Abordagem Triangular - Ana Mae Barbosa

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OFICINA I:

ARTES VISUAIS
NA EDUCAÇÃO
Prof. Dr. Eduardo Moura
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
DA EDUCAÇÃO EM
ARTES VISUAIS
...correntes de pensamento

 Educação em Artes Visuais:

 Imaginação na cognição – Arthur Efland


 Arte como experiência estética – John Dewey
 Abordagem Triangular – Ana Mae Barbosa
QUESTÃO
Quais as possíveis abordagens no
ensino/aprendizagem de Artes Visuais

considerando nossas especificidades


artísticas, culturais, históricas e
sociais?
PARA REFLETIR
ENSINAR ARTE É:

 Ensinar história da Arte?


 Ensinar fazer Arte?
 EnsinarLeitura e releitura de
obra de Arte?
PARA CONTINUAR
REFLETINDO:

 QUAL ARTE?
 QUAL HISTÓRIA DA ARTE?
 PARA QUEM?
 EM QUE TEMPO?
 EM QUE CONTEXTO?
 COMO?
Abordagem Triangular:
uma proposta para o
ensino/aprendizagem da Arte

Ana Mae Barbosa


ANA MAE BARBOSA
 Professora emérita da Escola de Comunicação e Artes
(ECA) da Universidade de São Paulo (USP).
 Atua no Doutorado em Ensino/Aprendizagem de Arte
que implantou na Escola de Comunicação e Artes
(ECA/USP) e no Mestrado/Doutorado em Design da
Universidade Anhembi Morumbi.
 Fez Mestrado e Doutorado nos Estados Unidos. Foi
Presidenta da International Society of Education
through Art (1990-1993) e da Associação Nacional de
Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP) e também
Diretora do Museu de Arte Contemporânea
(MAC/USP).
ANA MAE BARBOSA

 Publicou mais de 20 livros sobre Arte e


Arte/Educação.
 Recebeu vários prêmios, entre eles a Ordem
Nacional do Mérito Científico (Brasil, 2004) e o
Prêmio Internacional Herbert Read.
 Proferiu palestras em cerca de 30 países das
Américas, Europa, Ásia e África.
 Foi Curadora de exposições de Christo, Barbara
Kruger, Oswald de Andrade e Alex Flemming.
O PENSAMENTO DE
ANA MAE BARBOSA
 A busca de uma proposta de
Arte/educação que atendesse aos
anseios da realidade brasileira.
 Entre o discurso pós-moderno global
e o processo consciente de
diferenciação cultural também pós-
moderno que surgiu a:
Abordagem triangular.
...reconstrução

 Inicialmentea abordagem foi apelidada, por


professores, de ‘Metodologia Triangular’.
 Em 1998, no livro “Tópicos Utópicos”, faz
correção à nomenclatura para:

Abordagem Triangular
“Hoje, depois de anos de experimentação,
estou convencida de que metodologia é
construção de cada professor em sua sala de
aula e gostaria de ver a expressão Proposta
Triangular substituir a prepotente designação
Metodologia Triangular.”

ANA MAE BARBOSA, 1998.


Construção
 A proposta de Abordagem Triangular
para o ensino/aprendizagem de Arte
deriva de uma dupla triangulação:

1ª: Natureza epistemológica: ao


designar três ações: Fazer artístico,
leitura da obra de arte e
contextualização.
2ª: Gênese da sistematização: tríplice
influência:
Tríplice influência

Escuelas
Critical
Al Aire
Studies
Libre

DBAE
1. Escuelas Al Aire Libre (México):
Interrelaciona arte como expressão e
cultura no ensino-aprendizagem.

Objetivos:
-Recuperar padrões de arte e artesanato;
-Constituir uma gramática visual mexicana;
-Aprimorar a produção artística;
-Apreciar a arte local;
-Incentivar a expressão individual.
2. Critical Studies (Inglaterra): Linha de
ensino integradora. Arte como expressão e
como cultura. Ênfase na crítica.

3. Disciplined Based Art Education- DBAE


(EUA): Ênfase no estudo rigoroso e
disciplinar das artes visuais como parte da
educação formal universal. Leitura da Obra
de Arte.
Décadas de 1980 e 1990
 A Abordagem Triangular foi
sistematizada entre 1987 e 1993 no
Museu de Arte Contemporânea - MAC
da USP.
 De 1989 a 1992 foi experimentada
em Escolas da Rede Municipal de São
Paulo, quando Paulo Freire era
Secretário de Educação do Município.
 Rede Arte na Escola
Abordagem Triangular

Fazer

Abordagem
Triangular

Conhecer Apreciar
APRECIAR:
Ler Obras de Arte
A Leitura da Obra de Arte: diz respeito à
apreciação envolvendo, seus aspectos críticos
e estéticos através de questionamentos e
descobertas.
 É importante ressaltar que o objetivo é a
obra de arte e não o artista com a
‘descoberta de suas intenções’ , não
justificando ‘processos adivinhatórios’.
 Envolve o questionamento, a descoberta, o
despertar da capacidade crítica dos alunos.
 O/A Professor/a é mediador/a.
Fazer ArtÍSTICO

 O Fazer Artístico: desenhar, pintar, esculpir,


gravar, fotografar, performar, conceituar,
fazer instalações, criar novas mídias...
 Diz respeito aos procedimentos e técnicas
do fazer artístico, desde os modos
tradicionais como as práticas em ateliê até a
utilização das diversas tecnologias
contemporâneas.
 Não é o momento de fazer da releitura
uma cópia.
 É o momento de provocar o potencial
criativo e de proporcionar a
experiência criativa.
CONHECER:
Contextualizar
 A Contextualização: diz respeito ao
contexto, tanto nos aspectos da
História da Arte, quanto à:

Interdisciplinaridade
Interculturalidade
 Ação que engloba a História da Arte
e outras áreas necessárias para ao
ensino/aprendizagem.
 Estabelece-se relações que
permitam a interdisciplinaridade /
interculturalidade nos processos de
ensino-aprendizagem.
Importa ressaltar...
 A Abordagem Triangular não indica um
procedimento dominante, hegemônico ou
hierárquico. A abordagem é heterárquica.
 A escolha das ações permite coerência com os
objetivos e métodos.
 A Abordagem Triangular permite uma
interação dinâmica e multidimensional entre
as partes e o todo e vice-versa.
 Não se trata de “fases” da aprendizagem,
mas de processos mentais que se interligam
para operar a rede cognitiva da
aprendizagem.
 A Abordagem Triangular é construtivista,
interacionista, dialógica, interculturalista e
anticolonialista.
“Ao se analisar os três momentos que
envolvem a proposta não se pode pensar em
uma sequência lógica, do tipo: contextualizar
- ler - fazer, pois a proposta triangular não
indica um pensamento ou procedimento
hierarquizante, podendo variar as sequências
de abordagem das ações, sem que se dê maior
importância a alguma delas, pois todas devem
ocupar um espaço significativo coerente com
os objetivos iniciais.”
(MARIA CRISTINA LIMA RIZZI, 2008).
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 Processos com coerência aos objetivos e
métodos propostos para esta etapa
educativa.
“experiências que permitam às crianças
conhecer a si e ao outro e de conhecer e
compreender as relações com a natureza, com
a cultura e com a produção científica, que se
traduzem nas práticas de cuidados pessoais
(alimentar-se, vestir-se, higienizar-se), nas
brincadeiras, nas experimentações com
materiais variados” (BNCC, EI, 2018).
Referências
 BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São
Paulo: Perspectiva, 1989.
 BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte:
C/Arte, 1998.
 BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e Mudanças no
Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002.
 BARBOSA, Ana Mae; CUNHA, Fernanda Pereira da.
(Orgs.). Abordagem triangular no ensino das artes e
culturas visuais. São Paulo: Editora Cortez, 2010.
 RIZZI. Maria Christina de Souza Lima. Reflexões sobre a
Abordagem Triangular do Ensino da Arte. In: BARBOSA,
Ana Mae (org.). Ensino da arte: memória e história. São
Paulo: Perspectiva, 2008.
 http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

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