia, fêmur e fíbula).
radiográficas
Pode ocorrer dor à movimentação ativa ou passiva dos membros e, por causa
da dor, a criança pode apresentar-se irritada e tendente à imobilidade.
NEUROLÓGICAS
Curso prolongado.
OUTROS
Fontes: Chakraborty; Luck (2008)119; Dobson; Sanchez (2014)120; Hollier et al.(2001)117; Ingall et al. (2006)121; Rawstron
(2008)122; Robinson (2009)123; Saloojee et al. (2004)124; Moreira-Silva et al. (2009)125.
Legenda: AST/ALT – aspartato aminotransferase/alanina aminotransferase; FA – fosfatase alcalina.
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SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
CARACTERÍSTICAS MANIFESTAÇÕES
Os testes de sífilis e exames deverão ser realizados de acordo com o Quadro 25.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Quadro 25 – Testes de sífilis e exames complementares para crianças com sífilis congênita
EXAME NO
NA MATERNIDADE O QUE AVALIAR
COMPLEMENTAR SEGUIMENTO
Teste não treponêmico Coletar amostras Realizar com Espera-se que os testes não
pareadas de 1, 3, 6, 12 e 18 treponêmicos declinem aos 3
sangue periférico meses de idade. meses de idade, devendo ser
do RN e da mãe Interromper não reagentes aos 6 meses
para comparação. o seguimento caso a criança tenha sido
laboratorial adequadamente tratada.
Não realizar após dois testes
coleta de cordão não reagentes Idealmente, o exame deve ser
umbilical. consecutivos. feito com o mesmo método e
no mesmo laboratório.
Leucopenia ou leucocitose;
Plaquetopenia.
Continua
93
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SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Conclusão
Líquor – LCR SIM Deve ser VDRL reagente no líquor;
avaliado a cada
6 meses nas Pleocitose;
crianças que
apresentaram Proteína aumentada (Valores
alteração inicial de exames liquóricos no Quadro
(neurossífilis), 26);
até
normalização. VDRL reagente no líquor ou
aumento na celularidade ou
da proteína que não possam
ser atribuídos a outras causas
requerem tratamento para
possível neurossífilis (Figura 9).
Desmineralizações simétricas
localizadas e destruição
óssea da porção medial da
metáfise proximal tibial (sinal
de Wimberger – diagnóstico
diferencial com osteomielite e
hiperparatireoidismo neonatal);
O Ultrassom Transfontanela –
USTF é uma opção de exame
não invasivo.
Fonte: DCCI/SVS/MS.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Acredita-se que a neurossífilis ocorra em 60% das crianças com sífilis congênita,
com base na presença de alterações no líquor, como reatividade no VDRL, pleocitose
e aumento na proteinorraquia131. No entanto, nenhum desses achados apresenta
suficiente sensibilidade e especificidade132,133. Além disso, a reatividade do VDRL no
líquor do recém-nascido pode representar resultado falso-reagente relacionado a
anticorpos maternos circulando no SNC do neonato, ou contaminação com sangue
periférico por acidente de punção; podem ocorrer, ainda, resultados falso-negativos
(recém-nascidos com VDRL não reagente em um primeiro momento) em crianças que
posteriormente desenvolvem sinais de neurossífilis.
LCR SUGESTIVO
LCR DE SÍFILIS NAS
LCR NORMAL LCR NORMAL
PARÂMETRO SUGESTIVO DE CRIANÇAS
PRÉ-TERMO A TERMO
SÍFILIS NO RN MAIORES QUE
28 DIAS
115mg/dL 90mg/dL
Proteínas >150mg/dL >40mg/dL
(LVN: 65-150mg/ (LVN: 20-170mg/
dL) dL)
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ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Conclusão
Consulta Semestrais por 2 anos Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor.
neurológica
No caso de neurossífilis, repetir punção lombar
a cada 6 meses, até normalização bioquímica,
citológica e sorológica. Se o VDRL liquórico
permanecer reagente ou a celularidade e/ou
proteína liquóricos se mantiverem alterados,
realizar nova investigação clínico-laboratorial
e retratar. Exames de imagem também podem
ser considerados nesse cenário.
Observações:
Solicitar testes não treponêmicos, para que os resultados estejam disponíveis na consulta de retorno.
Aproveitar o momento da consulta para avaliar o risco de outras IST maternas. O diagnóstico
prévio de uma IST é fator de risco para outras, inclusive HIV, que pode ser transmitido pelo
aleitamento materno.
Indagar sobre práticas sexuais e oferecer testagem para a mãe da criança e suas parcerias
sexuais, na rotina, enquanto a mulher estiver amamentando (testagem para HIV pelo menos a
cada 6 meses).
Oferecer teste rápido para hepatite B e vacina contra hepatite B, quando não houver histórico de
vacinação.
Fonte: DCCI/SVS/MS.
A benzilpenicilina benzatina é uma opção terapêutica, mas restrita às crianças cuja mãe
não foi tratada ou foi tratada de forma não adequada, e que apresentem exame físico normal,
exames complementares normais e teste não treponêmico não reagente ao nascimento.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA
ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Fonte: DCCI/SVS/MS.
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SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
› Benzilpenicilina procaínaa 50.000 UI/kg, IM, uma vez ao dia, por 10 dias OU
› Benzilpenicilina potássica (cristalina) 50.000 UI/kg, IV, de 12/12h (crianças com menos de 1
semana de vida) e de 8/8h (crianças com mais de 1 semana de vida), por 10 dias.
a
É necessário reiniciar o tratamento se houver atraso de mais de 24 horas na dose.
Na ausência de neurossífilis, a criança com sífilis congênita pode ser tratada com
benzilpenicilina procaína fora da unidade hospitalar, por via intramuscular; OU com
benzilpenicilina potássica/cristalina, em internação hospitalar.
Como existem evidências de que os níveis de penicilina no líquor são menores com
penicilina procaína138, é recomendado o uso de benzilpenicilina potássica/cristalina
para os casos de neurossífilis, com necessidade de internação hospitalar.
› Benzilpenicilina potássica (cristalina) 50.000 UI/kg, IV, de 4/4h a 6/6h, por 10 dias.
Crianças diagnosticadas com sífilis congênita após um mês de idade e aquelas com
sífilis adquirida deverão ser tratadas com benzilpenicilina potássica/cristalina.
99
100
Figura 9 –Fluxograma para avaliação e manejo na maternidade das crianças nascidas de mães com diagnóstico de sífilis na gestação atual ou no momento do parto
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Realizar teste rápido de sífilis em toda gestante que chega à maternidade, bem como nas mulheres em abortamento
Em caso de teste rápido não reagente e ausência de infecção por sífilis: não há necessidade de condutas para a gestante e a criança.
Em caso de teste rápido reagentea: avaliar histórico de tratamento de sífilis na gestante
SIM NÃO
Realizar TNT sérico na mãe e no recém nascido, ao mesmo tempo. Noficar para sífilis congênita e realizar TNT sérico na mãe e no recém nascido, ao
Noficar para sífilis congênita Criança com sífilis Criança com sífilis Aplicar
Criança exposta à sífilis congênita SEM neurossífilis congênita COM benzilpenicilina
Realizar avaliação para
STORCH Para definição do tratamento, neurossífilis benzana, 50.000
Sem necessidade de Tratar com benzilpenicilina UI/kg, dose única,
seguir o fluxograma como
tratamento imediato cristalina OU Tratar com intramuscular
criança nascida de mãe não
adequadamente tratada benzilpenicilina procaína, benzilpenicilina cristalina,
por 10 dias por 10 dias
Fonte: DCCI/SVS/MS.
Fonte: DCCI/SVS/MS.
Legenda: TNT – Teste não treponêmico; STORCH – sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes vírus.
Legenda: TNTem
a Realizar TNT – Teste não treponêmico; STORCH – sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes vírus).
sangue periférico em todos recém-nascidos de mãe com teste rápido e/ou TNT reagente no momento do parto, independentemente de tratamento prévio realizado.
a
Realizar TNT em sangue periférico em todos recém-nascidos de mãe com teste rápido e/ou TNT reagente no momento do parto, independentemente de tratamento prévio realizado.
SÍFILIS CONGÊNITA E CRIANÇA EXPOSTA À SÍFILIS
Observação 1:
Tratamento materno adequado:
Registro de tratamento completo com benzilpenicilina benzatina, adequado para o
estágio clínico, com primeira dose realizada até 30 dias antes do parto.
Observação 2:
Opções terapêuticas:
Benzilpenicilina potássica/cristalina 50.000 UI/kg, IV, de 12/12h na primeira
semana de vida e de 8/8h após a primeira semana de vida, por 10 dias.
Obs.: é necessário reiniciar o tratamento se houver atraso de mais de 24 horas na dose.
Benzilpenicilina procaína 50.000 UI/kg, IM, uma vez ao dia, por 10 dias.
Obs.: é necessário reiniciar o tratamento se houver atraso de mais de 24 horas na dose.
Benzilpenicilina benzatina 50.000 UI/kg, IM, dose única.
Observação 3:
Investigação para STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e
herpes vírus):
A Portaria nº 3.502, de 19 de dezembro de 2017, instituiu a Estratégia de
fortalecimento das ações de cuidado das crianças suspeitas ou confirmadas
para Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika e outras síndromes
causadas por sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes vírus139.
Realizar avaliação de acordo com as Orientações integradas de vigilância e atenção
à saúde no âmbito da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional140.
O cuidado à criança exposta à sífilis e com sífilis congênita envolve diferentes pontos
de atenção à saúde. O seguimento é fundamental para crianças expostas à sífilis e
com diagnóstico de sífilis congênita. Ressalta-se que é importante também realizar o
seguimento do tratamento de sífilis nas puérperas, mães das crianças expostas à sífilis e
com sífilis congênita, com monitoramento das titulações de testes não treponêmicos até
momento da alta por cura. Portanto, estabelecer a linha de cuidado dessas crianças e mães
na rede de atenção é de responsabilidade de estados, Distrito Federal e municípios.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA
ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Atenção Básica
Atenção Básica Maternidade/ Serviços da
coordenadora especialidade
Pré-natal Casa de parto
do cuidado
Fonte: DCCI/SVS/MS.
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