Abordagem Triangular
Abordagem Triangular
Abordagem Triangular
ensino da arte”
Uma revisão foi apresentada no livro “Tópicos Utópicos”, corrigindo alguns desvios e
reforçando os acertos.
Passou a chamar-se Proposta Triangular: Três vértices trabalhados de forma integrada
e considerados como ações essenciais à educação em arte: produção, contextualização
e leitura de obras de arte
Importante frisar a necessidade de revisões teóricas ou mesmo metodológicas. A
própria epistemologia da arte se encarrega de nos mostrar isso.
Segundo Ana Mae, “METODOLOGIA É CONSTRUÇÃO DE CADA PROFESSOR EM SUA
SALA DE AULA”
A ABORDAGEM TRIANGULAR
Produção artística:
contato direto com os diferentes materiais, propiciando experimentações lúdicas, o
estudo de suas propriedades, características expressivas e evoluir para o
entendimento da existência de uma linguagem visual decorrente e articuladora desse
próprio fazer. Domínio da técnica e das qualidades expressivas dos materiais.
O fazer artístico não é somente fruto da motivação interna e da necessidade de
expressão. Ele é resultado de influências exteriores, do meio ambiente e da herança do
patrimônio artístico e cultural da humanidade.
Contextualização:
Ampliação da disciplina “História da Arte”
Ana Mae discorda da excessiva “disciplinarização” presente na proposta norte-
americana e acrescenta integrações com o contexto histórico, social, psicológico,
antropológico, geográfico, ecológico, biológico, associando o pensamento não apenas
a uma disciplina, mas a um conjunto de saberes disciplinares ou não
Dessa forma, esse vértice amplia as possibilidades de implementação da
INTERDISCIPLINARIDADE em função das conexões que estabelece.
Leitura:
Síntese entre as áreas de Estética e Crítica
A apreciação crítica necessita de elementos da estética para se concretizar
Professor deve proporcionar condições favoráveis à educação estética dos seus alunos
A leitura da obra é um despertar de uma capacidade de análise com base em
conhecimentos construídos pelo próprio aluno acerca do mundo visual e deve ser uma
capacidade de julgamento sem pré-conceitos.
Retirar das experiências estéticas conclusões teóricas universais e propor conceitos
para a arte
Desenvolvimento de senso crítico com base em conhecimentos internalizados por
meio da articulação entre conceitos e prática
Não mais limitada à análise da beleza, a estética amplia seu questionamento acerca da
natureza do objeto de arte e do caráter de sua criação, apreciação, interpretação,
avaliação assim como acerca das relações da arte com a sociedade. Tudo isso pode ser
examinado em diferentes níveis de complexidade.
Segundo Ana Mae, existem critérios que podem ser definidos a fim de desenvolver
capacidade de julgamento:
- leituras iconográficas e formais
- leituras contextualizadoras
Existem teorias da interpretação mais contemporâneas, como a semiologia, a
semiótica, o deconstrucionismo e o feminismo. Essas duas últimas podem ser
consideradas como abordagens culturalistas da leitura de obra.
Fonte:
CAMPELLO, Sheila M.C.R; CRUZ, Teresinha R. Módulo 16: História da arte-educação 2.
Organizadoras: Sheila Maria Conde Rocha Campello e Leda Maria de Barros
Guimarães. Brasília: LGE Editora, 2010.