Degustação Arte Dos Jesuítas Na Ibero America
Degustação Arte Dos Jesuítas Na Ibero America
Degustação Arte Dos Jesuítas Na Ibero America
na Ibero-América
Arquitetura | Escultura | Pintura
Percival Tirapeli
Publicou também Igrejas Paulistas: barroco e rococó, pela Editora unesp/Imprensa Ofi fic
cial
do Estado de São Paulo, que em 2003 ganhou o prêmio Sérgio Milliet como melhor pesquisa
nacional em artes, outorgado pela abca. E ainda, em 1999, As mais belas igrejas do Brasil
(com Wolfgang Pfeiffer), Patrimônio da Humanidade no Brasil, em 2000 (cinco edições), e
em 2003, Festas de Fé, em 2008, Igrejas Barrocas do Brasil, pela Metalivros (todas edições
em português/inglês), pela Editora unesp/Imprensa Ofific
cial do Estado de São Paulo, é um dos
autores e organizador de Arte Sacra Colonial: barroco memória viva, de 2001.
Foi curador de exposições como Oratórios Barrocos na Coleção Casagrande e Vestes Sagradas,
e editor de seus respectivos catálogos, ambos para o Museu de Arte Sacra de São Paulo,
onde tem ministrado palestras. Organizou entre 2013 e 2017 quatro edições do Seminário
Internacional Patrimônio Sacro na América Latina, no Mosteiro de São Bento, em São Paulo,
e publicou pela Editora Arte Integrada os anais dos dois primeiros seminários. Organizador
de Arte e Fé – Igrejas de São Paulo. Em 2016 recebeu homenagem como personalidade de
destaque pelo conjunto da obra pelos críticos da abca.
Como artista plástico participou de duas Bienais Internacionais de São Paulo (1977 e 1985) e
sua biografi
fiaa está publicada em Arte sobre arte: depoimentos na obra de Percival Tirapeli (Arte
Integrada, 2015). www.tirapeli.pro.br.
sumário
Os jesuítas e as artes 7
Apresentação 9
Objetivo 11
Introdução 13
i. Arquitetura 39
Modelos em Portugal 48
Colégios e seminários 50
Modelos na Espanha 53
Cenografia e arquitetura efêmera 58
Conjuntos jesuíticos na América Espanhola 59
Arquitetos na Argentina e as misiones 77
Brasil: igrejas e colégios 82
ii. Escultura 99
Fachadas-retábulos: maneiristas e barrocas 101
Mobiliário 116
Retábulos nos vice-reinados 121
Retábulos jesuíticos no Brasil 126
v. Legado 295
Legado artístico: do modo nostro às novas funções 297
E
sta publicação tem em sua origem sentimento e pesquisa: não só antiga pai-
xão e vivência de espaços, mas especialmente o aprofundamento do tema no
curso de pós-doutorado que fiz na Universidade Nova de Lisboa sob a orienta-
ção do professor doutor Carlos Moura, em 2008. O curso in loco fez-me deslocar por
todo o território português a pesquisar e visitar os colégios e igrejas da Companhia
de Jesus, munido de publicações específicas sobre a arte dos jesuítas, seus retábu-
los, igrejas e colégios. Da igreja de São Roque, em Lisboa, às
do Porto e do Algarve, ou daquela da Ilha da Madeira, busquei
os referenciais para as primitivas construções daquele Brasil a
nascer sob a égide dos jesuítas, ainda em 1549.
No Brasil, já iniciara as pesquisas com os escritos de
Lucio Costa, Robert Smith e o clássico Serafim Leite para
esboçar o artigo sobre a descoberta das mais antigas
talhas do altar da igreja de São Vicente, cuja imagem
da Imaculada é reconhecida como a mais antiga exe-
cutada em território brasileiro, ainda em 1559. Estes es-
tudos afinal resultaram em minhas pesquisas publicadas
em As mais belas igrejas brasileiras (1999) e Igrejas paulistas:
barroco e rococó (2003), nas quais se destacavam as igrejas
baianas, paraenses, maranhenses, pernambucanas e das
antigas reduções ao redor de São Paulo.
Para que ocorresse uma pesquisa completa sobre
as igrejas barrocas, deveria incluir também aque-
las da América Colonial Espanhola, em especial
das Missões dos jesuítas no Paraguai, na Argentina
e, no Sul do Brasil. A oportunidade foi na publicação de Patri-
mônio da Humanidade no Brasil (2000) e com maior profundi-
dade em Patrimônio colonial latino-americano (2018), em que
APRESENTAÇÃO 9
apresentei as mais importantes edificações das ordens religiosas – agostinianos,
franciscanos, dominicanos, incluindo as jesuíticas de toda a América Latina.
As longas viagens de pesquisa pela América Latina começaram nos anos 1980 do
século modernista – Bolívia, Peru e México inicialmente – e foram acrescidas por
outras e ainda por palestras no Paraguai e na Colômbia. No México, palestras em
simpósio em Tepotzotlán sobre o legado deixado quando da expulsão dos jesuítas
nas Américas me levaram à certeza de um panorama mais amplo sobre as expres-
sões artísticas dos inacianos nas Américas. Em 2018 fui convidado para falar em
dois simpósios internacionais: em Salamanca, Espanha, apresentei pesquisa sobre
a arte das missões de Chiquitos na Bolívia; no mesmo ano, em Roma, no simpósio
internacional A la luz de Roma, analisei pinturas Vita Ignatii, obra do grande pintor
Cristóbal de Villalpando, atividades que selaram meu ciclo sobre a arte dos jesuítas.
Percival Tirapeli