APELAÇÃO
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APELAÇÃO
RECURSO DE APELAÇÃO
com supedâneo nos artigos 1.009 e seguintes do Código de Processo Civil, para que delas
conheça o Egrégio Tribunal "ad quem", como de direito, tudo conforme a exposição e
razões que seguem:
Outrossim, requer que seja o presente recurso recebido no efeito devolutivo e suspensivo,
intimando-se a parte contrária para querendo, apresentar suas contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, nos termos do art.1.010, § 1º do CPC e a remessa dos autos ao Tribunalde
Segundo Grau.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
OAB/MG:196.084
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERIAS
Autos nº 5103415-96.2023.8.13.0024
Eméritos Julgadores
A referida sentença proferida pelo juízo a quo na AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS / RITO PENHORA
proposta pela Apelante em face do Apelado, tendo sido HOMOLOGADO O ACORDO,
deve ser modificada in totem, em relação ao deferimento da gratuidade da justiça e não
arbitramento dos ônus da sucumbência uma vez o Apelado é empresário do ramo de
mecânica de automóveis, não demonstrou sua hipossuficiência, é capaz de prover o seu
próprio sustento e de ua família.
A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 99 §2º do
CPC, bem como, em atendimento à Recomendação Conjunta nº. 02/CGJ/2019, do Eg.
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, defere-se exclusivamente à aqueles que
comprovadamente fazem jus aos benefícios.
Ressalta-se que a aferição da pobreza legal, pelo Magistrado, é realizada mediante aplicação
analógica do critério previsto na Resolução n.º 01 de 2012 da Defensoria Pública de Minas
Gerais, que prevê em seu art. 1º que presume-se necessitada toda pessoa cuja renda mensal
individual não ultrapasse o valor de três salários-mínimos. Assim, caso a parte autora
permaneça inerte ou perceba renda superior a tal limite, fica desde já advertida que deverá
recolher as custas processuais, no prazo de 15 dias contados da presente intimação, sob pena
de extinção do feito por ausência de pressuposto processual, nos termos do art. 485, IV do
CPC.
O Apelado fica advertido que caso a declaração de pobreza seja infirmada, ficará sujeito
ao pagamento até o décuplo das custas processuais, tudo na forma do art. 100, parágrafo
único do CPC.
Os honorários de sucumbência são pagos sempre por aquele que for vencido na causa.
Pela sistemática adotada pelo NCPC, ainda que haja vencedor e vencido nos dois pólos da
ação, o Juiz é obrigado a fixar os honorários sucumbenciais que cada parte terá que pagar
para a outra.Com isso, requer que o exequente seja o condenado aos honorários da
sucumbência nos termos do art. 85, § 2º, do Código de Processo Civil e art. principalmente
pelo zelo do profissional, a natureza e a importância da causa, o trabalho realizado por esta
causídica e o tempo exigido para o meu serviço.
I- DOS FUNDAMENTOS
A nobre julgadora deixou de exigir a comprovação de hipossuficiência e se limitou a
sentenciar nos seguintes termos:
``Já concedido o benefício da justiça gratuita à exequente, concedo também ao réu, sob o
fulcro do art. 90, § 3º, do CPC, o isentando das custas e demais despesas processuais``,
(ID 10202376038 - Sentença).
Para que o pedido de concessão seja deferido, necessário assim que reste demonstrado que
o apelado não pode arcar com as custas e despesas processuais sem comprometer sua
subsistência ou de sua família.
Apenas a declaração de próprio punho, por si só, não é suficiente para comprovar ou atestar
a hipossuficiência.
Consoante o disposto no art. 5º, inciso LXXIV, da Carta Magna, aquele que requer a justiça
gratuita deve provar a situação de hipossuficiência deverá juntar aos autos o último
contracheque e/ou recibos de pro-labore, declaração de imposto de renda, ou certidão
negativa, se for o caso, do último exercício, certidão Negativa de Propriedade, a ser obtida
junto ao DETRAN/MG, a qual pode ser obtida gratuitamente junto ao website do
departamento, resultado da Pesquisa Eletrônica de Bens e Direitos, obtida junto à Central
Eletrônica de Registro de Imóveis do Estado de Minas Gerais – CRI/MG, dentre outros,
afim de corroborar com sua declaração de hipossuficiência.
Dispõe o art. 5º, inciso LXXIV, da CR/88; que “o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.”(grifei).
(...)
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas
processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
De acordo com entendimento consolidado pelo colendo Superior Tribunal de Justiça, tem-
se que:
b) Os honorários de sucumbência são pagos sempre por aquele que for vencido na
causa. Pela sistemática adotada pelo Novo CPC, ainda que haja vencedor e vencido
nos dois pólos da ação, o Juiz é obrigado a fixar os honorários sucumbenciais que
cada parte terá que pagar para a outra.Com isso, requer que o exequente seja o
condenado aos honorários da sucumbência nos termos do art. 85, § 2º, do Código
de Processo Civil e art. principalmente pelo zelo do profissional, a natureza e a
importância da causa, o trabalho realizado por esta causídica e o tempo exigido
para o meu serviço.
P.p
Kalina Teodoro da CostaOAB/MG
196.084