Apostila 4 - Recursos
Apostila 4 - Recursos
Apostila 4 - Recursos
RECURSOS
SCHAMKY
ARRASA
MATERIAL DO ALUNO
Revisado e atualizado
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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
PRINCÍPIOS RECURSAIS:
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
• Legitimidade
• Capacidade
• Interesse
Por tempestividade se sabe que o recurso deve ser interposto dentro do octídio legal, ou
seja, dentro do prazo legal, na seara trabalhista o prazo legal para interposição dos
recursos, em regra geral é de 8 (oito) dias.
• Feriado Local
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• Prazo em dobro
Listisconsortes com procuradores diferentes não tem prazo em dobro, haja vista ser
inaplicável a referida regra do processo civil (art 229 do CPC/2015), tendo em vista o
princípio da celeridade processual aplicado ao direito do trabalho.
• Preparo
O preparo é custas mais depósito recursal, um recurso sem custas é deserto, sem depósito
recursal é deserto, e sem custas e sem depósito recursal, também é deserto, bem como
com custas e depósito recursais recolhidos fora do prazo.
Em relação aos beneficiários da Justiça Gratuita existe a dispensa das custas e do depósito
recursal.
O preparo deve ser comprovado dentro do prazo recursal, não no momento da interposição
do recurso, conforme a súmula 245 TST.
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Súmula nº 245 do TST
DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A
interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.
Com exceção do preparo do agravo de instrumento que deverá ser comprovado no ato da
interposição do recurso, conforme artigo 899, §7º da CLT.
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até
a penhora. (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) (Vide Lei nº 7.701, de 1988)
§7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a
50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
(Incluído pela Lei nº 12.275, de 2010).
Cabe ressaltar que no processo do trabalho se aplica ao preparo a regra do processo civil
se realizado a menor, pois de acordo com o art. 1007, parágrafo 2º do CPC, caso o preparo
seja realizado a menor o recorrente é intimado para completar o mesmo, no prazo de 5
(cinco) dias. Tanto para custas quanto para depósito recursal.
Segundo o Artigo 899, § 9º da CLT, o depósito recursal será reduzido pela metade:
§9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos, micro empreendedores individuais, microempresas
e empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
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Com fulcro no Artigo 899, § 11 da CLT, O depósito recursal poderá ser substituído:
§11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia
judicial. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
• Adequação
O Recurso é adequado.
• Regularidade Formal
• Ato Recorrível
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RECURSO ORDINÁRIO
Mas o recurso ordinário não é cabível apenas de decisões de primeiro grau ou em dissídios
individuais, pode ser cabível também em decisões de competência originária do TRT,
como é caso, por exemplo, de dissídios coletivos em que tem a sua competência originária
no TRT, o mesmo acontece com o mandado de segurança de ato juiz e até mesmo as ações
rescisórias.
Art. 5°- Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do art. 356, §§ 1º a 4º, do CPC
que regem o julgamento antecipado parcial do mérito, cabendo recurso ordinário de
imediato da sentença.
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RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE, já qualificado nos autos, vem por intermédio de seu advogado abaixo-
assinado, com procuração nos autos, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fulcro no
art. 893 II, da CLT e art 895 I da CLT, face do recorrente, também já qualificado nos autos
e o faz nas razões seguintes:
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ...REGIÃO
Colenda Turma,
Das Razões do Recurso:
Preliminar
Prejudicial de Mérito
Mérito
Requerimentos Finais
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
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ANOTAÇÃO DE DISPENSA NA CTPS – O acionante deseja a retificação de sua CTPS
no tocante à data da dispensa, para incluir o período do aviso prévio. O pedido está fadado
ao insucesso, porquanto no caso em exame o aviso prévio foi indenizado, ou seja, não
houve prestação de serviço no seu lapso. Logo, tal período não pode ser considerado na
anotação da carteira profissional. Não procede.
DO DANO MORAL – O pedido de dano moral tem por suporte a revista que o autor
sofria. A primeira ré explicou que a revista se limitava ao fato de os trabalhadores, na
saída do expediente, levantarem coletivamente a camisa até a altura do peito, o que não
trazia qualquer constrangimento, mesmo porque fiscalizados por pessoa do mesmo sexo.
A empresa tem razão, pois, se os homens frequentam a praia ou mesmo saem à rua sem
camisa, certamente não serão fato de a levantarem um pouco na saída do serviço que lhes
ferirá a dignidade ou decoro. Ademais, a proibição de revista aplica-se apenas às
mulheres, na forma do artigo 373-A, VI, da CLT. Não houve violação a qualquer aspecto
da personalidade do autor. Não procede.
DOS HONORÁRIOS PERICIAIS – Em relação à perícia realizada, cujos honorários
foram adiantados pelo autor, já constatei que, no mérito, razão não assistia ao demandante,
mas, por outro lado, que havia efetivamente um agente que agredia a saúde do laborista.
Desse modo, declaro que a sucumbência pericial foi recíproca e determino que cada parte
arque com metade dos honorários. A metade devida ao reclamante deverá a ele ser
devolvida, sem correção, adicionando-se seu valor na liquidação.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA – Na petição inicial o autor não requereu ambos
os títulos, pelo que não deverão ser adicionados aos cálculos de liquidação, já que a inicial
fixa os contornos da lide e da eventual condenação.
RESPONSABILIDADE SEGUNDA RÉ – Na condição de tomadora dos serviços do
autor durante todo o contrato de trabalho, e considerando que não houve fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais da prestadora, condeno a segunda ré de forma
subsidiária pelas obrigações de dar, com arrimo na Súmula 331 do TST. Contudo, fixo
que a execução da segunda reclamada somente terá início após esgotamento da tentativa
de execução da devedora principal (a primeira ré) e de seus sócios. Somente após a
desconsideração da personalidade jurídica, sem êxito na captura de patrimônio, é que a
execução poderá ser direcionada contra a segunda demandada.
Diante do exposto, julgo procedentes em parte os pedidos, na forma da fundamentação,
que integra este decisum.
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Custas de R$ 100,00 sobre R$ 5.000,00, pelas rés. Intimem-se.
RESPOSTA SUGERIDA PELA PROFESSORA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO/DOUTO JUÍZO DO
TRABALHO DA... VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ DE PÁDUA.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ...REGIÃO (Esse
endereçamento é para o tribunal)
PREJUDICIAL DE MÉRITO
Da prescrição de ofício
O juiz declarou a prescrição de ofício.
Não se aplica na Justiça do trabalho a disposição da prescrição de ofício, em face
da incompatibilidade com princípios próprios de direito do trabalho dentre eles: o
princípio da proteção e da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, conforme artigo 8º
da CLT.
Dessa forma, merece reforma a sentença de primeiro grau nesse particular, dano
provimento ao presente apelo, neste tópico.
MÉRITO
Da Revelia e Confissão
A segunda reclamada devidamente notificada não compareceu. O juízo
equivocadamente não aplica a revelia, entendendo que não teria utilidade à revelia, vez
que a primeira reclamada apresentou defesa.
De acordo com o art.º 844 da CLT no processo do trabalho o reclamado que
devidamente notificado e não comparecer a audiência, deverá ser considerado revel. Não
há o que se falar de aproveitamento da defesa de um dos litisconsortes, tendo em vista que
se trata de defesas diferentes.
Assim a sentença merece ser reformada, neste particular, dando provimento ao
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presente apelo.
Da insalubridade
O juiz julgou improcedente o pleito de insalubridade, tendo em vista que o perito
encontrou agente insalubre diverso do apontado na inicial, por isso merece reforma a
sentença.
Equivoca- se o juízo nesse particular, assim de acordo com o art . 195 da CLT
cabe a perícia determinar a classificação e caracterizar a insalubridade e, conforme, a
Súmula de nº 293 do TST a verificação mediante perícia de prestação de serviços em
condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do informado pelo autor da peça
vestibular, não prejudicará o pedido de adicional de insalubridade.
Merecendo reforma a sentença neste particular, para incluir na condenação o pleito
referente ao adicional de insalubridade conforme constatado pela perícia, dando
provimento neste tópico.
Da anotação da CTPS
Em relação à data de assinatura da CTPS, o juízo entendeu por excluir o computo
do aviso prévio.
Equivoca-se o juízo mais uma vez, pois o aviso prévio é computado como tempo
de serviço ainda que indenizado, conforme OJ 82 do SDI I do TST.
Dessa forma, merece reforma a sentença neste particular, dando provimento neste
tópico.
Da responsabilidade da segunda ré
O juízo sentenciou no sentido que a responsabilidade subsidiária apenas
aconteceria quando houvesse a desconsideração da personalidade jurídica da empresa.
Não há o que se falar de responsabilidade subsidiária apenas após a
desconsideração da personalidade jurídica, não existe qualquer regra nesse sentido, nem
tampouco previsão legal para tanto conforme art. 5° II da CR/88.
Assim merece reforma também a sentença neste particular, dando provimento ao
presente apelo.
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DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Requer que seja reformada a sentença, dando provimento ao recurso e julgamento
procedentes os pedidos formulados na reclamação trabalhista.
Requer que seja dado conhecimento/ seguimento e provimento ao presente
recurso.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL
O pedido formulado numa reclamação trabalhista foi julgado procedente em parte. O juiz
condenou a autora a 6 meses de detenção por crime contra a organização do trabalho, pois
comprovadamente ela estava recebendo seguro desemprego nos dois primeiros meses do
contrato de trabalho e por isso pediu para a empresa não assinar a sua CTPS nesse período;
o magistrado reconheceu que a autora excedia a jornada em 3 horas diárias mas limitou o
pagamento da sobre jornada a duas horas por dia com adicional de 50%, em razão do Art.
59 da CLT; julgou aplicável a norma de complementação de aposentadoria custeada pela
empresa que estava em vigor no momento do requerimento da aposentadoria, e não a da
admissão, que era mais favorável à trabalhadora, fundamentando na inexistência de direito
adquirido, mas apenas expectativa de direito; reconheceu que a acionante trabalhou 10
horas em regime de prontidão no último mês trabalhado e deferiu o pagamento de 1/3
dessas horas; reconheceu que o local de trabalho da autora era de difícil acesso e que no
deslocamento ela gastava 2 horas diárias mas, por existir acordo coletivo fixando a média
de 1:30 h, com transporte concedido pelo empregador, deferiu, com base no § 3º do Art.
58, da CLT, 1:30 h por dia como hora in itinere; deferiu o requerimento da empresa e,
com sustentáculo no Art. 940 do CCB, determinou a devolução em dobro do 13º salário
do ano de 2012 porque a autora o postulou integralmente, sem qualquer ressalva, quando
a 1ª parcela já havia sido quitada pela empresa.
As custas foram arbitradas em R$ 300,00 sobre o valor arbitrado à condenação de R$
15.000,00.
Autora: Verônica Silva; Ré: Indústria Metalúrgica Ribeiro S.A., que possui 1.600
empregados; Processo 1111-55.2012.5.03.0100, em trâmite na 100ª VT/MG.
Analisando a narrativa e considerando que a trabalhadora não se conformou com a
sentença, apresente a peça pertinente à reversão da decisão, no que couber, sem criar
dados ou fatos não informados.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO/DOUTO JUÍZO DO
TRABALHO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE MG
Verônica Silva, já qualificado nos autos, vem por intermédio de seu advogado
abaixo-assinado, com procuração nos autos, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com
fulcro no art. 893 II da CLT e art 895 I da CLT, face da sentença proferida na reclamatória
trabalhista movida por Verônica da Silva em face da Indústria Metalúrgica S/A. também
já qualificado nos autos e o faz nas razões seguintes:
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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DISPENSÁVEL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR
RELATOR DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA
...REGIÃO
Do Mérito
Horas extras
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O juízo limitou o pagamento de 2 horas extras, por dia, mesmo reconhecendo que
a recorrente labora 3 horas extras por dia, face a limitação contida no art 59 da CLT.
Da Aposentadoria
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O juízo julgou aplicável a norma de complementação de aposentadoria custeada
pela empresa que estava em vigor no momento do requerimento da aposentadoria, e não
a da admissão, que era mais favorável à trabalhadora, fundamentando na inexistência de
direito adquirido, mas apenas expectativa de direito;
Equivoca-se o juízo, pois a regra que institui a complementação da aposentadoria
é regida pelas normas em vigor na data de admissão, ressalvadas as alterações que forem
mais benéficas para o empregado, conforme Súmula 288, I, do TST, o que não foi o caso
em tela.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL (Elaborada por Schamky)
Patrícia Lemos ajuizou, contra Livraria Schamky Arrasa, ação reclamatória, distribuída à
1.ª Vara do Trabalho de Recife – PE, pertencente à 6.ª Região. No processo, o reclamante
declarou que manteve vínculo de emprego com a referida empresa de 03/03/2007 a
15/03/2015, ajuizou ação em 15/04/2015 a tendo exercido a função de vendedora de
livros. Em seu pedido, a reclamante alegou não ter recebido as verbas rescisórias de forma
correta, pois teria sido infundada a sua demissão por justa causa por motivo de desídia.
Patrícia requer, ainda, horas extras, tendo em vista, alega trabalhar de 7:00h às 17 :00h
com 2 horas de intervalo para almoço, de segunda a sexta-feira. Mesmo tendo restado
provadas a desídia, pelos cartões de ponto e pelos recibos de pagamento, bem como a
reclamada trouxe duas testemunhas que comprovava que Patrícia não apenas faltava, bem
como dormia no emprego. O juízo condenou a reclamada a pagar todas as verbas
rescisórias, sob o argumento de que não houve prova cabal para aplicação da justa causa.
Vale ressaltar que o advogado da reclamada tinha duas testemunhas e o juiz indeferiu a
ouvida das testemunhas, dizendo que já tinha a sua própria convicção. Ademais na
audiência de continuação a qual se pretendia ouvir as testemunhas e o depoimento das
partes, já estando presente nos autos a defesa bem como toda a documentação,
documentação esta que não foi impugnada pela parte adversa. No dia da audiência de
instrução quem compareceu foi justamente o contador da empresa, que por sinal o juiz se
quer ouviu o mesmo, decretando a confissão ficta, haja vista, o mesmo não tratar- se de
empregado da empresa. A empresa possui 21 empregados em sua totalidade. Na defesa,
a reclamada afirmava que o reclamante nunca fez horas extras, e para tentar comprovar as
suas alegações, trouxe aos autos os cartões de ponto que comprovam jornada ordinária e
ainda trouxe as testemunhas que não foram ouvidas, o reclamante não trouxe testemunhas.
O juiz concedeu ao reclamante as horas extras, face a confissão ficta da reclamada, bem
como não ter o reclamado comprovado que o reclamante não fazia horas extras. Além das
verbas rescisórias o juiz concedeu as horas extras referente aos oito anos trabalhados na
empresa pela autora, também determinou o recolhimento das contribuições
previdenciárias (pleiteado pela mesma), durante todo o período trabalhado por Patrícia,
haja vista que jamais foi pago o INSS da mesma, mesmo com CTPS assinada. Sabendo
que a empresa se trata de uma microempresa.
Você como advogado do reclamado apresente a peça cabível
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO/DOUTO JUÍZO DO
TRABALHO DA 1.ª VARA DO TRABALHO DE RECIFE – PE
Livraria Schamky Arrasa, já qualificado nos autos, vem por intermédio de seu
advogado abaixo-assinado, com procuração nos autos, interpor RECURSO
ORDINÁRIO, com fulcro no art. 893 II, da CLT e art 895 I da CLT, em face de Patrícia
Lemos, também já qualificado nos autos e o faz nas razões seguintes:
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR
DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO
Prejudicial de Mérito
Prescrição Quinquenal
O juízo concedeu oito anos para o empregado sem declarar a prescrição existente.
Violando assim art 7º XXIX da CR/88, bem como art 11 da CLT e ainda súmula
308 do TST e súmula 308, I do TST, sabendo que a reclamante foi admitida em de
03/03/2007 despedida em 15/03/2015 e ajuizou ação em 15/04/2015, considerando que
estão prescritos todos os créditos anteriores aos últimos 5 anos da data do ajuizamento da
ação, devem ser considerados prescritos todos os créditos anteriores a 15.04.2010.
Dessa forma requer que seja reformada a sentença dando provimento ao presente
apelo, declarando a prescrição quinquenal, assim prescrevendo todos os créditos
anteriores a 15.04.2010, extinguindo o processo com resolução do mérito anteriores a
15.04.2010, nos termos do art 487 II CPC.
Do Mérito
Da Confissão ficta
O juízo aplica a confissão ficta a empresa, pois a mesma na audiência de instrução
foi representada pelo seu contador.
Equivoca-se o juízo por inteiro, tendo em vista, que no caso em tela trata-se de
uma microempresa, a qual pode perfeitamente ser representada por alguém que tenha
conhecimento dos fatos, sem que necessariamente seja empregado da empresa, conforme
art 843, parágrafo 1 da CLT, assim não existindo, portanto, os efeitos da súmula 74 do
TST em que existiria a confissão ficta, dessa forma deve ser afastada a confissão ficta
declarada indevidamente pelo juiz a quo.
Dessa forma, merece reforma a sentença neste particular, dando provimento ao
presente apelo e afastando a confissão ficta, declarada pelo juízo de primeiro grau.
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Da Justa causa
O juízo de a quo indefere o depoimento das duas testemunhas trazidas por
iniciativa do reclamado, cerceando o direito de defesa do mesmo, ademais, desconsidera
a documentação acostada aos autos, como por exemplo, os cartões de ponto que
demonstravam as falta da autora, de forma reiterada, ou seja, a desídia.
Equivoca-se o juízo, pois as testemunhas indeferidas, também tinham o cunho de
prestar o depoimento, no sentido que a reclamante era desidiosa, além de faltar também
dormia no emprego, no entanto tais testemunhas forma indeferidas em um claro cerceio
do direito de defesa conforme art 5º LV CR/88. Ademais as testemunhas viriam para
provar que realmente existia a desídia da reclamante. Levando-se em consideração o
conjunto probatório nos autos por si só percebe que a reclamante estava enquadrada no
art 482 “e” da CLT, constituindo a justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença, dano provimento ao presente
apelo.
Requerimentos Finais
Requer que sejam acatadas as preliminares recursais de nulidade processual por
cerceamento do direito de defesa e a incompetência absoluta em razão da matéria
previdenciária extinguindo o processo sem resolução do mérito, requer que seja declarada
prescrição quinquenal, extinguindo o processo com resolução do mérito e no mérito que
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seja reformada a sentença, dando provimento ao presente apelo.
Requer que seja dado conhecimento/ seguimento e provimento ao presente
recurso.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
29
PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL
Morada Eterna Ltda, já qualificada nos autos, vem por intermédio de seu advogado
abaixo-assinado, com procuração nos autos, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com
fulcro no art. 893 II, da CLT e art 895 I da CLT, face da sentença proferida na reclamatória
trabalhista movida por DÉBORA PIMENTA em face da MORADA ETERNA, também
já qualificada nos autos e o faz nas razões seguintes:
DAS PRELIMINARES
Da nulidade processual por cerceamento do direito de defesa
O juiz deferiu o pagamento de vale-transporte em todo o período de trabalho da
recorrida. Ocorre que, na instrução o juiz indeferiu a oitiva de duas testemunhas trazidas
pela empresa, ora recorrente, que comprovariam que a empresa entregava o valor da
passagem em espécie diariamente à trabalhadora.
Observa-se que houve violação do princípio do contraditório e ampla defesa,
causando prejuízo ao recorrente, no termo artigo 5º, LV, CRFB/88, artigo 369 do CPC e
artigo 794 da CLT, vez que suas testemunhas não foram ouvidas pelo juiz.
Dessa forma, requer que seja acatada a preliminar, remetendo os autos à vara de
origem, para que seja reaberta a instrução processual e que haja a oitiva das testemunhas.
DO MÉRITO
Reiteração de preliminar de inépcia em relação aos feriados
No mérito reitera a preliminar de inépcia em relação aos feriados arguida na
contestação e reiterada na preliminar recursal
Do intervalo intrajornada
A recorrida laborava de segunda a sexta-feira, das 10h às 16 horas, com intervalo
de 10minutos para refeição. O juiz deferiu o pagamento de 15 minutos com adicional de
50%, em razão do intervalo desrespeitado e reflexo nas demais verbas salarias.
Equivoca-se o juízo, tendo em vista que quando a jornada de trabalho ultrapassar
4h e não exceder 6h diárias , é obrigatório a concessão de intervalo intrajornada de 15
minutos , conforme artigo 71 da CLT, artigo 71,§ 1º da CLT, artigo 71, § 4º da CLT, a
não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada, implica o pagamento de
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora
normal do trabalho, cuja natureza jurídica deve é indenizatória, não tendo que se falar em
reflexos.
Dessa forma, a sentença deve ser reformada, dando provimento ao presente apelo
neste tópico.
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Da devolução desconto
Foi julgado procedente o pedido de devolução em dobro, como requerido na
exordial, de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta reconheceu
que a empresa se negou a aceitar os atestados porque não continham CID (Classificação
Internacional de Doenças).
Equivoca-se o juízo, quanto à devolução dos descontos em dobro, uma vez que
não existe previsão legal para devolução em dobro prevista no art. 940 do CC, dos
descontos efetuados e ainda consoante previsto artigo 5º inciso II da CRFB/88.
Dessa forma, a sentença deve ser reformada, dando provimento ao presente apelo
neste tópico.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
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XXXI – EXAME DA ORDEM – RECURSO ORDINÁRIO.
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PEÇA PRATICO PROFISIONAL EXAME XXVI
Nestes termos
Pede deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº
DISPENSÁVEL
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Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Tribunal Regional do
Trabalho da ... Região.
(Pula uma linha)
Processo nº e 100ª Vara do Trabalho
Recorrente: Sociedade Empresária Ômega
Recorrido: Fabiano
Da coisa julgada
O juiz rejeitou preliminar suscitada e desconsiderou que o recorrente havia feito
um acordo em outro processo movido pelo mesmo recorrido, homologado em juízo, no
qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento dessa
parcela.
Sabe-se que o prêmio de assiduidade já foi objeto de acordo devidamente
homologado em outro processo, pelo que tem força de decisão irrecorrível, conforme art.
831, parágrafo único da CLT, súmula 100, V do TST, art. 337, §1º e §4º do CPC e art.
337, VII do CPC.
Dessa forma requer que seja acatada a preliminar de coisa julgada, extinguindo o
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processo sem resolução do mérito conforme art. 485, IV do CPC.
Da litispendência
O juiz rejeitou preliminar suscitada pelo recorrente e desconsiderou que em
relação às diárias postuladas, o recorrido tinha, comprovadamente, outra ação em curso
com o mesmo tema, que se encontrava em grau de recurso.
Sabe-se que este pedido já está sendo apreciado pelo Poder Judiciário em outro
processo, pelo que não pode ser novamente julgado, conforme art. 337, VI do CPC, art.
337, §1º, §2º e §3º do CPC e art. 485, V do CPC.
Dessa forma requer que seja acatada a preliminar de litispendência, extinguindo o
processo sem resolução do mérito conforme art. 485, IV do CPC.
PREJUDICIAL DE MÉRITO
Prescrição quinquenal/Prescrição Parcial
O juiz não acolheu a prescrição quinquenal/prescrição parcial porque ela foi
suscitada em razões finais, afirmando o magistrado que deveria sê-lo apenas na
contestação.
Sabe-se que o instituto poderá ser apreciado em razões finais, já que o processo
ainda se encontra em instância ordinária, conforme súmula 153 do TST.
Dessa forma requer que seja declarada a prescrição quinquenal/prescrição parcial,
extinguindo o processo com resolução do mérito, reformando desta forma a sentença,
conforme art. 487, II do CPC.
MÉRITO
Reintegração
O juiz deferiu a reintegração do recorrido, porque ele foi eleito presidente da
Associação de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios
empregadores.
Equivoca-se o juízo, pois o recorrido não foi eleito dirigente de sindicato, mas de
associação interna da empresa, o que não assegura estabilidade, conforme art. 543, §3º,
da CLT, súmula 369, III do TST, sendo assim não faz jus ao art. 496 da CLT.
Dessa forma requer que seja reformada a sentença, dando provimento ao presente
apelo.
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Dano Extrapatrimonial/Dano moral
O juiz concedeu indenização por dano moral, porque, pelo confessado atraso no
pagamento dos salários dos últimos 3 meses do contrato de trabalho, o recorrido teve seu
nome inscrito em cadastro restritivo de crédito, conforme certidão do Serasa juntada pelo
mesmo, demonstrando a inserção do seu nome no rol de maus pagadores em novembro
de 2015.
Equivoca-se o juiz, pois esta concessão de indenização por dano moral é indevida,
haja vista a análise do período, pois a inserção do nome do recorrido no cadastro restritivo
de crédito é muito anterior, não havendo nexo causal a justificar a responsabilidade do
recorrente, sendo assim, não faz jus conforme art. 186 do CC, art. 187 do CC, art. 927 do
CC, art. 223-A da CLT, art. 223-B da CLT e art. 223-C da CLT.
Dessa forma requer que seja reformada a sentença, dando provimento ao presente
apelo.
47
Férias
O juiz deferiu o pagamento da diferença de férias, porque o empregado não fruiu
30 dias úteis no ano de 2016.
Equivoca-se o juízo, pois por lei, as férias não são contadas em dias úteis e sim
em dias corridos, conforme art. 130 da CLT.
Dessa forma requer que seja reformada a sentença, dando provimento ao presente
apelo.
Requerimentos Finais
Requer que seja acatada as preliminares recursais, preliminar de incompetência
absoluta, coisa julgada e litispendência, extinguindo o processo sem resolução do mérito,
declarada a prescrição parcial/quinquenal, extinguindo processo com resolução do mérito
e no mérito que reforme a sentença nos tópicos atacados dando seguimento e provimento
ao presente apelo.
Requer que dê conhecimento/seguimento e provimento ao presente recurso.
Nestes Termos
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB nº
48
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
49
RESPOSTA SUGERIDA PELA PROFESSORA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz/ Douto Juízo do Trabalho da 99ª Vara do Trabalho de
Salvador
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado
OAB nº...
50
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Egrégio Tribunal Superior do
Trabalho da ... Região
Da Preliminares Recursais
Nulidade Processual por Cerceamento do Direito de Defesa pelo indeferimento de
prova testemunhal
Em sede de audiência, o juízo de primeiro grau indeferiu os requerimentos da
recorrente para produção de provas testemunhal.
Equivoca-se o juízo em tal indeferimento, haja vista ter provocado o cerceamento
do direito de defesa do recorrente, causando-lhe prejuízo nos termos do art. 794 da CLT
e do art. 795 da CLT, ferindo ainda o princípio do contraditório e ampla defesa previsto
no art. 5º, inciso LV, da CRFB/88.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença, dando seguimento e
provimento ao presente apelo, acatando a presente preliminar e declarando a nulidade
processual por cerceamento do direito de defesa pelo indeferimento de prova testemunhal,
remetendo o processo para a vara de origem, para reabertura da instrução probatória e seja
realizada a oitiva das testemunhas.
51
Do Adicional de Insalubridade
O juízo de primeiro grau condenou a recorrente ao pagamento de adicional de
insalubridade em grau máximo em razão do barulho, embora a empresa recorrente tenha
juntado prova documental, comprovando o fornecimento de equipamento de proteção
individual (EPI) para proteção da audição e exames médicos realizados rotineiramente
nos empregados, sendo que a prova pericial foi indeferida pelo respectivo juízo.
Equivoca-se o juízo neste ponto da sentença haja vista que, conforme disposto no
art. 166 da CLT, o fornecimento de EPI é gratuito e de natureza obrigatória para a empresa
sempre que as medidas gerais não ofereçam proteção geral contra os riscos à saúde do
empregado, sendo, portanto, medida adotada pela recorrente. Com efeito, conforme
preceitua a súmula 289 do TST e art. 191, II, da CLT, cabe ao empregador tomar medidas
que possam eliminar ou diminuir a nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo
do EPI, o que, no caso em tela, era realizado pela recorrente, que realizava rotineiramente
exames médicos nos empregados para verificar alterações no estado de saúde dos
mesmos, diminuindo a sua nocividade e eliminando-a, fiscalizando indiretamente o seu
uso. Vale ressaltar que, neste caso, a perícia deveria ter sido realizada, pois é obrigatória
quando arguida em juízo nos termos do art. 195 da CLT e art. 195, § 2º, da CLT, sendo
vedado ao juiz fixar o grau de insalubridade, mesmo na revelia.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença neste tópico para ser afastada
a condenação ao pagamento do respectivo adicional, conforme súmula 80 do TST, dando
provimento ao presente apelo.
Da Revelia e Confissão da 1ª Ré
O juízo de primeiro grau condenou a recorrente, subsidiariamente, em todos os
pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré.
Equivoca-se o juízo haja vista que não há que se falar em revelia e confissão da 1ª
ré por se tratar de microempresa que pode ser representada perante a Justiça do Trabalho
por terceiros que tenham conhecimento dos fatos. Sendo assim, válida a representação em
audiência realizada pelo contador e pelo advogado da 1ª ré, não havendo que se falar em
revelia e confissão, nos termos da Súmula 377 do TST e do art. 54 da Lei Complementar
123/2006.
Dessa forma requer que seja reformada a sentença neste tópico, dando provimento
ao presente apelo.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado
OAB nº...
53
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Foi prolatada sentença nos autos da ação 9.876, movida por Maria das Graças em face da
sociedade empresária Editora Legal Ltda., que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho
de Goiânia/GO. Na demanda, a reclamante informou ter sido empregada da ré de agosto
de 2015 a janeiro de 2017, quando pediu demissão. Houve regular contestação e instrução.
Na sentença, o juiz julgou improcedente o pedido de dano existencial pela extensa jornada
alegadamente cumprida e procedente o pedido de uma hora extra com adicional de 80%
pelo intervalo intrajornada violado, uma vez que a sociedade empresária concedia apenas
30 minutos e que, a despeito de haver nos autos autorização do Ministério do Trabalho
para a redução, isso não seria previsto em lei.
54
RESPOSTA SUGERIDA PELA PROFESSORA
Processo nº 9876
Recorrente: Editora Legal Ltda.
Recorrida: Maria das Graças
Editora Legal Ltda., já qualificada nos autos, vem, por intermédio de seu
advogado, abaixo-assinado, com procuração nos autos e endereço profissional, onde
recebe notificações e intimações, interpor Recurso Ordinário com fulcro no Art. 893, II,
da CLT e Art. 895, I, da CLT, em face da sentença proferida nos autos da Reclamatória
Trabalhista movida por Maria das Graças, também já qualificada nos autos.
Atendidos os pressupostos extrínsecos: Tempestividade, o recurso foi interposto
dentro do prazo legal de 8 dias úteis (octídeo legal); Preparo, custas e depósito recursal
devidamente pagos e recolhidos em guias próprias, acostadas aos autos; Adequação, o
recuso é adequado; o ato é recorrível, assim como existe regularidade formal de
representação, com advogado com procuração nos autos.
Também atendidos os pressupostos intrínsecos: capacidade, legitimidade e
interesse.
Requer que seja notificada ou intimada a parte contrária para, querendo, apresentar
contrarrazões conforme art. 900 da CLT.
Atendidos todos os pressupostos de admissibilidade recursal, requer que seja
conhecido o presente recurso e que seja remetido ao Tribunal Regional do Trabalho.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local..., Data...
Advogado...
OAB nº
55
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho da... Região
Mérito
Do Intervalo Intrajornada (ITEM PREJUDICADO COM A REFORMA
TRABALHISTA)
Da Reintegração ao Trabalho
O juiz julgou procedente o pedido de reintegração, porque a empregada
comprovou documentalmente que, por ocasião da ruptura do contrato, estava grávida.
Apesar da reconhecida estabilidade da empregada grávida, no caso em destaque, a
recorrida declara que pediu demissão em janeiro de 2017, abrindo mão por escolha própria
de tal direito.
Assim, equivoca-se o juízo uma vez que a reintegração é indevida por não haver
dispensa sem justa causa, mas sim pedido de demissão, não tendo sido violado o Art. 10,
inciso II, alínea “b”, do ADCT.
Desta forma requer que seja reformada a sentença e acatado o presente apelo.
Do Adicional de Insalubridade
O juiz deferiu adicional de insalubridade em grau médio, fixando em 30% sobre o
salário mínimo em função do manuseio de produtos químicos no labor da empregada,
conforme comprovado por perícia.
Equivoca-se o juízo uma vez que não existe previsão legal que justifique o
percentual estabelecido de 30%. Considerando que o juiz deferiu adicional de
insalubridade em grau médio, deveria ter aplicado o percentual de 20% sobre o salário
mínimo, conforme previsto no Art. 192 da CLT.
Desta forma requer que seja reformada a sentença e acatado o presente apelo.
Do Adicional Noturno
O juiz julgou procedente o pedido de indenização de adicional noturno fixando o
percentual de 25% referente à jornada compreendida das 22 às 23 horas.
Equivoca-se o juízo, haja vista que o adicional noturno é 20% para trabalhadores
urbanos, conforme Art. 73, caput da CLT, Art. 73 §2° da CLT.
Desta forma requer que seja reformada a sentença e acatado o presente apelo.
Em sentença prolatada pela 89ª Vara do Trabalho de Floriano/PI, nos autos da reclamação
trabalhista número 0101010-50.2021.5.22.0089, movida por Benício Pérolas contra a
Transportadora Rapidinha Ltda., o pedido foi julgado procedente em parte nos seguintes
termos:
(i) não foi conhecida a prejudicial de prescrição parcial porque suscitada pela sociedade
empresária em razões finais, e não na contestação, ocorrendo, na ótica do magistrado,
preclusão;
(iii) foi deferido o pagamento de 1 hora extra diária, com adicional de 50% (cinquenta por
cento), pelo intervalo interjornada desrespeitado, pois o juiz se convenceu que o autor
trabalhava de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 h, com intervalo de 1 hora para refeição;
(iv) foi indeferido o pagamento do 13º salário de 2019, porque a empresa comprovou
documentalmente nos autos, a quitação regular deste direito;
(v) foi deferida a reintegração do autor ao emprego, porque ele comprovou ser, à época,
dirigente, com mandato em vigor, de uma associação desportiva criada pelos empregados
da Transportadora Rapidinha Ltda.;
(vi) foi deferido o depósito do FGTS na conta vinculada para o período de 5 meses no
qual o autor ficou afastado pelo INSS em auxílio por incapacidade temporária
previdenciária (antigo auxílio-doença comum, código B-31), período em que a empresa
não recolheu o FGTS;
(vii) foi indeferido o pedido de férias 2018/2019, em razão da grande quantidade de faltas
injustificadas que o trabalhador teve no período aquisitivo, comprovada documentalmente
nos autos;
(viii) foi deferida a integração da ajuda de custo à remuneração do autor, porque ela era
paga mensalmente pela empresa, conforme se verificou dos contra cheques que foram
juntados aos autos;
(ix) foi deferida, de julho de 2020 a fevereiro de 2021, a equiparação salarial do autor com
o empregado Raul Flores Raras, que exercia a mesma função do reclamante e atuava na
filial da empresa localizada em Goiás;
(x) foi deferido o pagamento de insalubridade desde a sua supressão, porque, em que pese
ter havido comprovadamente a reclassificação da atividade pelo órgão competente
durante o contrato de trabalho, o juiz entendeu que havia direito adquirido porque o
trabalhador já contava com essa verba no seu orçamento, além de ofensa ao princípio da
irredutibilidade salarial; e
58
(xi) foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado do reclamante, na
ordem de 30% (trinta por cento) sobre o valor da liquidação e de 15% (quinze por cento)
em favor do advogado da empresa sobre os pedidos julgados improcedentes.
Diante disso, como advogado(a) da ré, redija a peça prático-profissional para a defesa dos
interesses do seu cliente em juízo, ciente de que a ação foi ajuizada em 28/06/2021 e que,
na sentença, não havia vício ou falha estrutural que comprometesse a sua integridade.
(Valor: 5,00)
59
RESPOSTA ELABORADA PELA PROFESSORA:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho / Douto Juízo do Trabalho da 89ª Vara
do Trabalho de Floriano / PI.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB n°
PREJUDICIAL DE MÉRITO
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL / PRESCRIÇÃO PARCIAL
Não foi conhecida a prejudicial de prescrição parcial porque suscitada pela
sociedade empresária em razões finais, e não na contestação, ocorrendo, na ótica do
magistrado, preclusão.
Sabe-se que a prescrição quinquenal / prescrição parcial poderá sim ser alegada
em razões finais uma vez que o processo continua em instância ordinária conforme súmula
153 do TST e art. 193 do CC e a prescrição pode ser arguida até as instâncias ordinárias,
o que foi feito no caso em tela.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença de primeiro grau, dando
provimento ao presente apelo, declarando a prescrição quinquenal, extinguindo o
processo com resolução do mérito conforme art. 487 II do CPC.
DO MÉRITO
DO INTERVALO INTERJORNADA
Foi deferido o pagamento de 1 hora extra diária, com adicional de 50% (cinquenta
por cento), pelo intervalo interjornada desrespeitado, pois o juiz se convenceu que o autor
trabalhava de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 h, com intervalo de 1 hora para refeição.
Equivoca-se o juízo, tendo em vista que a pausa legal de 11h de descanso entre o
término de uma jornada de trabalho e o início da jornada seguinte foi respeitado pelo
empregador, conforme art. 66 da CLT, além do mais a supressão do intervalo interjornada
não poderá ser remunerada como hora extra, pois não possui natureza
salarial/remuneratória e sim natureza jurídica indenizatória.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença, dando provimento ao presente
apelo.
61
DA REINTEGRAÇÃO
Foi deferida a reintegração do autor ao emprego, porque ele comprovou ser, à
época, dirigente, com mandato em vigor, de uma associação desportiva criada pelos
empregados da Transportadora Rapidinha Ltda.
Equivoca-se o juízo, tendo em vista que que não se aplica a estabilidade do
dirigente sindical prevista no art. 543 § 3° da CLT ao dirigente de associação desportiva,
pois não há previsão legal que assegure a estabilidade dele conforme art. 5° II da CR/88.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença, dando provimento ao presente
apelo.
DO FGTS
Foi deferido o depósito do FGTS na conta vinculada para o período de 5 meses no
qual o autor ficou afastado pelo INSS em auxílio por incapacidade temporária
previdenciária (antigo auxílio-doença comum, código B-31), período em que a empresa
não recolheu o FGTS.
Equivoca-se o juízo, tendo em vista que o contrato de trabalho estava suspenso,
assim suspendendo todas as obrigações entre empregado e empregador, inclusive a de
pagar FGTS conforme art. 476 da CLT. Além do mais, só seria devido a continuidade do
recolhimento em caso de o empregado ter sofrido acidente de trabalho e
consequentemente percebido auxílio-doença acidentário conforme art. 15 §5° da lei
8.036/90 e art. 28 III do Decreto n° 99.684/90.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença, dando provimento ao presente
apelo.
DA AJUDA DE CUSTO
Foi deferida a integração da ajuda de custo à remuneração do autor, porque ela era
paga mensalmente pela empresa, conforme se verificou dos contra cheques que foram
juntados aos autos.
Equivoca-se o juízo, tendo em vista que indevido a integração da ajuda de custo a
remuneração do empregado ainda que paga com habitualidade, porque ajuda de custo não
é salário por expressa vedação legal conforme art. 457 § 2° da CLT.
Dessa forma, requer que seja reformada a sentença dando provimento ao presente
apelo.
62
DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Foi deferida, de julho de 2020 a fevereiro de 2021, a equiparação salarial do autor
com o empregado Raul Flores Raras, que exercia a mesma função do reclamante e atuava
na filial da empresa localizada em Goiás.
Equivoca-se o juízo, tendo em vista que para haver a equiparação salarial é
requisito indispensável que o autor e o modelo, ou seja, o paradigma e o paragonado
devam trabalhar no mesmo estabelecimento, conforme art. 461 da CLT, não tendo sido
observado o presente requisito instituído após a reforma trabalhista Lei 13.467/2017, pois,
no caso em tela os empregados trabalham em filiais diferentes, resta claro que é indevido
a pleito de equiparação salarial.
Dessa forma requer que seja reformada a sentença dando provimento ao presente
apelo.
DA INSALUBRIDADE
Foi deferido o pagamento de insalubridade desde a sua supressão, porque, em que
pese ter havido comprovadamente a reclassificação da atividade pelo órgão competente
durante o contrato de trabalho, o juiz entendeu que havia direito adquirido porque o
trabalhador já contava com essa verba no seu orçamento, além de ofensa ao princípio da
irredutibilidade salarial.
Equivoca-se o juízo tendo em vista que a reclassificação gera a perda do adicional
não gerando direito adquirido conforme súmula 248 do TST e art. 194 da CLT.
Dessa forma requer que seja reformada a sentença dando provimento ao presente
apelo.
Dessa forma,
Pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB n°
64
65
66
67
68
69
70
RECURSO DE REVISTA
Violar a CF/88
Lei Federal
Súmula do TST
Súmula Vinculante
Decisão de outro Tribunal
Orientação Jurisprudencial
Violar a CF/88
Súmula do TST
Súmula Vinculante
71
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e
por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de
execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela
Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
Assim quando o TRT, julgar agravo de petição, em execução fiscal, não caberá recurso
de revista apenas quando contrariar a Constituição federal e sim nas demais hipóteses
comuns do recurso de revista, ou seja, também quando violar a lei federal, contrariar
súmula do TST, súmula vinculante, Orientação Jurisprudencial ou decisão de outro
Tribunal.
Também novidade trazida pela IN 40 do TST, caso haja omissão quanto a um tema no
juízo de admissibilidade o recorrente deverá opor embargos de declaração.
72
RECURSO DE REVISTA
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
73
DISPENSÁVEL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO RELATOR DO EGÉGIO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Preliminares recursais
Prejudicial de Mérito
Mérito
Requerimentos Finais
Requer que seja acatada as preliminares recursais..., declarada a prescrição..., e no
mérito que seja reformado o acórdão, dando provimento ao presente apelo.
Requer que seja dado conhecimento/ seguimento e provimento ao presente
recurso.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
74
AGRAVO DE PETIÇÃO
75
AGRAVO DE PETIÇÃO
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
76
DISPENSÁVEL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA … REGIÃO
Colenda Turma
Das Razões do Recurso/ Da minuta do agravo
Atendidos os pressupostos de admissibilidade recursal. A sentença de mérito
merece ser totalmente reformada, haja vista, a referida sentença de embargos ser
totalmente contrária ao que preceitua (lei, súmula, OJ, Jurisprudência).
O juízo julgou improcedente os Embargos à Execução que pretendia…(dizer o
que tinha nos embargos a execução).
Equivocada a atitude do juízo a quo, consagrando o enriquecimento sem causa,
em claro excesso de execução.
Requer, pois, a reforma da sentença proferida em sede de embargos à execução,
para que este TRT exclua o excesso apontado.
Quanto ao valor controverso equivale a R$..., conforme demostrado nos embargos
a execução opostos pelo executado.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
77
AGRAVO DE INSTRUMENTO
78
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Colenda Turma,
Da minuta do agravo/ Das razões do recurso
Atendidos os pressupostos recursais pretende ver reformado a decisão do juízo
que denegou seguimento ao recurso.
O Juiz a quo negou seguimento ao recurso ordinário com o fundamento de que o
recurso foi interposto de forma intempestiva, na realidade o recurso não foi interposto de
forma intempestiva, mas dentro do prazo legal, permitido por lei.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
80
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
• Omissão
• Obscuridade
• Contradição
• Erro material
81
Estrutura de embargos de declaração
Embargante já qualificado nos autos vem por intermédio de seu advogado abaixo-
assinado com procuração em anexo opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO com fulcro
no art 1222 do CPC em face do embargado também já qualificado nos autos
Atendidos os pressupostos extrínsecos: Tempestividade, o recurso foi interposto
dentro do prazo legal de 5 dias úteis, o ato é recorrível e existe regularidade de
representação com advogado com procuração nos autos
Atendidos os pressupostos intrínsecos: legitimidade, capacidade e interesse.
A sentença merece ser atacada vez que possui vício de omissão.
Na reclamação trabalhista o reclamante postulou ....
No entanto o juiz não se pronunciou a respeito, assim, o embargante opõe os
presentes embargos de declaração por omissão para que o juízo supra a referida omissão
se pronunciando sobre.
Dessa forma requer que de provimento ao presente recurso sanando a omissão.
Requerimentos finais
Requer que seja intimada a parte contrária para querendo se pronunciar sobre os
presentes embargos.
Requer que dê provimento ao presente recurso, suprindo a omissão apontada.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e data
Advogado
OAB n° …
82
CONTRARRAZÕES
As contrarrazões, tem previsão no art 900 da CLT, não tem natureza de recurso, o
seu objetivo é justamente rebater o recurso e manter a sentença.
Renato trabalhou como motorista para o Restaurante Amargo Ltda., tendo sempre
recebido salário fixo no valor de R$ 1.600,00 mensais. Diariamente dirigia o veículo com
as refeições solicitadas pelos clientes, as quais eram entregues por um ajudante. Foi
dispensado imotivadamente após dois anos de serviço. Ajuizou ação trabalhista
distribuída à 99ª Vara do Trabalho de Teresina/PI pleiteando diferenças salariais
decorrentes da aplicação do piso salarial estipulado para os funcionários em bares e
restaurantes, conforme a convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e
restaurantes com o sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes, ambos do
estado do Piauí. Pleiteou o pagamento extraordinário pelo tempo de duração da viagem
de ida e volta ao trabalho, pois ficava com o carro da empresa que dirigia e que ficava sob
sua guarda. Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia apenas três linhas
diretas de ônibus com tarifa modal em cada horário, sendo o transporte insuficiente.
Pleiteou salário in natura pelo uso de veículo do empregador, o qual ficava com Renato
ao longo da semana útil, devendo deixá-lo na garagem do empregador durante o fim de
semana de folga, bem como nas férias. Pleiteou, ainda, a integração de diárias para
viagem, recebidas no valor de R$ 400,00 por cada viagem ocorrida, relatando que ao
longo do contrato viajou a serviço por três ocasiões, em três diferentes meses. Por último
pleiteou diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com outro motorista, o
qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de decisão do INSS, por
limitação física, teve sua função alterada, quando percebia R$ 2.000,00 mensais. Na
audiência, após a apresentação de defesa com documentos, foram dispensados os
depoimentos pessoais. A parte autora declarou não ter outras provas. A parte ré requereu
83
a oitiva de uma testemunha, a qual foi indeferida pelo juiz, gerando o inconformismo da
parte ré, registrado em ata de audiência. Dez dias após o encerramento normal da
audiência, o juiz prolatou sentença de improcedência total dos pedidos, com custas fixadas
em R$ 500,00. Inconformado, Renato, 15 dias após haver sido notificado da decisão de
improcedência dos pedidos, apresentou a medida jurídica cabível para tentar revertê-la,
em juntar qualquer documento. Você foi notificado como advogado(a) da empresa para
apresentar a peça prático-profissional em nome de seu cliente. Redija a mesma
apresentando os argumentos pertinentes. (Valor: 5,00) Obs.: o examinando deve
fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
84
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO/ DOUTO JUÍZO DO
TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE TERESINA/PI
Restaurante Amargo Ltda, já qualificado nos autos, vem por intermédio de seu
advogado abaixo-assinado com procuração nos autos, Apresentar Contrarrazões ao
Recurso Ordinário, com fulcro no art. 900 da CLT em face de Renato também já
qualificado nos autos, requer a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho e o faz nas razões seguintes:
Nestes termos
Pede deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
85
DISPENSÁVEL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO/PI DA ... REGIÃO.
DAS PRELIMINARES
Da Intempestividade
O recorrente após 15 dias de haver sido notificado da decisão de improcedência
dos pedidos, apresentou a medida jurídica cabível para tentar revertê-la, ou seja, interpôs
recurso ordinário sem juntar qualquer documento.
Sabe-se que o prazo para a interposição do Recurso ordinário é de 8 (oito) dias,
conforme art. 893, II da CLT e art. 895, I da CLT. Contudo no caso em tela o recorrente
só apresentou a mediada judicial cabível após 15 (quinze) dias da notificado da decisão
de improcedência dos pedidos, sendo o recurso interposto fora do prazo legal, o mesmo é
intempestivo.
Dessa forma requer que seja acatada a preliminar de intempestividade, negando
seguimento ao recurso.
Da Deserção
O recorrente apresentou a medida jurídica cabível para tentar reverter a decisão de
improcedência dos pedidos, em juntar qualquer documento, ocorre que as custas foram
fixadas em R$ 500,00.
Sabe-se que as custas deverão ser pagas e comprovadas no prazo recursal,
conforme art. 789 da CLT e art. 789, §1º da CLT, portanto no caso em tela as custas
86
deveriam ser recolhidas no prazo de 8 (oito) dias, ocorre que o recorrente interpôs recurso
ordinário, porém não recolheu nem comprovou as custas, logo o recurso é deserto.
Dessa forma requer que seja acatada a preliminar de deserção, negando
seguimento ao recurso.
DO MÉRITO
Da Inaplicabilidade da norma coletiva
O recorrente pleiteou as diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso
salarial estipulado para os funcionários em bares e restaurantes, conforme a convenção
coletiva firmada pelo sindicato dos bares e restaurantes com o sindicato dos garçons e
ajudantes em bares e restaurantes, ambos do estado do Piauí.
Agiu o juízo com acerto ao indeferir o pleito de diferenças salariais pela aplicação
de norma coletiva, pois no caso em tela o recorrente é categoria diferenciada, pois sua
função é de motorista. Logo o regramento da norma coletiva geral não se aplica ao mesmo,
conforme art. 511 da CLT.
Dessa forma requer a manutenção da sentença, negando provimento ao recurso.
Da Hora In Itinere
O recorrente pleiteou o pagamento extraordinário pelo tempo de duração da
viagem de ida e volta ao trabalho, pois ficava com o carro da empresa que dirigia e que
ficava sob sua guarda. Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia apenas
três linhas diretas de ônibus com tarifa modal em cada horário, sendo o transporte
87
insuficiente.
Fundamento – Apresentado pela banca
Agiu o juízo com acerto ao indeferir o pleito do pagamento das horas in itinere,
pois a mera insuficiência do transporte público regular não gera o direito pretendido, logo
incabível as horas in itinere, súmula 90, III do TST.
Fundamento Adaptado – Após a Reforma Trabalhista
Agiu o juízo com acerto ao indeferir o pleito do pagamento extraordinário pelo
tempo de duração da viagem de ida e volta ao trabalho, pois o tempo desprendido pelo
empregado casa- trabalho e trabalho-casa, mesmo que utilizando transporte fornecido pelo
empregador não é considerado tempo a disposição, logo não será computado na jornada
de trabalho do empregado, conforme art. 58, §2º da CLT.
Dessa forma requer a manutenção da sentença, negando provimento ao recurso.
Do Salário in natura
O recorrente pleiteou salário in natura pelo uso de veículo do empregador, o qual
ficava com Renato ao longo da semana útil, devendo deixá-lo na garagem do empregador
durante o fim de semana de folga, bem como nas férias.
Agiu o juízo com acerto ao indeferir o pleito de salário in natura pelo uso de
veículo do empregador, tendo em vista que o recorrente não usava o veículo para fins
privados, mas apenas para o trabalho, além de que o transporte destinado ao deslocamento
do empregado para o trabalho e o seu retorno afasta o caráter contraprestacional da verba.
Logo incabível o pedido de salário in natura, conforme art. 458 da CLT e conforme art.
458, III da CLT.
Dessa forma requer a manutenção da sentença, negando provimento ao recurso.
Da equiparação salarial
O recorrente pleiteou diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com
outro motorista, o qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de decisão do
INSS, por limitação física, teve sua função alterada, quando percebia R$ 2.000,00
mensais.
Agiu o juízo com acerto ao indeferir o pleito de diferenças salariais por
equiparação salarial, pois porque o modelo era readaptado funcional, logo não pode servir
como paradigma para fins de equiparação salarial, conforme Art. 461, § 4º, da CLT.
Dessa forma requer a manutenção da sentença, negando provimento ao recurso.
Nestes termos
Pede deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº...
89