Diversidade Na Biosfera
Diversidade Na Biosfera
Diversidade Na Biosfera
à O Homem depende de outras espécies para sobreviver, logo, a extinção destas é um assunto preocupante.
Reconhecer que os processos que ocorrem nos ecossistemas são responsáveis por muitos outros benefícios
para a Humanidade, como:
F A manutenção da fertilidade dos solos;
F A prevenção da erosão dos solos;
F O tratamento e a reciclagem de produtos residuais;
F A regulação do ciclo da água e da composição da atmosfera;
F O controlo de pragas na agricultura;
F A polinização.
A Célula
Reconhecer a célula como unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos.
Todos os seres vivos são compostos por células.
Por esta razão, dizemos que a célula constitui a unidade básica da vida.
Núcleo – É o maior organelo celular e encontra-se delimitado pelo invólucro nuclear (membrana com poros
que permitem a comunicação entre o núcleo e o citoplasma). O núcleo contém no seu interior um líquido chamado
nucleoplasma e, por vezes, uma estrutura esférica denominada nucléolo. Controla a atividade celular.
Mitocôndrias – Organelos que possuem duas membranas (externa e interna). As mitocôndrias estão
envolvidas em processos de obtenção de energia por parte da célula.
Cloroplastos – Organelos que possuem uma membrana dupla, onde se encontram pigmentos envolvidos na
fotossíntese.
Vacúolos – Organelos de tamanho variável, rodeados por uma membrana. Os vacúolos podem armazenar
no seu interior várias substâncias (gases, pigmentos, açúcares, proteínas).
Parede Celular – Parede rígida que envolve as células vegetais e bacterianas, conferindo-lhes proteção e
suporte.
Centríolos – Estrutura de aspeto cilíndrico, constituída por microtúbulos. Os centríolos intervêm na divisão
celular.
Lisossomas – Estruturas esféricas, rodeadas por uma membrana simples, que contêm enzimas que
intervêm na decomposição de moléculas e estruturas celulares. (saem do complexo de Golgi).
Ribossomas – Pequenas estruturas, constituídas por duas porções (grande subunidade e pequena
subunidade). São fundamentais para a síntese de proteínas.
Existem 4 grandes tipos de macromoléculas nas células: os prótidos, os glícidos, os lípidos e os ácidos nucleicos.
Estes polímeros são conjuntos de monómeros: aminoácidos, monossacarídeos, glicerol e ácidos gordos e nucleicos
(respetivamente).
A polimerização acontece quando os monómeros se unem e formam cadeias, originando polímeros.
Quando dois monómeros se ligam (reações de condensação) ocorre a formação de uma molécula de água.
Por sua vez, quando um polímero se desdobra nos seus diversos monómeros, a reação toma a designação de
despolimerização (hidrólise), na qual ocorre a rutura devido à reação do composto com a água.
Água:
A água constitui o meio onde ocorrem todas a reações celulares, sendo também responsável por reações químicas
vitais. Esta molécula, apesar de eletronicamente neutra, possui polaridade, que permite a ligação entre estas e
outras substâncias polares, através de pontes de hidrogénio. Devido à polaridade, as ligações estabelecidas entre
estas moléculas e diversos iões, formam compostos mais estáveis.
Funções Plásticas:
F Componente principal do sangue, pelo que desempenha um papel no transporte de gases, nutrientes e produtos
resultantes da atividade das células;
F Constituinte principal de todos os líquidos orgânicos;
F É o principal constituinte celular.
Funções Reguladoras:
F Intervém nas reações químicas que são a base do funcionamento do organismo humano.
F Participa na regulação da temperatura corporal.
F Participa na regulação da pressão sanguínea.
F É fundamental na absorção de nutrientes e eliminação das substâncias nocivas.
F Intervém em reações de hidrólise.
Prótidos
Os prótidos podem classificar-se em aminoácidos, péptidos e proteínas.
Os aminoácidos são os prótidos mais simples. Existem cerca de 20 aminoácidos que entram na constituição dos
prótidos de todas as espécies dos seres vivos e todos eles possuem um grupo amina (NH2), um grupo carboxilo
(COOH) e um átomo de hidrogénio ligados ao mesmo átomo de carbono.
Os péptidos são o resultado da união entre dois ou mais aminoácidos, através de uma ligação química covalente,
denominada ligação peptídica. Esta ligação é estabelecida entre o grupo carboxilo de um aminoácido e o grupo amina
de outro. Por cada ligação peptídica que se estabelece, forma-se uma molécula de água.
Os péptidos formados por dois aminoácidos denominam-se dipéptidos, formados por três, tripéptidos e assim
sucessivamente. As cadeias peptídicas que contêm entre 2 e 20 aminoácidos denominam-se oligopéptidos e as que
ultrapassam esse número chama-se polipéptidos.
As proteínas são macromoléculas constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas e apresentam uma estrutura
tridimensional definida. Estas moléculas apresentam vários níveis de organização. As proteínas podem ser formadas
apenas por aminoácidos (proteínas simples ou holoproteínas) ou podem conter uma porção não proteica,
denominada: grupo prostético. Neste caso, as proteínas designam-se conjugadas ou heteroproteínas, o que
aumenta ainda mais a sua diversidade.
As estruturas das proteínas são mantidas por interações fracas e, por isso, são facilmente quebradas quando
expostas ao calor, à agitação, a sais e ácidos por exemplo. À perda da estrutura tridimensional, chama-se
desnaturação. Os suspiros ficam leves porque o ar fica retido entre as proteínas desnaturadas.
Fonte de energia
Fornecem cerca de 10% a 20% de energia.
Propriedades:
F São solúveis em água
F Têm uma estrutura tridimensional bem definida.
F Desnaturam (coagulam) pela ação do calor, dos ácidos, do álcool, da agitação e das radiações.
Glícidos
• Os glícidos ou hidratos de carbono são compostos orgânicos ternários (constituídos por C, H e O).
• De acordo com a sua complexidade, consideram-se 3 grandes grupos de glícidos:
Os monossacarídeos, são os glícidos mais simples e são classificados de acordo com o número de átomos de
carbono que os compõem (entre 3 a 9):
3C – Trioses;
4C – Tetroses;
5C – Pentoses;
6C – Hexoses;
7C – Heptoses, etc.
Estes monossacarídeos, quando em solução aquosa, apresentam uma estrutura em anel de carbono. Dois desde
anéis podem estabelecer ligações entre si, formando um dissacarídeo. A ligação química que une os dois
monossacarídeos denomina-se ligação glicosídica. Se mais um monossacarídeo se ligar por este processo forma-
se um trissacarídeo e assim sucessivamente.
Dá-se o nome de oligossacarídeos às moléculas constituídas por 2 a 10 monossacarídeos unidos entre si.
Se este número for superior, as moléculas denominam-se polissacarídeos.
As pentoses e as hexoses, como a glicose e a frutose, são as mais frequentes.
Propriedades:
F Os monossacarídeos e dissacarídeos são solúveis em água e têm um sabor doce.
F Os polissacarídeos são insolúveis em água fria e não são doces.
F Os polissacarídeos digeríveis originam oses durante a digestão (ex. amido)
F Os polissacarídeos não digeríveis regulam o organismo (ex. celulose, fibra que regula a função intestinal)
Os lípidos constituem um grupo de moléculas muito heterogéneas, do qual fazem parte as gorduras
(animais e vegetais), os esteroides, entre outras. São compostos geralmente por O, H e C, mas também podem
conter outros elementos. São insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos, como o benzeno, o éter e o
clorofórmio.
Podem classificar-se em três grandes grupos:
Lípidos de Reserva:
Alguns lípidos de reserva possuem dois componentes fundamentais: ácidos gordos e glicerol.
Os ácidos gordos são constituídos por átomos de carbono e um grupo terminal de carboxilo. Os ácidos gordos
que possuem átomos de carbono ligados entre si por ligações duplas ou triplas dizem-se insaturados. Nos ácidos
gordos saturados, todos os átomos de carbono estão ligados entre si por ligações simples.
O glicerol, ou glicerina, é um álcool constituído por 3 grupos hidroxilo, capazes de estabelecer ligações
covalentes com átomos de carbono dos grupos carboxilo dos ácidos gordos. Esta ligação denomina-se ligação éster
e, conforme se estabelece entre o glicerol e um, dois ou três ácidos gordos, formam-se monoglicerídeos,
diglicerídeos e triglicerídeos.
Lípidos Estruturais:
Dentro do grupo dos lípidos estruturais, podem destacar-se, pela sua importância, os fosfolípidos, que são
lípidos que contêm um grupo fosfato.
Os fosfolípidos são os constituintes mais abundantes das membranas celulares. A sua estrutura resulta da
ligação de uma molécula de glicerol com dois ácidos gordos e uma molécula de ácido fosfórico.
Os fosfolípidos são moléculas antipáticas, isto é, possuem uma parte hidrofílica e uma parte hidrofóbica.
Alguns lípidos intervêm nos processos de regulação do organismo. Neste contexto, destacam-se as
hormonas sexuais, como a testosterona e a progesterona, que fazem parte do grupo dos esteroides.
Funções:
F Desempenham um papel importante na acumulação, transmissão e manifestação das características hereditárias.
FIntervêm na síntese de proteínas.
DNA RNA
Açúcar Desoxirribose Ribose
Bases Azotadas Adenina, Guanina, Citosina e Timina Adenina, Guanina, Citosina e Uracilo
Cadeias Cadeia Dupla Cadeia Simples
Hélice Sim Não
Seres heterotróficos - Necessitam de obter matéria orgânica e não orgânica do meio ambiente,
alimentando--se dos outros organismos ou dos seus produtos, dependendo direta ou indiretamente dos seres
autotróficos.
Apesar da enorme diversidade existente, todos os seres heterotróficos requerem os mesmos nutrientes
básicos: água, minerais, vitaminas, glícidos, lípidos e proteínas. A nível celular, estes nutrientes são utilizados na
constituição das estruturas da célula, ou como fonte de energia, participando em numerosas reações vitais,
permitindo a renovação celular e a formação de novas células.
O processamento de alimentos pelos seres heterotróficos inclui os processos de ingestão, digestão e absorção.
Bicamada Lipídica:
Na bicamada lipídica as cadeias hidrofóbicas dos fosfolípidos
estão voltadas umas para as outras e as cabeças polares para o
meio extracelular e intracelular, respetivamente.
A bicamada lipídica tem um papel essencialmente estrutural e é
dotada de mobilidade, permitindo às moléculas de fosfolípidos
executarem movimentos laterais e de flip-flop.
Saber classificar as proteínas membranares
As proteínas periféricas ou extrínsecas estão à superfície, podendo ser facilmente isoladas da membrana, pois
encontram-se associadas por ligações electroestáticas fracas às partes hidrofílicas dos lípidos ou de proteínas
integradas.
As proteínas integradas ou intrínsecas estão fortemente ligadas às zonas hidrofóbicas dos lípidos, podendo
mesmo atravessar a membrana de um lado ao outro. Quando isto acontece são chamadas proteínas
transmembranares.
Processos de Transporte:
A membrana plasmática pode facilitar, dificultar ou impedir a passagem de
substâncias, uma propriedade designada por permeabilidade seletiva.
O movimento de substâncias da membrana pode ocorrer sem intervenção de
moléculas transportadores, transporte não mediado, ou com intervenção dessas
moléculas, transporte mediado.
Transporte Mediado:
à Difusão Facilitada:
Muitas moléculas polares de dimensões consideráveis
atravessam a membrana celular a favor do gradiente de
concentração, mediante a intervenção de proteínas
transportadoras, denominadas permeases.
Este processo denomina-se difusão facilitada e não exige
gastos de energia pela célula, logo é um transporte passivo.
à Transporte Ativo:
O movimento de substâncias através da membrana contra um gradiente de
concentração, mediante a intervenção de proteínas transportadoras específicas, designa-se de
transporte ativo e requer gastos de energia por parte da célula.
Ao contrário do que acontece na difusão facilitada as mudanças de forma na proteína
transportadora ocorrem devido à energia resultante da hidrólise de ATP. Nesta situação, as
proteínas transportadoras comportam-se como enzimas, sendo designadas ATPases.
O que é a fotossíntese?
É o processo autotrófico mais conhecido. É realizada pelas cianobactérias, pelas algas e pelas plantas.
Consiste em utilizar a energia luminosa para produzir compostos orgânicos a partir de dióxido de carbono e água.
Pode, por isso, dizer-se que estes seres convertem a energia luminosa em energia química.
A clorofila é um pigmento de cor verde, fundamental para a captação da energia luminosa.
Ciclo de Calvin
Pode-se considerar que o ciclo de Calvin apresenta três fases fundamentais:
F Fixação do CO2;
F Produção de compostos orgânicos;
F Regeneração da ribulose difosfato (RuDP).
Quimiossíntese
Alguns tipos de bactérias têm a capacidade de obter energia através da oxidação de substâncias inorgânicas,
usando essa energia para fixar dióxido de carbono, produzindo assim compostos orgânicos.
Estes seres são designados quimioautotróficos, pois produzem os seus próprios compostos orgânicos, utilizando
como fonte de energia a oxidação de compostos minerais como o amoníaco (NH3) ou dióxido de carbono (CO2).
As plantas que não possuem tecidos especializados na condução de substâncias designam-se por avasculares
(musgo). Nestas, a água movimenta-se por osmose através da sua superfície, continuando dessa forma o trajeto no
seu interior.
As plantas vasculares possuem dois tipos de tecidos especializados no transporte de substâncias:
à O xilema: que conduz a água e os sais minerais (seiva bruta ou xilémica) desde a raiz até às folhas onde se
realiza a fotossíntese;
à O floema: que transporta em solução os compostos orgânicos resultantes da fotossíntese (seiva elaborada ou
floémica) a todas as partes da planta.
Ao movimento das seivas no interior da planta, através dos tecidos condutores, dá-se o nome de
translocação.
O xilema e o floema encontram-se e todos os orgão das plantas.
Transporte no xilema:
A captação de água e sais minerais ocorre ao nível da epiderme da raiz, especialmente através da superfície
dos pelos radiculares. Estas estruturas constituem prolongamentos das células epidérmicas, que aumentam a sua
superfície de contacto com o solo e, consequentemente, a sua capacidade de absorção.
Normalmente, as células epidérmicas possuem uma maior concentração de sais do que o solo. Esta
diferença, devida, em parte, à absorção de sais minerais do solo por transporte ativo, provoca a entrada de água por
osmose para o interior destas células.
Uma vez no interior do xilema da raiz, a água e os solutos ascendem até às folhas.
Existem duas hipóteses para explicar o movimento unidirecional da água no xilema:
à Pressão Radicular:
Pressão exercida no xilema ao nível da raiz. A entrada de sais nas células da raiz, por transporte ativo, conduz a
um aumento da sua concentração no meio intracelular. Este aumento provoca o movimento da água para o interior
das células, gerando-se uma pressão que força a água a subir nos vasos xilémicos.
A medição dos baixos valores de pressão radicular e a sua inexistência em algumas plantas não permitem a
aceitação deste fenómeno como causa fundamental do movimento de água no xilema.
à Hipótese de adesão-coesão-tensão:
Esta hipótese é apoiada pelas seguintes evidências:
- Existência de forças de adesão entre as moléculas de água e as paredes dos vasos;
- Existência de forças de coesão entre as moléculas de água, resultantes da ligação por pontes de hidrogénio
entre as suas moléculas;
- Existência de forças de tensão geradas nas folhas e resultantes das perdas de água ao nível das células do tecido
clorofilino.
De acordo com esta hipótese, a perda de água por transpiração através dos estomas das folhas gera uma tensão
que obriga a seiva bruta a sair dos vasos xilémicos para as células do tecido clorofilino em direção aos estomas. As
propriedades de coesão e adesão da água permitem a manutenção de uma coluna contínua de água no interior do
xilema, da raiz até às folhas, que se desloca de baixo para cima em direção à fonte de tensão. Se os estomas
estiverem fechados, a água no interior do xilema tende a manter-se em estado estacionário.
Transporte no floema: