CriançAfrica

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 CRIANÇAFRICA

SUMÁRIO

Apresentação................................................................................................................03
Missão: Auxiliar Educacional......................................................................................04

Responsabilidades: Auxiliar Educacional....................................................................04

O que é imprescindível para trabalhar com a Educação Infantil.................................07

A Afetividade / Agressividade na Educação Infantil...................................................11

Mordidas! O que fazer?...............................................................................................12

Cuidados pessoais......................................................................................................19

Cuidados com a Criança...............................................................................................20

Fases do desenvolvimento Infantil (0 a 6 anos)...........................................................26

Referencias Bibliográficas...........................................................................................37
APRESENTAÇÃO

ORIENTAÇÕES PARA AUXILIAR


EDUCACIONAL DA EDUCAÇÃO
INFANTIL

É com enorme satisfação que organizamos estas


orientações para você, monitora , que atuará com crianças da
faixa etária de 0 a 12 anos
As intenções passadas por este contato devem ser
precedidas por ações. Ao entender que a prática educativa é
permeada por diversos aspectos como saúde,higiene, segurança
e prevenção, estas ações
precisam ser incorporadas à rotina do profissional da
educação infantil. Acreditamos num trabalho criterioso,
responsável, que esteja centrado em alguns procedimentos básicos
que não interferem na criatividade e especificidade do fazer de
cada johrei center . Acreditamos que este documento contribuirá
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para ratificar e/ou enriquecer as

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práticas de toda a comunidade que lida diretamente com as
crianças. Vamos falar sobre cuidados pessoais, cuidados com o
ambiente e cuidados com a criança.
Monitora do criançafrica
A missão da monitora do criançafrica é auxiliar na
educação religiosa da criança afim de assegurar o seu
Responsabilidade
aproveitamento pessoal e espiritual com base nos
1 - Participar e manter-se integrado de todas as atividades desenvolvidas pela
ensinamentos
equipe de trabalho defora
em sala de aula, ou Meishu-sama
dela;

2 - Participar das reuniões e seminários

3 - Auxiliar na elaboração de materiais pedagógicos (jogos, materiais de outros);

4 - Promover ambiente de respeito mútuo e cooperação, entre as crianças e


demais profissionais da Unidade Educativa, proporcionando o cuidado e
educação;

5- Observar e registrar na agenda, sempre sob a supervisão do professor, os fatos


ocorridos durante o dia, a fim de garantir a comunicação com a família, o bem-
estar e o desenvolvimento sadio da criança;

6- Participar ativamente no processo de adaptação das crianças eatendendo


a todas as suas necessidades;

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7- Atender as crianças em suas necessidades diárias, estimular,orientar e
cuidar da criança na aquisição de hábitos .

8- Participar do processo de integração da unidade educativa, família


ecomunidade;

9- Auxiliar o professor na construção do material didático, bem como


naorganização, higienização e manutenção deste material

10 - Conhecer o processo de desenvolvimento da criança, mantendo-


seatualizado, através de leituras, formação continuada, seminários e outros
eventos;

11 - Organizar, orientar e zelar pelo uso adequado do espaço, dosmateriais e dos


brinquedos;

12 - No exercício das suas funções com as crianças, não dirija a sua atenção para
outras atividades como, por exemplo, conversando com outras pessoas ou
falando ao celular. Estas ações dificultam ou impossibilitam a atenção à
criança, colocando em risco a sua segurança.

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O QUE É IMPRESCINDÍVEL
PARA TRABALHAR COM A
EDUCAÇÃO INFANTIL :
Sendo a Educação Infantil a fase inicial da vida escolar da criança,
necessário se torna que as monitoras envolvidos neste processo especialmente
educadores – apresentem aspectos condizentes à realidade em questão. Certas
características devem ser observadas ao se contratar este profissional e eticamente
falando – ao assumir a responsabilidade de se trabalhar com crianças. Foram
elencadas abaixo vinte pré-requisitos características que um profissional deve ter
para realizar um trabalho prazeroso e significativo com crianças pequenas.

1- SER ÉTICO, assuntos relacionados à instituição e suas famílias devem ser


preservados. Nesta fase é comum crianças comentarem intimidades das famílias
– estes casos ajudam os profissionais a conhecerem a realidade de vida da criança
– e também alguém da família procurar apoio, confiando seus problemas a
pessoas que trabalham na Instituição. Todavia, estes fatos somente poderão ser
comentados em casos extremos a pessoas especializadas (Pedagogos,
Psicopedagogos, Psicólogos e Assistentes Sociais) e com a aprovação da Equipe
dirigente da Instituição. Tratar aos colegas com respeito e cordialidade, evitando
brincadeiras desnecessárias e abusivas, afinal a criança observa o professor e o
imita a todo momento.
2 – TRABALHAR SEU TOM DE VOZ, falar corretamente com a criança,
utilizar-se de vocabulário adequado, não falar em tom áspero, irônico, nem em
tom alto. O ideal é manter um tom baixo e calmo, todavia caso haja necessidade
de uma alteração, que não haja grito e nem mudança na tonalidade da voz.

3- GOSTAR DE CRIANÇAS, é imprescindível que o profissional goste de


crianças, afinal nesta fase elas exigem paciência e amor a todo momento.
Pressupõe-se que quem gosta de crianças, goste também de trabalhar com elas. O
trabalho com pequenos requer disposição, carinho, responsabilidade e uma
energia imensa proveniente somente de quem gosta do que faz.

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4- AGILIDADE é uma característica de peso considerável, pois a criança
corre, pula, cai, levanta, descarrega energia e se envolve em situações repentinas
de risco, onde a agilidade do profissional pode evitar acidentes graves com os
pequenos.

5- BOM PREPARO FÍSICO, nesta fase a maioria das brincadeiras são


realizadas no chão, em rodas de conversa ou em círculos programados para as
atividades, para tanto o profissional necessita de boa disposição física para
sentar, levantar, pular, engatinhar, enfim participar de todas as atividades que
propõe à criança. Além do que, os pequenos adoram presenciar adultos
executando as mesmas atividades que eles.

5- SABER OUVIR OS RELATOS INFANTIS, nestes momentos o


profissional poderá detectar possíveis problemas de várias naturezas, pelos quais
a criança poderá passar - ou até mesmo sobre sua personalidade.

6- SER FIRME E AMÁVEL AO MESMO TEMPO, a criança testa o


adulto a todo instante e quando percebe que está vencendo, se torna
indisciplinada e resistente às regras de convivência. Porém, a amabilidade deve
ser cultivada, assim a criança se sentirá segura, afinal está em um ambiente onde
todos são estranhos a ela. Então, caberá ao educador conciliar ambos aspectos,
ponderando suas atitudes e conscientizando a criança sobre seus deveres, sempre
que necessário.

7- RECEBER BEM OS PEQUENOS E SEUS FAMILIARES, os pais


precisam se sentir seguros em relação ao local e às pessoas em que estão
confiando seus filhos. Portanto, o profissional deve recebê-los sempre com
cordialidade, esclarecendo suas dúvidas, tranquilizando-os em seus anseios, se
disponibilizando a atendê-los quando necessitarem e utilizando estratégias que
motivem a criança a gostar de ir para a instituição.

8- QUERER APRENDER, a todo momento surgem fatos inesperados


quando o assunto é criança, e nem sempre o profissional está preparado para
resolver tudo o que acontecer, portanto, deverá ter humildade para pedir ajuda e
querer aprender com os mais experientes.

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9 UTILIZAR ROUPAS ADEQUADAS, , o ideal é camiseta e calça de malha
ou jeans – mais largo – para não prejudicar o desempenho das atividades, e
tênis ou sandálias rasteirinhas. Roupas decotadas, saias, sandálias de salto,
roupas apertadas, transparentes, miniblusas ou tomara que caia devem ser
evitados, pois além de inibir o trabalho do profissional, desperta atenção de
pais, colabores, profissionais e demais pessoas envolvidas no processo.

10- NÃO DEIXAR AS CRIANÇAS SOZINHAS, ter consciência de que as


crianças não podem ficar sozinhas em nenhum momento, caso tenha necessidade
de se ausentar do espaço onde se encontra com a turma, peça a uma criança que
chame outro outra monitora para assumir seu lugar temporariamente. Um
segundo sozinhas, os pequenos cometem atitudes inesperadas.

11- JAMAIS DÊ AS COSTAS ÀS CRIANÇAS, ao falar com alguém na


porta da sala - ou em qualquer outro espaço - jamais dê as costas às crianças, em
fração de segundos acontecem muitos problemas sem que o educador esteja
vendo.

12- GOSTAR DE MÚSICA, nesta fase a musicalização é muito utilizada. A


monitoral deverá gostar, conhecer e querer aprender mais e mais músicas, de
preferências acompanhadas de gestos que ajudam muito no desenvolvimento
infantil.

13 SABER CONTAR HISTÓRIAS, sim pois contar histórias não é ler o


livro - é contar com emoção, despertando a curiosidade e a imaginação da
criança.

14 AUXILIAR NA DECORARAÇÃO DO AMBIENTE SEMPRE


QUENECESSÁRIO, os olhos da criança se cansam com facilidade de
determinadas decorações, para evitar esta situação, o ideal é utilizar cores
claras, tons pastéis e desenhos acompanhados de paisagens, passarinhos,
vales, árvores e flores, pois acalmam os pequenos.

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É importante ressaltar que não há receita pronta para se trabalhar em
nenhum nível educacional, mas a troca de experiências tem garantido
excelentes resultados as monitoras. Entretanto, a chave do sucesso de
qualquer trabalho consiste em gostar do que faz. Quando se faz o que
se gosta, as barreiras se tornam transponíveis e as amarras mais
frouxas.

A afetividade / agressividade na
Educação Infantil
No âmbito da educação infantil, a
inter-relação da professora e da auxiliar
com o grupo de alunos e com cada um
em particular é constante, dáse o tempo
todo, na sala, no pátio ou nos passeios, e
é em função dessa proximidade afetiva
que se dá a interação com os objetos e a
construção de um conhecimento
altamente envolvente.
Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento, neste
caso, o educador serve de continente para a criança. Poderíamos dizer, portanto, que o
continente é o espaço onde podemos depositar nossas pequenas construções e onde elas
tomam um sentido, um peso e um respeito,

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enfim, onde elas são acolhidas e valorizadas, tal qual um útero acolhe um embrião.
A escola, por ser o primeiro agente socializador fora do círculo familiar da
criança, torna-se a base da aprendizagem se oferecer todas as condições necessárias para
que ela se sinta segura e protegida.
Portanto, não nos restam dúvidas de que se torna imprescindível a presença de
um educador que tenha consciência de sua importância não apenas como um mero
reprodutor da realidade vigente, mas sim como um agente transformador, com uma
visão sócio crítica da realidade.
A criança ao entrar na escola pela primeira vez, precisa ser muito bem recebida,
porque nessa ocasião se dá um rompimento de sua vida familiar para iniciar-se uma
nova experiência, e esta deverá ser agradável, para que haja uma adaptação tranquila.
O afeto do professor, a sua sensibilidade e a maneira de se comunicar vão
influenciar o modo de agir dos alunos. Se o professor se expressa de forma agradável ou
de forma dura, criará mais motivação no aluno do que um ambiente neutro. Contudo, tal
expressão deve ser moderada; nem amigável demais, nem exageradamente dura. O afeto
refere-se a atitudes e sentimentos expressados ou presentes no ambiente.
Sua maneira de ser, atuar e falar é muito significativa. O professor pode ser frio,
distante, desinteressado ou pode ser alegre, amável e se interessar pessoal e
individualmente pelos alunos. Também a sala pode ser fria, sem nenhuma decoração, ou
pode ter avisos, quadros, plantas, animais e trabalhos artísticos. Isto vai afetar os
sentimentos e atitudes dos alunos.
Quando a criança se sente amada e é tratada com amor,
respeito, carinho, responsabilidade, paciência e
dedicação, a aprendizagem torna-se mais facilitada; ao
perceber os gostos da criança, deve-se aproveitar e
valorizar ao máximo suas aptidões e estimulá-la para o
ensino.

Mordidas! O que fazer?

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Ai, que vontade de morder. Antes de
falar, muitas crianças usam os dentes para se
comunicar. Saiba aqui como lidar com as
mordidas. Administrar bem as mordidas
favorece o desenvolvimento infantil e a
interação entre os colegas, ajuda as crianças a
perceberem outras formas de expressão e
impede rótulos e estigmas infundados.

Muitos professores enfrentam


constantemente o choro de dor de uma
criança e a reclamação de um pai indignado. Apesar de comum, a situação é um desafio
na Educação Infantil. Afinal, por que os pequenos gostam tanto de morder?
Um dos motivos é a descoberta do próprio corpo. Desde o aparecimento da
dentição até por volta dos 2 anos, eles mordem brinquedos, sapatos e até os próprios
pais, professores e amigos para descobrir sensações e movimentos.

O psicólogo francês Henri Wallon (1879-1962) escreveu que assim a criança


constrói seu “eu corporal”. É nessa fase, em que ela testa os limites do próprio corpo,
onde o dela acaba e começa o da outra pessoa.

E os dentes que estão nascendo estão em evidência", explica Heloysa Dantas,


professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. O
austríaco Sigmund Freud (1856-1939) também ajudou a entender as dentadas. O
fundador da psicanálise definiu como fase oral o período em que a criança sente
necessidade de levar à boca tudo o que estiver ao seu alcance, pois o prazer vital está
ligado à nutrição. Ela experimenta o mundo com o que conhece melhor: a boca.

Outra razão é a necessidade de se comunicar. Os pequenos não dominam a


linguagem verbal e utilizam a mordida para expressar descontentamento e irritação ou
para disputar a atenção ou objetos com os amigos. Amor e carinho também podem ser
expostos com uma mordidela, como fazem os adultos ao afagar os bebês. Também a
outros motivos para estes comportamentos - algumas crianças mordem quando estão
com fome ou com sono, por exemplo.

“O professor precisa perceber qual sentimento está em jogo para agir sem
drama”.

A separação dos pais e algumas situações novas vividas na escola podem gerar
desconforto e insegurança. Sem poder falar, os dentes viram um recurso de expressão.
Assim, fica fácil compreender por que as crianças que mordem não podem ser rotuladas.
Além da descoberta do corpo e da expressão de sentimentos, elas ainda estão
construindo a identidade. Quando estigmatizados,

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os pequenos sentem dificuldade em desempenhar outro papel que não o de agressor.
"Eles podem ter dificuldades de se relacionar. O que seria uma fase transitória pode se
cristalizar num comportamento permanente.

COMO TRATAR A CRIANÇA QUE MORDE:

• Não brigue com a criança que morde;


• Converse e explique para a criança que ninguém gosta de sentir dor e peça para
ajudar a passar remédio no machucado do colega (gelo, água, óleo,etc);

• Mostre nos dias seguintes a marca da mordida no colega e reforce queisso


causou muita dor e que o colega ficou triste. Repita isso muitas vezes;

• Descubra o que motivou o comportamento e mostre outras formas deexpressão;

• Nunca em hipótese alguma, falar aos pais da criança que foi mordida quem o
mordeu;

• Dar atenção especial à criança que morde, observá-la atentamente paraevitar


que as mordidas aconteçam;

• Nos momentos de brincadeiras nunca morder a criança;

• Não rotular a criança;

• Evitar deixar as crianças ociosas, pois essa é uma das causas damordida;

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• Em casos de a criança continuar mordendo deve-se informar a direçãoda escola.

A DIFÍCIL TAREFA DE MEDIAR AS RELAÇÕES ENTRE


FAMÍLIA X ESCOLA, É RESPONSABILIDADE DOS
PROFISSIONAIS INSERIDOS NA ESCOLA E
ENVOLVIDOS NO PROCESSO. PORTANTO NAS
SITUAÇÕES QUE
ENVOLVEM MORDIDA, DEVE-SE LEVAR EM CONTA AS
CIRCUNSTÂNCIAS E A FREQUÊNCIA EM QUE AS
MORDIDAS ACONTECEM.
A PRÁTICA DA
ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL
Dentro da rotina
estabelecida pelas creches e
escolas de Educação Infantil a
alimentação é um assunto que
gera ansiedade e
preocupação tanto nas
famílias quanto nas
educadoras. Isso porque o
trabalho com a alimentação
representa muito mais que o
simples ato de comer. As
famílias ficam preocupadas,
pois seus filhos, muitas
vezes, passam a maior parte do
tempo nas instituições
escolares, e com isso não
têm a possibilidade de acompanhar a rotina alimentar do filho e precisam do retorno da
professora para saber como foi o dia, o que comeu e quanto comeu. As educadoras, por
outro lado, se preocupam pois precisam dar conta de uma diversidade de hábitos
alimentares, além das possíveis restrições. Claro que existe uma equipe envolvida nessa
rotina (nutricionista, cozinheiras, auxiliares…), mas ainda assim é necessária uma boa

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dose de sensibilidade para

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detectar possíveis mudanças de comportamento que podem refletir na disposição da
criança em se alimentar.
Para estimular uma alimentação saudável é necessário um trabalho de parceria
entre educadores, nutricionista e porque não as famílias. Muitas instituições planejam
atividades que visam à integração dos cuidados com a ampliação das experiências para
aproximarem as crianças dos alimentos rejeitados, como legumes e verduras. É possível
desenvolver atividades e ou contar histórias onde os personagens principais são os
alimentos. Essa é uma forma de aproximar as crianças de todo o processo e não só do
ato de comer. Permitir que elas sentem com quem desejarem comer e, claro, conversar.
Educadores afirmam que a alimentação faz parte do processo educativo e por isso, é
uma parte importante do desenvolvimento infantil.
As orientações para alimentação das crianças em período integral são: café da manhã,
frutas (berçários), almoço, lanche da tarde e jantar. Toda alimentação oferecida nas
creches/escolas seguem um cardápio elaborado por nutricionistas, pois uma boa
alimentação é sinônimo de vida saudável. O trabalho com alimentação, seja na creche
ou em casa, requer atenção especial e muita disponibilidade. Ele envolve a construção
de hábitos alimentares como sentar- se à mesa e segurar os talheres, assim como a
descoberta e a valorização dos alimentos que fazem bem para a nossa saúde.

As crianças têm maior necessidade de beber


água que o adulto, uma vez que têm maior
percentual de água corporal. Portanto, devemos
sempre oferecer água para elas.

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O Sono das crianças
A hora do sono é um momento fundamental para o
desenvolvimento dos bebês e deve ser pauta das reuniões
pedagógicas e do planejamento da instituição de Educação
Infantil, para que esta possa oferecer condições adequadas e
acolhedoras de sono para as crianças.
A família deve ser ouvida e os hábitos de sono da
criança devem ser levados em consideração na creche
ou no Centro de Educação Infantil. Paninhos, fraldas, chupetas devem ser oferecidas às
crianças que fazem uso desses objetos em casa. Os educadores podem estimular a
criança a dormir sem precisar fazer uso desses objetos, mas isso deve ocorrer de forma
gradual e natural, para não causar traumas às crianças.

Local adequado. Um ambiente aconchegante, com luminosidade reduzida ( repouso


após o almoço) , colchões com livre acesso para a criança deitar ou levantar, roupas de
cama limpas e até mesmo uma musiquinha em som instrumental num volume bem
baixinho que também ajuda a criança a relaxar

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antes de adormecer. No momento do repouso é fundamental que o profissional esteja
muito atento, não disperse sua atenção das crianças.

Deixar a criança pegar no sono sozinha. Isso com bebezinhos é mais difícil,
então se preciso for deite-se com ele em colchonetes até adormecerem, mas de modo
geral, o ideal é que adormeçam sozinhos. O ideal seria deitá-los antes de terem dormido,
ainda sonolentos , porém acordados, assim na medida que forem crescendo não sentirão
a necessidade de dormir na cama dos pais.

Sons
A música precisa estar sempre a favor do trabalho
pedagógico. Entretanto, o som não deve estar tão alto que não
permita às crianças falarem e ouvirem umas às outras. A seleção
musical deve ser adequada à faixa etária.

O ambiente sonoro, assim como a presença da música em


diferentes e variadas situações do cotidiano fazem com que os
bebês e crianças iniciem seu processo de
musicalização de forma intuitiva. Do primeiro ao terceiro ano de vida, os bebês
ampliam os modos de expressão musical pelas conquistas vocais e corporais. A
expressão musical das crianças nessa fase é caracterizada pela ênfase nos aspectos
intuitivo e afetivo e pela exploração (sensório-motora) dos materiais sonoros.
As crianças integram a música às demais brincadeiras e jogos: cantam enquanto
brincam, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e
dramatizam situações sonoras diversas, conferindo “personalidade” e significados
simbólicos aos objetos sonoros ou instrumentos musicais e à sua produção musical.

O profissional deve ter na sua prática pedagógica o habito de cantar diariamente


com as crianças, pois a música, na educação infantil mantém forte ligação com o
brincar, podendo diversificar com: cantigas de ninar; as parlendas
; as canções de rodas; as adivinhas; os contos; os romances etc.,podendo acontecer
também e nos momentos de repouso e alimentação das crianças, procure sempre evitar o
som alto e dispersivo e/ou ruídos estridentes.

Procure sempre se dirigir às crianças com voz calma e acolhedora,


transmitindo segurança e proteção.

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“Mas não será fácil ser criança...
Há ilimitadas coisas para suspeitar e muitas para
adivinhar. As cores trocam de nuances, as nuvens
se movem sempre, os sons trocam de tons, o dia se
faz noite, as estrelas dormem com a luz do sol, as
chuvas caem do nada, a curiosidade pela língua dos
animais, o trajeto incontrolável do tempo e o vazio
vão até o muito longe.”

Manoel de Barros
CUIDADOS PESSOAIS
É imprescindível que os profissionais que
convivem com as crianças estejam atentos às
seguintes orientações:

Roupa – É importantíssimo que a roupa usada para


trabalhar com as crianças esteja limpa. A roupa ideal é
aquela que cobre o corpo e mantém o conforto, ou seja,
calça e camisa confortáveis, que permitam o
movimento e deixem a pele respirar. Calça de cotton,
tactel, camiseta de meia
manga
de malha ou cotton são excelentes opções.

Sapatos – Devem ser limpos, fechados, confortáveis, rasteiros, antiderrapantes,


sempre acompanhados por meias limpas.

Acessórios e adornos – brincos, piercings, colares, anéis, cintos, relógios de pulso


etc. devem ser retirados e guardados em local fora do alcance das crianças.

Nenhum objeto que caiba em um copinho de café pode estar ao alcance das
crianças. Logo, atenção redobrada aos botões, miçangas, lantejoulas e outras
miudezas. Evite a exposição das crianças a estes objetos.

Em caráter obrigatório, a lavagem das mãos deve ser


feita:

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• ao chegar na igreja

• antes e ao final de cada refeição,

• antes e ao final de cada troca de fraldas ou auxílio na


higiene da criança, antes e ao final da sua própria higiene,
e ao final de qualquer situação onde haja manipulação de
dejetos (fezes, vômito, urina, suor, secreções nasais etc.) de
crianças ou adultos.

A toalha usada para enxugar as mãos deve ser descartável; o uso de álcool gel
após a lavagem das mãos é também uma boa forma de proteção para o educador e a
criança.
Cabelos – no caso de cabelos longos, usá-los presos (rabo, trança ou coque) por
presilhas seguras, sem objetos pequenos ou pontas que possam se desprender.

Unhas – sempre curtas e preferencialmente sem esmaltes, pois facilitam a manutenção


da sua limpeza.

Higiene bucal – a boca deve estar sempre limpa e os dentes bem escovados utilizando
pasta de dente, dando bom exemplo às crianças e companheiros de trabalho. Use o fio
dental regularmente entre os dentes e a gengiva. A higiene bucal é fundamental para o
bem-estar de todos.

Cheiros – perfumes e cremes não devem ser usados em excesso, em especial aqueles
que têm cheiro forte e ativo, pois podem desencadear ou agravar quadros alérgicos.

Odores - Produtos com cheiros fortes, por exemplo, os de limpeza, devem ser usados
quando as crianças não estiverem presentes.

Óculos – quando necessários, devem ser usados com cordão de segurança.

Luvas – são grandes aliadas em prol da higiene e da segurança, inclusive para proteger
ferimentos, mesmo que superficiais, evitando infecções. As luvas podem ajudar muito.
O uso da luva é recomendado: nas trocas, na hora da higiene, nas refeições, em casos de
lesões eventuais, para se proteger de sangue, pus, catarro, diarreia, vômitos, etc. Cada
luva deve ser utilizada apenas uma vez e descartada após o uso.

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Cuidados com a Criança
Movimento é uma das palavras que melhor define a explosão de descobertas que
acontece no mundo infantil, na fase de zero aos quatro anos e onze meses. É
principalmente através dele que a criança se comunica e se relaciona com o mundo.

Cada novidade é um desafio a ser


explorado, sem receios, sem medos. Mas ela
precisa de segurança e proteção em todos os
momentos do dia. Esta atitude saudável requer
de nós incentivo e atenção. No contato com a
criança, o educador precisa estar sempre
vigilante.
• Crianças não podem ficar
desacompanhadas nunca, nem quando
estão dormindo.
• Precisamos estar presentes, atentos observando-a constantemente para
detectar qualquer evento, tal como um engasgo inesperado ou uma febre
repentina para podermos agir em tempo hábil.

• Precisamos compreender que é normal a criança pequena morder.


• Apesar de ser parte do desenvolvimento, os adultos precisam
estabelecer limites claros, impedindo, de forma calma, paciente e
sempre que possível, que elas aconteçam. Conversar muito com a
criança para que ela perceba que, é através do diálogo que melhor
resolvemos nossos conflitos.
• Observar roupas e calçados da criança se estão de acordo ao clima.
• Observar, junto com outro educador, as condições em que as crianças
chegam e registrar sempre possíveis anormalidades, alertando os pais
imediatamente.
• Registrar quaisquer situações que ocorram com as crianças no CEI em
agenda, para ciência dos pais.
• Uma atitude que demonstra o nosso respeito pela criança é sempre
pedirmos licença para tocarmos o seu corpo, explicando o objetivo de
cada gesto.
• Higiene do nariz – utilizar lenços descartáveis, pois a prática da higiene
nasal evita o surgimento de doenças. Aproveite para ensiná-las a cuidar
de si, disponibilizando lenços de papel quando

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solicitado por elas, mas supervisione bem estas ações, sem esquecer
que, em seguida, é preciso lavar as mãos.
• Mamadeiras e chupetas são exclusivamente de uso individual. Todo o
material deve estar marcado com o nome de cada criança. As escovas de
dente devem dispor de protetores que impeçam o contato de uma com a
outra e devem ser guardadas separadamente.
• O momento da refeição é importante para a criação de hábitos
saudáveis, entre eles o de comer sentado à mesinha ou à cadeirinha.
• Durante a refeição, cada criança deve comer somente de seu prato,
utilizando talheres e copos individuais e previamente higienizados.
• Os alimentos devem ser servidos em temperatura adequada para a
criança. A prática de o adulto soprar o alimento deve ser abolida,
por conta da vasta disseminação de micro-organismos.
• Nunca adiar a troca de fraldas, que deverá ser realizada de acordo com a
necessidade individual da criança e nunca em horários predeterminados.
• Ao entregar a criança ao responsável, certificar-se de que a mesma está
com a fralda seca e limpa.
• Higienizar as partes íntimas das crianças da frente para trás com
lencinho umedecido em água e, quando houver necessidade, lavá-las
com sabão.
• Os lenços de papel umedecidos são uma opção, porém contém
conservantes que podem provocar assaduras.
• A higiene oral deve fazer parte da rotina.
• Quando se fizer necessário dar banho na criança. O banho é um ato de
amor e que deve ser feito com calma. É um momento precioso, onde um
adulto interage individualmente com uma criança. Este momento deve
ser de muita conversa, de olho no olho, de brincadeiras com a água.

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NUNCA DEIXE A CRIANÇA
SOZINHA, NEM POR “UM
SEGUNDO”!

Desenvolvimento Social:

• É bastante sensível aos sentimentos dos que a


rodeiam relativamente a si própria;
• Tem dificuldade em cooperar e partilhar;
• Preocupa-se em agradar os adultos que lhe
são significativos, sendo dependente da sua aprovação e afeto;
• Começa a aperceber-se das diferenças no comportamento dos homens e das
mulheres;
• Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de
grupo com outras crianças;

Desenvolvimento Emocional:

• É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo;


• Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança;
• Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro;
• Começa a reconhecer os seus próprios limites, pedindo ajuda;
• Imita os adultos;

Desenvolvimento Moral:

• Começa a distinguir o certo do errado;


• As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem grande importância para
a criança;
• Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva; • Utiliza
ameaças verbais extremas, como por exemplo: "eu te mato!", sem ter noção das
suas implicações;
Característica da faixa etária dos 04 aos 05 anos
Desenvolvimento Físico:

• Rápido desenvolvimento muscular;


• Grande atividade motora, com maior controle dos movimentos;• Consegue
escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca ajuda;

Desenvolvimento Intelectual:

• Compreende as diferenças entre a fantasia e a realidade;

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• Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos",
"maior", "dentro", "debaixo", "atrás";
• Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar objetos
reais;
• Começa a reconhecer padrões entre os objetos: objetos redondos, objetos
macios, animais...

Desenvolvimento Social:

• Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser
seletiva acerca dos seus companheiros;
• Gosta de imitar as atividades dos adultos;
• Está a aprender a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro;

Desenvolvimento Emocional:

• Os pesadelos são comuns nesta fase;


• Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar;
• Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros;
• Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores;
• Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e
depois bastante envergonhada;
• Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo;

Desenvolvimento Moral:

•Tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se geralmente em


fazer o que está certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em
assumir a culpa pelos seus comportamentos);
Características da faixa etária dos 5 aos 6 anos
Desenvolvimento Físico:

• A preferência manual está estabelecida;


• É capaz de se vestir e despir sozinha;
• Assegura sua higiene com autonomia;
• Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando obrigada a comer
comidas de que não gosta; tem preferência por comida pouco elaborada,
embora aceite uma maior variedade de alimentos;

Desenvolvimento Intelectual:

• Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os tempos


verbais;
• Grande interesse pelas palavras e a linguagem;

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• Pode gaguejar se estiver muito cansada ou nervosa;• Segue instruções e aceita
supervisão;
• Conhece as cores, os números, etc.
• Capacidade para memorizar histórias e repeti-las;
• É capaz de agrupar e ordenar objetos tendo em conta o tamanho (do menor
ao maior);
• Começa a entender os conceitos de "antes" e "depois", "em cima" e
"em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem", "hoje",
"amanhã";

Desenvolvimento Social:

• A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear anão
voltar a vê-la após uma separação;
• Copia os adultos;
• Brinca com meninos e meninas;
• Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é
capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças,
manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo; • Brinca de forma
independente, sem necessitar de uma constante supervisão;
• Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;
Conhece as diferenças de sexo;
• Aprecia conversar durante as refeições;
• Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês;
• Está numa fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente aqueles que
não apresentam o mesmo comportamento; Desenvolvimento Emocional:

• Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair, de cães ou de danocorporal,


embora esta não seja uma fase de grandes medos;
• Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos
seguintes comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos,
fungar, etc.;
• Preocupa-se em agradar aos adultos;
• Maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dos outros;
• Envergonha-se facilmente;

Desenvolvimento Moral:

• Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá


por vezes mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis.

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“Aprendemos sobre o jeito de ser de cada criança através da forma
como se relaciona com seus amigos, seus brinquedos, como
manifesta suas vontades e afetos; tolera suas frustrações, através
das primeiras expressões gráficas e da linguagem”.

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