Manfuani
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E-COMMERCE
VIANA – LUANDA
2024
ANDERSON JOÃO GASPAR
E-COMMERCE
VIANA – LUANDA
2024
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
4. METODOLOGIA ..................................................................................................... 18
4.3.Amostra ................................................................................................................. 19
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 24
O meio digital tem sido palco de várias actividades, não só a comunicação com amigos e
familiares, mas também em investimentod m estruturas de trabalho e empreendedorismo.
O uso cada vez mais activo da Internet tem motivado o crescimento do comércio
electrónico, motivando ainda um aumento no número de clientes a procurar estas soluções e a
realizar pagamentos online.
Este mercado estende-se por marcas pré-existentes e de renome, incluindo grandes grifes
e supermercados, mas é também fruto do aparecimento de novas pequenas empresas, resultantes
de um empreendedorismo crescente.
O uso mais ativo de smartphones, assim como a presença nestas redes digitais pode
justificar com maior facilidade a tendência para o consumo online e o crescimento do número de
plataformas de e-commerce.
1.1. Problema de Pesquisa
- Até que ponto o e-comerce é relevante para o aumento das vendas na empresa SISTEC, SA?
1.2. Objectivos
Segundo Zassala (2012). “Objectivos indicam as acções que serão desenvolvidas para a
resolução do problema de pesquisa”.
H1: O e-comerce é relevante para o aumento das vendas na SISTEC, SA, porque facilita e
simplifica o processo de venda, possibilitando haver a troca comercial, sem o cliente se deslocar
de casa.
H0: : O e-comerce não apresenta uma ajuda para o aumento das vendas na SISTEC, SA, porque
dificulta o processo de vendas, e aumenta muito os custos na empresa, pelo facto de ter de levar o
produto até a casa do cliente.
1.4. Justificativa do tema
Escolhí abordar este tema por ser uma realidade que está a se alastrar no nosso país, fruto
da imensa integração tecnológica actual, e noto que pouco se faz ainda sobre essa temática. Com o
mesmo pretendo ampliar os conhecimentos e suprimir dúvidas que possam surgir no decorrer deste
pesquisa e de alguma forma contribuir para o crescimento e desenvolvimento da pesquisa.
Com o surgimento de factores extraordinários no mundo, como por exemplo o Covid 19,
muitas empresas viram por terminado o seu funcionamento por falta de preparo ou recursos para
para lançar sua marca no mundo digital, ao passo que muitas outras viram uma oportunidade de
alavancar as suas receitas, se reinventando para as mutações necessárias, e aconteceu que para
muitas empresas foi um dos melhores periodos de aumento de receitas, as empresas tidas como do
mundo moderno, com presença fisica e forte presença digital.
O e-commerce por sua vez é uma parte integrada do e-business. É a atividade mercantil
que, em última análise, vai fazer a conexão eletrônica entre a empresa e o cliente para a venda de
produtos ou serviços. No sentido literal, e-commerce significa comércio eletrônico, sendo o ato de
comercializar produtos ou serviços de forma on-line, onde as transações são feitas através dos
equipamentos eletrônicos. O e-commerce pode ser definido como transações comerciais realizadas
digitalmente (pela web ou dispositivos móveis). Essas transações são trocas de dinheiro por
produtos ou serviços (LAUDON; TRAVER, 2017).
Comércio eletrónico, Quando é que as duas palavras se juntaram pela primeira vez? Na
verdade, ao contrário do que muitos pensam, surgiu quase um século antes da própria Internet
ganhar forma. A Sears, uma empresa norte-americana de relógios, começou a desenvolver o
conceito e era muito diferente daquele que conhecemos hoje.
Com a criação da Internet, não tardou a surgir a ideia de replicar o conceito de comércio
a este novo meio em crescimento. Assim, logo em 1979, Michael Aldrich começou a desenhar o
conceito de venda eletrónica que tanto se podia aplicar a negócios B2B (business to business) como
a negócios B2C (business to consumer).
Uma pizza de cogumelos e pepperoni com queijo extra: tratou-se do primeiro produto
vendido na Internet, pela PizzaHut. O então PizzaNet – o sistema de encomenda de pizzas da maior
cadeia mundial de pizzas – registou a sua primeira venda.
1995 – Nascem dois gigantes do e-commerce
O ano de 1995 foi marcado pelo nascimento de dois dos maiores gigantes do comércio
eletrónico. A Amazon e o eBay são lançados pela primeira vez, revolucionando em poucos anos a
forma como se vende na Internet. Desde artigos de cozinha, a livros, filmes e até mesmo roupa,
estes dois websites provaram que na Internet é possível vender tudo e para qualquer canto do
mundo.
De acordo com Laudon (2017), existem diversos tipos de e-commerce e várias formas de
classifica-los, todavia, tal divisão é realizada conforme a relação comprador-vendedor. Além disso
também existem o Mobile, social e local e-commerce, que podem ser considerados subgrupos
desses tipos de e-commerce. serão manifestadas a seguir os conceitos de e-commerce que são: M-
Commerce; Customer to Customer (C2C); Business-to-Consumer (B2C); Business-to-business
(B2B); e-Social eCommerce.
Social e-Commerce: Pode ser defino como comercio cometido por meio das de redes
sociais, citando as mais famosas que são o Instagram e o Facebook, além de outras. Ainda de acordo
com Laudon (2017) O Social e- Commerce, na maioria das vezes se torna semelhante ao Mobile
e-commerce, uma vez que a principal via de acesso das redes sociais, são os celulares. Quando os
veículos de comunicação são usados pelas empresas, tais como o Whatsapp, classifica-se então
como como comércio convencional, uma variação dentro deste conceito. O autor ainda afirma que
o tráfego dos 500 maiores vendedores, aumentou em 20% em 2015.
3. O E-COMERCE EM ANGOLA
Num artigo postado no site Xbytessolutions por António savita, refere que alguns anos
atrás o mundo Digital era novidade para os angolanos, Hoje em dia é uma realidade que faz parte
do dia a dia pessoas, empresas e negócios.
Com o crescimento do E-commerce, as empresas estão investindo cada vez mais em lojas
online para garantir uma experiência de compra simples e conveniente.
É cada vez mais recorrente a pesquisa de informações quer seja por meio de amigos,
familiares e principalmente na internet.
Por outra, existem um número significativo angolanos que efectuam compras em lojas
online internacionais , bem como, de serviços de streaming (Netflix, Spotify).
O comércio electrónico doméstico (B2C) não está muito difundido em Angola, mas está
a crescer lentamente com a criação de vários sites de comércio electrónico nacionais. BayQi,
Otchitanda, Roque Online e O Soba são alguns dos sites de comércio eletrónico mais populares e
utilizados em Angola. Os pagamentos são feitos através de cartões de débito nacionais
(Multicaixa), transferência bancária e carteira digital e a entrega é feita através de serviço de correio
local, uma vez que o sistema de entrega de correio não é fiável. Os serviços de táxi online incluem
empresas principais Kubinga, T'leva, com a start-up francesa Heetch entrando no mercado no final
de 2020. Existem também dois serviços de entrega de alimentos, como Tupuca, Mamboo e
Kumoxi, que atendem os mercados de restaurantes e consumidores.
3.2. O e-commerce e a covid 19
O jornal angolano Expansão solta uma nota, referindo que Em 2022, a Empresa
Interbancária de Serviços (EMIS) registou em compras online, um montante total de 2,8 mil
milhões Kz, um crescimento de 5.807% em relação ao ano de 2020, ou seja 60 vezes mais do que
os 47,6 milhões Kz gastos dois anos antes. No mesmo período, registou-se ainda um total de
509.770 operações, um aumento de 16.685% em comparação às 3.037 transações realizadas em
2020.
Actualmente existem no país várias lojas virtuais que permitem aos clientes seleccionar o
produto e realizar o pagamento de forma remota com recurso a meios de pagamento virtuais, como
Multicaixa express, Paypal, Paypay, AnyPay, e receber a encomenda em casa. Nalguns casos o
pagamento pode ser feito no momento da entrega.
Neste tipo de operações, também em alguns casos, a factura é enviada por canais online
como e-mail ou outro. As compras incluem desde produtos alimentares, electrónicos, vestuário,
cosméticos, livros e até produtos de higiene.
Quanto às lojas que existem no mercado, algumas são mais conhecidas e outras nem tanto.
A Buitanda, Quitanda, Que Rápido Angola, Stekargo, ITEC Angola, Ezandu, Angoshop são
algumas delas.
Muitas das grandes empresas que actuam no território nacional e já possuem lojas físicas
viram a necessidade de agregar ao negócio uma loja virtual para venderem também online e
acompanhar a evolução do mercado. São os casos da NCR, do supermercado Kibabo, e da sistec
por exemplo.
Com o mercado de lojas virtuais a crescer, cresce também o perigo das burlas, já que ao
comprar online o cliente não tem contacto directo com o vendedor e muitas vezes não tem como
garantir que a mercadoria chega até si.
Artigo 4º (Definições): Para efeitos da presente lei e salvo se de outro modo for
expressamente indicado no próprio texto, as palavras e expressões nela usadas têm o seguinte
significado, sendo certo que as definições no singular se aplicam de igual modo.
O ordenamento jurídico angolano prevê o comercio eletrônico no seu Artigo 13º da lei
1/7 de 14 maio(Modalidades de vendas): São havidas como modalidades de vendas as seguintes:
b) Loja de conveniência;
e) Comércio electrónico;
c) Televenda;
d) Certames comerciais.
Na íntegra não temos muitos documentos legislativos que regulam o funcionamento dessa
prática, sendo que actualmente se mostre com grande relevância no nosso mercado, e na nossa
economia, factor este que também tem culminando a muitas burlas pelo territorio nacional.
Outro motivo de o país ter uma legislação para o comércio electrónico tem a haver com
as reclamações, onde só no ano 2022 já contava com mais 883mil reclamações só na província de
Luanda, ligadas à questão da compras online. Somadas as outras províncias do país chega a
1.500.000 de reclamações.
4. METODOLOGIA
Quanto aos procedimentos a pesquisa será bibliográfica, esta pesquisa é baseada nos
livros, artigos científicos, revistas e informações colectadas em internet. Segundo Afonso
Nkuansambu (2018), “Trata-se de uma técnica que visa a recolha de informações previamente
colectadas sobre o campo de interesse do investigador e tem como objectivo levantar materiais que
seja fonte de pesquisa por meio de publicações de livros, artigos etc”.
Quanto aos Objectivos a pesquisa será descritiva e estudo de caso, este tipo de pesquisa
não tem intervenção do autor, apenas observamos sem manipular os dados. Para Marconi e Lakatos
(2009) pesquisa Descritiva “descreve os diferentes comportamentos ou fenómenos da amostra ou
população”.
Para Marconi e Lakatos (2009), “o estudo de caso é a pesquisa que privilegia um caso
particular que seja significativo, ou seja, um fenómeno que seja suficiente para análise efectiva.”
As informações que serão analisadas não serão manipuladas.
4.3.Amostra
Segundo Kauark Fabiana, (2010) “Amostra a parte da população que é tomada como
objecto de investigação da pesquisa. É o subconjunto da população”. Nesta ordem de ideia teremos
como população a empresa sistec.sa, onde selecionei 6 elementos para fazerem parte do estudo
para saber sobre a funcionalidade da empresa em tempo pandêmico.
Para maior compreensão na colecta de dados recorri ao questionário aberto e fechado, assim
como a técnica de observação directa devido as informações da Demonstração de resultados e do
balanço.
De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE), Angola possui mais de 33 milhões de habitantes. Além disso, revelam que a idade média da
população angolana é de 16 anos. Isso quer dizer qu e a maioria da população angolana é jovem
fig3.
A pesquisa foi feita na empresa SISTEC. SA, é uma empresa angolana que actua nos
segmentos de tecnologia, telecomunicações e produtos home. Comercializa os produtos em loja
através de uma rede de Retalho e do canal online. Também se posiciona no B2B com a sua área de
Corporate que assiste clientes empresariais e institucionais com serviços de consultoria,
manutenção, suporte e formação, com mais de 30 anos de actividade no mercado, integrando várias
áreas de negócio. Líder no mercado nas áreas de tecnologias de Informação e telecomunicações,
persegue maximizar a satisfação dos clientes. Ao longo dos anos a empresa acrescentou novas
áreas de negócio diversificando o portfolio quer a nível do retalho assim como do segmento
corporativo.
Na optica de sermos controladores financeiros, toda e qualquer informação nos obriga a ver
sua veracidade por intermédio de demonstrativos financeiros, para análise das informações
preparamos os aspectos técnicos da Informação financeira, nomeadamente o Balanço da empresa
e a Demonstração de Resultados, onde foram extraídas diversas informações para dar resposta aos
pressupostos da contextualização da pesquisa.
5.3.1. Balanço
O Balanço da SISTEC nos mostra na parte dos activos correntes, uma subida de
existências em relação a 2020, mas ao passo que teve uma real subida nas contas a receber de
aproximademente 1 mil milhão, e o total do seu capital próprio deu também um elevada de
aproximados 1 mil milhão comparando ao ano 2020.
Para clarificar melhor a informação que se pretende, precisamos de nos remeter a uma
demonstração mais acertiva para este caso, a demonstração de resultados.
5.3.2. Demonstração de resultados
O tema em discussão começou com uma pergunta de partida que permitiu chegar as
considerações finais, Até que ponto o e-comerce é relevante para o aumento das vendas na empresa
SISTEC, SA?,
Com relação ao impacto de tal ferramenta na empresa sistec,sa, estudada, nota-se que o e-
commerce colaborou na otimização de processos vendas, aumentando a lucratividade, visivelmente
em plena epoca pandémica, aspecto esse que gerou uma vantagem competitiva com relação as
outras empresas. Enfim, o fato é que o e-commerce representa uma evolução social e tecnológica
e traz mudanças estruturais no que diz respeito ao processo de troca. Sendo assim, as empresas
devem, cada vez mais, aprimorar seus processos e suas lojas virtuais, principalmente no atual
cenário da aldeia global onde a necessidade desta ferramenta é ainda maior.
SUGESTÕES PARA A SISTEC, SA E PARA DEMAIS EMPRESAS
3- Nunca catalogar produtos nos sites que não vão de acordo a qualidade do produto original,
porque sendo um universo vasto de empresas online, uma vez quebrada a confiança com
certo cliente, dificil recuperar,
1- Façam um bom estudo de mercado online, para saber o que as pessoas gostam de adquirir
com maior facilidade e rapidez,
2- Legalizar a sua marca para não ter possibilidades do nome ser usado sem permissão,
3- E não menos importante, a criação do site, seguro e com dominio facil de usar, e confiável
para salvaguarda dos dados dos clientes usuários,
4- Sistema de stock robusto capaz de suprir a demanda de compras, e evitar ficar sem stock, a
sociedade está tão dinâmica que duas vezes sem stock quando solicitada o cliente parte para
outra sem pensar muito, e se não for um ja fidelizado, acaba por perder o interesse em
contactar a empresa para compras futuras, fruto de n tentativas fracassadas por parte da
mesma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
http://www.efagundes.com/artigos/O%20que%20e%20eCommerce.htm)
https://xbytessolutions.com/tendencias-do-comercio-electronico-em-angola/
https://www.trade.gov/country-commercial-guides/angola-ecommerce
https://expansao.co.ao/angola/interior/compras-online-cresceram-5807-para-2809-milhoes-kz-no-
periodo-pos-covid-19-115679
LAUDON, Kenneth C.; TRAVER, Carol Guercio. E-commerce. 13ª ed, Pearson Education, 2017.
Disponível em: https://www15.fgv.br/network/tcchandler.axd?tccid=7939. Acessado em:
10/03/2021.
SCHNEIDER, Gary P. Eletronic Commerce. Cengage Learning, 11ª ed. 2015. Acessado
em:10/04/2021. Disponível em: < https://www.amazon.com/Electronic-Commerce-
GarySchneider/dp/128542543X>.
SAMPAIO, Daniel. O que é e-commerce? Tudo o que você precisa saber para ter uma loja
virtual de sucesso.2015. Disponível em: https://marketingdeconteudo.com/e-commerce-guia
Acessado em: 25/03/2021.