Manual Do Encerramento de Contas
Manual Do Encerramento de Contas
Manual Do Encerramento de Contas
DE ENCERRAMENTO
DO EXERCÍCIO
ESTÁGIO EM AMBIENTE CONTROLADO
Encerramento do Exercício
Índice
1. Introdução: ................................................................................................................................................ 3
3. Bibliografia ..............................................................................................................................................53
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Encerramento do Exercício
1. Introdução:
Este curso tem como objetivo geral dotar os formandos de competências na área da
contabilidade:
- Pretende-se que o aluno apreenda as noções básicas de contabilidade e entenda a lógica
subjacente aos seus princípios.
- Pretende-se que o aluno conheça os principais conceitos no âmbito da contabilidade e,
consequentemente saiba analisar documentos e efectuar operações contabilísticas.
Especificamente pretende-se dotar o aluno de ferramentas que lhe permitam:
Conhecer as obrigações em matéria de contabilidade
Apreender a linguagem contabilística
Saber apresentar e analisar as principais rubricas do Balanço
Sabes efectuar os principais lançamentos contabilísticos de operações correntes e
de lançamento do período da empresa.
Saber ler uma Conta de Resultados e um Balanço em Contabilidade Geral da
Empresa
Não sendo um manual exaustivo do tema, pretende-se que a sua leitura complemente os
conceitos dados nas aulas.
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Reconciliação Bancária:
Denomina-se Reconciliação Bancária à conferência da conta de Depósitos à Ordem. Esta
conferência é feita pela comparação entre o extracto da contabilidade da empresa e o extracto da
conta que o banco envia aos seus depositantes, através do saldo reconciliado.
Isto é feito simulando o registo da operação, onde ela ainda não foi registada e regista-se da
forma como deverá ser depois de tudo lançado.
Temos de seguida o exemplo:
No Banco Na Empresa
Descrição D C D C
Saldo em ___/___/___ 1.122.295 Akz 638.461 Akz
Operações em transito:
* N/Cheque
284.315 Akz 249.399 Akz 4.988 Akz
* Pag. Clientes
* Cobranças de Serviços
TOTAIS 284.315 Akz 1.122.295 Akz 887.860 Akz 4.988 Akz
Saldo Reconciliado 837.980 Akz 837.980 Akz
TOTAIS 1.122.295 Akz 1.122.295 Akz 887.860 Akz 887.860 Akz
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Acréscimos e Diferimentos:
Acréscimos e Diferimentos são operações de registo e contabilização com um único objectivo:
Permitir o registo dos custos e dos proveitos nos exercícios a que respeitam,
independentemente dos respectivos recebimentos ou pagamentos.
Para melhor se compreender o funcionamento destas operações convém ter atenção aos
seguintes conceitos que, no nosso dia-a-dia se confundem, mas que são bastante úteis:
Despesas: são obrigações de carácter financeiro, ou seja, aquisições de bens e serviços
independentemente do seu pagamento ou consumo;
Gastos: são consumos e utilizações de bens e serviços, independentemente da sua
aquisição;
Receitas: são direitos de carácter financeiro, ou seja, vendas de bens e prestação de
serviços independentemente do seu recebimento ou da sua formação;
Rendimentos: correspondem à produção de bens ou serviços, independentemente da sua
venda.
Deste modo, as operações de acréscimos e diferimentos servir-nos-ão para atribuir a cada
exercício económico os respectivos consumos e utilizações de bens e serviços (gastos) e as
correspondentes produções de bens e serviços (rendimentos), independentemente da sua
aquisição / venda / e /ou do seu pagamento / recebimento, respectivamente.
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Exemplo:
Certa empresa detém obrigações de outra, que vencem juros semestrais em 31/01 e em 31/07 de
cada ano. Se considerarmos que em 31/01/n+1 a empresa ia receber juros semestrais de 60.000
akz.
Movimentação:
Aquando da contabilização dos juros vencidos e não recebidos em 31/12/n: (5 meses a 10.000akz
por mês):
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Exemplo:
Em 2 de Janeiro de n foram pagas as rendas antecipadas para o primeiro semestre do ano n,
totalizando 600.000akz. NOTA: para simplificação foi excluído o imposto predial urbano
Movimentação:
Aquando do pagamento das rendas (e respectiva contabilização do custo do primeiro mês):
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Mensalmente, contabilização proporcional do valor inicialmente pago como custo – 1/6 do valor,
ou seja 100.000akz por cada mês:
Exemplo:
Em Fevereiro/ n+1, foi paga a despesa do telefone no valor de 26.179 akz, relativa ao mês de
Dezembro/n.
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Movimentação:
Aquando do registo do gasto relativo ao exercício, em 31/12/n:
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Exemplo:
Em Dezembro de n, foi recebido o montante de 500.000akz, respeitante à renda de um imóvel
que a empresa tem arrendado a um cliente. O valor corresponde aos primeiros 5 meses do ano
n+1 (Janeiro a Maio). NOTA: para simplificação foi excluído o imposto predial urbano.
Movimentação:
Aquando do recebimento da renda, em Dezembro do ano n:
Amortizações
Como se sabe, os imobilizados corpóreos e incorpóreos estão sujeitos a perder valor devido a
vários factores. A esta perda sofrida por estes Activos dá-se o nome de depreciação, depreciação
essa que pode ter como causa os seguintes factores:
Ordem Física: são devidos quer ao desgaste funcional do bem, quer à sua depreciação
espontânea, provocada por corrosão ou inundações.
Ordem Económica: são devidos quer ao processo tecnológico que fazem com que esses
bens se tornem obsoletos, quer às modificações das preferências dos consumidores.
Para nos referirmos um activo mais correcto a nível contabilístico iremos usar a designação de
Depreciação/Amortização ou Reintegração quando nos referirmos à depreciação sofrida pelos
nossos imobilizados corpóreos e incorpóreos.
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Ao adquirirmos um activo, ele vai ser utilizado pela empresa durante vários exercícios. Deste
modo o seu valor de aquisição não será considerado como custo de um só exercício, o que
acontece, é que à medida que este imobilizado se vai depreciando, essa perda do seu valor
deverá ser tida como um custo de exploração desse exercício e ser por isso registado
contabilisticamente.
A depreciação/amortização deve pois mostrar de exercício para exercício qual foi a verdadeira
depreciação sofrida pelos activos tangíveis e intangíveis.
Para se proceder ao cálculo correcto dessas depreciações/amortizações, as administrações fiscais
estabeleceram regras para facilitar o seu apuramento, evitando assim que certas empresas
optassem por proceder a depreciações/amortizações muito elevadas nos primeiros anos, com o
intuito de assim obterem resultados baixos nesses anos e por conseguinte pagarem menos
impostos.
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Exemplo:
Suponha que uma empresa comprou um computador por 150.000akz em Janeiro de 2015. Prevê-
se que a sua vida útil seja de 4 anos, e que o valor residual do bem seja de 15.000akz
A sua resolução será:
1) Pelo critério das quotas constantes:
Preço de aquisição: 150.000akz
Valor Residual: 15.000akz
Vida útil: 4 anos
Quota = (150.000akz-15.000)/4 = 33.750akz
O respectivo quadro de amortizações:
Depreciações/ Taxa
Base de Cálculo Quota de Valor
Anos Amortizações Depreciação/
(Vo-Vr) Depreciação/Amortização Contabilístico
Acumuladas Amortização
2015 135.000 x 4/10 = 54.000 54 000,00 96 000,00 40%
2016 135.000 x 3/10 = 40.500 94 500,00 55 500,00 30%
135.000
2017 135.000 x 2/10 = 27.000 121 500,00 28 500,00 20%
2018 135.000 x 1/10 = 13.500 135 000,00 15 000,00 10%
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Contabilização:
As depreciações/amortizações contabilizam-se sempre da mesma forma:
Aquisição do bem:
Pela amortização/depreciação:
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Algumas destas tarefas, de acordo com os princípios contabilísticos, são realizadas mensalmente.
São elas:
Amortizações
Acréscimos e diferimentos
Outras operações fazem-se apenas uma vez por ano, na altura de encerrar o exercício económico:
Inventário físico
Créditos Incobráveis
Provisões
Inventário anual
Para que o valor contabilístico das contas coincida com o valor real dos bens, direitos e
obrigações, é necessário proceder a inventário geral. Na prática, o inventário geral é formado por
vários inventários parciais – inventário das Disponibilidades, dos Débitos, dos Créditos, das
Existências, das Imobilizações, entre outros.
Diferenças desfavoráveis
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Diferenças Favoráveis
Provisões:
As provisões têm por objecto reconhecer as responsabilidades cuja natureza esteja claramente
definida e que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao
seu valor ou data de ocorrência.
O montante das provisões não pode ultrapassar as necessidades. As provisões não podem ter por
objecto corrigir os valores dos elementos activos. Representam estimativas de perda em activos.
Esses eventos, embora já tenham seu fato gerador contábil ocorrido, não podem ser medidos
com exactidão e têm portanto carácter estimativo.
Exemplo:
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A 31 de Dezembro de 2014, o saldo em dívida do cliente Ingombotas, Lda era de 50.000akz. Sabe-
se que nesta data, esta entidade encontra-se em processo de falência apesar do tribunal ainda
não a ter declarado. Como proceder?
Dado haver processo de falência, ainda que não terminado, é de avaliar a necessidade de
constituir uma provisão pois há probabilidade da dívida se tornar incobrável. Por esta
possibilidade o plano geral de contabilidade permite que a divida seja reconhecida como de
Cobrança duvidosa e que respectiva provisão seja constituída.
Movimentação:
1) Transformação da dívida em cobrança duvidosa:
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Amortizações /Depreciações
Como vimos anteriormente, é necessário em cada exercício económico determinar o valor do
desgaste dos activos.
Para determinarem o valor das amortizações do exercício, as empresas utilizam o mapa que faz
parte do processo fiscal.
Nota: As empresas não são obrigadas a fazer depreciações/amortizações; no entanto, devem
fazê-las para seu próprio benefício, pois as depreciações/amortizações aumentam os custos e,
consequentemente, diminuem os lucros tributáveis.
Apuramento de resultados:
Consiste em confrontar toda a actividade gerada durante o ano contabilístico: receitas geradas
com os encargos suportados para gerar essas mesmas receitas e tirar um resultado que poderá
ser favorável ou desfavorável.
Contabilisticamente consiste em saldar todas as contas da classes 6 e 7 e transferir esses valores
para contas da classe 8.
O processo de contabilização consiste em ir saldando as contas para contas de transporte que
funcionam de aglomerantes de outras contas, esses valores vão sendo transferidos até o saldo
final ficar na conta 88 – Resultados Líquidos.
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Esquema de contabilização:
Tendo todas as contas 6X e 7X com saldos nulos, as contas 82X, 83X, 84X e x6X com saldos nulos e
estando os saldos nas contas 881, 882, 883, 884 e 886, procede-se ao apuramento do Imposto
Industrial para efeitos de apuramento de resultados. Note-se que este não será o imposto
industrial real a pagar pois, ao preencher a declaração Modelo 1 serão efectuadas algumas
correcções. Trata-se, portanto de uma estimativa do imposto industrial que será o ponto de
partida para o cálculo do imposto real a pagar.
Esta estimativa é calculada em duas tranches: Imposto sobre os resultados correntes e imposto
sobre os resultados extraordinários. Em qualquer uma das tranches o montante de imposto
calcula-se aplicando-se a taxa de imposto industrial (30%) à soma dos saldos das contas
mencionadas. Assim tem-se que:
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NOTA: Quando o Resultado extraordinário apresentar um saldo devedor (ou seja, um prejuízo),
não se calcula o respectivo imposto e o valor negativo deverá ser subtraído ao resultado corrente
para efeitos de cálculo do imposto industrial sobre resultados correntes.
Tendo o imposto industrial estimado e correctamente contabilizado nas contas 88.5 e 887, o
movimento final de apuramento de resultados será a transferência para a conta 88.9 - Resultado
Líquido – Transferência para Resultados Transitados
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MUITO IMPORTANTE
Quando se efectua o apuramento no PRIMAVERA ERP ou outro software
qualquer, devemos repartir os passos do apuramento pelos diferentes períodos contabilísticos de
fecho:
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RELATO FINANCEIRO
Nasce da necessidade de divulgação da informação financeira ao exterior. Os registos
contabilísticos são internos e pouca aplicação prática teriam ao ser apresentados sob forma de
lista aos interessados. Nesse sentido é necessário elaborar relatórios que contenham a
informação organizada de forma a ser útil e facilmente interpretada por todos.
Código Comercial – obrigação de registos contabilísticos e prestação de contas
Decreto Nº82/2001 de 16 de Novembro – aprova PGC e obriga as sociedades comerciais e
empresas públicas que exerçam actividade em Angola ou no estrangeiro, estando sediadas em
Angola a aplica-lo.
O PGC tem regras específicas de relato financeiro.
Quando por algum motivo não se consegue aplicar o PGC a algum evento, deve-se recorrer
às normas internacionais:
IFRS
IAS
De acordo com a legislação, as empresas devem apresentar, no final de cada exercício económico,
um documento intitulado “RELATÓRIO E CONTAS”, que possui a seguinte estrutura:
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Demonstrações Financeiras:
Relatórios resultantes da contabilidade da empresa, que possibilitam a sua análise
económico-financeira. Possuem obrigatoriedade legal. As Demonstrações Financeiras obrigatórias
segundo o PGC são:
Balanço
Demonstração de Resultados por natureza (em alternativa pode ser elaborada a
Demonstração de Resultados por funções)
Demonstração dos Fluxos de caixa pelo método directo (actualmente suspensa esta
obrigatoriedade)
Notas às Contas
O Balanço:
Requisitos necessários do Balanço:
Indicação da empresa a que se refere
Data a que se refere
Moeda e grau de grandeza
Apresentação dos activos pelo valor líquido das amortizações e provisões
Apresentar as rubricas que o compõem pela ordem exigida pelas Normas
Contabilísticas
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A Demonstração de Resultados:
Requisitos necessários da Demonstração de Resultados por Natureza:
Indicação da empresa a que se refere
Data a que se refere
Moeda e grau de grandeza
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Encerramento do Exercício
anterior)
- 54 Prestações suplementares (próprio ano)
[Considerar as contas 51 e 54 apenas
quando a diferença entre o ano e o ano
anterior for negativa]
3.6 Compras de acções ou + 52 Acções/Quotas Próprias (próprio ano)
quotas próprias - 52 Acções/Quotas Próprias (ano anterior)
[Considerar a conta 52 apenas quando a
diferença entre o ano e o ano anterior for
positiva]
3.7 Dividendos ou Lucros + 89 Dividendos antecipados
Pagos + 35.1.N.2 (próprio ano)
- 35.1.N.2 (ano anterior)
+ 35.1.N.3 (ano anterior)
- 35.1.N.3 (próprio ano)
3.8 Empréstimos obtidos + 33 Empréstimos (ano anterior)
- 33 Empréstimos (próprio ano)
[Considerar as contas 33 apenas quando a
diferença entre o ano e o ano anterior for
negativa]
3.9 Amortização contratos + 33 Empréstimos (ano anterior)
locação financeira - 33 Empréstimos (próprio ano)
[Considerar as contas 33 que se referem a
locações e apenas quando a diferença entre
o ano e o ano anterior for negativa]
3.10 Juros e custos similares + 76.1 Juros
pagos + 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (próprio
ano)
- 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (ano
anterior)
+ 37.5 – Encargos a Pagar (ano anterior)
- 37.5 – Encargos a Pagar (próprio ano)
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Elaborar a Demonstração de Fluxos de Caixa pelo método indirecto a partir dos balancetes
de apuramento e do Balancete retificado:
A Demonstração de Fluxos de Caixa pelo Método Indirecto varia, em relação ao Método
Directo apenas na rúbrica Fluxos de Caixa das Actividades Operacionais. Os restantes fluxos
(Actividades de Investimento e Financiamento) mantém-se iguais. Seguidamente segue-se a
elaboração dos Fluxos de Caixa Operacionais pelo Método Indirecto:
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Encerramento do Exercício
- 88.3
Subtrair saldo credor e somar saldo devedor
1.7 Resultados Extraordinários - 88.6
Subtrair saldo credor e somar saldo devedor
1.8 Aumento de Existências + Contas 2 (próprio ano)
- Contas 2 (ano anterior)
Quando a diferença é positiva
1.9 Diminuição de Existências + Contas 2 (próprio ano)
- Contas 2 (ano anterior)
Quando a diferença é negativa
1.10 Aumento dividas de 3ºs + contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
Operacionais saldos devedores (próprio ano)
- contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
saldos devedores (ano anterior)
Quando a diferença é positiva
1.11 Diminuição dividas de + contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
3ºs Operacionais saldos devedores (próprio ano)
- contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
saldos devedores (ano anterior)
Quando a diferença é negativa
1.12 Aumentos outros activos + Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos
operacionais devedores (próprio ano)
- Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos
devedores (ano anterior)
Só rúbricas que respeitam à actividade
operacional e quando a diferença é positiva
1.13 Diminuição outros + Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos
activos operacionais devedores (próprio ano)
- Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos
devedores (ano anterior)
Só rúbricas que respeitam à actividade
operacional e quando a diferença é negativa
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Encerramento do Exercício
Notas às contas:
Conjunto de divulgações, descrições narrativas, detalhes de quantias destinadas a fornecer
informação adicional, que seja relevante às necessidades dos utentes.
Assuntos:
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Encerramento do Exercício
INTRODUÇÃO
1 - Actividade:
Fazer uma breve descrição das actividades da empresa
Semelhante à descrição das actividades feita no Relatório de Gestão, contudo, pode
ser mais resumida.
2 - Políticas contabilísticas adoptadas na preparação das Demonstrações Financeiras
2.1 - Bases de apresentação das demonstrações financeiras
2.2 - Bases de valorimetria adoptadas na preparação das demonstrações
financeiras:
Base de valorimetria global
Taxas de câmbio
2.2.1 - Critérios de Reconhecimento e Bases de valorimetria específicas
Indicar, por rúbrica os critérios de reconhecimento e as bases de
valorimetria específicas
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos em subsidiárias e associadas
Outros activos financeiros
Existências
Contas a receber
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Encerramento do Exercício
Disponibilidades
Outros activos correntes
Provisões para outros riscos e encargos
Outros passivos correntes
Vendas
Prestações de Serviços
Royalties
Subsídios
Juros
Erros fundamentais
Impostos sobre lucros
3 - Alterações nas políticas contabilísticas
Indicar se as políticas contabilísticas adoptadas foram alteradas em relação às que
haviam sido seguidas em relação ao exercício precedente:
Se sim indicar
Razões que determinaram a alteração
Critério utilizado para reconhecimento dos efeitos das alterações
4 a 21 – Notas ao Balanço
22 a 35 – Notas à Demonstração de Resultados por natureza
Quando substituída pela Demonstração de Resultados por funções as notas 22 a 31
deverão ser ajustadas a essa realidade de forma que:
A composição de uma quantia numa linha possa ser verificada numa nota ou
conjunto de notas
Haja coerência
Não haja diminuição no conteúdo das divulgações previstas para quando a DR
preparada é a por natureza
Outras notas relacionadas com a posição financeira e os resultados das operações
36 - Responsabilidades assumidas e não reflectidas no Balanço
37 – Contingências
Natureza das contingências
Factores incertos que possam afectar o desfecho futuro
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Encerramento do Exercício
Estimativa do efeito financeiro, ou uma declaração de que tal estimativa não pode
ser feita.
38 - Acontecimentos ocorridos após a data do Balanço:
Natureza dos eventos
Estimativa do efeito financeiro, ou uma declaração de que tal estimativa não pode
ser feita.
39 - Auxílio do governo e outras entidades
Natureza do auxílio de que a empresa tenha beneficiado directamente
40 - Transacções com entidades relacionadas
Relacionamento em que exista controlo, independentemente de ter havido ou não
transacções.
Se tiver havido transacções:
Natureza do relacionamento existente
Tipos de transacções realizadas
Políticas de determinação dos preços
Quantia das transacções realizadas
41 - Informações exigidas por diplomas legais
Indicar informações exigidas por diplomas legais
42 - Outras Informações
Consideradas necessárias para cumprir as características de relevância e fiabilidade
que a informação financeira deve ter.
43 – Políticas adoptadas
Política adoptada na determinação dos componentes de caixa e seus equivalentes.
O relatório de gestão
Lei das Sociedades Comerciais – Lei Nº1/04 de 13 de Fevereiro – capítulo VI.
Artigo 70º - obrigatoriedade de relatar a gestão e apresentar contas
Artigo 71º - composição do relatório de gestão
Segundo do Código das Sociedades Comerciais, “o relatório de gestão deve conter, pelo
menos, uma exposição fiel e clara sobre a evolução dos negócios e sobre a situação da
sociedade.”
Deve em especial, indicar:
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Encerramento do Exercício
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Encerramento do Exercício
principais clientes), localização da sede, filiais e lojas, Tipo de vendas (a grosso, retalho, ao
cliente final, etc), mercados em que actua (nacional ou estrangeiro), Tipo de fornecedores
(estrangeiros, nacionais, pequeno artesanato local, etc), etc...
Pode ser interessante indicar principais clientes, fornecedores e sócios (por exemplo se
tiver um cliente importante pode ser pertinente indicá-lo).
Acima de tudo, importa que quem ler o relatório fique com uma noção bem clara do tipo
de empresa que se trata.
Acontecimentos relevantes:
Acontecimentos que tenham ocorrido durante o exercício económico e que tenham tido
impacto material relevante nos resultados da empresa.
Acontecimentos que tenham ocorrido durante o exercício económico e que possam ter
impacto no futuro.
Exemplo: sinistro, assinatura de contrato importante, alterações na legislação que
possam ter impacto, etc
Acontecimentos após a data de relato que tenham interesse relevante.
Análise Económico-Financeira:
Indicadores primários (devem constar no início de cada relatório de análise económico-
financeira:
Investimento – Montante total de Activos da Empresa
Financiamento – Montante de Capital Próprio e montante de Passivo (em análise
financeira refere-se ao Passivo como Capital Alheio)
Volume de Negócios – Total de Proveitos Operacionais (Vendas + Prestações de
Serviços + Outros Proveitos Operacionais)
Resultado Líquido
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Encerramento do Exercício
Rácio de Endividamento:
Mede a percentagem de dívida dentro da estrutura de financiamento da empresa. Em termos de
risco para a empresa, quanto menor for o endividamento, melhor. No entanto, se a empresa (ou
os seus proprietários) tiverem a possibilidade de realizar investimentos a taxas superiores àquelas
que pagam pelo endividamento é preferível contrair dívida pois maximizará o lucro da empresa.
Ou seja, o grau óptimo de endividamento de uma empresa está directamente relacionado com o
custo de oportunidade dos capitais investidos.
Composição do Endividamento:
Indica a relação entre as dívidas de curto prazo e as dívidas totais.
Quanto menor, melhor, pois significa que o pagamento da dívida ocorre em prazos mais longos.
Os financiamentos de longo prazo tendem a ter um custo menor do que os de curto prazo.
Liquidez Geral:
Indica a situação financeira de uma empresa, ou seja, a sua capacidade pagar as dívidas.
Indica quanto a empresa possui no activo circulante para cada u.m. de dívida no passivo
circulante.
Quanto maior, melhor. O circulante também é chamado de corrente.
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Encerramento do Exercício
Liquidez Reduzida:
Quanto a empresa possui em seus activos mais líquidos – disponibilidades, aplicações financeiras
e valores a receber de clientes - para cada u.m. de dívida no passivo circulante
Indica a capacidade da empresa pagar as suas dívidas de curto prazo, recorrendo à caixa, bancos e
dívidas de clientes.
Quanto maior, melhor.
Liquidez Imediata:
Quanto a empresa possui nas suas disponibilidades – caixa e bancos - para cada u.m. de dívida no
passivo circulante
Indica a capacidade da empresa pagar as suas obrigações de curto prazo, recorrendo apenas ao
dinheiro disponível.
Quanto maior, melhor.
Solvabilidade:
Quantas vezes o valor do capital de uma empresa cobre o valor que a empresa deve a terceiros
Indica o grau de solvência da empresa.
Quanto maior, melhor.
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Payout Ratio:
Corresponde á taxa de distribuição de dividendos
Importante pois dá-nos a expectativa de crescimento da empresa.
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Indicadores de Tesouraria:
Obs: o prazo está em meses, para obter o prazo em dias, substituir 12 por 365:
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O ideal será que o fundo de maneio (FM) existente seja igual ao valor da necessidade (NFM).
Assim existe a garantia de cobrimento das dívidas quando necessário e não se cria um excedente
necessário.
Em caso de haver excedente de tesouraria a empresa deverá procurar efectuar aplicações com
esse valor
Em caso de tesouraria deficitária (TL negativa), a empresa necessita de arranjar fundos,
recorrendo por exemplo à banca, empréstimos de sócios, etc… Caberá à equipa financeira decidir
a forma com melhor relação custo-risco
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Proposta de aumento por entradas de valores dos sócios, que possibilitem manter
o Capital Próprio em, pelo menos, 2/3 (dois terços - cerca de 67%) do valor do
Capital Social.
Resultados Positivos:
Quando o resultado líquido é positivo pode haver várias opções:
Transferir para Resultados Transitados
Constituição de Reservas
Distribuição de Dividendos
Resultados Positivos quando existem Resultados Transitados Negativos:
Se o resultado líquido for positivo, contudo a rúbrica de Resultados Transitados
apresentar valores negativos (existência de prejuízos de anos anteriores), a
proposta de aplicação deve incluir a cobertura desse prejuízo, ou seja, parte (ou
todo) o Resultado Líquido deve ser transferido para Resultados Transitados até
que esta rúbrica apresente valor nulo (zero).
Resultados Positivos quando não existam Resultados Transitados Negativos:
Se o resultado líquido for positivo e não existirem prejuízos para cobrir, a
proposta deve ser:
Pelo menos 5% dos Resultados Líquidos serem transferidos para uma
rúbrica denominada Reserva Legal (LSC artº327º) 240º.
Esta reserva deverá ir sendo aumentada pela incorporação de lucros até
atingir o limite mínimo de 20% do Capital Social (LSC artº328º).
A parte dos resultados líquidos que não for incorporada em reserva legal
pode ser incorporada em Reservas Livres, caso a empresa ainda esteja em
fase de crescimento, investimento ou expansão ou se por algum motivo
houver expectativas de crise económica.
A parte dos resultados líquidos que não for incorporada em Reserva Legal
pode ser distribuída sob a forma de dividendos se a empresa já estiver em
fase de maturidade e não estiver a fazer investimentos de expansão nem
houver indícios de crise económica.
ATENÇÃO: empresas no início de vida, mesmo que tenham lucros
significativos NÃO DEVEM fazer distribuição de dividendos.
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Perspectivas Futuras:
Previsões para negócios, indicadores financeiros, etc da empresa.
Objectivos a atingir no próximo ano (e seguintes) e como a administração/gestão se
propõe a atingi-los
Considerações Finais:
Fazer uma breve conclusão ao relatório
Perspectivas futuras
Agradecimentos
3. Bibliografia
“Plano geral de contabilidade angolano explicado”, Rui M.P. Almeida, Sabino José
Miranda e outros, ATF Edições Técnicas, 2014
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