Edital Assistente Educacional

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Edital: Postura no atendimento aos Pais. Direitos da criança (ECA).

Deficiência intelectual; visual; auditiva; transtornos globais do


desenvolvimento ou altas habilidades-superlotação. Declaração de
Salamanca. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica. Programa Sala de Recursos Multifuncionais. Programa do Livro
Acessível. Programa Escola Acessível. Tecnologia Assistiva: conceitos;
modalidades; diretrizes; e, aplicação, no contexto inclusivo.
Desenvolvimento Emocional, Motor e Físico. Construção da Identidade e
Desenvolvimento da Autoestima. Comportamentos agressivos: birra,
manha, ciúmes, brigas. Orientação de como alimentar a criança de
maneira saudável. Adaptação das crianças no Berçário. Criança e
infância: conceito de infância, tipos de famílias e suas historicidades.
Bases legais sobre a oferta da Educação Infantil no contexto brasileiro. O
direito à educação: a legislação educacional brasileira. Socialização,
interação, cultura, múltiplas linguagens e práticas sociais de educação.
Cuidar e educar. O cotidiano e a rotina na educação infantil: profissionais,
currículo, espaço/tempo, avaliação, planejamento e atividades. As
concepções de ludicidade: o jogo, brinquedo e brincadeira e suas
aplicações no processo de aprendizagem; Contribuições da brincadeira,
das interações e da linguagem no processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança. A linguagem e a criança: aquisição da
linguagem; relações entre escrita, oralidade, linguagem verbal e não
verbal; a criança na sociedade letrada. Prevenção de acidentes. Noções
de primeiros socorros.

POSTURA DE ATENDIMENTO AOS PAIS:

Em um diálogo podemos falar mas precisamos ouvir, ouvir os pais, ouvir


os professores, uma escuta ativa e sensível e uma fala coordenada”, diz. Para
a professora é preciso primeiro escutar atentamente o que a família tem a
dizer. “Não é escutar e estar ali só de corpo presente, é ouvir mesmo, com
sensibilidade. 1. FAÇA COMBINADOS E ESCLAREÇA PREVIAMENTE AS
FAMÍLIAS SOBRE OS PROCEDIMENTOS E OBJETIVOS DOS
ATENDIMENTOS INDIVIDUALIZADOS
É importante estabelecer combinados prévios com as famílias sobre os
objetivos dos atendimentos individuais, isso evita que os pais recebam o
convite para uma conversa com tanta surpresa ou resistência. Esses
combinados podem ser feitos na Reunião de Pais, por exemplo ou, se não for
possível, por meio de uma cartinha ou bilhete que esclareça e exemplifique as
situações nas quais esses atendimentos trazem segurança e qualidade ao
trabalho realizado com a criança. Ao antecipar os objetivos do atendimento, é
indispensável deixar claro que assuntos específicos devem ser tratados
particularmente e com a atenção, respeito e seriedade que a criança merece.
Explique aos pais que, por mais simples que possam parecer aos olhos
dos familiares, a abordagem de quaisquer assuntos sobre a criança na porta da
sala devem ser evitados, pois nesses momentos as crianças estão chegando
(ou saindo) e aguardando a interação com a professora, e que como outras
demandas estão à sua espera podemos acabar falhando pela rapidez e falta de
atenção ao ouvir e dar devolutiva à família sobre o questionamento trazido.
Além disso, é um momento de movimentação, outras famílias e crianças estão
circulando no espaço, de modo que o assunto pode ser exposto à participação
mesmo que involuntária de terceiros. Assim, explique a necessidade de que as
conversas sejam agendadas com antecedência para que possam se organizar.
Esteja aberta para solicitações de atendimento feitas pelas famílias, muitas
dúvidas podem surgir sobre a educação escolar na Primeira Infância e saber
que você está disponível para conversar e esclarecê-las trará segurança às
famílias.

SEJA GENTIL E CUIDADOSA COM AS PALAVRAS AO CONVIDAR A


FAMÍLIA PARA UMA CONVERSA
O bom atendimento começa na abordagem! Como você já conversou
previamente com as famílias sobre a importância de atendimentos individuais
para conversar sobre as especificidades das crianças, os pais já compreendem
ou ao menos conhecem as motivações que o levam a solicitar um
agendamento. Ainda assim, imagine qual sentimento lhe desperta quando
alguém diz: “Eu quero conversar com você!”. Nós, particularmente, queremos
saber o assunto naquele momento. Quando não nos dizem de antemão,
mentalmente criamos possibilidades, até que nos digam do que se trata. E
você, já se sentiu assim? Curiosidade e ansiedade não farão bem para a
conversa, com certeza. E, se o convite vier acompanhado de uma expressão
não muito agradável, com tom de reclamação, O que vamos conseguir? Pais
“armados”, sem abertura para compartilhar informações ou para ouvir o que
temos a dizer. Qual a melhor abordagem então? Para esse tipo de convite – o
de uma conversa individual – a abordagem, quando feita pessoalmente, gera
mais confiança e tranquilidade. Exemplificando: imagine uma mãe recebendo
um bilhete de que a professora de seu filho ou filha quer conversar com ela.
Pronto! Mil coisas lhe passam pela cabeça, como dissemos anteriormente,
ansiedade e apreensão que não contribuirão para um diálogo no qual se
estabeleça parceria com a família. Já quando o convite é feito pessoalmente
ou, em caso de impossibilidade, por telefone, você consegue fazer a
abordagem de uma forma mais carinhosa, esclarecendo as primeiras dúvidas e
assumindo uma postura parceira, o que gera maior tranquilidade. Cabe dizer,
por exemplo: “Tenho feito algumas observações do ‘Pedrinho’ e gostaria de
conversar com você, compartilhar meu olhar e saber um pouco mais sobre
seus hábitos e sua rotina familiar. Podemos agendar um horário para
conversarmos melhor?”. Sugira algumas possibilidades de horário e verifique a
disponibilidade da família. É importante não ser determinante, mas mostrar
respeito com os compromissos da família, dando a possibilidade para que
confirmem o horário posteriormente se for necessário.

PREPARE-SE PARA A CONVERSA


Criar o hábito de registrar a prática e suas observações é um exercício
constante. Quando se trata de um olhar especial sobre determinada criança,
esses registros se tornam ainda mais importantes, pois estes te apoiarão na
retomada do que foi observado, na reflexão sobre quais características, ações
e comportamentos da criança merecem um olhar mais atento e investigativo,
assim como na organização do atendimento que será realizado. Vale utilizar
como recurso registros diversos como fotos, vídeos, atividades da criança e
anotações feitas pelo professor. Tendo estes registros compilados, analise e
antecipe pontos essenciais que devem ser cuidadosamente trazidos para a
conversa. Sugerimos que preveja algumas perguntas, pensando sobre o que
gostaria de saber a respeito da criança e sobre o quanto essas informações
podem te ajudar a compreendê-la melhor, apoiando o seu trabalho, assim
evitamos ser invasivos com os assuntos familiares e conduzimos a conversa de
modo que traga informações que efetivamente possam se traduzir em práticas
que melhor atendam a criança. Selecione ainda as informações que queira
compartilhar com a família, exemplificando sua fala. Faça também o registro
desse atendimento, de maneira que os pais deem ciência ao que foi
conversado e acordado entre escola e família. O registro é importante inclusive
para que os apontamentos realizados na conversa possam ser resgatados
sempre que haja necessidade.

EXERCITE A EMPATIA
Como colocamos anteriormente, ao nos posicionarmos no lugar de alguém que
se sente apreensivo pela possibilidade de dar ou receber um apontamento ou
notícia que julga ser negativa sobre seu filho, aquele no qual são depositadas
as melhores expectativas e por quem são responsáveis, conseguimos
mensurar o quanto um momento de conversa individual pode ser difícil e
delicado para os pais. Por isso, procure sempre agir com empatia, esteja
pronta a escutar sem julgamentos, se mostre preparada para oferecer palavras
de segurança às famílias e tenha sempre o propósito de assumir postura
parceira, demonstrando sua preocupação e responsabilidade com a
aprendizagem e desenvolvimento da criança.
É muito importante comunicar de forma clara qual é a metodologia de ensino
adotada pela sua escola. Além disso, é interessante também que você
compartilhe com os pais e responsáveis o plano pedagógico e os métodos
utilizados para avaliar o desempenho dos alunos.

DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)/ LEI 8069/90:


TÍTULO II DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DO DIREITO À
VIDA E A SAÚDE:

Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,


mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento
e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às


políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes,
nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e
atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema
Único de Saúde.
§ 1º O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção
primária.

§ 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua


vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será
realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.

§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às


mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e
contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e
a grupos de apoio à amamentação.

§ 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à


gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir
ou minorar as consequências do estado puerperal.

§ 5º A assistência referida no § 4 o deste artigo deverá ser prestada


também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos
para adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de
privação de liberdade.

§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua


preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto
imediato.

§ 7º A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno,


alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil,
bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de
estimular o desenvolvimento integral da criança.

§ 8º A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a


gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de
cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos.

§ 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não


iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que
não comparecer às consultas pós-parto.

§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho


na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de
liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do
Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o
sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da
criança.

§ 11. A assistência psicológica à gestante, à parturiente e à puérpera deve


ser indicada após avaliação do profissional de saúde no pré-natal e no
puerpério, com encaminhamento de acordo com o prognóstico.
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez
na Adolescência, a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de
fevereiro, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas
e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na
adolescência.

Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto


no caput deste artigo ficarão a cargo do poder público, em conjunto com
organizações da sociedade civil, e serão dirigidas prioritariamente ao público
adolescente.

Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão


condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães
submetidas a medida privativa de liberdade.

§ 1º Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão


ações sistemáticas, individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à
implementação e à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao
aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, de forma
contínua.

§ 2º Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor


de banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano.

Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de


gestantes, públicos e particulares, são obrigados a:

I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários


individuais, pelo prazo de dezoito anos;

II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão


plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas
normatizadas pela autoridade administrativa competente;

III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de


anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar
orientação aos pais;

IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente


as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;

V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência


junto à mãe.

VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando


orientações quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na
unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente.
VII – desenvolver atividades de educação, de conscientização e de
esclarecimentos a respeito da saúde mental da mulher no período da gravidez
e do puerpério.

§ 1º Os testes para o rastreamento de doenças no recém-nascido serão


disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, no âmbito do Programa
Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), na forma da regulamentação elaborada
pelo Ministério da Saúde, com implementação de forma escalonada, de acordo
com a seguinte ordem de progressão

I – etapa 1:

a) fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;

b) hipotireoidismo congênito,

c) doença falciforme e outras hemoglobinopatias,

d) fibrose cística;

e) hiperplasia adrenal congênita;

f) deficiência de biotinidase,

g) toxoplasmose congênita,

II – etapa 2:

a) galactosemias,

b) aminoacidopatias;

c) distúrbios do ciclo da ureia;

d) distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos

III – etapa 3: doenças lisossômicas

IV – etapa 4: imunodeficiências primárias

V – etapa 5: atrofia muscular espinhal.

§ 2º A delimitação de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho,


no âmbito do PNTN, será revisada periodicamente, com base em evidências
científicas, considerados os benefícios do rastreamento, do diagnóstico e do
tratamento precoce, priorizando as doenças com maior prevalência no País,
com protocolo de tratamento aprovado e com tratamento incorporado no
Sistema Único de Saúde.
§ 3º O rol de doenças constante do § 1º deste artigo poderá ser
expandido pelo poder público com base nos critérios estabelecidos no § 2º
deste artigo.

§ 4º Durante os atendimentos de pré-natal e de puerpério imediato, os


profissionais de saúde devem informar a gestante e os acompanhantes sobre a
importância do teste do pezinho e sobre as eventuais diferenças existentes
entre as modalidades oferecidas no Sistema Único de Saúde e na rede privada
de saúde.

Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à


saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde,
observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para
promoção, proteção e recuperação da saúde.

§ 1 o A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem


discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e
específicas de habilitação e reabilitação.

§ 2 o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que


necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas
relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e
adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas
necessidades específicas.

§ 3 o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de


crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente
para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como
para o acompanhamento que se fizer necessário.

Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as


unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais
ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de


tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente
serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

§ 1 o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus


filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem
constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude.

§ 2 o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os


serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do
Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir
máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira
infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza,
formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
necessário, acompanhamento domiciliar.

Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência


médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente
afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais,
educadores e alunos.

§ 1 o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados


pelas autoridades sanitárias.

§ 2 o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das


crianças e das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as
demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.

§ 3 o A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e


será prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de
aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo
anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.

§ 4 o A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais


será atendida pelo Sistema Único de Saúde.

§ 5 º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros


dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a
finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento
da criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico.

Capítulo II

Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à


dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas
leis.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,


ressalvadas as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;


VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade


física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do


adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e


cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante,
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto,
pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer
pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o


uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão,

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento


em relação à criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis,


os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer
pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-
los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro
pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: I
- encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à
família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;


III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V – advertência.

VI - garantia de tratamento de saúde especializado à vítima.

Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo


Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL; VISUAL; AUDITIVA; TRANSTORNOS


GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO OU ALTAS HABILIDADES-
SUPERLOTAÇÃO:
Deficiência intelectual: Refere-se a padrões intelectuais reduzidos,
significativamente inferiores à média, geralmente com manifestação antes dos
18 anos, e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades
adaptativas, tais como comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais,
habilidades acadêmicas, segurança e autonomia. Podem apresentar
comprometimentos de nível leve, moderado, severo ou profundo, de acordo
com o grau de limitações.

A pessoa com deficiência intelectual deve ser tratada com respeito e


dignidade,
assim como qualquer cidadão gostaria de ser tratado;
 Não a ignore durante uma conversa: cumprimente-a e despeça-se dela,
como você o faria com outras pessoas;
 Não tenha receio de orientá-la quando perceber situação duvidosa ou
que possa colocá-la em risco. A pessoa com deficiência intelectual
necessita de uma orientação clara, mas não a superproteja, deixe que
ela tente fazer sozinha tudo o que ela puder;
 Não reforce ou incentive atitudes e falas infantis, elogios desnecessários
no diminutivo, como se conversasse com uma criança. Se for criança,
trate-a como criança. Se for adolescente, trate-o como adolescente, e,
se adulto, trate-o como tal;
 Não subestime sua inteligência. A pessoa com deficiência intelectual
tem um tempo diferenciado de aprendizado e pode adquirir muitas
habilidades e conhecimentos, além de compreender normalmente a sua
realidade. Ofereça informações em linguagem objetiva, com sentenças
curtas e simples;
 A pessoa com deficiência intelectual compreende normalmente a sua
realidade. Valorize suas potencialidades e não supervalorize suas
dificuldades.

A deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em ambos os


olhos em caráter definitivo, que não pode ser melhorada ou corrigida com o uso
de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico. Existem critérios rígidos para definir
uma deficiência. Portanto, uma pessoa com alto grau de miopia, por exemplo,
não é uma pessoa com deficiência visual, uma vez que existem alternativas
para correção desta limitação.
Classificação dos diferentes graus de deficiência visual:

 Baixa visão (leve, moderada ou profunda): pode ser compensada


com o uso de lentes de aumento e lupas com o auxílio de bengalas e de
treinamentos de orientação.
 Próximo à cegueira: quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e
sombra, mas já emprega o sistema braile para ler e escrever, utiliza
recursos de voz para acessar programas de computador, locomove-se
com a bengala e precisa de treinamentos de orientação e de mobilidade.
 Cegueira: o uso do Sistema Braille, da bengala e os treinamentos de
orientação e de mobilidade, nesse caso, são fundamentais.

É considerada portadora de deficiência visual quando apresenta


acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após a melhor
correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de Snellen), ou ocorrência
simultânea de ambas as situações (art. 3º, I e II, combinado com art. 4º, III).
Leve: acuidade visual inferior a 6/12. Moderada: acuidade visual inferior a
6/18. Grave: acuidade visual inferior a 6/60. Cegueira: acuidade visual inferior a
3/60. A cegueira, de acordo com a OMS, é quando há no melhor olho a
acuidade visual abaixo de 0,05 (ou 20/400).

Art. 1º Considera-se deficiência auditiva a limitação de longo prazo da


audição, unilateral total ou bilateral parcial ou total, a qual, em interação com
uma ou mais barreiras, obstrui a participação plena e efetiva da pessoa na
sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1° Para o cumprimento do disposto no caput deste artigo, adotar-se-á,


como valor referencial da limitação auditiva, a média aritmética de 41 dB
(quarenta e um decibéis) ou mais aferida por audiograma nas frequências de
500 Hz (quinhentos hertz), 1.000 Hz (mil hertz), 2.000 Hz (dois mil hertz) e
3.000 Hz (três mil hertz). LEI 14.768/2023.

A centralidade das ações e dos programas implementados pelo MEC, por


meio da Secretaria de Educação Especial (Seesp) é a promoção das condições
para o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Para
isso, as questões referentes à garantia da acessibilidade física, pedagógica e
nas comunicações nas escolas públicas são estratégicas.
Destacam-se o Programa Educação Inclusiva, direito à diversidade
voltado à formação de gestores e educadores para transformar os sistemas
educacionais em sistemas educacionais inclusivos, por meio da organização de
cursos presenciais, realizados em 162 municípios-polo de todas as regiões
brasileiras; o Programa Escola Acessível, que tem como objetivo apoiar a
adequação de prédios escolares para o acesso das pessoas com deficiência
ou mobilidade reduzida a todos os espaços; as ações de acessibilidade nos
programas nacionais do livro com a garantia dos formatos em braille, Libras,
áudio e digital falado, de laptops para alunos cegos do ensino médio e dos
últimos anos do ensino fundamental; a articulação com as Secretarias de
Educação dos estados e do Distrito Federal para a organização e atuação dos
Centro de Apoio Pedagógico às pessoas com deficiência visual, Centro de
Capacitação de Profissionais da Educação para área da surdez, bem como dos
núcleos de atividades de altas habilidades/superdotação; o Programa de
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, com o objetivo de
disponibilizar aos sistemas públicos de ensino equipamentos, mobiliários,
materiais pedagógicos e de acessibilidade para a oferta do atendimento
educacional especializado nas escolas públicas de ensino regular.
Evidenciam-se igualmente a Rede de Formação Continuada de
Professores na Educação Especial, que oferece cursos de
extensão/aperfeiçoamento ou especialização nas áreas do atendimento
educacional especializado, na modalidade a distância, por meio de instituições
públicas de educação superior; a Formação Presencial de Professores na
Educação Especial, que objetiva formar professores para atuar no atendimento
às necessidades educacionais específicas dos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação,
desenvolvido em parceria com os estados; o Programa BPC na Escola, que
realiza o acompanhamento do acesso e da permanência na escola das
pessoas com deficiência, beneficiárias do Benefício da Prestação Continuada
da Assistência Social (BPC), na faixa etária de 0 a 18 anos, por meio da
articulação das políticas de educação, saúde, assistência social e direitos
humanos.
Também foram implantados os cursos de Letras/Licenciatura em Libras e
o Prolibras, realizado anualmente pelo Inep em todas as capitais, para
certificação de profissionais fluentes no ensino de Libras e na tradução e
interpretação de Libras.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Documento elaborado na Conferência


Mundial sobre Educação Especial, em Salamanca, na Espanha, em 1994, com
o objetivo de fornecer diretrizes básicas para a formulação e reforma de
políticas e sistemas educacionais de acordo com o movimento de inclusão
social. A Declaração de Salamanca (1994) traz a educação inclusiva como a
possibilidade de “reforçar” a ideia de “educação para todos”, como se, até
então, alunos com deficiência e/ou com outras necessidades educacionais
especiais não frequentassem a escola. toda criança tem direito fundamental ao
ensino superior, e deve ser dada a garantia de atingir e manter o nível máximo
de aprendizagem. Escolas regulares constituem os meios mais eficazes de
combater atitudes discriminatórias para construir uma sociedade inclusiva.

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA


EDUCAÇÃO BÁSICA: As DCN definem as competências e diretrizes para a
Educação Básica. Por isso, embasa a elaboração dos currículos e dos
conteúdos mínimos para garantir uma formação comum. O objetivo
das Diretrizes Curriculares é assegurar a autonomia da escola e da proposta
pedagógica.
As diretrizes da Educação Básica:
 Interpretação da LDB.
 Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE)
 Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
 Base Nacional Comum Curricular - Ensino Médio (BNCC-EM)
 Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi)
 Educação Básica.
 Educação Infantil.
 Ensino de Música.
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são normas obrigatórias para a
Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos
sistemas de ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho
Nacional de Educação (CNE).

As Diretrizes Curriculares são gerais, mas também apresentam detalhes para


cada etapa do ensino. Essa flexibilidade facilita a aplicação de um ensino de
qualidade, centrado no desenvolvimento do educando e em suas
aprendizagens.

Ao mesmo tempo, são implementadas estratégias de participação coletiva da


comunidade no planejamento escolar e em sua gestão democrática. Isso
acontece porque as DCN oferecem direito à formação humana, cidadã e
profissional.

Nesse contexto, seus objetivos são:

 sistematizar princípios e diretrizes da Educação Básica para garantir


uma formação comum nacional aos estudantes;
 fomentar a reflexão crítica e propositiva para elaborar, executar e avaliar
o projeto político-pedagógico (PPP) das escolas;
 direcionar os cursos de formação inicial e continuada dos profissionais,
os sistemas educativos dos estados e municípios, e as escolas que
fazem parte deles.

Um dos princípios-chave das Diretrizes Curriculares Nacionais é a equidade.


Isso significa que as diretrizes buscam assegurar que todos os alunos tenham
igualdade de acesso, permanência e sucesso na educação,
independentemente de suas origens sociais, econômicas, culturais ou
regionais.

A flexibilidade é outro princípio crucial das DCNs. Reconhecendo a diversidade


de contextos educacionais em todo o país, as diretrizes permitem a adaptação
dos currículos às características locais e às necessidades específicas das
comunidades e dos alunos.

Ao promover a integração entre diferentes áreas do conhecimento, as diretrizes


incentivam os alunos a fazerem conexões entre os conteúdos e a
desenvolverem uma compreensão mais ampla e holística dos temas
abordados. Isso contribui para uma visão mais abrangente do conhecimento,
propiciando a interdisciplinaridade.

Além disso, as DCNs enfatizam a importância da formação integral dos


indivíduos. Isso vai além da formação acadêmica e inclui o desenvolvimento de
habilidades socioemocionais, éticas e cidadãs. Os alunos são incentivados a se
tornarem cidadãos conscientes e responsáveis, capazes de lidar com desafios
do mundo atual. Por fim, as DCNs também valorizam os profissionais da
educação. Elas promovem a valorização e a formação contínua dos
educadores, reconhecendo seu papel fundamental na promoção de uma
educação de qualidade e no desenvolvimento dos alunos.

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial:

Para a implementação do PDE é publicado o Decreto nº 6.094/2007, que


estabelece nas diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, a garantia do
acesso e permanência no ensino regular e o atendimento às necessidades
educacionais especiais dos alunos, fortalecendo seu ingresso nas escolas
públicas.

O artigo 208, que trata da Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4


aos 17 anos, afirma que é dever do Estado garantir “atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular
de ensino”.

O objetivo das diretrizes curriculares nacionais para educação especial,


dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiências, sua integração social,
assegurando o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais. Tem
por objetivo principal proporcionar ao aluno com necessidades especiais o
desenvolvimento de suas potencialidades, tanto nos aspectos intelectuais,
físico, social e do trabalho, mediante conhecimentos, habilidades e aptidões,
promovendo sua auto-realização.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no 9.394/96


(Brasil, 1996), no Capítulo III, art. 4º, inciso III, diz que é dever do Estado
garantir o “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”.

Os três princípios da Política Nacional de Educação Especial, nasce a Política


Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao
Longo da Vida, voltada para os educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Os cinco princípios da educação inclusiva: Em resumo, são cinco pontos
principais para realizar um bom planejamento que promova a diversidade nas
escolas: implementação e apoio de políticas públicas, boa gestão escolar,
estratégias pedagógicas, inclusão da família e apoio de parcerias. E o
entendimento da educação na inclusão sob os quatro pilares da
educação: aprender a conhecer, fazer, viver juntos e ser.
Sobre a Educação Inclusiva, afirma que a formação deve incluir
“conhecimentos sobre crianças, adolescentes, jovens e adultos, aí incluídas as
especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais”.
Reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira
de Sinais (Libras).
O entendimento da educação na inclusão sob os quatro pilares da
educação: aprender a conhecer, fazer, viver juntos e ser. O Atendimento
Educacional Especializado (AEE) é um dos serviços prestados pela educação
especial para atender aos estudantes com deficiência, com transtornos globais
do desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação, que devem estar
matriculados em escolas comuns do ensino regular.

PROGRAMA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS: A Resolução


CD/FNDE/MEC nº 15, de 07 de outubro de 2020, dispõe sobre a destinação de
recursos financeiros para equipar salas de recursos multifuncionais e bilíngues
de surdos, destinadas ao atendimento educacional especializado, visando à
aquisição ou adequação de itens que compõem essas salas, nos moldes
operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE,
a escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal da Educação
Básica, em conformidade com o Programa Escola Acessível.
O Programa possui a finalidade de promover a acessibilidade das salas
de recursos multifuncionais específicas ou bilíngues de surdos destinadas ao
processo de ensino-aprendizagem, por intermédio de suas Unidades
Executoras Próprias - UEx, para cobertura de despesas de custeio e capital.

Os recursos financeiros do Programa, serão liberados em favor das UEx das


escolas pré-selecionadas pela Secretaria de Modalidades Especializadas de
Educação do Ministério da Educação - SEMESP/MEC e ratificadas pelas
secretarias de educação dos municípios, estados e do Distrito Federal às quais
se vinculam, de acordo com os critérios de priorização do Programa Escola
Acessível.
O processo de adesão será realizado em duas etapas:

I - adesão das secretarias municipais, estaduais e distrital de educação


(Entidades Executoras - EEx) ao Programa Escola Acessível, por meio do
Sistema PDDE Interativo, com a indicação das escolas que estarão habilitadas
a aderir ao Programa; e

II - adesão das UEx representativas das escolas indicadas pelas EEx, por meio
da elaboração do Plano de Atendimento, no Sistema PDDE Interativo.

A indicação de escolas pelas EEx será realizada a partir de lista prévia de


escolas, elaborada pela SEMESP/MEC, considerando os limites orçamentários
previstos para o período e ainda os seguintes critérios:
I - escola com matrículas de estudantes do público da Educação Especial ou
escolas com estudantes surdos; ou escolas especializadas (incluindo as
escolas bilíngues de surdos) identificadas no Censo Escolar do ano anterior ao
do atendimento, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação - INEP/MEC;

II - no termo de adesão, a EEx deverá declarar que a escola indicada possui


espaço físico adequado, destinado para a utilização dos materiais pedagógicos
e equipamentos, e contar com a presença de no mínimo um profissional com
formação inicial ou continuada em Educação Especial, para coordenar o
atendimento educacional especializado na referida escola; ou profissional com
formação inicial ou continuada em educação bilíngue libras-língua portuguesa
para coordenar o atendimento educacional bilíngue na referida escola; e

III - as escolas com os recursos recebidos poderão equipar uma ou mais salas
de recursos multifuncionais específicas ou bilíngues de surdos, em face das
especificidades do público que a escola atende.

As UEx representativas das escolas selecionadas pelas secretarias estaduais,


municipais e distrital de educação deverão elaborar seus Planos de
Atendimento e enviá-los à SEMESP/MEC, por meio do Sistema PDDE
Interativo.
Após o recebimento, análise e aprovação dos Planos de Atendimentos,
a SEMESP/MEC encaminhará a lista das escolas ao FNDE, com vistas à
adoção dos procedimentos operacionais e financeiros necessários aos
repasses dos recursos às respectivas UEx.
As eventuais alterações no Plano de Atendimento, as circunstâncias e os fatos
motivadores admitidos deverão ser objeto de registro em atas a serem
anexadas nas respectivas prestações de contas a serem submetidas à EEx.

O monitoramento do Programa nas UEx será realizado via PDDE Interativo, por
meio da elaboração de ‘Relatórios de Execução das Atividades’, nos quais as
UEx deverão informar dados sobre a implementação do Plano de Atendimento
da Escola.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE é responsável


por efetuar os repasses das Ações Integradas às Unidades Executoras – UEx
representantes das escolas beneficiárias, conforme as listas submetidas pelas
Secretarias do MEC, após a validação das escolas.

O FNDE também é responsável por providenciar, junto aos bancos parceiros, a


abertura das contas destinadas à movimentação dos recursos repassados para
a execução dos Programas; manter dados e informações cadastrais das UEx;
proceder ao monitoramento da execução financeira dos recursos repassados;
e, recepcionar e manter dados de prestação de contas dessas entidades.

Como são organizadas as salas de recursos multifuncionais e qual o objetivo


do Atendimento Educacional Especializado (AEE)?
As salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de equipamentos,
mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento
educacional especializado que tem como objetivos: Prover condições de
acesso, participação e aprendizagem no ensino regular aos alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular. Garantir a
transversalidade das ações da educação especial no ensino regular. Fomentar
o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as
barreiras no processo de ensino e aprendizagem. Assegurar condições para a
continuidade de estudos nos demais níveis de ensino. O conjunto de
atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos que caracterizam o
Atendimento Educacional Especializado são organizados institucionalmente e
prestados de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no
ensino regular. A produção e distribuição de recursos educacionais para a
acessibilidade incluem livros didáticos e paradidáticos em Braille, áudio e
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, laptops com sintetizador de voz,
softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que
possibilitam o acesso ao currículo escolar. Como complementação deste tema,
sugerimos que consulte o Decreto nº 7.611/11.

PROGRAMA DO LIVRO ACESSÍVEL:

Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003 DOU de 31.10.2003 Institui a


Política Nacional do Livro. Alterada pela Lei no 10.833, de 29 de dezembro de
2003. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA POLÍTICA NACIONAL
DO LIVRO DIRETRIZES GERAIS Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional do
Livro, mediante as seguintes diretrizes: I - assegurar ao cidadão o pleno
exercício do direito de acesso e uso do livro; II - o livro é o meio principal e
insubstituível da difusão da cultura e transmissão do conhecimento, do fomento
à pesquisa social e científica, da conservação do patrimônio nacional, da
transformação e aperfeiçoamento social e da melhoria da qualidade de vida; III
- fomentar e apoiar a produção, a edição, a difusão, a distribuição e a
comercialização do livro; IV - estimular a produção intelectual dos escritores e
autores brasileiros, tanto de obras científicas como culturais; V - promover e
incentivar o hábito da leitura; VI - propiciar os meios para fazer do Brasil um
grande centro editorial; VII - competir no mercado internacional de livros,
ampliando a exportação de livros nacionais; VIII - apoiar a livre circulação do
livro no País; IX - capacitar a população para o uso do livro como fator
fundamental para seu progresso econômico, político, social e promover a justa
distribuição do saber e da renda; X - instalar e ampliar no País livrarias,
bibliotecas e pontos de venda de livro; XI - propiciar aos autores, editores,
distribuidores e livreiros as condições necessárias ao cumprimento do disposto
nesta Lei; XII - assegurar às pessoas com deficiência visual o acesso à leitura.
CAPÍTULO II DO LIVRO Art. 2o Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a
publicação de textos escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada,
colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em
capas avulsas, em qualquer formato e acabamento. Parágrafo único. São
equiparados a livro: I - fascículos, publicações de qualquer natureza que
representem parte de livro; II - materiais avulsos relacionados com o livro,
impressos em papel ou em material similar; III - roteiros de leitura para controle
e estudo de literatura ou de obras didáticas; IV - álbuns para colorir, pintar,
recortar ou armar; V - atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e
cartogramas; VI - textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores,
mediante contrato de edição celebrado com o autor, com a utilização de
qualquer suporte; VII - livros em meio digital, magnético e ótico, para uso
exclusivo de pessoas com deficiência visual; VIII - livros impressos no Sistema
Braille. Art. 3o É livro brasileiro o publicado por editora sediada no Brasil, em
qualquer idioma, bem como o impresso ou fixado em qualquer suporte no
exterior por editor sediado no Brasil. Art. 4o É livre a entrada no País de livros
em língua estrangeira ou portuguesa, isentos de imposto de importação ou de
qualquer taxa, independente de licença alfandegária prévia. Art. 4o É permitida
a entrada no País de livros em língua estrangeira ou portuguesa, imunes de
impostos nos termos do art. 150, inciso VI, alínea d, da Constituição, e, nos
termos do regulamento, de tarifas alfandegárias prévias, sem prejuízo dos
controles aduaneiros e de suas taxas. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de
29.12.2003) CAPÍTULO III DA EDITORAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO DO LIVRO Art. 5o Para efeitos desta Lei, é considerado:
I - autor: a pessoa física criadora de livros; II - editor: a pessoa física ou jurídica
que adquire o direito de reprodução de livros, dando a eles tratamento
adequado à leitura; III - distribuidor: a pessoa jurídica que opera no ramo de
compra e venda de livros por atacado; IV - livreiro: a pessoa jurídica ou
representante comercial autônomo que se dedica à venda de livros. Art. 6o Na
editoração do livro, é obrigatória a adoção do Número Internacional
Padronizado, bem como a ficha de catalogação para publicação. Parágrafo
único. O número referido no caput deste artigo constará da quarta capa do livro
impresso. Art. 7o O Poder Executivo estabelecerá formas de financiamento
para as editoras e para o sistema de distribuição de livro, por meio de criação
de linhas de crédito específicas. Parágrafo único. Cabe, ainda, ao Poder
Executivo implementar programas anuais para manutenção e atualização do
acervo de bibliotecas públicas, universitárias e escolares, incluídas obras em
Sistema Braille. Art. 8o É permitida a formação de um fundo de provisão para
depreciação de estoques e de adiantamento de direitos autorais. Art. 8o As
pessoas jurídicas que exerçam as atividades descritas nos incisos II a IV do art.
5o poderão constituir provisão para perda de estoques, calculada no último dia
de cada período de apuração do imposto de renda e da contribuição social
sobre o lucro líquido, correspondente a 1/3 (um terço) do valor do estoque
existente naquela data, na forma que dispuser o regulamento, inclusive em
relação ao tratamento contábil e fiscal a ser dispensado às reversões dessa
provisão (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 29.12.2003) § 1o Para a gestão
do fundo levar-se-á em conta o saldo existente no último dia de cada exercício
financeiro legal, na proporção do tempo de aquisição, observados os seguintes
percentuais: I - mais de um ano e menos de dois anos: trinta por cento do custo
direto de produção; II - mais de dois anos e menos de três anos: cinqüenta por
cento do custo direto de produção; III - mais de três anos: cem por cento do
custo direto de produção. § 2o Ao fim de cada exercício financeiro legal será
feito o ajustamento da provisão dos respectivos estoques. Art. 9o O fundo e
seus acréscimos serão levados a débito da conta própria de resultado, sendo
seu valor dedutível, para apuração do lucro real. As reversões por excesso irão
a crédito para tributação. Art. 9o A provisão referida no art. 8o será dedutível
para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição
social sobre o lucro líquido. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 29.12.2003)
Art. 10. (VETADO) Art. 11. Os contratos firmados entre autores e editores de
livros para cessão de direitos autorais para publicação deverão ser cadastrados
na Fundação Biblioteca Nacional, no Escritório de Direitos Autorais. Art. 12. É
facultado ao Poder Executivo a fixação de normas para o atendimento ao
disposto nos incisos VII e VIII do art. 2o desta Lei. CAPÍTULO IV DA DIFUSÃO
DO LIVRO Art. 13. Cabe ao Poder Executivo criar e executar projetos de
acesso ao livro e incentivo à leitura, ampliar os já existentes e implementar,
isoladamente ou em parcerias públicas ou privadas, as seguintes ações em
âmbito nacional: I - criar parcerias, públicas ou privadas, para o
desenvolvimento de programas de incentivo à leitura, com a participação de
entidades públicas e privadas; II - estimular a criação e execução de projetos
voltados para o estímulo e a consolidação do hábito de leitura, mediante: a)
revisão e ampliação do processo de alfabetização e leitura de textos de
literatura nas escolas; b) introdução da hora de leitura diária nas escolas; c)
exigência pelos sistemas de ensino, para efeito de autorização de escolas, de
acervo mínimo de livros para as bibliotecas escolares; III - instituir programas,
em bases regulares, para a exportação e venda de livros brasileiros em feiras e
eventos internacionais; IV - estabelecer tarifa postal preferencial, reduzida, para
o livro brasileiro; V - criar cursos de capacitação do trabalho editorial, gráfico e
livreiro em todo o território nacional. Art. 14. É o Poder Executivo autorizado a
promover o desenvolvimento de programas de ampliação do número de
livrarias e pontos de venda no País, podendo ser ouvidas as Administrações
Estaduais e Municipais competentes. Art. 15. (VETADO) CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 16. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios consignarão, em seus respectivos orçamentos, verbas às
bibliotecas para sua manutenção e aquisição de livros. Art. 17. A inserção de
rubrica orçamentária pelo Poder Executivo para financiamento da
modernização e expansão do sistema bibliotecário e de programas de incentivo
à leitura será feita por meio do Fundo Nacional de Cultura. Art. 18. Com a
finalidade de controlar os bens patrimoniais das bibliotecas públicas, o livro não
é considerado material permanente. Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de
sua publicação. Brasília, 30 de outubro de 2003; 182o da Independência e
115o da República.

DECRETO Nº 9.099, DE 18 DE JULHO DE 2017

Dispõe sobre o Programa Nacional do


Livro e do Material Didático.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere


o art. 84, caput , inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art.
208, caput , inciso VII, da Constituição, e no art. 4 º , caput , inciso VIII, da Lei
n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

DECRETA :

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º O Programa Nacional do Livro e do Material Didático - PNLD,
executado no âmbito do Ministério da Educação, será destinado a avaliar e a
disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais
de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita, às
escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais
e distrital e às instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins
lucrativos e conveniadas com o Poder Público.

§ 1º O PNLD abrange a avaliação e a disponibilização de obras didáticas


e literárias, de uso individual ou coletivo, acervos para bibliotecas, obras
pedagógicas, softwares e jogos educacionais, materiais de reforço e correção
de fluxo, materiais de formação e materiais destinados à gestão escolar, entre
outros materiais de apoio à prática educativa, incluídas ações de qualificação
de materiais para a aquisição descentralizada pelos entes federativos.

§ 2º As ações do PNLD serão destinadas aos estudantes, aos


professores e aos gestores das instituições a que se refere o caput, as quais
garantirão o acesso aos materiais didáticos distribuídos, inclusive fora do
ambiente escolar. (Redação dada pelo Decreto nº 12.021, de 2024)

§ 3º O PNLD garantirá o atendimento aos estudantes, aos professores e


aos gestores das escolas beneficiadas, previamente cadastradas no Censo
Escolar da Educação Básica, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep.

§ 4º A opção entre os diferentes tipos de materiais didáticos a que se


refere o § 1º será realizada pelo responsável pela rede.

§ 5º O PNLD disponibilizará obras e materiais didáticos às instituições


comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas
com o Poder Público, desde que observem o disposto no § 1º do art. 8º da Lei
nº 11.494, de 20 de junho de 2007 .

§ 6º O PNLD poderá atender bibliotecas públicas integrantes da


administração direta e indireta dos entes federativos e bibliotecas comunitárias
constantes dos cadastros oficiais do Ministério da Cultura, na forma
estabelecida em ato conjunto dos Ministros de Estado da Educação e da
Cultura. (Incluído pelo Decreto nº 12.021, de 2024)

Art. 2º São objetivos do PNLD:

I - aprimorar o processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas


de educação básica, com a consequente melhoria da qualidade da educação;

II - garantir o padrão de qualidade do material de apoio à prática


educativa utilizado nas escolas públicas de educação básica;

III - democratizar o acesso às fontes de informação e cultura;

IV - fomentar a leitura e o estímulo à atitude investigativa dos estudantes;


V - apoiar a atualização, a autonomia e o desenvolvimento profissional do
professor; e

VI - apoiar a implementação da Base Nacional Comum Curricular.

Art. 3º São diretrizes do PNLD:

I - o respeito ao pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;

II - o respeito às diversidades sociais, culturais e regionais;

III - o respeito à autonomia pedagógica das instituições de ensino;

IV - o respeito à liberdade e o apreço à tolerância; e

V - a garantia de isonomia, transparência e publicidade nos processos de


aquisição das obras didáticas, pedagógicas e literárias.

Art. 4º O PNLD será executado em estrita observância aos princípios


constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
publicidade e da eficiência e caberá ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação - FNDE estabelecer normas de conduta, a serem seguidas pelos
participantes, que impeçam, sem prejuízo de outras vedações:

I - a oferta de vantagens, brindes ou presentes de qualquer espécie por


parte dos autores, dos editores, dos distribuidores, dos titulares de direito
autoral ou dos seus representantes a pessoas ou instituições vinculadas ao
processo de aquisição de obras didáticas, pedagógicas e literárias;

II - o acesso dos autores, dos editores, dos distribuidores, dos titulares de


direito autoral ou dos seus representantes ao sistema disponibilizado para
registro da escolha no âmbito do PNLD;

III - a pressão ou o assédio por parte dos autores, dos editores, dos
distribuidores, dos titulares de direito autoral ou dos seus representantes para
influenciar pessoas vinculadas à escola ou à rede a escolher seus materiais,
em desrespeito à autonomia do corpo docente;

IV - a participação, direta ou indireta, ou o patrocínio, dos autores, dos


editores, dos distribuidores, dos titulares de direito autoral ou dos seus
representantes em eventos relacionados à escolha no âmbito do PNLD; e

V - a prática tendente a induzir que determinadas obras sejam indicadas


preferencialmente pelo Ministério da Educação para adoção pelas redes e
escolas participantes.

§ 1º É vedada a realização de publicidade, propaganda ou outras formas


de divulgação que utilizem logomarcas oficiais, selos do PNLD, marcas
graficamente semelhantes, ou que façam referência direta ao processo oficial
de aquisição.
§ 2º O FNDE regulamentará a forma da divulgação e da apresentação
das obras didáticas, pedagógicas e literárias nas escolas participantes.

Art. 5º A adesão formal das redes de ensino federal, estaduais, municipais


e distrital constitui critério de participação no PNLD, observados os prazos, as
normas, as obrigações e os procedimentos estabelecidos em Resolução do
FNDE.

Parágrafo único. Ficam dispensadas de aderir ao PNLD as redes que


tenham aderido ao Programa até a data de publicação deste Decreto.

Art. 6º O processo de aquisição de materiais didáticos ocorrerá de forma


periódica e regular, de modo a atender as etapas e os segmentos de ensino
seguintes:

I - educação infantil;

II - primeiro ao quinto ano do ensino fundamental;

III - sexto ao nono ano do ensino fundamental; e

IV - ensino médio.

§ 1º Os ciclos de atendimento e a vigência relativos aos processos a que


se refere o caput serão definidos em edital.

§ 2º O PNLD distribuirá anualmente obras didáticas e literárias para uso


em sala de aula pelos estudantes, conforme os critérios, os requisitos e os
procedimentos previstos em Resolução do FNDE, ouvida a Secretaria de
Educação Básica do Ministério da Educação.

Art. 7º Os materiais adquiridos no âmbito do PNLD serão destinados às


Secretarias de Educação, às escolas e às bibliotecas beneficiadas por meio de
doação com encargo.

§ 1º O encargo de que trata o caput corresponde à obrigatoriedade de as


Secretarias de Educação e as escolas beneficiadas adotarem procedimentos
para a utilização correta e a conservação dos materiais didáticos no âmbito do
PNLD, observado o disposto nas orientações a serem expedidas pelo FNDE.

§ 2º As Secretarias de Educação e as escolas participantes orientarão os


professores, os estudantes, os seus pais e os seus responsáveis sobre a
guarda, a conservação e a devolução dos materiais didáticos ao final do
período letivo, inclusive por meio de campanhas de conscientização.

§ 3º Durante o ciclo de atendimento, os materiais didáticos serão


entregues para uso no decorrer do período letivo:

I - a título de cessão definitiva, no caso de material consumível; ou


II - a título de cessão temporária, no caso de material reutilizável.

§ 4º A cessão temporária a que se refere o inciso II do § 3º gera a


obrigação da conservação e da devolução à escola, ao final de cada ano letivo,
dos materiais reutilizáveis, conforme disposto em edital.

§ 5º Decorrido o ciclo de atendimento, os materiais reutilizáveis passarão


a integrar, definitivamente, o patrimônio das escolas e o seu descarte será
responsabilidade da rede para a qual foram disponibilizados, de acordo com a
respectiva legislação.

§ 6º Ao final de cada ano letivo, a guarda definitiva dos materiais


consumíveis caberá aos estudantes e aos professores beneficiados.

§ 7º As escolas informarão à respectiva Secretaria de Educação sobre a


existência de materiais não utilizados ou excedentes e a carência de materiais,
a fim de possibilitar o remanejamento entre as unidades de ensino.

CAPÍTULO II

DAS ETAPAS DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E DO MATERIAL


DIDÁTICO

Art. 8º O PNLD obedecerá as etapas e os procedimentos seguintes:

I - inscrição;

II - avaliação pedagógica;

III - habilitação;

IV - escolha;

V - negociação;

VI - aquisição;

VII - distribuição; e

VIII - monitoramento e avaliação.

§ 1º A critério do Ministério da Educação, as etapas de que tratam os


incisos III a VIII do caput poderão ser dispensadas, conforme edital específico.

§ 2º As etapas de que tratam os incisos I, III, IV, V, VI, VII e VIII


do caput serão executadas pelo FNDE, nos termos a serem definidos em
Resolução.
Art. 9º A inscrição de materiais didáticos será aberta aos titulares de
direito autoral, de acordo com as regras, os prazos e as condições
estabelecidas em edital .

Art. 10. A avaliação pedagógica dos materiais didáticos no âmbito do


PNLD será coordenada pelo Ministério da Educação com base nos seguintes
critérios, quando aplicáveis, sem prejuízo de outros que venham a ser previstos
em edital:

I - o respeito à legislação, às diretrizes e às normas gerais da educação;

II - a observância aos princípios éticos necessários à construção da


cidadania e ao convívio social republicano;

III - a coerência e a adequação da abordagem teórico-metodológica;

IV - a correção e a atualização de conceitos, informações e


procedimentos;

V - a adequação e a pertinência das orientações prestadas ao professor;

VI - a observância às regras ortográficas e gramaticais da língua na qual a


obra tenha sido escrita;

VII - a adequação da estrutura editorial e do projeto gráfico; e

VIII - a qualidade do texto e a adequação temática.

Art. 11. A etapa de avaliação pedagógica contará com comissão técnica


específica, integrada por especialistas das diferentes áreas do conhecimento
correlatas, cuja vigência corresponderá ao ciclo a que se referir o processo de
avaliação, a qual terá as seguintes atribuições:

I - subsidiar a elaboração do edital de convocação, inclusive quanto à


definição dos critérios para a avaliação pedagógica e a seleção das obras;

II - orientar e supervisionar a etapa de avaliação pedagógica;

III - validar os resultados da etapa de avaliação pedagógica; e

IV - assessorar o Ministério da Educação nos temas afetos ao PNLD.

Art. 12. A escolha dos integrantes de cada comissão técnica será feita
pelo Ministro de Estado da Educação, a partir da indicação das seguintes
instituições:

I - Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação;

II - Conselho Nacional de Secretários de Educação;


III - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação;

IV - União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação;

V - Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação;

VI - Conselho Nacional de Educação;

VII - Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de


Ensino Superior;

VIII - Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação


Profissional, Científica e Tecnológica; e

IX - entidades da sociedade civil escolhidas pelo Ministério da Educação


para elaboração das listas tríplices do Conselho Nacional de Educação,
conforme o disposto no Decreto nº 3.295, de 15 de dezembro de 1999 .

§ 1º O Ministro de Estado da Educação poderá solicitar indicações de


outras instituições para a escolha dos integrantes de que trata o caput .

§ 2º Os integrantes da comissão técnica firmarão termo no qual


declararão:

I - não prestar pessoalmente serviço ou consultoria aos titulares de direito


autoral inscritos no processo;

II - não possuir cônjuge ou parente até o terceiro grau, em linha reta ou


colateral, entre os titulares de direito autoral inscritos no processo; e

III - não estar em situação que configure impedimento ou conflito de


interesse.

Art. 13. Edital do Ministério da Educação estabelecerá regras para


orientar e diretrizes a serem obedecidas na etapa da avaliação pedagógica .

§ 1º Para realizar a avaliação pedagógica, serão constituídas equipes de


avaliação formadas por professores das redes públicas e privadas de ensino
superior e da educação básica.

§ 2º Os integrantes das equipes de avaliação firmarão termo no qual


declararão:

I - não prestar pessoalmente serviço ou consultoria os titulares de direito


autoral inscritos no processo;

II - não possuir cônjuge ou parente até o terceiro grau, em linha reta ou


colateral, entre os titulares de direito autoral inscritos no processo; e
III - não estar em situação que configure impedimento ou conflito de
interesse.

Art. 14. A avaliação pedagógica terá por objetivo qualificar ou selecionar


os materiais inscritos conforme os critérios estabelecidos neste Decreto e
em edital.

Art. 15. Em relação


aos materiais didáticos sujeitos à qualificação a que se refere o art. 14, as
equipes de avaliação decidirão, de forma fundamentada, sobre:

I - a aprovação do material didático;

II - a aprovação do material didático condicionada à correção de falhas


pontuais, desde que observados os limites previstos em edital específico; ou

III - a reprovação do material didático.

§ 1º Na hipótese de que trata o inciso II do caput , o titular de direito


autoral poderá reapresentar o material corrigido, para conferência e aprovação,
no caso de as falhas apontadas terem sido devidamente sanadas, ou para
reprovação, em caso negativo.

§ 2º Serão consideradas falhas pontuais as não repetitivas ou constantes


que possam ser corrigidas com simples indicação da ação de troca a ser
efetuada pelo titular de direitos autorais.

§ 3º Não serão consideradas falhas pontuais:

I - erros conceituais;

II - erros gramaticais recorrentes;

III - necessidade de revisão global do material;

IV - necessidade de correção de unidades ou capítulos;

V - necessidade de adequação de exercícios ou atividades dirigidas;

VI - supressão ou substituição de trechos extensos; e

VII - outras falhas que ocorram de forma contínua no material didático.

§ 4º O limite para correção de falhas pontuais será definido em edital.

Art. 16. A avaliação pedagógica cujo objeto é a seleção de acervos de


materiais didáticos a que se refere o art. 14 indicará se a obra inscrita foi
selecionada ou não, com base nos critérios estabelecidos neste Decreto e
em edital, e resultará na classificação do conjunto das obras inscritas.
Art. 17. As decisões das equipes de avaliação poderão ser objeto de
recurso fundamentado por parte do titular de direito autoral, no prazo de dez
dias, contado da data de publicação do resultado da avaliação pedagógica.

§ 1º É vedado o pedido genérico de revisão da avaliação.

§ 2º Os recursos contra as decisões de que trata o caput serão dirigidos


às equipes de avaliação, as quais, na hipótese de não as reconsiderarem no
prazo de cinco dias, os encaminharão à Secretaria de Educação Básica do
Ministério da Educação.

§ 3º Para análise dos recursos, a Secretaria de Educação Básica do


Ministério da Educação poderá dispor do auxílio de equipes de especialistas
que não tenham participado de nenhuma das fases da avaliação pedagógica.

Art. 18. Durante a etapa de escolha, por opção dos responsáveis pela
rede, a adoção do material didático será única:

I - para cada escola;

II - para cada grupo de escolas; ou

III - para todas as escolas da rede.

§ 1º Na hipótese de que trata o inciso I do caput , serão distribuídos os


materiais escolhidos pelo conjunto de professores da escola.

§ 2º Na hipótese de que tratam os incisos II e III do caput , serão


distribuídos os materiais escolhidos pelo conjunto de professores do grupo de
escolas para o qual o material será destinado.

§ 3º A opção de que trata o caput não se aplica às bibliotecas públicas e


comunitárias, que receberão os livros literários com base nas escolhas das
escolas da rede de ensino do respectivo ente federativo e de acordo com
critérios técnicos estabelecidos em Resolução do FNDE. (Incluído pelo
Decreto nº 12.021, de 2024)

Art. 19. A etapa de negociação terá como objetivo a pactuação do preço


para aquisição de materiais didáticos selecionados para compor os acervos ou
escolhidos pelas redes ou pelas escolas, quando for o caso.

Art. 20. Para fins de aquisição, os materiais didáticos serão produzidos


diretamente pelas empresas contratadas e caberá ao FNDE a responsabilidade
por sua distribuição, por intermédio de empresa contratada especificamente
para esse fim.

Art. 21. O FNDE divulgará os dados relativos à aquisição e à distribuição


dos materiais didáticos referentes a cada edital.
Art. 22. O quantitativo de exemplares de materiais didáticos para os
estudantes e os professores e de acervos para sala de aula e bibliotecas será
definido com base nas projeções de matrículas das escolas beneficiadas, de
acordo com os dados do Censo Escolar, conforme estabelecido em Resolução
do FNDE, ouvida a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.

§ 1º Será mantida reserva técnica de material didático para atendimento


das matrículas adicionais ou não computadas nas projeções, conforme
estabelecido em Resolução do FNDE.

§ 2º Fica o FNDE autorizado a realizar aquisições de exemplares


adicionais de materiais didáticos que já foram adquiridos, para a
complementação de atendimento às novas matrículas, à reposição de materiais
didáticos reutilizáveis danificados ou não devolvidos, e de materiais didáticos
consumíveis.

§ 3º As redes de ensino federal, estaduais, municipais e distrital que não


desejarem receber materiais didáticos no âmbito do PNLD deverão solicitar
exclusão do Programa na forma e no prazo definidos em Resolução do FNDE.

§ 4º A exclusão do PNLD de que trata o § 3º implicará o não recebimento


de recursos didáticos pelas instituições de ensino do ente federativo e pelas
bibliotecas nele situadas. (Incluído pelo Decreto nº 12.021, de 2024)

§ 5º A distribuição e a disponibilização de recursos educacionais para as


bibliotecas ficam condicionadas à adesão ao PNLD do ente federativo no qual
a biblioteca se encontra situada e à disponibilidade orçamentária. (Incluído
pelo Decreto nº 12.021, de 2024)

§ 6º As bibliotecas escolares, públicas e comunitárias adotarão


livremente suas políticas de uso e cessão temporária de obras, desde que em
consonância com as diretrizes e regras do PNLD. (Incluído pelo Decreto nº
12.021, de 2024)

Art. 23. A etapa de monitoramento e avaliação consiste no controle de


qualidade e na supervisão da produção e da distribuição do material didático,
no monitoramento das redes de ensino participantes e na avaliação da
execução do PNLD.

Parágrafo único. O FNDE poderá dispor do apoio de instituições


contratadas ou conveniadas para cumprimento da etapa de monitoramento e
avaliação.

CAPÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24. O Ministério da Educação poderá criar iniciativas suplementares


para avaliar e disponibilizar materiais didáticos, a serem disciplinadas em ato
do Ministro de Estado da Educação, destinados a etapas e modalidades,
objetivos ou públicos específicos da educação básica, com ciclos próprios ou
edições independentes.

Art. 25. O Ministério da Educação adotará mecanismos para promoção da


acessibilidade no PNLD, destinados aos estudantes e aos professores com
deficiência.

Parágrafo único. Os editais do PNLD deverão prever as obrigações para


os participantes relativas aos formatos acessíveis.

Art. 26. A participação nas etapas do PNLD não implica a obrigação de


contratação pelo Ministério da Educação ou pelas suas autarquias e não
confere aos participantes direito de reivindicação, indenização ou reposição de
custos de participação no processo.

Art. 27. O FNDE poderá requerer certificação de origem do papel e de


outros materiais utilizados na produção dos materiais didáticos adquiridos no
âmbito do PNLD, nos termos a serem definidos em Resolução.

Art. 28. As despesas do PNLD correrão à conta das dotações


consignadas na lei orçamentária anual ao Ministério da Educação e ao FNDE,
de acordo com as suas áreas de atuação, observados os limites estipulados na
legislação orçamentária e financeira.

Art. 29. Fica revogado o Decreto nº 7.084, de 27 de janeiro de 2010 .

Art. 30. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília, 18 de julho de 2017; 196º da Independência e 129º da República.

O PROGRAMA ESCOLA ACESSÍVEL: consiste na promoção da


acessibilidade como medida estruturante para consolidar um sistema
educacional inclusivo, promovendo condições de acessibilidade ao ambiente
físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e a comunicação e informação nas
escolas públicas de ensino regular. O recurso é oferecido por meio do PDDE
Interativo às escolas contempladas pelo Programa Implantação de Salas de
Recursos Multifuncionais. Com isso, é possível promover a acessibilidade e
inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação matriculados em classes comuns do ensino
regular, assegurando-lhes o direito de compartilhar os espaços comuns de
aprendizagem, por meio da acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos
didáticos e pedagógicos e às comunicações e informações.

Ou seja, promover a acessibilidade significa assegurar às pessoas com


deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades, ao meio físico, ao
transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias
da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações
abertos ao público.
O Programa de Acessibilidade na Educação Superior (Incluir) propõe
ações que garantem o acesso pleno de pessoas com deficiência às instituições
federais de ensino superior (Ifes).

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um dos serviços


prestados pela educação especial para atender aos estudantes com
deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas
habilidades/superdotação, que devem estar matriculados em escolas comuns
do ensino regular.

Para ser uma escola acessível precisa de:

1. Planejar a acessibilidade arquitetônica.


2. Estabelecer adaptações pontuais.
3. Utilizar equipamentos adaptados para o lazer e esportes.
4. Mudar atitudes e comportamentos.
5. Utilizar a tecnologia a seu favor.

Quais são os tipos de acessibilidade?

Já demos alguns exemplos simples de acessibilidade, mas agora vamos falar


sobre os tipos que existem e o que cada um deles significa.

 1. Acessibilidade atitudinal:
Esse é o exemplo mais simples de ser colocado em prática, porque depende
apenas de nós. Acessibilidade atitudinal diz respeito às ações que tomamos
como indivíduos para diminuir as barreiras entre as pessoas com deficiência e
sem deficiência. É se colocar minimamente no lugar do outro, pensar e realizar
ações que promovam um mundo mais justo e inclusivo para todas as pessoas.

 2. Acessibilidade arquitetônica:
Já reparou naqueles elevadores do metrô, rampas dos ônibus ou mesmo no
corrimão das escadas? Esses são exemplos de acessibilidade arquitetônica. A
acessibilidade arquitetônica está relacionada aos recursos que permitam a
locomoção de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, em
qualquer espaço com autonomia.

 3. Acessibilidade metodológica:
Pessoas com deficiência encontram inúmeros desafios no dia a dia e isso
também inclui o contexto da educação. Mesmo leis que garantem o acesso
pleno delas às instituições de ensino, os obstáculos ainda são grandes. A
acessibilidade metodológica também conhecida como acessibilidade
pedagógica envolve a diversificação de metodologias e técnicas para viabilizar
total acesso de pessoas com deficiência à educação.

 4. Acessibilidade programática
Contamos por aqui que existem diferentes leis que garantem os direitos das
pessoas com deficiência, certo? E a acessibilidade programática está
justamente ligada à sensibilização, conscientização e aplicação dessas
normas, decretos, regulamentações, leis e políticas públicas que respeitam as
necessidades das pessoas com deficiência.

 5. Acessibilidade instrumental
O objetivo da acessibilidade instrumental é superar barreiras no uso de
utensílios e ferramentas que são necessárias no desenvolvimento de
atividades escolares, profissionais, de recreação e até mesmo de
lazer. Softwares de leitores de tela, quadros de comunicação aumentativa,
engrossadores de pincéis, canetas, lápis, são bons exemplos.

 6. Acessibilidade nos transportes


Pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida têm saído cada vez mais
de suas casas, seja para ir ao trabalho, estudar ou fazer um trajeto mais
distante por lazer. Por isso, a demanda por acessibilidade no transporte tem
seguido uma curva crescente.

Ela não diz respeito apenas aos assentos preferenciais nos meios de
transporte, mas em todo o processo que a pessoa realiza para fazer a sua
viagem. Catracas que permitam a passagem de pessoas em cadeiras de
rodas, piso tátil e placas de sinalização estão dentro dessa categoria de
acessibilidade.

 7. Acessibilidade nas comunicações


Tornar as comunicações de fácil entendimento para o maior número de
pessoas possível é o objetivo desse tipo de acessibilidade. Somos seres
comunicacionais, seja através da fala, de sinais ou expressões. Sem a
comunicação não conseguimos nos relacionar enquanto indivíduos e
sociedade. Intérprete de Libras, assistentes virtuais, legendas em vídeos são
exemplos de acessibilidade comunicacional.

 8. Acessibilidade digital
Por conta do avanço acelerado da tecnologia e da presença cada vez maior
das pessoas nas redes sociais, que transformou a forma como nos
relacionamos atualmente, a acessibilidade digital é um dos tipos de
acessibilidade mais discutidos e exigidos nos últimos anos.

Ainda assim, pesquisas revelam que menos de 1% dos sites está acessível
para pessoas com deficiência. A inclusão de textos alternativos em imagens,
aplicação de alto contraste nas páginas web e muitas outras opções de
tecnologias assistivas, fazem parte da acessibilidade digital.

 9. Acessibilidade natural
A acessibilidade natural tem como missão quebrar barreiras que a própria
natureza produz. Vegetação irregular, árvores que viram obstáculos no
caminho ou fecham trilhas, terra, areia, água… A acessibilidade natural
acontece quando, por exemplo, nas praias são disponibilizadas cadeiras de
rodas anfíbias para que pessoas com deficiência física possam se locomover
na areia e entrarem no mar.

TECNOLOGIA ASSISTIVA:
Nome dado ao conjunto de recursos utilizados para ajudar pessoas com deficiê
ncia com suas habilidades funcionais, tornando sua vida mais fácil e independe
nte, promovendo melhor qualidade de vida e inclusão social.
As tecnologias assistivas agem de forma a ampliar a mobilidade, comunicação
e habilidades de aprendizado.
A tecnologia assistiva (TA)
é vista como uma verdadeira área do conhecimento,
um conjunto de práticas, recursos, materiais, metodologias, serviços, produtos
e estratégias que visam aumentar a participação, inclusão social, autonomia,
qualidade de vida e independência das pessoas com deficiência, incapacidade
s, transtornos e mobilidade reduzida. Nessa base, incluem-se diversos profissio
nais que trabalham em distintos ramos para desenvolver aparatos, pesquisas e
tudo que seja necessário para garantir a aplicação da TA
em todos os lugares e pessoas em geral e que ajudam outros profissionais a
saber como diferenciar os diferentes tipos de tecnologia assistiva..
Algumas tecnologias assistivas podem ser, inclusive, utilizadas em terapi
as. Um dos exemplos de tecnologia assistiva na educação é
aABA para autismo, para ajudar com a comunicação e socialização dos indívid
os com a condição.

Outros exemplos de tecnologia assistiva na educação:

 Rampas de acesso a calçadas e a prédios;


 Andadores;
 Lupas manuais ou eletrônicas;
 Softwares ampliadores de tela;
 Aparelhos para surdez;
 Avatares Libras.
 Embora tenha tido uma grande evolução nos últimos tempos, podemos c
onsiderar a TA como uma área recente, sobretudo aqui no Brasil.
As primeiras especificações e debates a respeito de sua aplicabilidade c
omeçaram em meados dos anos 80, para mais tarde serem oficializadas
pelo ADA – American with Disabilities Act,
o regulador máximo dos direitos das pessoas com deficiência nos Estad
os Unidos.
 Graças à preocupação do órgão, que conseguiu junto ao governo local a
criação e otimização de várias leis e decretos acerca do assunto, tanto a
ONU (Organização das Nações Unidas) quanto muitos países se inspira
ram nesses termos e começaram a dar mais destaque a
TA, pensando em propostas concretas de inclusão social.
 O Brasil foi uma dessas nações que participou, inclusive,
do compromisso disposto na Declaração de Salamanca. Essa aliança as
sinada e firmada por mais de
100 países revela o comprometimento em levar a educação para todas
as crianças com deficiência, além de estabelecer esse tema como pauta
da agenda global de direitos humanos a cada reunião da ONU.
A partir daí, muitas campanhas se fortaleceram, além da criação de prog
ramas, maior presença da mídia e muitos cursos online com certificado q
ue visam informar passo a passo sobre as necessidades e condições de
um grupo tão diverso.
 Com o tempo, diversos ministérios brasileiros começaram a trabalhar jun
tos para tornar os recursos da tecnologia assistiva mais democráticos,
tanto o da saúde quanto o da educação e
da própria tecnologia. Antes conhecido como Ajudas Técnicas,
o termo se modificou para tecnologias assistivas em 2008
e, segundo a legislação, deve estar presente nos mais distintos setores
sociais.
 Segundo as diretrizes do ADA,
a tecnologia assistiva conta com algumas categorias e recursos fundam
entais, classificados de acordo com cada grupo e seus níveis de necessi
dade. Por isso, toda pessoa com deficiência pode usufruir dessas tecnol
ogias: cegos, surdos, deficientes físicos, deficientes múltiplos, com trans
tornos variados, entre outros que precisam de meios facilitadores para q
ue possam exercer todas suas atividades. Conheça alguns e saiba como
diferenciar os diferentes tipos de tecnologia assistiva.
 1. Auxílios gerais para a vida diária
 Materiais e produtos básicos para a independência da pessoa com defici
ência, para que ela possa cozinhar, comer, vestir, tomar banho, ir
ao banheiro, entre outras ações.
 2. Comunicação Alternativa
 Um dos exemplos de tecnologia assistiva na educação é a
comunicação alternativa.
Essencial para uma educação inclusiva, para a comunicação eficiente p
or meio de aparelhos eletrônicos, pranchas e demais materiais com sím
bolos diversos que garantem a interação tanto de modo básico quanto a
vançado daqueles que possuem limitações na fala. Dica:
um dos cursos online com certificado perfeitos para entender esse rec
urso é
o Curso Online Comunicação Alternativa, pois explana passo a passo to
dos os métodos desse termo. Vale muito a pena conhecer.
 3. Sistemas de controle de ambientes
 Meios tecnológicos de controle para acessibilidade, segurança e locom
oção em todos os espaços, da casa à empresa,
da escola ao lazer, para que esse grupo usufrua de tudo que é pertinent
e para sua presença em vários lugares.
 4. Recursos de acessibilidade ao computador
 Estes exemplos de tecnologia assistiva na educação referem-se
à informática, todos os dispositivos e softwares necessários para aument
ar a integração e
a inclusão digital das pessoas com diversas deficiências. Graças à máqu
ina, muitos podem se comunicar e aprender com excelência.
 5. Órteses e próteses
 São aparatos que substituem partes faltantes ou com funcionamento co
mprometido, proporcionando trocas e ajustes, como pernas ou braços m
ecânicos.
 6. Adequação de postura
 Sistemas utilizados para garantir a postura correta de quem tem problem
a de mobilidade e condições similares, para todos os ambientes possívei
s.
 7. Projetos arquitetônicos
 É tudo aquilo que demanda arquitetura em
si, rompendo barreiras físicas e otimizando espaços para que todos poss
am transitar normalmente.
 8. Auxílios de mobilidade
 São aparelhos que garantem a mobilidade de pessoas com deficiência fí
sica, como cadeira de rodas de todos os tipos, veículos, andadores, entr
e outros, que devem ficar à disposição nos espaços públicos para cumpr
imento dos parâmetros de inclusão social.
 9. Adaptação em veículos
 Nesse caso,
a tecnologia assistiva deve servir para implantar recursos para que moto
ristas e passageiros com deficiência possam dirigir um carro e andar em
transportes adaptados (ônibus, avião, entre outros).
 10. Auxílios para surdos e pessoas com déficit auditivo
 Como o próprio termo revela, são métodos e acessórios direcionados às
pessoas com deficiência auditiva. Incluem-se tanto produtos indispensáv
eis quanto o uso da famosa Língua Brasileira de Sinais (Libras). Dica: P
ara ficar por dentro sobre esse tipo de deficiência,
um dos cursos a distância mais indicados é
o Curso Online Deficiência Auditiva, conteúdo exclusivo e completo do E
ducamundo. Para sanar todas as dúvidas, é bom investir nesse e
em diversos cursos online sobre surdez do portal para entender o ass
unto com competência.
 11. Auxílios para cegos e pessoas com visão subnormal
Já nesse caso, são aparatos para indivíduos com deficiência visual e de
mais condições relacionadas à dificuldade em enxergar. Podemos listar
desde o Braille até sistemas de voz, telas de impressão e produtos com l
entes e lupas. Para esse tema, também há bons cursos online com ce
rtificado, como o conteúdo disposto no Curso Online Deficiência Visual,
um manual perfeito para compreender todas as peculiaridades e univers
o dos cegos.
 Essas são apenas algumas abordagens essenciais que são aprimoradas
, passando sempre por inovações e novos conceitos. A
TA se renova e existe justamente para otimizar recursos, portanto,
é bom ficar atento aos novos caminhos e descobertas que essa área tão
importante alcança. Faça um curso de tecnologia assistiva atualizado
e pronto para te deixar com um amplo conhecimento sobre o assunto.
O que é tecnologia assistiva?
É
um recurso utilizado por uma pessoa com deficiência para que ela consiga se l
ocomover, comunicar, segurar objetos etc. Cadeiras de rodas, bengalas para c
egos e aparelhos de audição são exemplos.
O que é comunicação alternativa?
Comunicação alternativa (ou comunicação alternativa e aumentada)
é uma das categorias – ou tipos –
de tecnologia assistiva e envolve recursos como pranchas de comunicação.
Quais os tipos de tecnologia assistiva?
Os tipos são divididos em várias categorias, como: auxílios para vida diária e pr
ática; comunicação alternativa; recursos de acessibilidade ao computador; proj
etos arquitetônicos para acessibilidade; órteses; próteses e outros.

Conceito de tecnologia assistiva O termo "tecnologia assistiva" surgiu


legalmente no Brasil em 2015, com a publicação da Lei nº 13.146, de 6 de julho
de 2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), também
conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. O artigo 3º, inciso III, da
referida Lei define tecnologia assistiva ou ajuda técnica como "produtos,
equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à
participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à
sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social". Esse
conceito ampliado surgiu a partir de definições anteriores de ajuda técnica,
termo que surgiu no ordenamento jurídico brasileiro com a publicação do
Decreto nº 3.298/1999, que faz referência ao direito do cidadão brasileiro às
ajudas técnicas, conceituada no art. 19 como "os elementos que permitem
compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais
da pessoa portadora de deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as
barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão
social.

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL, MOTOR E FÍSICO. E CONSTRUÇÃO


DA IDENTIDADE E DESENVOLVIMENTO DA AUTOESTIMA: É um processo
de construção e de educação do indivíduo que se inicia a partir da aquisição da
aptidão de expressar e gerenciar as próprias emoções. Nesse sentido, também
faz parte do amadurecimento do estudante a capacidade de perceber, de forma
empática, os sentimentos de terceiros.

O desenvolvimento motor é o processo de mudança no comportamento,


relacionado com a idade, tanto na postura quanto no movimento da criança. É
um processo de alterações complexas e interligadas das quais participam
todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas do
organismo.

O desenvolvimento cognitivo possui estágios definidos até os 12


anos de idade. É dividido em 4 períodos.

Sensório-motor (nascimento até 2 anos) e suas dvisões:

Primeira fase é a fase reflexa (0 a um mês), onde a criança usa da sua


bagagem genética para estabelecer as suas primeiras experiências com o
ambiente a partir dos vários reflexos primitivos.
Segunda fase é a Reação Circular Primária (1 a 4 meses), onde a
criança está envolvida com as sensações sentidas pelo próprio corpo e
produzidas pelo ambiente do seu entorno.

Terceira fase é a Reação Circular Secundária (4 a 8 meses), onde seu


interesse agora está para as sensações do meio externo na promoção dos
espetáculos, modificações sensoriais promovidas pelos objetos do seu entorno.

Quarta fase é a Atividade Voluntária (8 meses a 1 ano), é o início da


atividade voluntária, exploração do objeto, permanência do objeto, condutas e
estratégias para alcançar o objeto de seu interesse perceptivo no seu entorno.

Sexta fase é a fase de Combinações Mentais (18 a 24 meses), a fase


intermediária para o período seguinte, onde o interesse da criança está
envolvido nas imagens mentais do objeto, com interesse em histórias e contos
de fantasia.

AS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: conforme a faixa


etária e também conforme o ambiente e os estímulos. Assim, o
desenvolvimento cognitivo começa desde o nascimento e se divide em 4
estágios principais: sensorial, simbólico, concreto e formal.

Sensório-motor (nascimento até 2 anos), caracterizado pelo pensamento


prático onde a criança aprende a partir da sua relação com o objeto/ambiente,
onde aprende a explorar e administrar reflexos e movimentos e sensações é
dividido em seis fases cada uma com sua especificidade.

Segundo período Pré-operacional ou simbólico (2 a 7 anos), o


pensamento da criança é intuitivo e pré-lógico, dividido em dois momentos, de
2 a 4 anos pela função simbólica e de 4 a 6 anos pelo período pré-lógico,
caracterizado pelo uso da percepção como referência de raciocínio.

Terceiro período é o das Operações Concretas (7 a 12 anos), é


caracterizado pela lógica do raciocínio, a criança começa a pensar baseada em
operações de raciocínio lógico.

Quarto período é Operações Formais (12 anos até idade adulta),


caracterizado pelo pensamento dedutivo, a criança nesse momento é capaz de
pensar coisas abstratas.

Emoções primárias: raiva, medo, tristeza, alegria e afeto, nojo,


ciume, ansiedade, animação, saudade e frustração.

O desenvolvimento motor é o processo de mudança no comportamento,


relacionado com a idade, tanto na postura quanto no movimento da criança. É
um processo de alterações complexas e interligadas das quais participam
todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas do
organismo.

Desenvolvimento motor até a fase adulta:

Movimentos Rudimentares: Estabilizadores, locomotores e


Manipulativos, de 1 a 2 anos:

Estabilizadores:

•Equilíbrio dinâmico

•Equilíbrio estático

•Movimentos Axiais

LOCOMOTORES:

•Andar

•Correr

•Saltar

•Saltito

Manipulativos:

•Alcançar, segurar e soltar

•Lançar

•Receber

•Chutar

Movimentos Fundamentais:

Inicial:

- primeiras tentativas (pouco controle)


- Maturação insuficiente

Elementar:

- aumento do controle, sem fluência

- aquisição de sincronia espaço-temporal

Maduro:

- bom nível de controle

- fluência e eficiência = (ou similar) adulto

- Desenvolvimento motor:

-Alterações nas formas de movimento

- Ocorre em fases específicas desde antes do nascimento: reflexos →


mov. Voluntários Voluntários.

- Dependem de crescimento, maturação e Experiências motoras


(prática).

Aquilo que somos, a forma como nos definimos, como nos pensamos e
o que sentimos sobre nós, resulta de uma construção contínua que começa na
infância. Esta construção envolve uma representação cognitiva e afetiva de
nós. A autoestima reflete esta dimensão afetiva, o grau de satisfação e
aprovação que se sentimos por nós.

No desenvolvimento das emoções surgem três momentos


extraordinários: emoção, sentimento e afeto.

E AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DA CRIANÇA


é dividido em duas dimensões: reatividade e autorregulação. A reatividade
está relacionada à forma com a qual a criança reage a uma situação de
frustração, com intensidades diferentes. Já a autorregulação diz respeito a
como ela se corrige, dando mais atenção ao controle motor.

As crianças não nascem com mais ou menos autoestima, esta vai sendo
construída ao longo da vida. E começa logo nos primeiros anos, com as
primeiras experiências a que o bebé é exposto. A autoestima começa a
construir-se a partir das primeiras relações, do ambiente familiar, dos modelos
educativos, das expectativas que os familiares têm e comunicam às
crianças, das imagens e mensagens que os pais transmitem, direta e
indiretamente, aos filhos. É neste contexto de conhecimento mutuo, atenção,
amor e interação pais-filhos, que a criança se começa a conhecer, a sentir
competente e bem consigo mesma. Assim, se a criança se sentir aceite,
valorizada e apreciada terá uma melhor base para a construção da sua
autoestima.

A forma como pensamos sobre nós é essencial e vai-se tornando mais


complexa e diversificada com o tempo. No início, as crianças começam por
ganhar consciência do próprio corpo, de que são um indivíduo separado dos
outros. Depois, pensam que são aquilo que são capazes de fazer, bem como
aquilo que os outros dizem, desde o nome que lhes dão, à forma como as
descrevem. Começam também a integrar na sua autoimagem as memórias que
os outros partilham delas, das histórias sobre a infância, sobre como eram e o
que faziam. Mais tarde, na adolescência, a forma como se pensam é revista
em função das experiências e mudanças vividas nesta fase, em que
frequentemente aumenta a necessidade de autoestima, de se sentir valorizado,
reconhecido e aceite. Ter uma boa autoestima é um dos recursos mais
importantes para um adolescente. Nesta fase é essencial o papel da família,
mas também dos amigos e pares, e do ambiente escolar.

 Logo desde os primeiros dias desenvolva um sentido de proteção e


segurança, que ajude o seu filho a construir confiança em si e no
mundo. Seja uma base segura, de conforto e amor incondicional.
Procure dar-lhe um sentimento de pertença familiar;

 Ao longo do tempo ajude-o a sentir-se bem consigo próprio e com as


suas capacidades. Dê-lhe tempo e atenção positiva. Deixe que o seu
filho se sinta valorizado e especial, partilhe sorrisos, abraços e beijinhos,
encante-se com as suas descobertas e conquistas;

 Deixe que o seu filho se supere, que conquiste desafios. Deixe-o sentir
que é capaz de resolver problemas, divida tarefas mais complexas em
pequenos passos, proporcione-lhe desafios, encorajando-o a superá-los.
Há medida que as crianças vão tendo mais autonomia e fazendo mais
coisas sozinhas também se vão sentindo mais capazes e seguras de si
o que contribui para a sua autoestima;

 Ajude-o a dar sentido ao mundo, traduzindo e explicando o que


acontece com ele e à sua volta. Ao mesmo tempo seja um modelo de
confiança e persistência, fale em voz alta, mostrando como pensa e faz
para ultrapassar algumas dificuldades e resolver problemas;

 Encoraje amizades. Use as brincadeiras como oportunidade para


desenvolver confiança e resolver problemas. Deixe que o seu filho lidere
as brincadeiras. Tenha paciência e deixe-o repetir as brincadeiras, bem
como explorar os seus interesses ao seu ritmo e da sua maneira.
 Ajude o seu filho a desenvolver a consciência de si. Faça elogios
específicos e sinceros, reconheça progressos, esforços e conquistas,
saliente pontos fortes. Deixe também que saiba que os erros fazem
parte, que ninguém é perfeito;

 Respeite o temperamento do seu filho, aceitando-o como é. Evite fazer


comparações com outras crianças, bem como usar rótulos ou alcunhas
que possam restringir a construção de si;

 Exponha-o à diversidade, ao facto de todos sermos diferentes e únicos.


Deixe que o seu filho saiba que o compreende e que as pessoas podem
ter diferentes sentimentos e pensamentos. Encoraje o seu filho a pensar
e mostre que valoriza a sua a opinião, fazendo-lhe perguntas;

 Estabeleça rotinas e limites firmes e consistentes, dando-lhe estrutura,


segurança e previsibilidade. Repreenda o mau comportamento
salientando o comportamento e não a pessoa.

COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS: BIRRA, MANHA, CIÚMES,


BRIGAS. E ORIENTAÇÃO DE COMO ALIMENTAR A CRIANÇA DE
MANEIRA SAUDÁVEL:
As identidades na primeira infância são construídas a partir das
experiências das crianças como sujeitos em convívio com o outro. Essas
experiências desempenham um papel fundamental no processo de
aprendizagem da criança e, portanto, na construção de sua subjetividade.
A agressividade é qualquer comportamento que tenha intenção de
machucar ou destruir um objeto, um animal ou alguém.

A agressividade é um comportamento hostil no qual a intenção é o uso da


força para sobrepor algo ou alguém.

Todas as pessoas têm um certo nível de agressividade – às vezes, se torna


uma ação necessária em questões de sobrevivência.

Geralmente, esse impulso ocorre para ter controle do que está acontecendo ou
para fugir de situações de risco.

Nos primeiros anos de vida, em especial até os 5 anos, a criança tem mais
comportamentos agressivos, pois ainda está em fase de amadurecimento
atitudinal e emocional.

Exemplo: uma criança que quer muito um brinquedo que está com outra
criança pode acabar batendo ou tentando puxar o brinquedo à força, sem
consentimento, para tomá-lo para si.
Conforme os pequenos vão crescendo, aprendem a controlar os impulsos,
regulam as emoções e aprendem alternativas mais eficazes e gentis para
lidar com essa agressividade.

Veja alguns tipos de intervenções para contribuir com o desenvolvimento do


autocontrole nos pequenos:

 Conversar;
 Negociar;
 Explicar;
 Convencer;
 Contextualizar a situação;
 Tolerar stress;
 Planejar;
 Combinar.

Como se dá esse aprendizado? As crianças são pequenas esponjinhas.

Elas imitam o comportamento e aprendem a se comportar ao observar os


pais, a família, os educadores e os amigos.

Isso quer dizer que você não pode esperar que uma criança aja de maneira
gentil e educada se o ambiente familiar é carregado de conflitos.

Agressividade hostil: Nesse tipo de comportamento, a criança tem como


objetivo imediato agredir o outro. Geralmente, é o que ocorre em uma briga.

Agressividade instrumental: Nesse caso, a criança usa a agressividade para


conseguir algo, como comida, atenção ou algum objeto específico. Também
pode ser uma maneira de evitar algo, como quando as crianças não querem
tomar banho, ir à escola ou cumprir com suas responsabilidades diárias.

Agressividade reativa : Nesse caso, as crianças reagem de forma impulsiva,


sem controle, de maneira agressiva.

Agressividade pró-ativa

Aqui, a criança planeja esse ato de agressividade.

Pode acontecer, por exemplo, se o pequeno estiver com muito medo de ir à


escola por estar vivenciando algum conflito. Ele pode planejar uma maneira de
não ir e, caso confrontado, reagir com agressividade.

Agressividade direta: Esse comportamento infantil é mais explícito, como


bater ou xingar alguém.

Agressividade indireta: O comportamento agressivo infantil é mais


velado, quase escondido. Pode se manifestar quando a criança conta uma
mentira sobre um coleguinha, exclui alguém do grupo ou deixa de convidar
alguém para uma festa propositalmente.

Todas essas manifestações comportamentais são normais e naturais.

Fazem parte da fase de crescimento dos pequenos e, claro, é responsabilidade


dos pais tentar ajudar e explicar os motivos pelos quais esse
comportamento é errado.

Esse comportamento passa a ser um problema quando tem uma frequência,


uma intensidade e uma duração maior do que o esperado para a faixa
etária.

Para identificar algum sinal de doença mental (transtorno), os especialistas


levam em conta:

 Idade;
 Estágio de desenvolvimento;
 Ambiente em que a criança está vivendo.

Além disso, os médicos procuram identificar se a criança está passando


por algum momento de sofrimento ou se essa agressividade está
causando algum prejuízo ao desenvolvimento.

O reflexo na vida familiar – por exemplo, se a agressividade infantil está


causando algum dano à vida dos pais – também será um fator levado em
consideração.

8 das causas mais comuns para a agressividade infantil:


1. Distúrbios de humor

Crianças bipolares, quando estão no estágio maníaco, frequentemente se


tornam agressivas. Isso porque elas perdem o autocontrole e se tornam
impulsivas.

No outro extremo do espectro – ou seja, quando ficam deprimidas -, essas


crianças podem se tornar irritáveis e reagir com agressividade.

2. Doenças psicóticas

Algumas doenças psicóticas também podem se manifestar com agressividade.


Crianças com esquizofrenia costumam responder a estímulos internos que
podem se tornar perturbadores.

Os pequenos podem se tornar desconfiados ou paranoicos, e se afastam das


pessoas, de forma abrupta, por causa do próprio medo.

Neste caso a manifestação da psicose pode se dar através de delírios ou


alucinações, causando dificuldade em distinguir o falso do verdadeiro.
3. Frustração

Crianças com problemas de cognição ou de comunicação podem se


manifestar com comportamentos agressivos. Quando isso acontece, é porque
as crianças estão tendo dificuldade em lidar com a ansiedade ou a frustração e
não conseguem verbalizar os sentimentos como as outras pessoas. A
agressão também pode ser uma forma de impulsividade.

4. Impulsividade

Existem também alguns distúrbios de comportamento.

Em crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH),


por exemplo, a impulsividade e a má tomada de decisão podem levar a
comportamentos interpretados como agressivos. Essas crianças geralmente
não pensam muito sobre as consequências das ações, e isso faz com
que pareçam insensíveis ou maliciosas, mesmo sem intenção.

5. Transtorno de conduta

Nesse tipo de distúrbio, a agressividade faz parte da essência da doença.

Ao contrário da criança que simplesmente não está pensando nas


consequências das ações, as crianças com transtorno de conduta são
intencionalmente maliciosas.

Sendo assim, o tratamento e o prognóstico são bem diferentes. Sendo


consideravelmente importante buscar acompanhamento psicológico ou
psiquiátrico.

6. Lesões

Às vezes, as razões para a agressividade são orgânicas. A criança pode ter


alguma lesão no lobo frontal do cérebro ou algum tipo de epilepsia. Nesse
caso, não adianta tentar identificar um motivo racional para o episódio
agressivo, que pode ser simplesmente um momento de explosão, sem motivo
algum.

7. Trauma

Há momentos em que crianças ou adolescentes reagem de maneira agressiva


quando estão sob muito estresse. Isso é uma reação e não representa uma
doença emocional subjacente. É importante que os pais prestem atenção.
Esse tipo de reação é rara. Se começar a ocorrer com muita frequência, pode
ser um sintoma de um problema emocional latente.

8. Mudanças
Crianças não lidam bem com mudanças. Os pequenos se acostumam com
uma rotina e, quando esse padrão é quebrado, eles podem ficar confusos. A
chegada de um irmãozinho, por exemplo, ou a separação dos pais, é algo que
pode desestruturar a rotina de uma criança. Se ela se sentir ameaçada, pode
reagir com agressividade. Isso também pode acontecer por ciúmes. Ficar
atento se a criança não evoluir ou se começar a demonstrar raiva ou
agressividade com o bebê, por exemplo.

Formas de lidar:

1. Paciência

Bom, essa é a principal dica para a paternidade e para a maternidade de


modo geral e nas escolas. É importante lembrar.

2. Estabeleça regras e limites

As crianças funcionam bem com regras e rotinas. Você precisa estabelecer


uma autoridade para que esse comportamento agressivo da criança seja
desestimulado. A criança precisa ter em mente que o comportamento
agressivo não será tolerado no ambiente familiar e que não vai conseguir
nada com isso – nenhuma recompensa ou cedência acontecerá para
“aquietar” a criança, por exemplo -, assim sendo mais provável que a criança
acabe por evitar este tipo de comportamento ou reação.

3. Ambiente acolhedor

Crianças são “esponjas”. Se o ambiente familiar for hostil e violento, muito


provavelmente a criança vai desenvolver esse tipo de comportamento. Para
evitar que a criança naturalize a agressividade, a família deve promover um
ambiente acolhedor e tranquilo. Os pequenos precisam se sentir seguros,
com abertura para falar sobre seus sentimentos e se expressar com relação
aos acontecimentos em suas vidas.

- RECURSOS E ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM A AGRESSIVIDADE


INFANTIL: É legal: Falar de maneira simples e compreensiva. Conter,
tranquilizar, soltar e reintegrar a criança. Buscar formas de parceria com a
família. Todos devem falar a “mesma língua”. Preocupar-se com todos os
envolvidos, tentando garantir a integridade física das crianças. Falar a sós com
o agredido, agressor e depois com o grupo. Utilizar-se de métodos não verbais
para acalmar as crianças (inclinar-se, sentar-se ao lado). Deixar de fazer algo
que a criança goste, sem exageros. Elogiar comportamentos cooperativos e
pacíficos. Ter autocontrole e agir com firmeza e coerência. Dar espaço para as
crianças sugerirem soluções.

Realize dinâmicas e jogos que envolvam a cooperação e a afetividade,


como por exemplo: abraços, dinâmica: Tirar o chapéu Entregar o chapéu à
uma criança que se dirigirá ao centro da sala. Em seguida, a criança falará
para quem vai tirar o chapéu e fará um elogio para o colega escolhido trocando
de lugar com ele. Dinâmica do afeto Formar um círculo e passar entre eles um
bichinho de pelúcia. Cada integrante deverá demonstrar concretamente seu
sentimento (carinho, afeto etc.). Observar as manifestações verbais ou não dos
integrantes. Após a experiência, os integrantes serão convidados a fazer o
mesmo gesto de carinho no integrante da direita. Por último, discutir sobre as
reações dos integrantes com relação a sentimentos de carinho, medo e inibição
que tiveram.

Proporcione momentos de Relaxamento e Reprogramação Emocional,


como livros de relaxamentos. Estabeleça critérios em situações que possam
criar conflitos desnecessários.

As filas, por exemplo, podem elucidar conflitos desnecessários nas


disputas por lugares. Se os critérios forem pré-estabelecidos em conjunto com
as crianças (ex: por ordem de tamanho ou ordem alfabética), elas ficarão mais
tranquilas nesse momento. Para que todos tenham a chance de estar perto da
professora e em primeiro lugar na fila, uma dica é que os ajudantes do dia
tenham a liberdade de irem para frente. Assim haverá um rodizio entre os
primeiros lugares mantendo o restante da fila na ordem combinada.
Promova reuniões de pais onde a família possa participar ativamente:
Crie um ambiente acolhedor para receber as famílias com a exposição de
trabalhos das crianças e, se possível, carteiras em círculos. Comece falando
sobre os progressos e interações dos alunos, auxiliando-as a conhecer as
metas almejadas e os campos em que os alunos podem precisar de apoio.
Fazer perguntas e escute as famílias (um exemplo é perguntar sobre os
sonhos e esperanças para as crianças). Explique como será feita a
comunicação entre família e escola, explicitando como poderão entrar em
contato com você. Compartilhe ideias e sugestões para que a família
desenvolva atividades que colaborem no desenvolvimento da criança. Evite
julgar o que os pais devem fazer. Busque soluções colaborativas. Agradeça a
presença dos presentes e tente contato com os pais que não compareceram
oferecendo diferentes alternativas de comunicação. Mantenha contato regular
com as famílias, incluindo notícias positivas e atualizações sobre os progressos
dos alunos.
Proporcione brincadeiras dirigidas, mas não priorize apenas jogos
considerados educativos. Dê espaço também para as crianças tomarem
iniciativas, brincarem e se organizarem sem grandes intervenções. Ao oferecer
brinquedos e jogos verifique se a quantidade é suficiente para que as crianças
possam brincar dividindo de maneira justa. Nos momentos de brincadeiras
“livres” aproveite para observar a maneira como se estabelecem as relações
entre as crianças a forma como interagem com os brinquedos. Favoreça a
capacidade simbólica da criança com atividades dramáticas, músicas, jogos,
contos de fadas, desenho, modelagem, brincadeiras de casinha, de profissões,
de combates, entre outras. Nos jogos dirigidos aproveite para trabalhar noções
de afeto, expressão de sentimentos, diversidade. Crie um ambiente onde
brinquedos e jogos estejam ao alcance das crianças para que exerçam o senso
de responsabilidade, cuidado e organização.

Verduras, legumes e frutas são os alimentos que contêm as vitaminas e os


minerais essenciais para a saúde dos seus filhos (e da sua também, aliás!) É
importante incluir esse tipo de alimento em todas as refeições da criança. A
refeição deve ser rica em proteínas, carboidratos, vitaminas, ferro, cálcio e
zinco, ajudando no desenvolvimento saudável da criança. É importante que a
alimentação infantil não contenha alimentos gordurosos, industrializados,
embutidos e ricos em açúcar, como refrigerantes, doces e chocolates.
Uma alimentação saudável na escola influencia no desenvolvimento do
aluno e é essencial à saúde infantil, trazendo mais qualidade de vida para os
pequenos. O suporte nutricional às crianças e adolescentes precisa partir tanto
da família, quanto das escolas, no momento da alimentação. Conforme a
OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) uma alimentação saudável
ajuda a proteger contra a má nutrição em todas as suas formas, bem como as
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), entre elas: diabetes, doenças
cardiovasculares e câncer.

O Ministério da Saúde inclusive criou dez passos a serem trabalhados para


promover a alimentação saudável nas escolas. A seguir iremos falar um pouco
sobre cada um deles, confira:

1 – Trabalhar em conjunto com a comunidade

As escolas devem passar as orientações aos alunos e incentivar essas práticas


mais saudáveis no dia a dia deles.

Em conjunto com outras empresas, com as fornecedoras de refeições e


também os produtores locais esse trabalho tende a ser facilitado, sempre
lembrando da importância de contar com produtos de qualidade.

Essas medidas são tomadas principalmente para melhorar a qualidade de vida


das crianças e atuar na prevenção de doenças como a obesidade e a
diabetes.

2 – Promoção da saúde

Simplesmente comentar que consumir um determinado alimento ou que manter


um hábito mais saudável pode fazer a diferença na rotina certamente terá
pouco impacto.

A escola tem nas mãos uma oportunidade de inserir esse assunto nas
atividades diárias e estimular mais discussões sobre ele.
Partir do tema saúde como um argumento para mudar a alimentação, por
exemplo, pode dar outro aspecto para as iniciativas.

3 – Envolver os responsáveis

A educação alimentar não é responsabilidade apenas da escola. Os


responsáveis pelos alunos e crianças tem um papel fundamental nessa
questão.

A criança pode consumir as refeições preparadas pela escola e participar das


atividades. Porém, se ele chegar em casa e a realidade for diferente tudo isso
certamente será em vão.

Por esse motivo, desenvolver atividades de incentivo para os


responsáveis também é necessário. Dessa forma todos terão acesso às
informações importantes, os benefícios e podem contribuir ainda mais para a
mudança dos hábitos.

4 – Contar com profissionais qualificados

Os responsáveis pela distribuição das refeições também têm um papel


importante na promoção de uma alimentação mais saudável, independente se
a escola optou por ter uma cozinha própria ou se terceiriza as refeições.

Acima de tudo contar com uma boa estrutura e seguir as regras de segurança
alimentar são imprescindíveis para as refeições escolares.

Certamente trabalhar essa questão de segurança, correto manuseio dos


alimentos e a preparação deles também pode chegar até as salas de aula ou
até mesmo em atividades extra curriculares.

Além disso, é importante que esses profissionais também se mantenham


atualizados para sempre oferecer o que há de melhor para os alunos e
crianças.

5 – Controlar a oferta de certos alimentos


Alimentos com alto teor de açúcares e gorduras são cada vez menos comuns
nas escolas.

Colocar em pauta as informações nutricionais das refeições pode ser


interessante e sempre relacionar com os benefícios para a saúde.

Essa estratégia certamente também pode funcionar para mostrar a importância


de boas refeições e o impacto negativo de consumir alguns alimentos.

6 – Ofertar alimentos mais saudáveis

Seja em uma cantina ou restaurante escolar a oferta das refeições precisa ser
feita com muita atenção.

Existem diversas receitas em que as quantidades de sódio e açúcares podem


ser diminuídas, por exemplo. Dessa forma, eles podem continuar consumindo
algumas das suas refeições preferidas, mas de forma mais saudável.

Além disso, mostrar outras opções de alimentos também é importante para


aumentar a variedade de nutrientes consumidos.

7 – Promover o consumo de frutas e verduras

As frutas e verduras são alimentos ricos em vários nutrientes importantes


para uma rotina mais saudável e produtiva. Consumi-los é importante para a
manutenção da saúde principalmente para o crescimento e desenvolvimento
da criança.

Por isso, encontrar formas de estimular o consumo fugindo um pouco dos


benefícios pode ser uma boa estratégia. Desenvolver atividades relacionadas
podem funcionar nesse sentido.

8 – Serviços de alimentação

Os serviços de alimentação têm um papel importante na promoção de


refeições mais saudáveis. Além disso, a atuação delas também pode
ultrapassar o fornecimento dos alimentos na escola.
Na Risotolândia, por exemplo, a ideia é sempre trabalhar ações que contribuam
para a promoção da alimentação saudável.

Eles podem servir como ótimas ferramentas de informação para a comunidade


em relação à importância da alimentação no dia a dia.

Também é importante que isso seja trabalhado de forma criativa para que não
caia no esquecimento de quem passa todos os dias pela escola.

9 – Compartilhar experiências

Promover a alimentação saudável na escola não é o trabalho de uma ou de


outra instituição. Essa certamente é uma questão que precisa ser assunto em
todas.

É claro que existem aquelas que fazem grandes esforços pelo assunto, outras
menos e também as que ainda não adotaram práticas sobre o assunto.

As escolas que já atuam nesse tema certamente podem contribuir para


espalhar a importância dele. Hoje as redes sociais são ótimos canais para
isso, as trocas de informação podem ser feitas entre o contato de uma escola
com a outra também e por aí vai.

Atuar em conjunto certamente pode trazer resultados ainda melhores em todos


os sentidos.

10 – Trabalho contínuo

Quantas vezes vemos projetos muito interessantes iniciarem e depois de algum


tempo serem deixados de lado. Com a promoção de uma alimentação mais
saudável nas escolas isso não pode acontecer.

Ou seja, ser recorrente e inovar nas atividades relacionadas ao tema é


fundamental para que o assunto não seja esquecido.

O Ministério da Saúde, por exemplo, sugere que as escolas incentivem ações


de diagnóstico, prevenção e controle de distúrbios alimentares.
ADAPTAÇÃO DAS CRIANÇAS NO BERÇÁRIO:
O período de adaptação varia de acordo com a necessidade de cada
bebê. É único e individual; portanto faz-se necessário administrar esta fase,
com tempo e tranquilidade. Cada berçário destina para adaptação prazos que
variam de 10 a 14 dias. Os pais devem respeitar este período, não acelerando
esta fase.
1 – CONFIAR NA ESCOLA
Quando os pais confiam na escola, transmitem melhor o sentimento de
segurança ao bebê, que aceitará com mais tranquilidade o ingresso no
berçário.
2 – PLANEJAR O TEMPO DE ADAPTAÇÃO
O período de adaptação varia de acordo com a necessidade de cada bebê. É
único e individual; portanto faz-se necessário administrar esta fase, com tempo
e tranquilidade.
3 – RESPEITAR O PERÍODO ESTIPULADO PELA ESCOLA
Cada berçário destina para adaptação prazos que variam de 10 a 14 dias. Os
pais devem respeitar este período, não acelerando esta fase.
4 - MANTER A ROTINA DOMÉSTICA
O ingresso na escola já é uma importante alteração na rotina do bebê. Devem
ser evitadas outras mudanças domésticas como: mamadeiras, chupetas ou do
objeto de transição.
5 – LIDAR COM O CHORO NA CHEGADA AO BERÇÁRIO
É natural o choro na hora da separação, mas nem sempre significa que o bebê
não queira ficar na escola. Este momento é muito importante; mesmo que o
bebê relute, despeça-se naturalmente e evite sair escondido.
6 – ENTREGAR O BEBÊ
Cabe ao responsável entregar o bebê à berçarista, não sendo recomendável
que esta tenha o encargo de retirá-lo do colo da pessoa que trouxe a criança.
7 – ACOMPANHAR A ROTINA
A agenda é o meio de comunicação entre a família e a escola, portanto os
responsáveis deverão acompanhar a rotina da criança através da mesma.
8 – OBSERVAR O ESPAÇO FÍSICO DOS BEBÊS
O berçário é um espaço que deve ser respeitado. A presença dos pais
dentro deste ambiente dificulta o processo de adaptação. A equipe pedagógica
da escola estará à disposição para esclarecer dúvidas quando a família achar
necessário.
Segundo a docente, o processo da adaptação ocorre em meio ao choro,
não somente das crianças que ingressam um local diferente, mas também dos
pais e responsáveis que lutam contra a ansiedade e o receio de como a criança
irá reagir ao “novo”. O processo de adaptação é profundamente sensível e
demanda atenção, paciência e cuidados específicos, pois é uma fase regada
de transições com diversas situações que envolvem o desafio de
enfrentamento e amadurecimento do novo, tanto para as crianças quanto para
os familiares e educadores.
A adaptação, não tem um tempo certo para acontecer. Como cada
criança é singular. Esse é um processo único para cada uma delas, que
respeitam o seu próprio tempo. Na nossa escola, definimos uma escala de
horário para que a criança vá, aos poucos, aumentando gradualmente o tempo
dentro do ambiente escolar.
A infância é a etapa inicial da vida compreendida entre o nascimento e
os 12 anos de idade. As experiências vividas nesse período são cientificamente
reconhecidas por afetar profundamente o desenvolvimento físico, mental, social
e emocional dos indivíduos. Infância é o período de crescimento que vai do
nascimento à puberdade, ou seja, do zero aos doze anos de idade.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se
como criança a pessoa com até doze anos incompletos, enquanto que entre
os doze e dezoito anos encontra-se a adolescência.

Etimologicamente, a palavra "infância" tem origem no latim infantia, do


verbo fari = falar, onde fan = falante e in constitui a negação do verbo.
Portanto, infans refere-se ao indivíduo que ainda não é capaz de falar.

Primeira Infância (0 - 3 anos)

 Todos os sentidos funcionam ao nascimento;

 Rápido rescimento físico e desenvolvimento das habilidades motoras;

 Capacidade de aprender e lembrar, mesmo nas primeiras semanas de vida;

 Rápido desenvolvimento da compreensão e da fala;

 Desenvolvimento da autoconsciência no segundo ano de vida;

 Formação do apego aos pais e a outras pessoas no final do primeiro ano;

 Aumento de interesse por outras crianças.

Segunda Infância (3 - 6 anos)

 Aumento da força e das habilidades motoras simples e complexas;

 Predominância do comportamento egocêntrico, porém com aumento da


compreensão da perspectiva dos outros;

 Idéias ilógicas em relação ao mundo devido à imaturidade cognitiva;

 As brincadeiras, a criatividade e a imaginação tornam-se mais elaboradas;

 Aumento da independência, do autocontrole e do cuidado próprio;


 As outras crianças começam a se tornar importantes, mas a família ainda é o
núcleo da vida.

Terceira Infância (6 - 12 anos)

 Diminuição do crescimento físico;

 Aperfeiçoamento da força e habilidade física;

 Diminuição do egocentrismo;

 Começa a pensar com lógica, embora predominantemente de forma concreta;

 Aumento da memória e das habilidades de linguagem;

 Melhora da capacidade de tirar proveito da educação formal através dos


ganhos cognitivos;

 Desenvolvimento da autoimagem, que afeta a auto-estima;

 Amigos passam a ter importância fundamental.

Uma criança (do latim creantia) é um ser humano no início de seu


desenvolvimento. São chamadas recém-nascidas do nascimento até um mês
de idade; bebê, entre o nascimento e os 2 anos, e criança quando têm entre 2
anos até doze anos de idade.

O histórico familiar nos mostra que a ligação que possuímos com nossa família
vai muito além de um vínculo afetivo. De forma biológica, você carrega consigo
“pedacinhos” dos seus familiares, ou seja, uma carga genética que determina,
inclusive, se você pode ter ou não algumas doenças.

CRIANÇA E INFÂNCIA: CONCEITO DE INFÂNCIA, TIPOS DE FAMÍLIAS E


SUAS HISTORICIDADES. E BASES LEGAIS SOBRE A OFERTA DA
EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO BRASILEIRO: A infância é a etapa
inicial da vida compreendida entre o nascimento e os 12 anos de idade. As
experiências vividas nesse período são cientificamente reconhecidas por afetar
profundamente o desenvolvimento físico, mental, social e emocional dos
indivíduos.

São as Famílias :“Família Tradicional”; União Estável; Família


Homoafetiva; Família Paralela ou Simultânea; Família Poliafetiva; Família
Monoparental; Família Parental ou Anaparental; Família Composta,
Pluriparental ou Mosaico; Família Natural, Extensa ou Ampliada; Família
Substituta; Família Eudemonista.

FAMÍLIA PATRIARCAL

Este é o modelo familiar desde o período Colonial, persistindo até boa


parte do século XX. Aqui se presenciava o pátrio poder onde o marido era
soberano sobre a mulher e os filhos. Essa família tinha bases na função
religiosa, na função política e até mesmo procracional2.
Dito isto, acredita-se que muitas famílias brasileiras ainda têm esse formato, o
que é comum, mas não é mais o único existente, bem como não mais se
verifica a existência do pátrio poder, tendo em vista que homem e mulher
possuem direitos e deveres iguais, mútuos, conforme § 5º do art. 226 3 da
Constituição Federal de 1988. conclui-se o casamento dar-se por realizado
quando o homem e a mulher manifestam a vontade de viver em comunhão,
sendo essencial a presença do juiz, que os declarará casados.

UNIÃO ESTÁVEL OU INFORMAL

“O conceito de união estável, retratado no art.1.723donovo Código Civil,


corresponde a uma entidade familiar entre homem e mulher, exercida contínua
e publicamente, semelhante ao casamento. Hoje, é reconhecida quando os
companheiros convivem de modo duradouro e com intuito de constituição de
família. Na verdade, ela nasce do afeto entre os companheiros, sem prazo
certo para existir ou terminar. Porém, a convivência pública não explicita a
união familiar, mas somente leva ao conhecimento de todos, já que o casal vive
com relacionamento social, apresentando-se como marido e mulher”5
No trecho acima vemos uma definição da união estável em nosso ordenamento
jurídico, porém, entende-se que a união estável pode ser reconhecida entre
indivíduos de qualquer sexo, seja casal heterossexual, seja casal homoafetivo,
desde que presentes os requisitos previstos em lei.

FAMÍLIA HOMOAFETIVA

Esta é aquela formada por casais do mesmo sexo, seja homens, seja
por mulheres. Sobre essa relação pode-se dizer que pode ser considerada
família desde que preencha os requisitos da afetividade, estabilidade e
ostensibilidade e tiverem finalidade de constituição de família,

PARALELAS OU SIMULTÂNEAS

Esta família é aquela que é formada em concomitância com a existência


de casamento anterior, onde o homem ou a mulher que sendo casados,
constituem outra família. Como se sabe não existe lei prevendo esse tipo de
relação pois ela, assim como muitas outras, é fruto cultural da sociedade.

FAMÍLIA POLIAFETIVA

Apesar de todas as mudanças, este tipo familiar é o que se apresenta


como o maior desafio.

Alguns anos atrás em contato com um documentário sobre a relação


poliafetiva, tive a oportunidade de conhecer e entender um pouco do que se
trata essa relação. O documentário apresentava, geralmente, trios, sendo um
homem com duas mulheres e um mulher com dois homens, vivendo na mesma
casa, dividindo a mesma cama, vivendo de forma conjugal.
O que mais se questiona não é porque eles vivem juntos e sim como consegue
saber que seu amor tem outro parceiro, ou até mesmo amar duas pessoas de
forma intensa e semelhante, mesmo que os três vivam juntos.

FAMÍLIA MONOPARENTAL

Em relação aos indivíduos que formam a entidade familiar esta é menos


complexa, tendo em vista que é formada pela presença de um dos genitores
(pai ou mãe) com filho(s).

FAMÍLIA PARENTAL OU ANAPARENTAL

Este é mais um vínculo familiar que não foi previsto pelo legislador,
tornando-se então mais uma no imenso rol das famílias não amparadas por lei.
Aqui a principal característica é a convivência, seja ela entre parentes ou não.
“Cabe lembrar que essas estruturas de convívio em nada se diferenciam da
entidade familiar de um dos pais com seus filhos e que também merece
proteção constitucional”13, ou seja, aqui não há necessidade de um vínculo
sanguíneo, porque o principal aspecto é a convivência. Com base nisso pode-
se afirmar que duas primas que moram juntas, que convivem juntas, podem ter
o vínculo familiar reconhecido, adquirindo então todos os direitos inerentes ao
Direito de Família e também Sucessões.

FAMÍLIA COMPOSTA, PLURIPARENTAL OU MOSAICO


No Brasil há um elevado índice de separações e divórcios o que resulta
esta forma familiar que é composta entre um cônjuge e companheira e seus
filhos, se for o caso. Por Exemplo, A era casado com B e C era casado com D.
A e B se separam e C e D se separam. E então A (divorciado) casa, ou vive em
união estável com D (também divorciado), formando assim uma família
recomposta.

Essa família talvez enfrente alguns problemas quando as partes, ao


constituírem relação recomposta com presença de filhos, deparem-se com a
possibilidade de lhe dar com os filhos do companheiro. Dito isto, é importa
informar que com o divórcio o poder familiar não se perde, não se acaba. Ou
seja, mesmo os pais divorciados, ou quando um deles, ou os dois encontra
outro companheiro (a), o poder familiar não deixa de existir.

FAMÍLIA NATURAL, EXTENSA OU AMPLIADA

Família inserida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, vejamos:

"O conceito de família natural é trazido pelo Estatuto da Criança e do


Adolescente: comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus
descendentes. A expressão família natural está ligada à ideia de família
biológica, na sua expressão nuclear. Isto exposto, entende-se a família natural
como aquela que é formada apenas pelos laços sanguíneos uma vez que tem
como sujeitos o marido, esposa e filhos, restringindo-se então a um núcleo
familiar. Este conceito trazido pelo ECA abrange até menos a família
monoparental, já apresentada.

Já a família extensa ou ampliada:

"se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal,


formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive
e mantém vínculos de afinidade e afetividade. Aqui a configuração familiar
pode ser o marido, a esposa, os filhos, avós, tios, desde que tenham vínculos e
convivência.

FAMÍLIA SUBSTITUTA

Tipo familiar previsto também pela Lei nº 8.069/1990, que a prevê como
uma forma excepcional, quando criança ou adolescente será colocado em nova
família, que ocorrerá por meio e guarda, tutela ou adoção. Lei prevê ainda que
a inserção da criança ou adolescente em família substituta será precedida de
sua preparação e acompanhamento realizado por profissionais.

Apesar de não existir um conceito na letra da Lei, compreende-se que “a


tendência é assim definir as famílias que estão cadastradas à adoção”.15
As crianças ou adolescentes colocados nessas famílias ficam no convívio com
essas até se esgotarem as possibilidades de serem reinseridos na família
natural ou aceitos pela família extensa”.

FAMÍLIA EUDEMONISTA

Por fim, mas não menos importante, depois de uma longa caminhada na
apresentação dos tipos de família existente na sociedade atual, com base os
doutrinadores LÔBO, 2011 e DIAS, 2015 encerrar-se-á esse capítulo, falando
de uma família, que possui fundamentos que mostram-se presentes em todas
as outras: A família eudemonista . Esta “busca a felicidade, a supremacia do
amor, a vitória da solidariedade ensejam o reconhecimento do afeto como
único modo eficaz de definição da família e de preservação da vida.

A família um dia possuiu sentido e objetivos muito específicos, que diminuía a


mulher, não protegia todos os filhos e superprotegia o homem. Hoje o que se
busca é o amor, a felicidade, onde marido e mulher possuem os mesmo
direitos e deveres, de forma mútua. Por isso, entende-se a Família
Eudemonista como presente com todas as outras, pois possuem objetivos e
fundamentos que toda pessoa quer encontrar no âmbito familiar.

A evolução do conceito de família


Ao longo da história, o termo família foi assumindo novos significados. Note
que o termo Família tem origem no latim famulus, que era compreendido como
o grupo de servos domésticos.

No império romano, o conceito de família passou a designar a união entre duas


pessoas e seus descendentes. Nesse momento, tem início também a ideia de
matrimônio. Isso assegurava a transmissão de bens e estatuto social de forma
hereditária (dos pais para os filhos). Durante a Idade Média, houve o
estabelecimento da união matrimonial como um sacramento da Igreja. Essa
mudança é uma marca da relação entre a Igreja e o Estado. Surge a ideia do
casamento como uma instituição sagrada, indissolúvel e destinada à
reprodução. É durante esse período que se consolida o conceito de família
tradicional composto por pai, mãe e seus filhos.

No período após a revolução industrial e a consolidação da


contemporaneidade, houve o aumento da complexidade das relações e das
possibilidades de formação de diversos tipos de famílias. Essa mudança fez
com que houvesse uma evolução do próprio conceito.

1. Família nuclear e família extensa

A família nuclear é compreendida de forma restrita, composta por pelos pais e


seu filhos. Por sua vez, a família extensa ou alargada é compreendida como
sendo composta também por avós, tios, primos e outras relações de
parentesco.

2. Família matrimonial

A família matrimonial comporta a ideia tradicional de família, constituída a partir


da oficialização do matrimônio (casamento). Na lei vigente, a família
matrimonial compreende os casamentos civis e religiosos, podendo ser hétero
ou homoafetivo.

3. Família informal

Família informal é o termo utilizado para os agregados familiares formados a


partir da união estável entre seus elementos. Esse tipo de família recebe todo o
tipo de amparo legal mesmo sem a oficialização do matrimônio.

4. Família monoparental

As famílias monoparentais são formadas pela criança ou o jovem e apenas um


de seus progenitores (pai ou mãe).

5. Família reconstituída

A família reconstituída é formada quando pelo menos um dos cônjuges possui


um filho de um relacionamento anterior.

6. Família anaparental

São as famílias que não possuem a figura dos pais, onde os irmãos tornam-se
responsáveis uns pelos outros. A lei vigente abrange também a formação de
um agregado a partir de laços afetivos, como no caso de amigos, onde não há
uma relação de parentalidade.

7. Família unipessoal
As famílias unipessoais cumprem uma função jurídica importante por se
tratarem de pessoas que vivem sozinhas (pessoas solteiras, viúvas ou
separadas). Essas pessoas recebem amparo legal e não podem ter suas
heranças familiares penhoradas pela justiça.

Família é, para a Sociologia, uma instituição social tão antiga quanto os


primeiros registros pré-históricos da humanidade, que datam de antes de
10.000 anos a.C. A família, além de uma antiga instituição social, é um
agrupamento de seres humanos, que se unem pelo laço consanguíneo e pela
afinidade, ou seja, a família é composta por pessoas que têm o sangue em
comum ou que se unem porque gostam umas das outras. Entende-se família
como um agrupamento por parentesco, o qual dá afinidade às pessoas que
convivem juntas, assim, uma protege a outra em razão do sentimento de afeto,
carinho e pertencimento ao grupo.

Família patriarcal: o mais antigo modelo familiar

Ainda nos primórdios da humanidade, o modelo patriarcal estabeleceu-


se como o modelo familiar por excelência. Chamamos de patriarcal a família
chefiada por um homem (o patriarca, ou seja, o pai), que tem por
responsabilidade adquirir alimentos e cuidar da segurança de seus filhos e de
sua esposa. Nesse modelo, no início, os homens caçavam para alimentar a
esposa e os filhos, que ficavam sob os cuidados da mãe.

Família contemporânea: Nos dias de hoje, podemos encontrar famílias


mais tradicionais, que seguem o modelo patriarcal, mas também
encontramos muitas famílias que não se enquadram nesse modelo. Temos
famílias em que as mães e os pais trabalham fora, famílias em que as mães
trabalham fora e os pais cuidam da casa e dos filhos, famílias compostas por
dois pais ou duas mães homossexuais, famílias compostas apenas por irmãos
órfãos ou somente por avós e netos, famílias compostas por tios e sobrinhos
etc.

No Brasil, por exemplo, são muito comuns famílias compostas por


apenas uma mãe e seus filhos ou seu filho único. Em alguns casos, o pai
faleceu ou está desaparecido ou ainda resolveu sair de casa e interrompeu o
contato com a família. Às vezes o pai nem chega a conhecer os filhos.

BASES LEGAIS SOBRE A OFERTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL:

A construção das unidades de educação infantil está entre as metas do


Plano Nacional de Educação (PNE) — a de atender 100% das crianças de
quatro e cinco anos até 2016 e 50% das crianças até três anos, estabelecida
para 2020.

As bases legais da Política Nacional de Educação Infantil (2006) são a


Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o Plano
Nacional de Educação. De acordo com a política nacional, as instituições
devem ser supervisionadas, acompanhadas e avaliadas pelo sistema de
ensino.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a
educação infantil é a primeira etapa da educação básica. Em seu artigo 29, o
documento apresenta a finalidade da educação infantil como o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, incluindo vários
aspectos, físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da
família e da comunidade.

Em 22/09/2022, o Supremo Tribunal Federal decidiu, no âmbito do


Recurso Extraordinário nº 1008166 , que é dever constitucional do ente público
assegurar a oferta da educação infantil (creche e pré-escola) para crianças de
0 a 5 anos de idade.

LEI Nº 12.796, DE 4 DE ABRIL DE 2013.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com


as seguintes alterações:

“Art. 3º

XII - consideração com a diversidade étnico-racial.” (NR)

“Art. 4º

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)


anos de idade, organizada da seguinte forma:

a) pré-escola;

b) ensino fundamental;

c) ensino médio;

II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;

III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos


os que não os concluíram na idade própria;

VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica,


por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde;
“Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e,
ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo.

§ 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:

I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar,


bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica;

“Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças


na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade.” (NR)

“Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do


ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e dos educandos.

“Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da
família e da comunidade.” (NR)

“Art. 30.

II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.”


(NR)

“Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes


regras comuns:

I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das


crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental;

II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por


um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;

III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o


turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;

IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar,


exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;

V - expedição de documentação que permita atestar os processos de


desenvolvimento e aprendizagem da criança.” (NR)

“Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

“Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação:

“Art. 60

Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a


ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede
pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições
previstas neste artigo.” (NR)

“Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á


em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em
universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação
mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco)
primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na
modalidade normal.

§ 4º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão


mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de
docentes em nível superior para atuar na educação básica pública.

§ 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a


formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública
mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes
matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições
de educação superior.

§ 6º O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame


nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o
ingresso em cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o
Conselho Nacional de Educação - CNE.

“Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art.
61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível
médio ou superior, incluindo habilitações tecnológicas.

Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a


que se refere o caput , no local de trabalho ou em instituições de educação
básica e superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores
de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação.”

“Art. 67
§ 3º A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de
cargos dos profissionais da educação.” (NR)

amplia a obrigatoriedade de oferta de acesso à educação básica


obrigatória, e não apenas ao ensino fundamental.

A obrigatoriedade de matrícula para crianças de 4 e 5 anos de idade foi


prevista pela Emenda Constitucional (EC) n. 59 e reafirmada pela Lei n.
12.796.

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) da última quinta-feira


(22/09) fixou o entendimento de que a educação básica é um direito
fundamental e garantiu o dever constitucional do Estado de assegurar vagas
em creches e na pré-escola às crianças de até 5 anos de idade.

O Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA) estabelece em seu


artigo 55 que "os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos
ou pupilos na rede regular de ensino".

Obrigatoriedade escolar na educação infantil desde: Lei nº 9.394, de 20


de dezembro de 1996.

Depois da emenda, o ensino passa a ser obrigatório dos 4 aos 17 anos,


incluindo a pré-escola, o ensino fundamental e o médio. É dever dos pais
matricular seus filhos a partir dos 4 anos e obrigação das redes de ensino
garantir a vaga para todos as crianças a partir da mesma idade.

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

Da Educação

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem


na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,


predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à


prática social.

CAPÍTULO II

DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,


assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania
e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

Parágrafo único. São objetivos precípuos da educação básica a


alfabetização plena e a formação de leitores, como requisitos essenciais para o
cumprimento das finalidades constantes do caput deste artigo. (Incluído pela
Lei nº 14.407, de 2022)

Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais,


períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos
não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por
forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.

§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de


transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo
como base as normas curriculares gerais.

§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais,


inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino,
sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será


organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino


fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos
dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais,
quando houver

II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do


ensino fundamental, pode ser feita:

a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série


ou fase anterior, na própria escola;

b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;

c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita


pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato
e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação
do respectivo sistema de ensino;

III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o


regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que
preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo
sistema de ensino;

IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries


distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino
de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com


prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados
ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso


escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação


do aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos


ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;

VI - O controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto


no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a
frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para
aprovação;

VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares,


declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de
cursos, com as especificações cabíveis.

§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá


ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas
horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco
anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de
2017.

§ 2o Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de


jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando, conforme o inciso VI do art. 4o.

Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar


relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as
condições materiais do estabelecimento.
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das
condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer
parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.

Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do


ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e dos educandos.

§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger,


obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o
conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,
especialmente do Brasil.

§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,


constituirá componente curricular obrigatório da educação básica

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é


componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática
facultativa ao aluno

I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas

II – Maior de trinta anos de idadeIII – que estiver prestando serviço militar


inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física

IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de


1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

VI – Que tenha prole. § 4º O ensino da História do Brasil levará em


conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do
povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.

§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será


ofertada a língua inglesa.

§ 6ºAs artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que


constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.

§ 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de


ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata
o caput

§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente


curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a
sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais

§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as


formas de violência contra a criança, o adolescente e a mulher serão incluídos,
como temas transversais, nos currículos de que trata o caput deste artigo,
observadas as diretrizes da legislação correspondente e a produção e
distribuição de material didático adequado a cada nível de ensino.

§ 9º-A. A educação alimentar e nutricional será incluída entre os temas


transversais de que trata o caput.

§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter


obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do
Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da
Educação

§ 11. A educação digital, com foco no letramento digital e no ensino de


computação, programação, robótica e outras competências digitais, será
componente curricular do ensino fundamental e do ensino médio

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino


médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura
afro-brasileira e indígena

§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos


aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da
África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da
sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,
econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos


povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história
brasileiras.

Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda,


as seguintes diretrizes:

I - A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e


deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II -Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada


estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas


não-formais.

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas


de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às
peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais
necessidades e interesses dos alunos das escolas do campo, com
possibilidade de uso, dentre outras, da pedagogia da alternância; II -
organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às
fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;

III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e


quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo
sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria
de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da
comunidade escolar.

Seção II

Da Educação Infantil

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem


como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos,
em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de


idade;

II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de


idade.

Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes


regras comuns:

I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento


das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental;

II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por


um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;

III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o


turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;

IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar,


exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de
horas;

V - expedição de documentação que permita atestar os processos de


desenvolvimento e aprendizagem da criança.
O DIREITO À EDUCAÇÃO: A LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
BRASILEIRA. SOCIALIZAÇÃO, INTERAÇÃO, CULTURA, MÚLTIPLAS
LINGUAGENS E PRÁTICAS SOCIAIS DE EDUCAÇÃO:

O DIREITO A EDUCAÇÃO:

O direito à educação é previsto no art. 205, CF, com a seguinte dimensão:


“A educação e direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394 de 1996,


no título, que trata da organização da Educação Nacional, em seu artigo 8º,
menciona: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
Legislação educacional, em sentido amplo, é o conjunto das normas jurídicas
sobre Educação que delineiam a ação do Estado, estabelecem diretrizes para
as políticas públicas, proclamam princípios, direitos e deveres precipuamente
por meio da Constituição Federal de 1988 e da LDB – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional de 1996.

SOCIALIZAÇÃO, INTERAÇÃO E MÚLTIPLAS LINGUAGENS E


PRÁTICAS SOCIAIS:

As múltiplas linguagens é um processo de reconhecimento da


aprendizagem e do desenvolvimento integral da criança, no qual cria e recria,
usa sua imaginação e organiza o espaço a qual está inserida. São métodos
utilizados de reconhecer o aprendizado e também o desenvolver integral do
público infantil, utilizando-se de criatividade, imaginação, criações, organizando
assim o ambiente em que está inserido. Nas manifestações, interesses e
necessidades das crianças, priorizamos quatro das múltiplas linguagens
presentes no cotidiano da educação infantil, são elas, a linguagem oral, a
contação de história, a linguagem audiovisual e a linguagem por meio das artes
visuais (pintura, colagem, modelagem). linguagens não verbais (movimento,
desenho, pintura, modelagem, dança) linguagem visual, musical, contação de
histórias. As múltiplas linguagens usadas atualmente, compreendem além da
verbal e escrita, mas também a música, sons, jogos, brincadeiras, gestos,
desenhos e artes que podem promover a criatividade, imaginação e expressão
das crianças.

É importante considerar que as crianças são diferentes entre si e cada


uma tem suas características individuais, e também, de aprendizagem. Por
meio disso, professores devem propiciar as crianças uma educação baseada
na condição de cada indivíduo e suas características. Desse modo, na
Educação Infantil, é necessário situar as concepções de criança, de infância,
de práticas pedagógicas, de ensino e aprendizagem.

A Educação Infantil é hoje etapa obrigatória na educação básica, pois,


tem o objetivo de ampliar relações sociais na interação das crianças com
outras crianças, com adultos, além de conhecer seu corpo, espaço, brincar e
expressar-se utilizando diferentes linguagens. As múltiplas linguagens ocorrem
por meio de exploração do ambiente, brincando, imaginando, expressando
suas emoções, pensamentos, desejos e sentimentos, e também, construindo
significados. Portanto, as múltiplas linguagens são indispensáveis na vida de
crianças de 0 a 5 anos, pois, é por meio delas que acontecerá a apropriação do
conhecimento, e, esse conhecimento deverá acontecer de diversas maneiras.
As linguagens são a linguagem oral e escrita, a linguagem musical, a
linguagem plástica e a linguagem corporal.

Quando nos referimos às múltiplas linguagens da criança, em verdade


estamos sugerindo que o educador atento esteja aberto a quaisquer
possibilidades de interação, comunicação e expressão que se originem da
criança sob seus olhos. o mais importante é o despertar de uma nova maneira
de observar a infância, a partir de suas inúmeras maneiras de expressão.

CUIDAR E EDUCAR. O COTIDIANO E A ROTINA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL: PROFISSIONAIS, CURRÍCULO, ESPAÇO/TEMPO, AVALIAÇÃO,
PLANEJAMENTO E ATIVIDADES:
A rotina é uma estrutura organizacional pedagógica que possibilita ao
docente a promoção de atividades educativas distintas e sistemáticas conforme
as experiências planejadas, incluindo também aquelas atividades que incidem
naturalmente por sugestão das próprias crianças. São diversas as
denominações dadas às rotinas, como a exemplo: o horário, o tempo, a
sequência de ações, o trabalho dos adultos e das crianças, o plano diário e
outros. Deste modo, são atividades diárias que fazem parte do cotidiano da
rotina escolar infantis: a hora da entrada, a hora do lanche, a hora da
higienização, hora da história, roda de conversa – o momento da atividade
pedagógica direcionada em sala de aula, o momento do pátio e a hora da
saída. Na semana, em alguns âmbitos, também é inserido na rotina, o dia da
roda de novidades – onde as crianças contam o que aconteceu no final de
semana, o dia da Educação Física – a recreação fora da sala de aula, e o dia
do brinquedo – no qual cada criança pode trazer de casa um brinquedo
pessoal.
E ao estarem inseridas no cotidiano das crianças elas podem ser
consideradas como rotinas culturais, segundo Corsaro e por consequência
favorecer a formação de cultura de pares e da cultura lúdica. A rotina diária,
como instrumento de aprendizagem, apresenta-se como elemento
imprescindível para que as crianças estabeleçam noção de tempo e de espaço.
Para que esta cumpra tais papéis é importante que os docentes auxiliem às
crianças a internalizarem rotina. Para que essa internalização seja possível,
cabe aos professores manterem sempre a mesma sequência de tempo,
referindo-se ao nome de cada um dos tempos ao iniciá-la (LINO, 1998); por
exemplo: agora daremos início a roda de história, agora será o momento do
lanche, etc. Quando for necessário alterar a sequência dos momentos da
rotina, deve-se avisar previamente às crianças para que elas assimilem e
compreedam as alterações realizadas.
Rotina escolar na Educação Infantil deve ser um instrumento pedagógico
que possa ser flexível, respeite e considere as particuliaridades de cada grupo,
pois “permite que o educador baseie-se no previsível para lidar com o
inesperado, estruturando a intencionalidade da sua ação e exercitando o seu
papel de mediador de situações pedagógicas que possibilitem o
desenvolvimento e a aprendizagem”. Dentre os elementos que compõem a
rotina, fazem parte: a hora da chegada, oração, roda de música, momento da
novidade, calendário, ajudante do dia, chamadinha, hora da história, atividades
pedagógicas, hora do lanche, higiene, escovação de dentes, repouso, hora do
brinquedo livre ou recreação, atividades lúdicas e significativas, jogos
diversificados como faz-de-conta, exploração de diversos materiais, entre
outros.
Observar e analisar o cotidiano de um Centro de Educação Infantil
(CEI) envolve compreender a forma como o tempo da criança e dos adultos é
organizado, ou seja, requer conhecer como é a rotina das crianças e adultos
em uma instituição que abriga coletivamente crianças pequenas e bebês.
Estabelecer horários regulares
Defina horários fixos para acordar, fazer as refeições, tomar banho, realizar
atividades escolares e dormir. Isso ajudará as crianças a se adaptarem a uma
rotina consistente e a se sentirem mais seguras.
Criar uma lista de tarefas
Elabore uma lista visual ou um quadro de rotina infantil para que as crianças
possam ver e entender o que precisam fazer durante o dia. Isso as ajudará a
se organizarem e a desenvolverem habilidades de responsabilidade.
Equilibre atividades
Reserve tempo para atividades acadêmicas, brincadeiras, momentos de lazer e
descanso. Uma rotina equilibrada promove o desenvolvimento cognitivo, físico
e emocional da criança.
Estimule a independência
Encoraje as crianças a realizarem tarefas simples por conta própria, como
arrumar a cama, se vestir e guardar os brinquedos. Isso promove a autonomia
e a autoconfiança.
Defina limites e regras claras
Estabeleça limites apropriados para o comportamento e comunique as regras
de maneira clara e consistente. As crianças se sentem mais seguras quando
sabem o que é esperado delas.
Reserve tempo para o lazer
Inclua momentos de diversão e lazer na rotina, como brincar ao ar livre, ler
livros, assistir a filmes ou fazer atividades artísticas. O tempo livre é importante
para o desenvolvimento da imaginação e criatividade.
Mantenha uma alimentação saudável
Planeje as refeições com antecedência e ofereça alimentos nutritivos.
Estabeleça horários regulares para as refeições e evite lanches excessivos
entre elas.
Estabeleça uma rotina de sono adequada
Garanta que as crianças tenham um horário regular de sono, com um ritual
tranquilo antes de dormir. O sono adequado é fundamental para o
desenvolvimento físico e cognitivo.
Promova a comunicação em família
Reserve momentos para conversar e ouvir as crianças, incentivando o diálogo
aberto e a expressão de sentimentos. Isso fortalece os vínculos familiares e
ajuda a lidar com eventuais dificuldades.
Seja flexível
Embora a rotina seja importante, é fundamental ser flexível e adaptar-se às
necessidades e imprevistos que possam surgir. Esteja aberto a ajustes quando
necessário.
A rotina proporciona um senso de segurança emocional às crianças, permitindo
que elas se sintam confiantes e tranquilas. Saber o que esperar e ter um
ambiente previsível ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse, pois as crianças
se sentem seguras em sua familiaridade.
Desenvolvimento de habilidades de organização e autonomia
Através de uma rotina estruturada, as crianças aprendem a se organizar,
antecipar eventos e desenvolver habilidades de gerenciamento do tempo. Isso
contribui para o desenvolvimento da autonomia e responsabilidade, à medida
que assumem gradualmente a responsabilidade por suas próprias tarefas
diárias.
Estabelecimento de limites e regras
A rotina estabelece limites e regras claras para as crianças, ajudando-as a
entender o que é esperado delas em diferentes momentos do dia. Isso
promove a disciplina e o comportamento adequado, pois as crianças sabem o
que é aceitável e o que não é.
Promoção do desenvolvimento cognitivo e emocional
Uma rotina equilibrada na educação infantil inclui tempo para atividades
acadêmicas, recreação, descanso e interações sociais.
Essa variedade de experiências estimula o desenvolvimento cognitivo,
emocional, social e físico das crianças, promovendo um crescimento saudável
e equilibrado.
Facilitação da aprendizagem
A rotina oferece um ambiente propício para a aprendizagem, pois as crianças
sabem o que esperar e quando esperar. Elas estão mais receptivas para
absorver informações e se envolver em atividades educativas quando estão em
um estado de calma e segurança.
Desenvolvimento de habilidades de autorregulação
A rotina ensina as crianças a gerenciar suas próprias emoções e
comportamentos, ajudando-as a desenvolver habilidades de autorregulação.
Ao seguir uma rotina diária, elas aprendem a lidar com frustrações, a esperar
sua vez e a se adaptar a diferentes situações.
Facilitação da cooperação e colaboração
Uma rotina compartilhada em um ambiente de educação infantil promove a
cooperação e colaboração entre as crianças. Elas aprendem a trabalhar em
equipe, a respeitar o espaço e os sentimentos dos outros, além de desenvolver
habilidades sociais importantes. Facilitando sua passagem em todas as etapas
de salto de desenvolvimento.

As creches devem trabalhar em conjunto o tempo e o espaço, sempre


priorizando o desenvolvimento da criança, e é por isso que o projeto
pedagógico deve ser bem elaborado e o professor estar pronto e apto às ideias
voltadas a seu desenvolvimento. A rotina diária é uma ferramenta importante
para a criança, quando esta se desenvolve e se sente segura nas atividades
desenvolvidas durante o dia-a-dia. Com a rotina, tudo se torna fácil e a criança
começa a perceber que as atividades tem uma sequência de horários, desde
que tudo seja sempre novidade ao seu redor. É importante destacar que o
cuidado com o planejamento do tempo para crianças de zero a três anos
requer mais afinco, pois é nessa idade que começam a se movimentar e a ter
um pequeno controle de seu corpo. Desta forma, o professor deve aplicar
atividades que sejam rápidas, sem exigir muito esforço delas, já que nesta faixa
etária não conseguem ficar muito tempo envolvidas em uma única atividade.
Por sua vez, crianças de quatro a seis anos precisam de atividades que
desafiem sua capacidade de domínio corporal.
Organização do espaço na Educação Infantil É importante ressaltarmos
que o ambiente escolar é de suma importância na vida da criança, por isso as
salas devem ser bem planejadas. O professor precisa organizar seu espaço
pensando no desenvolvimento da criança. Em outras palavras, as salas devem
ser dinâmicas a ponto de despertar seu interesse. No passado, as carteiras
eram enfileiradas, barrando sua interação com os colegas. Em contraposição,
hoje o professor tem a possibilidade de mudança, criando posições diferentes
das carteiras e ajudando a criança a ter uma interação em conjunto com todos.
A organização do espação deve acontecer de maneira que a criança
possa ter o controle de viver num ambiente que promova seu desenvolvimento,
satisfazendo suas necessidades. É preciso que as instituições tenham uma
divisão ampla do lugar, pois as crianças não deveriam passar por lugares onde
há lavanderias ou salas ocupadas, já que isso pode desviar sua atenção; é
preciso que alguns objetos estejam no alcance das crianças como: prateleira,
livros, bebedouros, brinquedos ou lugares arriscados que facilmente elas
possam alcançar . Seria desenvolver nas crianças a oportunidades de
movimento, sentimentos, sensações e, principalmente, a estimulação dos
sentidos. O desenvolvimento dos movimentos é essencial na vida da criança:
ela precisa brincar, dançar, correr e ser feliz mas, para isso, é preciso que haja
segurança. O lugar deve favorecer o desenvolvimento de suas habilidade
motoras, estimulando os sentidos e ajudando a criança.
A explorar mais tanto o ambiente externo como interno da instituição
escolar. O educador pode levá-las a lugares como o jardim, o pátio, o
parquinho e até mesmo a sala. Tanto a organização do tempo quanto a
organização do espaço devem caminhar junto, passando confiança e
segurança para as crianças, fazendo com que assim elas desenvolvam suas
habilidades naturalmente. O professor deve desenvolver atividades que
estimulem a evolução da criança, transmitindo um conforto para a mesma.
Além disso, o lugar deve ser bem alegre, com desenhos espalhados, painéis,
cores diversificadas, flores nos jardins perfumando o ambiente, musicas e tudo
aquilo que sirva como recurso a favor do seu desenvolvimento. Em função
disso, o professor precisa passar confiança e promover a segurança das
crianças, pois é essencial para seu desenvolvimento cognitivo, motor e,
principalmente, emocional, pois qualquer falha poderá ser cruel na vida da
criança e, enquanto professores, devemos prever esse tipo de acontecimento.
Dessa forma, sensações táteis também são importantes para transmitir
segurança, à medida que características físicas do ambiente convidam ao
toque, aumentam a sensação de segurança, permitindo à criança explorar o
espaço mais prontamente. Há várias formas do educador organizar a sala de
aula: Arranjo espacial aberto, que são espaços centrais vazios. Nestes, as
crianças solicitam constantemente a presença do educador e, este, acaba não
tendo grandes oportunidades de atender a todas, mesmo que rapidamente. E o
arranjo espacial semi-aberto que se constituem nos cantinhos ou zonas
circunscritas, que tem como característica principal, é o seu fechamento em
pelo menos 3 lados. Porém, é necessários que nestes espaços, utilizemos
móveis baixos, para que a criança possa ver facilmente a educadora, pois,
crianças pequenas de até 3 anos, necessitam da proximidade física e visual de
quem a cuida para sentir-se segura. No entanto, as crianças de faixa etária de
3 a 6 anos precisam de salas que possuem cantinhos e não salas com
carteiras e mesas ocupando todo o espaço da sala assim como era
tradicionalmente. É importante que o professor planeje cada cantinho
pensando nas crianças, e que sempre procure utilizar os materiais
disponibilizados juntamente com elas em grupos.
Para alcançar as metas propostas em seu projeto pedagógico, a
instituição de Educação Infantil organiza seu currículo. Este, nas DCNEIs, é
entendido como “as práticas educacionais organizadas em torno do
conhecimento e em meio às relações sociais que se travam nos espaços
institucionais, e que afetam a construção das identidades das crianças”. O
currículo busca articular as experiências e os saberes das crianças com os
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e
tecnológico da sociedade por meio de práticas planejadas e permanentemente
avaliadas que estruturam o cotidiano das instituições.
A definição de currículo defendida nas Diretrizes põe o foco na ação
mediadora da instituição de Educação infantil como articuladora das
experiências e saberes das crianças e os conhecimentos que circulam na
cultura mais ampla e que despertam o interesse das crianças. Tal definição
inaugura então um importante período na área, que pode de modo inovador
avaliar e aperfeiçoar as práticas vividas pelas crianças nas unidades de
Educação Infantil. A organização curricular da Educação Infantil na
BNCC está estruturada em Campos de Experiências, no âmbito dos quais são
definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, assegurando-lhes
os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
AS CONCEPÇÕES DE LUDICIDADE: O JOGO, BRINQUEDO E
BRINCADEIRA E SUAS APLICAÇÕES NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM; CONTRIBUIÇÕES DA BRINCADEIRA, DAS
INTERAÇÕES E DA LINGUAGEM NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA:
O conceito de ludicidade compreende os jogos e brincadeiras, mas não
se restringe a elas. Atividades lúdicas são aquelas que permitem que as
crianças aprendam e desenvolvam suas capacidades por meio de brincadeiras,
do uso da sua imaginação e da fantasia, próprias do mundo infantil. Porém, a
ludicidade não é apenas o brincar. Ela está relacionada com a espontaneidade
e a autonomia das crianças. Na verdade, as crianças não precisam de qualquer
brinquedo ou instrução para fazer algo lúdico. Podemos perceber isso quando
elas inventam histórias ou criam brincadeiras com qualquer objeto.
A ludicidade na Educação Infantil refere-se ao uso de atividades
lúdicas – desde jogos e brincadeiras até música e teatro, por exemplo –
como uma ferramenta de aprendizado. Ao proporcionar um ambiente
divertido às crianças, elas aprendam de forma mais eficaz e significativa.
Ao mesmo tempo, a ludicidade promove o desenvolvimento físico,
emocional, social e cognitivo dos pequenos, fornecendo oportunidades para
que eles explorem, experimentem e descubram o mundo com o devido
acompanhamento pedagógico. A ludicidade contribui decisivamente para a
construção de uma jornada de aprendizado mais motivadora, engajadora e
personalizada. Ao introduzir atividades lúdicas na sala de aula, os
educadores despertam o interesse das crianças, promovendo a curiosidade
e a participação ativa no processo de ensino. Além disso, as atividades
lúdicas ajudam as crianças a desenvolver habilidades socioemocionais,
como:
 trabalho em equipe;

 pensamento científico;

 repertório cultural;

 fluência digital;

 autoexpressão.

A ludicidade se define pelas ações do brincar que são organizadas em


três eixos: o jogo, o brinquedo e a brincadeira. A ludicidade é um aspecto
constituinte do desenvolvimento humano que promove a criatividade e o
conhecimento através de jogos, músicas e danças. Este aspecto corresponde a
atividades prazerosas realizadas com o intuito de educar, contribuindo assim
para a interação dos indivíduos. Atividade lúdica é todo e qualquer movimento
que tem como objetivo produzir prazer quando de sua execução, ou seja,
divertir o praticante. As atividades lúdicas abrangem "os jogos infantis, a
recreação, as competições, as representações litúrgicas e teatrais, e os jogos .
Jogos educativos

Jogos de tabuleiro, quebra-cabeças e games educativos são algumas


formas de exercitar o conhecimento com ludicidade. Quando integradas à
proposta pedagógica e às metodologias ativas , essas inovações são ótimas
ferramentas para desenvolver as habilidades cognitivas e matemáticas dos
alunos.

Brincadeiras ao ar livre

Igualmente, atividades ao ar livre, como pular corda, amarelinha e jogos de


equipe, ajudam no desenvolvimento físico, estimulando a criatividade,
ensinando sobre a importância da colaboração e exercitando a interação
social entre as crianças.
Teatro e dramatização

Outra ideia para aplicar a ludicidade à rotina escolar das crianças é lançar
peças teatrais e viabilizar atividades de dramatização. Na Educação Infantil,
essas propostas possibilitam que os alunos pensem com criatividade,
melhorem a comunicação verbal e desenvolvam a expressão corporal.

Música e dança

A música e a dança, por sua vez, são formas divertidas de aprendizado que
aprimoram a coordenação motora, o ritmo e a inteligência socioemocional .
Ao cantar músicas, tocar instrumentos e aprender coreografias, as crianças
podem expressar as emoções por meio das linguagens artísticas.

Contação de histórias

Por fim, contar histórias é uma maneira envolvente de estimular a


imaginação e a aquisição de linguagem das crianças. O motivo é que, ao
prestar atenção aos enredos, elas desenvolvem habilidades de
compreensão e expressão oral – em uma escola bilíngue , essa
competência envolve a fluência em inglês e português desde cedo.

Em resumo, a ludicidade desempenha um papel crucial na Educação


Infantil, permitindo que as crianças aprendam de forma mais significativa e
prazerosa. Ao proporcionar um ambiente acolhedor e estimulante, os
educadores auxiliam os alunos a alcançar todo seu potencial, dentro e fora
da sala de aula e se define pelas ações do brincar que são organizadas em
três eixos: o jogo, o brinquedo e a brincadeira.

Através dos jogos, dos brinquedos e das brincadeiras, a criança


desenvolve sua criatividade, seus conceitos, sua capacidade motora, e tornam
os processos de ensino e aprendizagem mais dinâmicos e inovador, por isso é
importante utilizar o lúdico como instrumento de construção de conhecimentos.
Os professores podem integrar esses meios para trabalhar conteúdos
curriculares, uma vez que a criança quando participa de jogos, brincadeiras e
brinca com brinquedos, pode se comunicar, expressar-se melhor e exercitar
sua capacidade. Na medida em que a criança vai brincando, ela constrói e
compreende o mundo e as coisas a sua volta. Os jogos, as brincadeiras e os
brinquedos didáticos podem ser estratégias para a criança apreender
comportamentos, atitudes e realizar interações que auxiliaram em toda sua
vida, pois para ampliar mais nossos conhecimentos sobre a contribuição dos
jogos, brinquedos e brincadeiras, temos em seguida quadros com indicações
importantes para a prática da 16 ludicidade em sala de aula, que servem como
referenciais, que podem ser usados e adaptados no contexto escolar: 1. Sobre
brinquedos educativos: BRINQUEDOS FAIXA ETÁRIA CONTRIBUIÇÃO
Quebra cabeça e dominó A partir 05 anos Estimula funções ligadas à
capacidade de planejamento e ao pensamento estratégico, necessários para
se atingir objetivos. Blocos de encaixe e de montar A partir de 03 anos
Possibilita as crianças a desenvolver a imaginação e criar com suas próprias
mãos. Jogo da memória A partir de 03 anos Estimula a raciocinar lógico e a
capacidade de memorização do cérebro da criança. Pega varetas A partir de
04 anos Trabalha as habilidades de coordenação motora fina. Jogo resta um A
partir de 03 anos. Proporciona desenvolvimento do raciocínio lógico –
matemático, construção de regras, elaboração de estratégias, atenção e
concentração, antecipação, perseverança no jogar, chegando até aos
movimentos de pinça que são tão importantes para o desenvolvimento da
coordenação motora. Jogo de damas A partir de 06 anos Estimula a pensar e
criar estratégias pra conseguir vencer. Fantoches A partir de 02 anos
Proporciona o desenvolvimento da linguagem e do pensamento, e promove o
desenvolvimento da sociabilidade e criatividade. Massa de modelar A partir de
03 anos Promove o desenvolvimento da criatividade da coordenação motora.
Material dourado A partir de 05 anos Faz com que a criança domine os
algoritmos, através de vivência de situações concretas. Bingos A partir de 04
anos Proporciona uma aprendizagem prazerosa e muito mais produtiva de
conteúdos didáticos.
Como podemos perceber, os brinquedos têm papel importante na
aprendizagem e no desenvolvimento das crianças. Com eles podemos
aperfeiçoar as práticas de ensino e tornar as aulas mais ricas, diversificadas e
interessantes.
O EDUCADOR E AS PRÁTICAS LÚDICAS: O educador é parte crucial
nos processos de ensino para que aconteça a aprendizagem. Desempenha
importante papel na organização do ambiente escolar e no desenvolvimento do
lúdico na educação infantil. Para isto acontecer, é necessário que esteja ciente
de suas responsabilidades e deveres perante as crianças, buscando
desenvolver suas práticas para atender seu público discente. O brincar
promove experiências intensas que auxiliaram no futuro de cada criança
quando adulto. Para que isso aconteça, é necessário disponibilizar ambientes
que permitam as crianças a realizar socializações, descobertas, explorações,
companheirismo e interação, sugerindo, assim, sempre possibilidades
inovadoras, incentivando e apoiando ideias consideráveis para o
desenvolvimento de cada criança. Para utilizar a ludicidade em sala de aula é
preciso que o educador acredite e tenha consciência que é capaz: ou seja, é
preciso ter muita autoconfiança. O educador deve ser preparado para conhecer
os jogos e as brincadeiras que interessam as crianças, utilizá-los com
criatividade como recursos pedagógicos, tornando as práticas educativas mais
dinâmicas, atrativas, prazerosas e inovadoras. Além disso, para que haja
renovação da prática docente, é importante e necessário que o professor tenha
formação continuada sobre os procedimentos metodológicos para utilização do
lúdico, podendo nestes momentos realizar trocas de experiência com os
colegas de 22 trabalho, e assim melhorar cada vez mais a criatividade para
realização de atividades e dinâmicas lúdicas, para desenvolver em sala de
aula.
MÉTODOS QUE INTEGRAM A LUDICIDADE NAS ATIVIDADES
ESCOLARES: Sabe-se que a ludicidade é de fundamental importância para o
desenvolvimento da criança e nos processos educativos promove mais
aprendizado. Portanto, é necessário o envolvimento de todos os atores do
contexto escolar, nessa relação de trocas de saberes. Para integrar a
ludicidade nas atividades escolares é necessário, primeiramente, que o
educador se informe sobre o que ela significa e quais suas contribuições. Só
assim criará ambientes que reúnam elementos motivadores; realizará
atividades utilizando-se de jogos e brinquedos didáticos; motivará as crianças a
trabalhar em equipe com companheirismo, possibilitando que todos possam
falar e sejam ouvidos.
A utilização de jogos didáticos e as brincadeiras livres (proposta ou
espontâneas) podem ser práticas importantes para a aprendizagem das
crianças, pois elas vão viver situações que apresentaram e exigiram diferentes
comportamentos, atitudes de cooperação e respeito, vão interagir com os
outros, aprender a respeitar regras e limites, tornam-se mais tolerantes e
sociais, podemos perceber que o brincar é uma forma de construir um caminho
para fazer novas descobertas.
A LINGUAGEM E A CRIANÇA: AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM;
RELAÇÕES ENTRE ESCRITA, ORALIDADE, LINGUAGEM VERBAL E NÃO
VERBAL; A CRIANÇA NA SOCIEDADE LETRADA:
A aquisição da linguagem é uma das realizações mais notáveis dos
primeiros anos de vida. Aos cinco anos de idade, as crianças têm o domínio
essencial do sistema de sons e da gramática de seu idioma e adquiriram um
vocabulário de milhares de palavras. A linguagem é um dos temas que vem
sendo bastante discutido no âmbito da Educação Infantil, devido o
reconhecimento de que é nesta etapa que a criança inicia sua inserção na
leitura e na escrita. A aquisição da linguagem caracteriza-se como um
processo interfuncional que articula língua e palavra. Torna-se imprescindível
uma investigação não apenas dos aspectos efetivos da aquisição da
linguagem, mas também do aparato e do ambiente que circunda a criança
desde antes de seu nascimento, visto que, desde o período que a criança está
dentro da barriga da mãe, já se encontra exposta à linguagem. A aquisição da
linguagem é salutar para o ser humano, sendo que é por meio dela que a
comunicação acontece.
Linguagem verbal: também chamada de linguagem verbalizada, é
expressa por meio de palavras escritas ou faladas, é um “sistema de
representação com símbolos, sinais e normas, convencionados em cada
contexto histórico e cultural. Linguagem não verbal: utiliza signos visuais,
como, por exemplo, os gestos, postura, ilustrações, placas, músicas. A
comunicação verbal auxilia na comunicação dos eventos externos, a
comunicação não verbal ajuda a estabelecer e manter as relações
interpessoais. As pessoas usam essa forma para expressar emoções e
atitudes, apresentar sua personalidade, fazer uma saudação, brincadeiras,
interação social, etc.
A aquisição da linguagem escrita na Educação Infantil é um processo
por meio do qual as crianças vão expandindo seus conhecimentos e suas
experiências através do contato com a cultura escrita. A aquisição da forma,
conteúdo e uso da linguagem assumem papel importante na construção da
mesma e na compreensão de sua organização interna.
Existem vários tipos de linguagens na educação infantil
como, linguagens não verbais (movimento, desenho, pintura, modelagem,
dança) linguagem visual, musical, contação de histórias; no trabalho a seguir
citaremos alguns tipos dessas linguagens e sua contribuição na educação
infantil.
No novo documento, as habilidades estão agrupadas em quatro
diferentes práticas de linguagem: Leitura, Produção de Textos, Oralidade e
Análise Linguística/Semiótica.
Por meio da linguagem oral, a criança se comunica e expressa os seus
pensamentos, influenciando outras crianças e estabelecendo relações umas
com as outras. Tudo é contextualizado, ou seja, as palavras só têm sentido em
enunciados e textos que significam e são significados por situações.
A inserção da criança no mundo das linguagens oral e escrita possibilita
a ela interações e aprendizagem plena. Diante dessas reflexões podemos
inferir que, o ato de ler, falar e ouvir são capacidades linguísticas precisam ser
desenvolvidas além do cotidiano familiar, para que as crianças possam
construir e reconstruir seus significados, aprimorando a linguagem e seus
aspectos, uma vez que vão formando seus próprios conceitos.
As principais práticas de letramento que ajudam as crianças a adquirem
a linguagem escrita propriamente dita são formas simples de convivência e
aprendizagem, mas complexamente significativas para o processo educacional.
Práticas como: ouvir e interagir com outros indivíduos na linguagem da família
ou comunidade, brincar de imaginar histórias e representá-las. Muitos são os
contextos para a ativação das atividades práticas que ampliam a linguagem
textual da criança, como as atividades inseridas no campo da arte.
Desenhando, pintando ou modelando, as crianças criam elaboradas
representações com diversos materiais, como paus, areia, brinquedos e
objetos de uso doméstico, que são usados para representar outras coisas. Nos
cenários do jogo dramático, também desenham formas significativas visuais ou
gestuais, com materiais, como papel, tesoura e cola para fazer colagem, cortar
ou moldar.
Em todo o processo de aquisição da linguagem escrita e oral, é
importante trabalhar a leitura e a escrita através do lúdico, realizando
atividades que estimule a leitura dos alunos em sala de aula. A escola é uma
instituição de ensino onde responsável pelo desenvolvimento das crianças,
portanto deve favorecer o universo letrado às crianças em situação de
desenvolvimento linguístico. É relevante dizermos que, dependendo do
contexto de leitura e escrita ao qual a criança estiver exposta, o seu
desenvolvimento pode ser concomitante e não apenas gradual, ou seja,
aprenderá ler e escrever ao mesmo tempo.
A ligação entre leitura e escrita é compreendida como práticas
complementares entre si, que são modificadas durante o processo de
letramento. Destacamos que as formas de ler e de escrever variam segundo as
influências recebidas pelo meio social e cultural, considerando-se a tendência à
contextualização das atividades, estratégias, saberes, segundo a situação
específica, num tempo e espaços concretos.
O poder do letramento, através de práticas e técnicas pertinentes ao
desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Práticas essas eficazes no
desenvolvimento e aquisição da linguagem, destacamos algumas atividades
para tal: roda de conversa, exposição de material confeccionado na escola,
varal de leitura, mobilizações de leitura, leitura constante, escrita em caixa de
madeira, escrita do nome, entre outras técnicas que viabilizam o uso das
técnicas de letramento no cotidiano escolar.
A Educação Infantil, ao promover experiências significativas de
aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e
escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de
Comunicação e Expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças.

Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das


capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar,
escutar, ler e escrever.

Podemos citar inúmeras situações de aprendizagem nas quais as


crianças são “provocadas” a utilizar a linguagem oral, tais como: as rodas de
histórias, as rodas de conversas, rodas de exploração de músicas, poesias,
parlendas e de outros textos de uso social (convites, receitas, notícias, bilhetes,
listas), assim como as rodas informativas. Essas são práticas que favorecem,
dentre outras coisas, a escuta atenta, a formulação de perguntas e respostas, o
convívio com novas palavras (ampliação do glossário ativo) e novas estruturas
sintáticas.
Sociedades letradas, em cuja base de organização e funcionamento se
encontram os usos da língua escrita, sabe-se que as relações que sujeitos e
comunidades mantêm com a leitura e a escrita são de distintas e variadas
naturezas.
Um aluno alfabetizado, capaz de compreender uma história que lê e se
expressar com clareza a respeito desse entendimento, é um indivíduo letrado.
Portanto, a criança alfabetizada sabe ler e escrever e a letrada sabe usar a
leitura e a escrita de acordo com as demandas sociais.
Dessa forma, a BNCC defende a apropriação da escrita e da leitura pelo
aluno através de metodologia fônica de modo que o aluno desen- volva a
consciência fonológica, assim como adquirir o conhecimento do alfabeto em
seus diversos formatos, e situar as relações entre a fala e a escrita
(grafofônica).
O processo de aprender a ler e escrever começa já na Educação Infantil,
de maneira mais lúdica, com interação social e com uso de atividades variadas,
principalmente para que as crianças consigam decodificar as letras (leitura) e
codificá-las (escrita).
A função da linguagem é comunicar, representar emoções e volições.
Ela é um fato cultural pois é desenvolvida justamente na sociedade. As línguas
se alteram de regiões para regiões através das gírias. O papel da cultura no
desenvolvimento da sociedade está no passar conhecimento através de
escritos.
O letramento por sua vez na BNCC está relacionado ao contato da
criança com as variadas práticas de leituras nos diversos contextos sociais e
que na escola, primordialmente nas séries iniciais (1º e 2º anos), essas práticas
serão consolidadas e ampliadas.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES:
-Adequar o espaço da escola com equipamentos de segurança. Com as
normas de segurança, com corrimões em todas as escadas e rampas, luzes de
emergência em salas e corredores, extintores de incêndio, saídas de
emergência bem sinalizadas e fiação protegida.
-Identificar locais de
risco na escola-.
-Criar um playground seguro e separado por idade
- Faça manutenção constante de equipamentos e espaços para
evitar acidentes escolares
-Promova treinamentos de segurança e primeiros socorros para
sua equipe
Formação continuada para o corpo docente e capacitação profissional para
a equipe escolar são estratégias essenciais para ter um ambiente educacional
de qualidade. Mas, para garantir a segurança e a prevenção de acidentes na
escola, busque investir também em treinamentos de segurança para todos.

Isso envolve cursos de brigadistas e de primeiros socorros, eventos sobre


segurança escolar, treinamentos e reuniões com troca de informações. Além
disso, busque ter uma equipe de brigadistas e uma pessoa responsável para
coordenar os cuidados em caso de emergências e acidentes.

-Ensine as crianças a reconhecer e evitar riscos


-Estabeleça rotinas de evacuação
-Ofereça acessibilidade
Para oferecer um ambiente seguro e acolhedor para alunos com deficiência,
sua escola deve fazer uma série de adaptações, como portas amplas,
banheiros adequados e rampas.

-Alerta para a fase oral


Crianças muito pequenas passam pela fase oral, em que tudo é levado à boca.
É muito difícil manter um controle total sobre o que estão fazendo. Contudo,
passar orientações para que não peguem nada do chão ou mastiguem objetos
é essencial.

- Controle de entrada e saída da Instituição

- Combater o bullying dentro e fora da escola

as principais normas de segurança, com corrimões em todas as escadas e


rampas, luzes de emergência em salas e corredores, extintores de incêndio,
saídas de emergência bem sinalizadas e fiação protegida.

O método básico de prevenção de acidentes consiste em cinco ações


interligadas: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.
- Não deixar a criança sozinha em cima de móveis; não deixe a -criança
sob os cuidados de outra criança; Use barreiras, grades e redes de proteção
em escadas e janelas; Confira se pias, tanques de lavar roupas e lavatórios
estão bem fixos.

NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS:


Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do
acidente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro
profissional. SEQUÊNCIAS DAS AÇÕES: 1) manter a calma e lógica; 2)
garantir a segurança, sinalizando o local do ocorrido; 3) pedir socorro, no caso
se não tiver telefone próximo, pedir para alguém que estiver de passagem por
ali para avisar o serviço de saúde; 4) controlar a situação, conversando com as
vítimas tentando acalma-las; 5) verificar a situação das vítimas, ver se tem
fraturas, feridos, hemorragias e se todos estão conscientes; 6) realizar algumas
ações com as vítimas.
As distâncias para o início da sinalização são calculadas com base no
espaço necessário para o veículo parar após iniciar a frenagem, mais o tempo
de reação do motorista. Assim, quanto maior a velocidade, maior deverá ser a
distância para iniciar a sinalização. Na prática, a recomendação é seguir a
tabela abaixo. Fonte: ABRAMET, 2005. Tipo da via Vias locais Avenidas Vias
de fluxo rápido Rodovias Velocidade máxima permitida 40 km/h 60 km/h 80
km/h 100 km/h Distância para início da sinalização (pista seca) 40 passos
longos 60 passos longos 80 passos longos 100 passos longos Distância para
início da sinalização (chuva, neblina, fumaça, à noite) 80 passos longos 120
passos longos 160 passos longos 200 passos longos.
FRATURA: O primeiro socorro consiste apenas em impedir o
deslocamento das partes fraturadas, evitando maiores danos. fraturas não-
expostas - fraturas expostas PROCEDIMENTOS: fratura não-exposta: expor a
zona da lesão (desapertar ou se necessário cortar a roupa); verificar se existem
ferimentos; tentar imobilizar as articulações que se encontram antes e depois
da fratura usando talas apropriadas, ou na sua falta, improvisadas; em caso de
fratura exposta, cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo. Nota: Geralmente,
quando as fraturas ocorrem, nem sempre você terá todo o material necessário
disponível. É preciso imaginação. É possível imobilizar o braço, perna usando
jornal ou revista dobrados e até uma pequena tábua debaixo dos mesmos.
NÃO FAÇA: NÃO DESLOQUE OU ARRASTE A VÍTIMA ATÉ QUE A REGIÃO
SUSPEITA DE FRATURA TENHA SIDO IMOBILIZADA, A MENOS QUE HAJA
EMINENTE PERIGO (EXPLOSÕES OU TRÂNSITO).
INSOLAÇÃO: O suor é o nosso ar condicionado natural. À medida que
ele se evapora da nossa pele ocorre o esfriamento do corpo. Porém, esse
sistema pode falhar se ocorrer uma exposição prolongada ao calor, num local
fechado e sobreaquecido (por ex: dentro de uma viatura fechada, ao sol) ou se
ocorrer uma exposição prolongada ao sol. A insolação é caracterizada por:
cefaleias (dor de cabeça), tonturas, vómitos, excitação, pele fria e pegajosa,
boca seca, fadiga e fraqueza, pulso rápido e inconsciência.
PROCEDIMENTOS: É importante baixar a temperatura do corpo, para
tal, Coloque a pessoa num local fresco e à sombra; Desaperte-lhe a roupa, ou
remova as roupas e envolva a pessoa num lençol fresco e úmido; Coloque
compressas frias na cabeça e axilas; Eleve a cabeça da vítima; Dê a beber
água fresca, se a vítima estiver consciente; Se estiver inconsciente, coloque-a
em PLS (Posição Lateral da Segurança).
PICADAS COBRAS VENENOSAS:
Não amarre; não corte nem fure, não dê nada para beber ou comer.
PROCEDIMENTOS: Mantenha a vítima deitada para evitar que o veneno seja
absorvido rapidamente; Se a picada for na perna ou no braço, estes deverão
ficar em posição elevada; Aplicar compressas frias sobre o local da picada e
conduzir imediatamente para o médico.
DESMAIO:
É provocado por falta de oxigênio ou açúcar no cérebro, a que o organismo
reage de forma automática, com perda de consciência e queda do corpo. Tem
diversas causas: excesso de calor, fadiga, falta de alimentos, etc, e é
caracterizada por palidez, suores frios, falta de forças e pulso fraco. O QUE
FAZER: Se nos apercebermos de que a pessoa está prestes a desmaiar
devemos: Sentá-la e colocar-lhe a cabeça entre as pernas, ou deitá-la e
levantar-lhe as pernas; Molhar-lhe a testa com água fria; Desapertar-lhe as
roupas; Se a pessoa já estiver desmaiada: Deitá-la com a cabeça de lado
(PLS) e mais baixa que as pernas; Desapertar-lhe as roupas; Mantê-la
confortavelmente aquecida; Logo que recupere os sentidos, dar-lhe de beber
bebidas açucaradas; Consultar o médico posteriormente; Caso não recupere
os sentidos, fazer uma papa com muito açúcar e pouca água e coloca-la
debaixo da língua da vítima. O açúcar deve ser “empapado em água” (não
dissolvido, mas sim misturado apenas com algumas gotas de água). Acionar de
imediato os meios de emergência médica.
O QUE NÃO FAZER: Dar-lhe de beber enquanto a vítima não recuperar
os sentidos, pois pode sufocar/afogar-se com os líquidos. NOTA: Se o desmaio
for superior a 2 minutos dirigir-se ao Hospital. Em caso de dúvida administrar
sempre açúcar em papa debaixo da língua, pois se estiver em hipoglicemia
estaremos a contribuir para a melhoria do estado da vítima, e se estiver em
hiperglicemia, pouco irá fazer subir os níveis. Além do mais é sempre preferível
níveis altos do que muito baixos. Usar e abusar do açúcar à menor suspeita,
pois tomado em exagero de vez em quando não prejudica, enquanto a falta ou
o atraso ataca o cérebro e pode levar ao coma e à morte.

"PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE ENGASGO

O engasgo ocorre quando algum alimento ou um objeto bloqueia as vias


respiratórias, impedindo a realização da respiração. Por impedir que a vítima
respire, um socorro rápido é necessário para evitar a morte por asfixia. O
engasgo ocorre quando algum alimento ou um objeto bloqueia as vias
respiratórias, impedindo a realização da respiração. Por impedir que a vítima
respire, um socorro rápido é necessário para evitar a morte por asfixia.

"Inicialmente, o socorrista deve acalmar a vítima e, posteriormente,


aplicar a técnica conhecida como manobra de Heimlich." "Nessa manobra, o
socorrista posiciona-se logo atrás da vítima e coloca o braço ao redor abdome
dela. Uma mão fica fechada sobre a boca do estômago e a outra mão é
posicionada em cima da primeira e a comprime. Os movimentos de
compressão deverão ser feitos para dentro e para cima.

"Em bebês, deve-se colocar a criança com a barriga para baixo sobre
seu antebraço, deixando a cabeça mais baixa que o corpo, e dar cinco
pancadas utilizando o punho da mão. Vire a criança para cima apoiando sua
cabeça e deixando-a mais baixa que o corpo e observe se ocorreu a saída do
objeto. "
PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE CONVULSÃO:

As convulsões podem ser definidas como crises epiléticas em que se


observa um acometimento do sistema motor, geralmente, desencadeando uma
série de contrações musculares violentas, salivação, palidez, lábios azulados e
perda da consciência." Tente deitar a vítima e afastar de perto dela objetos que
podem ser perigosos. Suas roupas devem ser afrouxadas e o rosto virado para
o lado para evitar engasgos. Não se deve interferir nos movimentos, nem
colocar objetos entre os dentes da vítima. Quando a convulsão passar,
mantenha a vítima deitada até a recuperação da consciência. Caso a
convulsão demore mais de 5 minutos, é essencial chamar o serviço de
emergência."
PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE QUEIMADURAS:
Queimaduras são situações relativamente comuns no nosso dia a dia.
Elas são classificadas, de acordo com o dano causado, em queimadura de
primeiro grau, queimadura de segundo grau e queimadura de terceiro grau. A
queimadura de primeiro grau afeta apenas a epiderme (camada mais externa
da pele), já a de segundo grau afeta a derme e epiderme, enquanto a de
terceiro grau atinge também o tecido abaixo da pele." Queimaduras são
situações relativamente comuns no nosso dia a dia. Elas são classificadas, de
acordo com o dano causado, em queimadura de primeiro grau, queimadura de
segundo grau e queimadura de terceiro grau. A queimadura de primeiro grau
afeta apenas a epiderme (camada mais externa da pele), já a de segundo grau
afeta a derme e epiderme, enquanto a de terceiro grau atinge também o tecido
abaixo da pele e nunca passar no local nenhuma substância caseira nem
mesmo medicamentos sem que sejam recomendados por um médico.
PRIMEIROS SOCORROS EM CASOS DE INTOXICAÇÕES:
As intoxicações ocorrem em consequência à ingestão, inalação ou
contato com a pele de determinadas substâncias. Plantas tóxicas, alimentos
contaminados, produtos de limpeza, remédios, soda, inseticidas e formicidas
são exemplos de produtos que podem causar intoxicações. As intoxicações
podem ser identificadas por causar, por exemplo, irritação nos olhos, garganta
e nariz, salivação abundante, vômito, diarreia, convulsões, queda de
temperatura, asfixia, tontura e sonolência."
Em caso de intoxicações, o recomendado é identificar o agente
causador da intoxicação e solicitar atendimento especializado. A pessoa, nesse
momento, deve ser deixada imóvel e caso a intoxicação seja por produtos
derivados de petróleo e corrosivos, como soda cáustica, alvejantes, tira
ferrugem, amônia, gasolina, querosene e benzina, não se pode provocar
vômito."
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.


Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte."

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