Anais Do V Serpinf E Iii Senpinf ISBN 978-65-5623-100-6
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DURANTE A PANDEMIA
Resumo: Este escrito busca refletir sobre os condicionantes sociais e econômicos que
envolvem a juventude brasileira, na conjuntura da pandemia do Covid-19, associada ao
aprofundamento da crise econômica em curso e os seus rebatimentos nesse seguimento da
sociedade brasileira. A pesquisa configura-se em bibliográfica e documental, em que foram
consultadas e analisadas referências teóricas e documentais que subsidiassem as análises
sobre o objetivo da pesquisa. As reflexões aqui apresentadas têm como aporte teórico o
materialismo histórico e dialético.
Abstract: This paper seeks to reflect on the social and economic conditions that involve
Brazilian youth, in the context of the Covid-19 pandemic, associated with the deepening of
the ongoing economic crisis and its repercussions in this segment of Brazilian society. The
research is configured in bibliographic and documentary, in which theoretical and
documentary references were consulted and analyzed to support the analysis of the research
objective. The reflections presented here have as theoretical support historical and dialectical
materialism.
1 INTRODUÇÃO
Diante desse contexto, o presente artigo apresenta como objetivo central refletir sobre
os condicionantes sociais e econômicos que envolvem a juventude brasileira, na conjuntura da
pandemia do Covid-19, associada ao aprofundamento da crise econômica em curso e os seus
rebatimentos nesse seguimento da sociedade brasileira. A pesquisa se configura em
bibliográfica e documental, em que foram consultadas e analisadas referências teóricas e
documentais que subsidiassem as análises sobre o objetivo da pesquisa.
O artigo está estruturado em duas seções, a primeira delas apresenta uma reflexão
conjuntural da juventude pauperizada como centro dos impactos da crise econômica, política
e social. Além disso, são apresentadas reflexões sobre a complexidade da juventude e os
desafios impressos na proteção social e no enfrentamento as desigualdades que afetam
especialmente a juventude, os impactos na educação pública, assim como na perspectiva do
aprofundamento do desemprego em decorrência da crise estrutural.
Com os altos índices de desemprego e com as oportunidades escassas para este grupo,
a ascensão do empreendedorismo é um reflexo das vulnerabilidades sociais, educacionais,
políticas e econômicas da população juvenil, que se veem coagidos a aderir ao eu
empreendedor, em busca de renda e sobrevivência, no entanto, esse mundo costuma ser muito
mais desafiador e custoso.
É importante ressaltar que vivemos em um país desigual, que vive uma crise em
diversas áreas das políticas públicas, com a grande proporção da pandemia do Covid-19 as
áreas das políticas públicas, a sociedade, famílias e principalmente os jovens sofrem por
diversas questões que surgem por meio das expressões da questão social.
A vida dos jovens durante e após a chegada da pandemia sofreu mudanças, 73% de
jovens continuam trabalhando e 27% pararam de trabalhar por parada parcialmente das
atividades ou o fechamento do local de trabalho. Entre os jovens negros que pararam de
trabalhar, houve uma proporção maior devido à pandemia em relação ao trabalho. Devido a
situações de falta de empregos, a renda familiar sofreu mudanças, 1 a cada 4 jovens de 52%
não estavam trabalhando e nem procurando emprego, isso automaticamente segue o índice de
situação de vulnerabilidade social antes da pandemia, sendo que os jovens negros foram os
que mais sofreram com a pandemia do Covid-19, por perder totalmente a sua renda pessoal,
37% dos brancos, 44% dos pardos e 45% dos pretos.
Com a repercussão da pandemia, o isolamento social foi atribuído para que pudesse
minimizar os casos, porém, com o isolamento alguns jovens sofreram/sofrem com algumas
mudanças ou falta de acessibilidade em determinadas atividades. Esse isolamento social desde
o início prejudicou a saúde mental e física de algumas pessoas, 29% do estado emocional dos
jovens agravou; 31% do condicionamento físico desses jovens pioraram; 44% de atividades
de lazer e cultura agravaram na questão de acesso em determinados lugares; 26% pioraram na
qualidade de sono. Mas, surgiu algo positivo na questão de higiene pessoal, os jovens
Condições de ansiedade, tédio e impaciência nas pesquisas foram apontadas como algo
supremo em relação ao isolamento social, uma condição positiva em meio ao caos foi o
acolhimento da parte dos familiares bem como em meios remotos. Na própria entrevista,
foram relatadas que a diferença entre os homens e mulheres em relação a sentimentos, foi
afetada mais com as mulheres, as mesmas relatam que esses sentimentos ruins estão afetando
mais ainda no isolamento social, até mesmo pelos desafios que enfrentam no dia a dia.
Destarte, é necessário que faça uma compreensão melhor acerca dos entraves que
esses jovens estão passando em meio à pandemia do covid-19; os mesmos deveriam ser
beneficiados pela ampliação do seguro-desemprego na questão de renda e trabalho, e a
recuperação das políticas sociais e política de valorização do próprio salário mínimo para
melhor condição de vida desses jovens. Na questão dos trabalhos informais, seria necessário
que as empresas busquem reforçar os direitos trabalhistas desses jovens; uma onda de
contratações de jovens nas iniciativas púbicas e privadas para o trabalho seria uma ação
positiva e uma qualificação profissional e técnica de geração de renda.
Com base nas reflexões aqui elencadas, o contexto de agudização da crise econômica,
social e política consubstanciadas nos índices alarmantes sobre o desemprego, insuficiência
da proteção social básica, ampliação do quadro de extrema pobreza, fragmentação e
focalização das políticas sociais, denotam para uma conjuntura que já se estendia ao longo da
história e por conseguinte se estenderá mesmo com o fim da pandemia.
REFERÊNCIAS
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Agência IBGE: Extrema Pobreza atinge
13,5 milhões de pessoas e chega ao maior nível em 7 anos. Síntese de indicadores. Disponível
em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
PESQUISA Nacional por Amostra de Domicílios 2020. In: IBGE. Brasil, 2020. Disponível
em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-
amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series-
historicas&utm_source=landing&utm_medium=explica&utm_campaign=desemprego.
Acesso em: out. 2020.