Osteomielites 2023

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 134

OSTEOMIELITES

R3 HPP ANDREA FINATTO


REVISÃO TEOT 2023
HC-UFPR
• Processo inflamatório
progressivo que pode
envolver o osso, medula
óssea, periósteo e tecidos
moles circundantes.

• Causado por patógenos


infecciosos, resultando em
destruição óssea, necrose,
aposição de novo osso e
formação de sequestro
CLASSIFICAÇÃO
• Duração dos sintomas
• AGUDA x SUBAGUDA x CRÔNICA

• Mecanismo de infecção
• HEMATOGÊNICO – bacteremia
• EXÓGENO – inoculação direta (fratura exposta, ulceras
profundas, iatrogênico) ou por contiguidade

• PÓS-TRAUMÁTICAS, HEMATOGÊNICAS, CONTIGUIDADE


(GMotta)

• Resposta do hospedeiro
• PIOGÊNICA x NÃO-PIOGÊNICA
NUNCA CAIU, mas está no MOTTA...
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA
EPIDEMIOLOGIA

• Tipo mais comum de infecção óssea


• Normalmente em crianças, na metáfise de ossos de
crescimento rápido
• Pico bimodal
• < 2 anos → epífise e metáfise
• Entre 8-12 anos → diáfise de ossos longos
• 50% das crianças com dx de OHA têm < 5 anos
• Mais comum no sexo masculino em todas as faixas etárias
• Causa → bacteremia + fator predisponente
• Trauma local, doenças crônicas, desnutrição, alterações do
sistema imune
FISIOPATOLOGIA
• Instalação da bactéria na região metafisária de ossos com
crescimento rápido (maior vascularização/Fluxo mais
lento/Menos celulas de defesa)

• Proliferação bacteriana → reação inflamatória → necrose


isquêmica óssea local → formação de abscesso

• Com o crescimento do abscesso, aumento da pressão


intramedular → isquemia cortical, podendo causar saída do
material purulento pela cortical até espaço subperiosteal

• Se não tratado, processo leva a formação extensa de sequestro


e osteomielite crônica
• Efeitos da osteomielite na criança:
• Varia de acordo com a idade, baseada na diferença no suprimento
sanguíneo e anatomia óssea
• Fise, de maneira geral, funciona como barreira que previne a
disseminação de um abscesso metafisário para a epífise

• < 18 meses/2 anos de idade:


• Metáfise tem menos céls. fagocíticas, predispondo a infecção nesta
área
• Alguns vasos cruzam a fise, possibilitando a disseminação da
infecção para a epífise
• Por isso são suscetíveis a encurtamento e deformidade angular se
a fise ou epífise forem lesadas
• Abcesso formado na metáfise rompe a cortical metafisária fina,
formando um abscesso subperiosteal
• Diáfise raramente envolvida, e sequestro extenso só ocorre em
casos muito severos
• > 2 anos:
• Fise funciona como barreira para a disseminação do abscesso
metafisário
• Como cortical metafisária é mais espessa, diáfise está em
maior risco
• Se infecção se espalha p/ diáfise, suprimento sanguíneo
endosteal é prejudicado
• Predispõe a formação de sequestro extenso e osteomielite
crônica em casos não tratados
• Abscesso subperiosteal também contribui para o processo se
presente (por comprometer suprimento periosteal)
• Adultos:
• Muito menos comum; normalmente em indivíduos debilitados
• Corpos vertebrais geralmente acometidos, mas pode ocorrer
em qualquer local
• Abscessos se espalham lentamente, e grandes sequestros são
raros
• Se ocorre destruição cortical localizada → risco de fratura
patológica (vértebra principal)
• Infecção pode se estender da metáfise para epífise, podendo
provocar artrite séptica
• Disseminação para articulações contíguas:
• Principalmente < 2 anos, pelo cruzamento dos vasos pela fise
• Em articulações com fise intra-articular → artrite séptica
• Fêmur proximal (mais afetado)
• Fíbula distal
• Rádio proximal
• Úmero proximal
• Em infecções severas, pode ocorrer separação epifisária
PATÓGENOS

• Crianças mais velhas e adultos


• S. aureus é o mais comum (85%)
• Gram-negativos: comum nas infecções de corpo vertebral
em adultos
• Pseudomonas sp. / Candida sp.
• Mais comum nos usuários de drogas EV
• Salmonella
• Hemoglobinopatias / Anemia falciforme
PATOGENOS

Crianças novas – S. aureus ainda é o mais comum


• Streptococcus grupo B
• Mais provável em criança de 2-4 semanas sem outras
comorbidades = canal do parto
• Gram negativos
• Prematuros que passaram por UTI (junto com o S. aureus)
• 40% tem envolvimento multifocal (vários pontos de infecção)

• Haemophilus influenzae
• Crianças de 6 meses a 4 anos, mas caiu com a vacinação
• MRSA e Kingella kingae
• Patógenos em ascensão; quadros mais complicados, mais
indolentes, de difícil tratamento
DIAGNOSTICO
• Clínica
• Dor local
• Primeira manifestação
• Causada pela pressão intra-óssea e reação inflamatória
• Edema
• Pode ser significativo; existem casos de Sd. compartimental
• Sinais de comprometimento de estado geral
• Astenia, apatia, abatimento, queda de estado geral
• Hiperemia, febre (>39oC), impotência funcional, dor à
palpação em região metafisária

• Sinais e sintomas podem não estar presentes no início


• Crianças novas, idosos e imunocomprometidos → clínica
pode ser mínima
LABORATORIO

• Exames laboratoriais:
• Hemograma
• Leucocitose (pode estar normal, principalmente em fases iniciais)
• VHS
• Pico em 3-5 dias do início da infecção
• Normaliza em 3 semanas do início do tto (se tratada
adequadamente)
• Bom para acompanhamento do tratamento
• PCR
• Mais sensível que o VHS
• Elevação após 6h do início da infecção
• Pico em 48 horas
• Normalização = 1 semana após início
do tratamento adequado
IMAGEM

• Radiografia:
• Sensibilidade 43-75%
• Especificidade 75-83%
• Edema de partes moles com 1-3 dias
• Pode ser útil pedir RX contralateral para comparação
• Alterações ósseas (reação periosteal, destruição)
normalmente com 10-12 dias
• 10-14 dias Gmotta
• 10-21 dias RW9
• Quando consegue ver alteração óssea no raio-x → perda de
30-50% do conteúdo mineral ósseo (RW9)

Na apresentação aguda o RX geralmente está normal


IMAGEM

• Cintilografia TRIFASICA
• Tecnécio-99m = confirma o diagnóstico em 90-95% dos
pacientes após 24 a 48h
• Se negativa exclui a doença // Melhor para Aguda que para
Crônica
• Hipercaptante em todas as fases (Fluxo/Equilibro/Retardada)
• Pode ser fria se acometimento do fluxo sanguineo devido à
necrose ou pus subperiosteal.
• Indio 111 Mais sensível
• TC
• Pouca utilidade na fase aguda, melhor para identificar
sequestro
• Melhor que o rx em osso esponjoso (ilíaco, vertebra)
IMAGEM

• RNM
• Importante para o diagnóstico precoce (1-2 dias de infecção)
e planejamento cx
• Alterações inflamatórias precoces na medula óssea e tecidos
moles
• Boa para detectar abscessos intra-ósseos e subperiosteais
• Baixo sinal em T1, alto em T2 e STIR
• 98% sensibilidade, 75% especificidade
• US
• Bom para diagnóstico diferencial com celulite / abscesso de
partes moles / AS / tumor
• Operador dependente, 60% de acurácia
IDENTIFICANDO O AGENTE

• Hemocultura
• Positiva somente em 50%
• Aspirado ósseo:
• Na área metafisária de maior dor e edema
• 1o no espaço subperiosteal; se necessário, medular óssea
Se osteomielite no quadril / vértebra, puncionar guiado por US
ou TAC
TRATAMENTO
• Se instituído de forma precoce, diminui morbidade

• ATB e cirurgia são complementares


• Algumas vezes cirurgia nem é necessária → se apenas inflamação,
sem abscesso ou sequestro

• Internamento
• Realização de exames
• Suporte geral com hidratação, analgesia e posicionamento
confortável do membro
• Se RNM / US não identificaram abscesso, iniciar ATB empírico
• PCR = a cada 2 a 3 dias
• Se ausência de melhora clínica em 24-48h, suspeitar de
abscesso oculto e indicar cirurgia
Princípios de Nade (1983):
1. Antibiótico apropriado será eficaz antes da formação de
pus
2. Antibióticos não esterilizarão tecidos avasculares ou
abscessos, e essas áreas exigem remoção cirúrgica
3. Se essa remoção for eficaz, os antibióticos devem evitar
sua formação novamente e por essa razão o fechamento
primário da ferida deve ser seguro
4. A cirurgia não deve danificar ainda mais o osso e o
tecido mole isquêmicos
5. Antibióticos devem ser continuados depois da cirurgia
• Indicações de cirurgia
• Presença de abscesso que necessita drenagem; presença de
sequestro ósseo; falha no tratamento empírico 24-48hrs
• Objetivo
• Drenar abscessos e remover todo o tecido necrótico ou
inviável
• Técnica
• Microperfurações se abscesso subperiosteal, janela óssea
(aprox. 1,3 x 2,5cm) se abscesso intramedular
• Não fechar hermético, manter dreno e imobilizar p/ evitar
fratura patológica
• Antibioticoterapia
• Inicialmente empírico
• Após culturas, guiado
• Duração do tratamento
• Normalmente de 4-6 semanas
• 10 dias EV
• Dependendo de curva térmica, evolução clínica e laboratorial
• VO

• SEMPRE CX?? = Não!!!!


OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA SUBAGUDA
• Forma atípica
• Início mais insidioso
• ausência de sinais sistêmicos exuberantes
• Diagnóstico difícil (e atrasado)
• Relativamente comum
• 1/3 das infecções ósseas primárias
• Sem relação com episódio de infecção aguda local prévia

• Ossos longos dos MMII (+ comum)


• Idade média 7,5 anos
INSIDIOSO?

• ↑ Resistência do hospedeiro
• ↓ Virulência do microorganismo
• Uso de ATB prévio

• Atraso no diagnostico de cerca de 2 semanas

• Manifestações clínicas
• Dor leve a moderada – único sina consistente
• Febre / febricula
EXAMES COMPLEMENTARES

• Laboratório:
• Leucócitos = geralmente normais
• VHS = elevado em apenas 50% dos pacientes
• PCR normal
• Hemoculturas = normalmente negativas (+ em 20-60%)
• Radiografia e cintilografia = positivas
• RNM
• Não é característica, mas ajuda a diferenciar de outras
doenças (ex. tumor) e no planejamento cirúrgico
CLASSIFICAÇÃO
IA

• LESÃO METAFISÁRIA RADIOLUSCENTE


IB

• LESÃO METAFISÁRIA RADIOLUSCENTE COM HALO


ESCLERÓTICO
II

• LESÃO METAFISÁRIA EXCÊNTRICA COM EROSÃO CORTICAL


III

• LESÃO CORTICAL COM REAÇÃO PERIOSTEAL LOCALIZADA


IV

• REAÇÃO PERIOSTEAL TIPO CASCA DE CEBOLA


V

• LESÃO EPIFISÁRIA RADIOLUCENTE


VI

• ENVOLVENDO CORPO VERTEBRAL / CRUZANDO FISE


• Fui na BRODIE brown encher meu GROULER de
CHOOPP. Comi PEQUENAS AZEITONAS AZUIS E
CARNE DE ONÇA TB

Abscesso de Brodie
Granuloma Eosinofílico
Osteoma Osteoide
Ewing
Condroblastoma
Osteossarcoma / TB
DIAGNOSTICO

• Biopsia + cultura recomendadas (C14)


• Mas nem sempre necessárias (L7)
• Nem sempre tem material purulento, mas tecido de
granulação infectado é comum
• S. aureus e S. epidermidis são os germes mais comuns
• Aspirado ósseo e biópsia identificam o patógeno em 60% das
vezes
TRATAMENTO

• Abscesso simples na epífise ou metáfise


• Biópsia não é recomendada
• Antibiótico intravenoso por 48 horas + 6 semanas de
antibiótico via oral (C14 + L7)

• Lesões agressivas ou que não respondem à tratamento


clínico
• Biópsia aberta + curetagem + antibioticoterapia
OSTEOMIELITE CRÔNICA
• Seu marco é a presença de osso morto infectado rodeado
por osso esclerótico e relativamente avascular, coberto por
um periósteo espessado e musculo / subcutâneo
cicatriciais
• Sequestro!
• Envelope cicatricial avascular torna ATB inefetivo
• Difícil de erradicar
• Mesmo com remissão dos sinais, pode existir um ou mais
focos ósseos com material purulento, tecido de granulação
infectado ou sequestro
• Exacerbações agudas intermitentes podem ocorrer por
anos
• Normalmente respondem a repouso + ATB
• Infecções secundárias são comuns
• Culturas de tratos fistulosos = usualmente não se
correlacionam com as culturas obtidas na biópsia óssea
• Múltiplos organismos podem crescer
• Erradicação geralmente requer desbridamento cirúrgico
agressivo com manejo do espaço morto + ATB efetivo
• Porém, nem sempre é a melhor opção (ex. pacientes
debilitados)
• Desbridamento limitado + ATB supressivo + suporte
nutricional podem limitar drenagem e dor
CIERNY MADER
Tipo anatômico: Classe fisiológica:

• Tipo I = Medular (doença• Hospedeiro A = Normal


endosteal) (imunocompetente com boa
• Tipo II = Superficial vascularização local)
(superfície cortical infectada• Hospedeiro B = Comprometido
por defeito de cobertura) (fatores locais ou sistêmicos
• Tipo III = Localizada que comprometem imunidade
(seqüestro cortical que pode ou cicatrização)
ser excisado sem• Hospedeiro C = Proibitivo
comprometer a estabilidade) (quando resultado do
• Tipo IV = Difusa (I, II ou III + tratamento é potencialmente
instabilidade mecânica antes mais danoso que a condição
ou depois do desbridamento) atual – por déficit funcional,
morbidade antecipada ou
baixa chance de cura)
• Clínica
• Focar na integridade de pele e partes moles, determinar
pontos dolorosos, avaliar estabilidade óssea e NV
• Laboratório
• Pouco específico e sem relação com severidade
• VHS e PCR - elevados na maioria das vezes
• Leucocitose - presente em apenas 35%
• Radiografias
• Sempre pedir
• Destruição cortical, reação periosteal e sequestro
• TC
• Melhor para avaliação de seqüestros
• Cintilografia:
• Gálio:
• Captação aumentada em áreas com acúmulo de leucócitos ou
bactérias
• Leucócitos marcados ou índio-111:
• Mais sensíveis
• Diferenciar de artropatia neuropática no pé diabético
• RNM:
• Sinal do halo = halo bem definido de alta intensidade
envolvendo o foco de doença ativa
• Tratos fistulosos e celulite = aumento de sinal em T2
• Biópsia com cultura: padrão ouro
• Maioria por estafilococos (principalmente pós-traumática)
• Anaeróbios e gram-negativos também frequentemente
isolados
• Enviar material ósseo e de partes moles (podem ser
diferentes)
TRATAMENTO

• Supressão antibiótica + debridamento cirúrgico e


reconstrução + controle das morbidades e fatores de risco
(DM, tabagismo…)
• Geralmente não cura sem cirurgia

• Objetivo da cirurgia: erradicação da infecção ao produzir


um ambiente vascular viável
• Seqüestrectomia + ressecção de osso e tecido mole
cicatricial e infectado
• Espaço morto (pelo defeito ósseo / de partes moles) deve
ser corrigido
• Enxerto ósseo c/ fechamento 1o ou 2o, pérolas de cimento
com ATB, flap muscular + enxerto de pele, tranferencias
microvasculares, transporte ósseo com Ilizarov

• Após cirurgia, manter ATB 6 semanas


• Preferencialmente EV
• Sequestrectomia + curetagem
• Manejo do espaço morto
• Técnica de Papineau
• Técnica de enxerto ósseo aberto, baseado na formação de
tecido de granulação sadio sobre o enxerto, que se torna
rapidamente vascularizado
• Boa quando rotação de retalhos ou transferências são difíceis
pela anatomia ou condições do paciente (ex. tabagismo)
• 3 estágios
• Técnica de Papineau
• Estágio I – Desbridamento e estabilização
• Ressecção do tecido necrótico e sequestro + irrigação
• Estabilização com fixador externo ou HIM s/n
• Curativo a vácuo
• Repetir procedimento a cada 48h até leito saudável viável
• Estagio II - Enxertia
• Preencher defeito c/ osso esponjoso do ilíaco ou tíbia proximal
• Curativo a vácuo a cada 72-96h até tecido de granulação
saudável
• Estágio III – Cobertura
• Enxerto de pele ou por 2a intenção
• Cimento com antibiótico
• Concentração local 200x maior que ATB sistêmico
• TERMOESTÁVEIS!
• Aminoglicosídeos são o ATB mais usados
• Vanco pode mas não é tão bom
• Ação por 2-4 sem (retirar entre 10-80 dias, pois corpo
estranho pode ser colonizado e perpetuar infecção)
• Pérolas ou haste com cimento
• Existem sistemas biodegradáveis que não precisam ser
retirados
BIOFILME

• Na osteomielite crônica, há a presença do biofilme alojado


nos tecidos desvitalizados e no próprio material de
implante. Portanto a ressecção dos tecidos desvitalizados
e a retirada do material de implante é parte fundamental
para que tenhamos sucesso terapêutico. As consequências
na estabilidade do membro após a retirada do material de
síntese deverão ser consideradas quanto à viabilidade
dele. A utilização de material de síntese no futuro só
poderá ser considerada se tivermos a confirmação
laboratorial e clínica da resolução completa do processo
infeccioso.
BIOFILME

• 65% infecções ortopédicas são causados por


microorganismos indutores de biofile
• Staphilococcus aureus e epidermidis
• Pseudomonas aeruginosa
• Propionibacterium acnes
• Geralmente um único microorganismo, mas pode ser
polimicrobiano
• A formação do biofilme inicia após poucas horas da
inoculação do patógeno (ex na fx exposta)
• Matriz polissacarídeos/proteínas/glicocálix
QUESTÕES
OQM

Na infecção pós-osteossintese, o biofilme é mais bem


descrito como:
a) Comunidade de bactérias sésseis com glicocálix
b) Colonia de estafilococos meticilina-resistentes
c) Corrosão induzida por liberação de debris
d) Metalose imunológica do hospedeiro
OQM

Na infecção pós-osteossintese, o biofilme é mais bem


descrito como:
a) Comunidade de bactérias sésseis com glicocálix
b) Colonia de estafilococos meticilina-resistentes
c) Corrosão induzida por liberação de debris
d) Metalose imunológica do hospedeiro
Sobre o biofilme é correto afirmar que:
a) Só é encontrado na presença de material de síntese e
mais comumente é polimicrobiano
b) Pode ser encontrado na ausência de material de síntese
e maiscomumente é polimicrobioano
c) Pode ser encontrado na ausência de material de síntese
e mais comumente é unimicrobiano
d) Só é encontrado na presença de material de síntese e
mais comumente é unimicrobiano
Sobre o biofilme é correto afirmar que:
a) Só é encontrado na presença de material de síntese e
mais comumente é polimicrobiano
b) Pode ser encontrado na ausência de material de síntese
e maiscomumente é polimicrobioano
c) Pode ser encontrado na ausência de material de síntese
e mais comumente é unimicrobiano
d) Só é encontrado na presença de material de síntese e
mais comumente é unimicrobiano
TARO 2015

A Osteomielite hematogênica aguda do 1/3 proximal do


fêmur apresenta maior possibilidade de evolução para
osteonecrose da epífise da faixa etária entre:
a) 0-18 meses
b) 18 meses – 3 anos
c) 3-6 anos
d) 6-12 anos
TARO 2015

A Osteomielite hematogênica aguda do 1/3 proximal do


fêmur apresenta maior possibilidade de evolução para
osteonecrose da epífise da faixa etária entre:
a) 0-18 meses
b) 18 meses – 3 anos
c) 3-6 anos
d) 6-12 anos
TARO 2019

A infecção óssea, após osteossintese com placa que penetra


o córtex, mas não cria instabilidade axial, é classificada por
Cierny-Mader como tipo
a) II
b) III
c) IV
d) V
TARO 2019

A infecção óssea, após osteossintese com placa que penetra


o córtex, mas não cria instabilidade axial, é classificada por
Cierny-Mader como tipo
a) II
b) III
c) IV
d) V
No tratamento para osteomielite crônica, o uso de esferas
de PMMA é uma prática clinica aceita. Qual dos antibióticos
abaixo não é recomendado o uso associado?
a) Vancomicina
b) Tobramicina
c) Gentamicina
d) Polimixina B
No tratamento para osteomielite crônica, o uso de esferas
de PMMA é uma prática clinica aceita. Qual dos antibióticos
abaixo não é recomendado o uso associado?
a) Vancomicina
b) Tobramicina
c) Gentamicina
d) Polimixina B
TARO 2013
Na gangrena gasosa o germe mais envolvido é o Clostridium
a) Novyi
b) Difficile
c) Septicum
d) Perfringens
TARO 2013
Na gangrena gasosa o germe mais envolvido é o Clostridium
a) Novyi
b) Difficile
c) Septicum
d) Perfringens
TARO 2014
A infecção pós osteossintese do tipo precoce, geralmente é
causada por Staphylococcus :
a) Aureus e Streptococcus sp
b) Aureus e bacilos gram negativos
c) Coagulase negativo e Streptococcus sp
d) Coagulase negativo e bacilos gram negativos
TARO 2014
A infecção pós osteossintese do tipo precoce, geralmente é
causada por Staphylococcus :
a) Aureus e Streptococcus sp
b) Aureus e bacilos gram negativos
c) Coagulase negativo e Streptococcus sp
d) Coagulase negativo e bacilos gram negativos
TARO 2019
A osteomielite subaguda que acomete a vértebra é
classificada segundo a classificação de Gledhill modificada
por ROberts, como tipo:
a) Ia
b) III
c) IV
d) VI
TARO 2019
A osteomielite subaguda que acomete a vértebra é
classificada segundo a classificação de Gledhill modificada
por ROberts, como tipo:
a) Ia
b) III
c) IV
d) VI
TARO 2014
Na osteomielite hematogênica aguda em pacientes usuários
de drogas intravenosas, o agente mais comum é:
a) Salmonella
b) Haemophilus
c) Pseudomonas
d) Staphilococcus
TARO 2014
Na osteomielite hematogênica aguda em pacientes usuários
de drogas intravenosas, o agente mais comum é:
a) Salmonella
b) Haemophilus
c) Pseudomonas
d) Staphilococcus
TARO 2012
Segundo Cierny e Mader, a osteomielite diafisaria
classificada como localizada corresponde ao tipo
a) I
b) II
c) III
d) IV
TARO 2012
Segundo Cierny e Mader, a osteomielite diafisaria
classificada como localizada corresponde ao tipo
a) I
b) II
c) III
d) IV
TARO 2012
A osteomielite hematogênica aguda por Haemophilus
influenzae ocorre primariamente em crianças com idade
entre:
a) Nascimento e 6 meses
b) 6 meses e 4 anos
c) 4 a 8 anos
d) 8 a 12 anos
TARO 2012
A osteomielite hematogênica aguda por Haemophilus
influenzae ocorre primariamente em crianças com idade
entre:
a) Nascimento e 6 meses
b) 6 meses e 4 anos
c) 4 a 8 anos
d) 8 a 12 anos
TARO 2017
Na osteomielite hematogênica aguda a região metafisaria é
mais acometida por apresentar pequeno numero de:
a) Linfocitos
b) Macrofagos
c) Osteoblastos
d) Osteoclastos
TARO 2017
Na osteomielite hematogênica aguda a região metafisaria é
mais acometida por apresentar pequeno numero de:
a) Linfocitos
b) Macrofagos
c) Osteoblastos
d) Osteoclastos
TARO 2020
Na osteomielite hematogênica aguda o acometimento
metafisario associado a artrite séptica é mais frequente em
crianças:
a) Maiores que 18 meses e no joelho
b) Menores que 18 meses e no joelho
c) Maiores que 18 meses e no quadril
d) Menores que 18 meses e no quadril
TARO 2020
Na osteomielite hematogênica aguda o acometimento
metafisario associado a artrite séptica é mais frequente em
crianças:
a) Maiores que 18 meses e no joelho
b) Menores que 18 meses e no joelho
c) Maiores que 18 meses e no quadril
d) Menores que 18 meses e no quadril
TARO 2016
No tratamento da infecção pos-osteossintese, o uso local de
antibióticos associado ao PMMA requer que a droga
escolhida seja:
a) Termolabil
b) Lipossoluvel
c) Termoestavel
d) Hidrossoluel
TARO 2016
No tratamento da infecção pos-osteossintese, o uso local de
antibióticos associado ao PMMA requer que a droga
escolhida seja:
a) Termolabil
b) Lipossoluvel
c) Termoestavel
d) Hidrossoluel
TARO 2010

59 - Na osteomielite hematogênica aguda tratada


adequadamente, os valores de VHS e PCR se normalizam,
respectivamente, em cerca de
a) 1 semana e 1 semana.
b) 1 semana e 3 semanas.
c) 3 semanas e 1 semana.
d) 3 semanas e 3 semanas.
TARO 2010

59 - Na osteomielite hematogênica aguda tratada


adequadamente, os valores de VHS e PCR se normalizam,
respectivamente, em cerca de
a) 1 semana e 1 semana.
b) 1 semana e 3 semanas.
c) 3 semanas e 1 semana.
d) 3 semanas e 3 semanas.
TARO 2011
Na osteomielite subaguda tipo III de Rober et Al. Localiza-
se na região:
a) Diafisaria
b) Epifisaria
c) Vertebral
d) metafisaria
TARO 2011
Na osteomielite subaguda tipo III de Rober et Al. Localiza-
se na região:
a) Diafisaria
b) Epifisaria
c) Vertebral
d) metafisaria
41. Com relação à osteomielite aguda hematogênica, é
correto afirmar que:
a) antibioticoterapia (ATB) deve ser iniciada após o
aparecimento radiográfico da lesão óssea;
b) aspiração óssea, associada à ATB é tratamento eficaz;
c) inicia-se pela metáfise e o germe mais freqüente é o
estreptococo;
d) nos lactentes os achados laboratoriais são
freqüentemente inconclusivos;
e) o tratamento cirúrgico deve ser realizado em qualquer de
suas fases.
41. Com relação à osteomielite aguda hematogênica, é
correto afirmar que:
a) antibioticoterapia (ATB) deve ser iniciada após o
aparecimento radiográfico da lesão óssea;
b) aspiração óssea, associada à ATB é tratamento eficaz;
c) inicia-se pela metáfise e o germe mais freqüente é o
estreptococo;
d) nos lactentes os achados laboratoriais são
freqüentemente inconclusivos;
e) o tratamento cirúrgico deve ser realizado em qualquer de
suas fases.
• B ERRADA:
• PRINCIPIOS DE NADE
1 – Antibiótico apropriado será eficaz antes da formação de
pus
2 – Antibióticos não esterilizarão tecidos avasculares ou
abscessos, e essas áreas exigem remoção cirúrgica
3 – Se essa remoção for eficaz, os antibióticos devem evitar
sua formação novamente e por essa razão o fechamento primário
da ferida deve ser seguro
4 – A cirurgia não deve danificar ainda mais o osso e o tecido
mole isquêmicos
5 – Antibióticos devem ser continuados depois da cirurgia
3. Com relação à osteomielite crônica, é correto afirmar que:

a) não há comprometimento da vascularização óssea nos canais


de VOLKMANN;

b) a diáfise torna-se delgada, o canal medular estreito e as


fraturas patológicas ocorrem na metáfise;

c) não há comprometimento de partes moles e o revestimento


cutâneo encontra-se preservado;

d) as causadas por Salmonella ocorrem em associação com


hemoglobinopatias;

e) o tecido ósseo cortical comprometido é substituído, ao


contrário do metafisário.
3. Com relação à osteomielite crônica, é correto afirmar que:

a) não há comprometimento da vascularização óssea nos canais


de VOLKMANN;

b) a diáfise torna-se delgada, o canal medular estreito e as


fraturas patológicas ocorrem na metáfise;

c) não há comprometimento de partes moles e o revestimento


cutâneo encontra-se preservado;

d) as causadas por Salmonella ocorrem em associação com


hemoglobinopatias;

e) o tecido ósseo cortical comprometido é substituído, ao


contrário do metafisário.
4. A técnica de PAPINEAU foi descrita para o tratamento da
osteomielite crônica.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


4. A técnica de PAPINEAU foi descrita para o tratamento da
osteomielite crônica.

(x) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


Tecnica de Papineau= papineau et al descreveram a técnica aberta de enxerto ósseo
para o tratamento de osteomielite crônica. Este procedimento baseia-se nos
princípios:
Tecido de granulação resiste acentuadamente a infecção
Enxertos ósseos esponjosos autógenos são rapidamente revascularizados e
resistentes a infecção
A área infectada e completamente excisada
É fornecida drenagem adequada
É providenciada imobilização adequada
Antibióticos são usados por período prolongado
Há relatos de 84% de êxito com essa técnica. É dividida em 3 fases: excisão do
tecido infectado sem ou com estabilização usando um fixador externo ou haste
intramedular, auto enxerto esponjoso, fechamento da pele.
79. Em crianças acima de dois anos com osteomielite
hematogênica aguda, a linha epifisária é barreira eficiente
para impedir a progressão do processo infeccioso.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
79. Em crianças acima de dois anos com osteomielite
hematogênica aguda, a linha epifisária é barreira eficiente
para impedir a progressão do processo infeccioso.
(x) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
88. O abcesso de BRODIE, classificado por ROBERTS como
osteomielite tipo 1B, é de localização metafisária.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


88. O abcesso de BRODIE, classificado por ROBERTS como
osteomielite tipo 1B, é de localização metafisária.

(X) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


31. Na osteomielite hematogênica aguda, a velocidade de
hemossedimentação em comparação com a proteína C
reativa
a) é mais específica.
b) é menos sensível.
c) normaliza-se mais precocemente com o tratamento.
d) tem os seus valores elevados mais precocemente
31. Na osteomielite hematogênica aguda, a velocidade de
hemossedimentação em comparação com a proteína C
reativa
a) é mais específica.
b) é menos sensível.
c) normaliza-se mais precocemente com o tratamento.
d) tem os seus valores elevados mais precocemente
78. Na osteomielite hematogênica aguda, o aumento da
taxa de proteína C-reativa relaciona-se principalmente com
a ação de
A) interleucina-6.
B) proteína monocitária quimiotática.
C) interferon-gama.
D) fator de necrose tumoral.
78. Na osteomielite hematogênica aguda, o aumento da
taxa de proteína C-reativa relaciona-se principalmente com
a ação de
A) interleucina-6.
B) proteína monocitária quimiotática.
C) interferon-gama.
D) fator de necrose tumoral.
A osteomielite hematogênica aguda na pelve é mais
freqüente no:
A. Ílio
B. Ísquio
C. Sacro
D. Púbis
A osteomielite hematogênica aguda na pelve é mais
freqüente no:
A. Ílio
B. Ísquio
C. Sacro
D. Púbis
63. Os principais diagnósticos diferenciais das lesões ósseas
metáfiso-diafisárias em crianças são o sarcoma de EWING,
o granuloma eosinófilo e a osteomielite.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


63. Os principais diagnósticos diferenciais das lesões ósseas
metáfiso-diafisárias em crianças são o sarcoma de EWING,
o granuloma eosinófilo e a osteomielite.

(X) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


75. Na osteomielites agudas hematogênicas, a indicação de
tratamento cirúrgico ocorre após o aparecimento de
levantamento periosteal visível na radiografia.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


75. Na osteomielites agudas hematogênicas, a indicação de
tratamento cirúrgico ocorre após o aparecimento de
levantamento periosteal visível na radiografia.

( ) Certo (X) Errado ( ) Não sei

É INDICADO DRENAGEM SE OS SINTOMAS NÃO


MELHORAREM EM 36-48H DE ATB OU A ASPIRAÇÃO
MOSTRAR PUS; LOVELL, 518
84. Na osteomielite crônica, as culturas obtidas da fístula
em geral não se correlacionam com aquelas obtidas por
biópsia óssea.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


84. Na osteomielite crônica, as culturas obtidas da fístula
em geral não se correlacionam com aquelas obtidas por
biópsia óssea.

(x) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

• Marca característica: osso morto infectado dentro de


um envoltório de tec mole comprometido. Focos
infectados envoltos por tec avascular (osso
esclerótico) que dificulta ação dos ATB.
• Na osteomielite crônica, infecções 2arias são comuns
e as culturas dos tratos fistulosos usualmente não se
correlacionam com as cult obtidas na biópsia óssea
65. Em crianças, na osteomielite de calcâneo, secundária a
ferimento puntiforme, os germes mais freqüentes são
Stafilococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


65. Em crianças, na osteomielite de calcâneo, secundária a
ferimento puntiforme, os germes mais freqüentes são
Stafilococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa.

(x) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


27. Na osteomielite hematogênica aguda proximal do fêmur,
a contaminação articular não ocorre pela presença da placa
epifisária.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei


27. Na osteomielite hematogênica aguda proximal do fêmur,
a contaminação articular não ocorre pela presença da placa
epifisária.

( ) Certo (X) Errado ( ) Não sei

Sizínio, 729
A placa fisária realmente atua como barreira às bactérias,
porém algumas metáfises são intrarticulares como a artic
coxofemoral, escapuloumeral, tornozelo e cabeça do rádio.
32. A faixa etária onde existe maior incidência de bactérias
gramnegativascomo organismos causadores da osteomielite
aguda hematogênica é:
a) em neonatos;
b) entre os seis e doze meses de idade;
c) entre um e três anos de idade;
d) dos três anos até a adolescência;
e) em adolescentes.
32. A faixa etária onde existe maior incidência de bactérias
gramnegativascomo organismos causadores da osteomielite
aguda hematogênica é:
a) em neonatos;
b) entre os seis e doze meses de idade;
c) entre um e três anos de idade;
d) dos três anos até a adolescência;
e) em adolescentes.
31. Com relação à osteomielite subaguda, é correto afirmar
que:
a) o quadro clínico é exuberante apenas no início da
doença;
b) BRODIE descreveu um abcesso esclerosante no colo do
fêmur;
c) a cultura do material purulento é positiva em 60% dos
casos;
d) os tipos I e II de ROBERTS são de localização diafisária;
e) responde bem à antibioticoterapia endovenosa na fase
inicial da doença.
31. Com relação à osteomielite subaguda, é correto afirmar
que:
a) o quadro clínico é exuberante INSIDIOSO no início da
doença;
b) BRODIE descreveu um abcesso esclerosante no colo do
fêmur; “Sir Benjamin Brodie, a surgeon in St George's Hospital, London, United Kingdom, first
described subacute osteomyelitis in 1832. [4] He amputated the leg of a man who had intractable pain
for a number of years. On examination of the amputated limb, Brodie found a cavity the size of a
walnut filled with dark-colored pus.”
c) a cultura do material purulento (MATERIAL ÓSSEO BIOPSIA + CULTURA) é
positiva em (20-)60% dos casos;
d) os tipos I e II de ROBERTS são de localização diafisária
METAFISARIA;
e) responde bem à antibioticoterapia endovenosa na fase
inicial da doença.

Você também pode gostar