Codigo de Postura de Lambari

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Prefeitura Municipal de Lambari

Rua Tiradentes, 165 – Cep.: 37.480-000 – Estado de Minas Gerais

LEI MUNICIPAL N°. 439, DE ABRIL DE 1970

Institui o Código de Postura do Município de Lambari e dá outras providências.


A Câmara Municipal de Lambari decretou e eu sanciono a seguinte lei:

TÍTULO I

Disposições Gerais

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 1°. - Este Código contém as medidas de polícia administrativa a cargo do


Município em matéria de higiene, ordem pública e funcionamento de estabelecimentos
comerciais e industriais, instituindo as necessárias relações entre o poder público local e
os munícipes.

Art. 2°. - Ao Prefeito e, em geral, aos funcionários municipais incumbe velar pela
observância dos preceitos deste código.

CAPÍTULO II
Das Infrações e das Penas

Art. 3°.- Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições deste
Código ou de outras leis, decretos, resoluções ou atos baixados pelo Governo Municipal
no uso de seu poder de polícia.

Art. 4°. - Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger
ou auxiliar alguém a praticar infração e, ainda, os encarregados da execução das leis que,
tendo conhecimento da infração, deixarem de autuar o infrator.

Art. 5°. - A pena, além de impor a obrigação de fazer ou desfazer, será pecuniária
e consistirá em multa, observados os limites máximos estabelecidos neste Código.
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Art. 6°. - A penalidade pecuniária será judicialmente executada se, imposta de


forma regular pelos meios hábeis, o infrator se recusar a satisfazê-la no prazo legal.
§ 1°. - A multa não paga no prazo regulamentar será inscrita em Dívida Ativa.

§ 2°. - Os infratores que estiverem em débito de multa não poderão receber


quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de concorrência,
coleta ou tomada de preços, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou
transacionar a qualquer título com a administração municipal.

Art. 7°. - As multas serão impostas em grau mínimo, médio ou máximo.

§ ÚNICO – Na imposição da multa, e para graduá-la, Ter-se-á em vista:


I - a maior ou menor gravidade da infração;
II - as suas circunstâncias atenuantes ou agravantes;
III – os antecedentes do infrator com relação às disposições deste Código.

Art. 8°. - Nas reincidências as multas serão cominadas em dobro.

Art. 9°.- As penalidades a que se refere este Código não isentam o infrator da
obrigação de reparar o dano resultante da infração na forma do artigo159 do Código
Civil.

§ ÚNICO – Aplicada à multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimento de


existência que a houver determinado.

Art. 10°. - Nos casos de apreensão, a coisa apreendida será recolhida ao depósito
da Prefeitura; quando a isto não se prestar à coisa ou quando a apreensão se realizar fora
da cidade, poderá ser depositado em mãos de terceiros, ou do próprio detentor, se
idôneo, observadas as formalidades legais.

§ ÚNICO - A devolução da coisa apreendida só se fará depois de pagas às multas


que tiverem sido aplicadas e de indenizadas a Prefeitura das despesas que tiverem sido
feitas com a apreensão, o transporte e o depósito.

Art. 11 - No caso de não ser retirado ou reclamado dentro de 60 ( sessenta ) dias,


o material apreendido será vendido em hasta pública pela Prefeitura, sendo aplicada à
importância apurada na indenização das multas e despesas de que trata o artigo anterior e
entregue qualquer saldo ao proprietário, mediante requerimento devidamente instruído e
processado.
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Art. 12 – Não são diretamente punidos na forma deste Código:

I – os incapazes na forma da lei;


II – os que forem coagidos a cometer a infração.

Art. 13 – Sempre que a infração for praticada por qualquer dos agentes a que se
refere o artigo anterior, a pena recairá:

I - sobre os pais, tutores ou pessoa sob cuja guarda estiver o menor:


II – sobre o curador ou pessoa sob cuja guarda estiver o louco:
III – sobre aquele que der causa à contravenção forçada.

CAPÍTULO III

Dos Autos de Infração

Art. 14 – Dará motivo à lavratura do auto de infração qualquer violação das


normas deste Código que for levada ao conhecimento do Prefeito, ou dos Chefes de
Serviços, por qualquer servidor municipal ou qualquer pessoa que a presenciar, devendo
a comunicação ser acompanhada de prova ou devidamente testemunhada.

§ ÚNICO – Recebendo tal comunicação, a autoridade competente ordenará,


sempre que couber, a lavratura do auto de infração.

Art. 15 – Ressalvada a hipótese do parágrafo único do artigo, são autoridades para


lavrar o auto de infração os fiscais, ou outros funcionários para isso designados pelo
Prefeito.

Art. 16 – É autoridade para confirmar os autos de infração a arbitrar multas, o


Prefeito ou seu substituto legal, este quando em exercício.

Art. 17 – Os autos de infração obedecerão a modelos especiais e conterão,


obrigatoriamente:

I – O dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;


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II – O nome de quem o lavrou, relatando-se com toda a clareza o fato constante da


infração e os pormenores que possam servir de atenuante ou de agravante à ação;
III – o nome do infrator, sua profissão, idade, estado civil e residência.
IV – a disposição infringida;
V – a assinatura de quem o lavrou, do infrator e de duas testemunhas capazes, se
houver.

Art. 18 – Recusando-se o infrator a assinar o auto, será tal recusa averbada no


mesmo pela autoridade que o lavrar.

CAPÍTULO IV

Do Processo de Execução

Art. 19 – O Prefeito Municipal designará um servidor da Prefeitura para servir de


escravidão no processo.

Art. 20 – A intimação ao infrator será feita diretamente por escrito, ou mediante


edital publicado na imprensa local ou afixado em lugar público, na sede do Município,
assentando-se a ocorrência no processo.

Art. 21 – O infrator terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa, devendo
fazê-la em requerimento dirigido ao Prefeito.

Art. 22 – Não sendo apresentada defesa no prazo estabelecido no artigo anterior,


será o infrator considerado revel, sendo o processo concluso ao Prefeito, para
julgamento.

§ ÚNICO – Se a decisão for contra o infrator, será este intimado ao recolhimento


da multa que lhe for imposto no prazo de 5 (cinco) dias, se residir na sede do Município,
e de 10 (dez) dias, se residir fora da sede, a contar da data do recebimento da intimação,
decorrido o prazo sem o pagamento, será a multa inscrita em Dívida Ativa, extraindo-se
certidão para se proceder a cobrança executiva.

Art. 23 – Quando a pena determinar a obrigação de fazer ou desfazer qualquer


obra ou serviço. Será fixado ao infrator o prazo de 5 (cinco) dias, para o início do seu
cumprimento, é o prazo razoável para a sua conclusão.
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§ ÚNICO – Esgotado os prazos sem que haja o infrator cumprido a obrigação, a


Prefeitura providenciará a execução da obra ou serviço observados as formalidades
legais, cabendo ao infrator indenizar o custo da obra, acrescido de 20 % (vinte por cento)
a título de administração, prevalecendo para o pagamento o prazo e as condições do
artigo 22 e seu parágrafo.

TÍTULO II

Da Higiene Pública

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 24 – A fiscalização sanitária abrangerá especialmente a higiene e a limpeza


das vias públicas, das habitações particulares e coletivas, da alimentação, incluindo todos
os estabelecimentos onde se fabriquem ou vendam bebidas e produtos alimentícios, e dos
estábulos, cocheiras e pocilgas.

Art. 25 – Em cada inspeção em que for verificada irregularidade, apresentará o


funcionário competente um relatório circunstanciado, sugerindo medidas e solicitando
providências à bem da higiene pública.

§ ÚNICO – A Prefeitura tomará as providências cabíveis ao caso, quando o


mesmo for de alçada do Governo Municipal, ou remeterá cópia do relatório às
autoridades federais ou estaduais competentes, quando as providências necessárias forem
da alçada das mesmas.

CAPÍTULO II

Da Higiene das Vias Públicas

Art. 26 – O serviço de limpeza das ruas, praças e logradouros públicos será


executado diretamente pela Prefeitura ou por concessão.
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Art.27 – Os moradores são responsáveis pela limpeza do passeio e sarjeta


fronteiriços à sua residência.

§ 1°. - A lavagem e varredura do passeio e sarjeta deverão ser feitas em hora


conveniente e de pouco trânsito.

§ 2°. - É absolutamente proibido, em qualquer caso, varrer lixo ou detritos sólidos


de qualquer natureza para os ralos dos logradouros públicos.

Art. 28 – É proibido fazer varredura do interior dos prédios, dos terrenos e dos
veículos para a via pública, e bem assim despejar ou atirar papéis, anúncios, reclames ou
quaisquer detritos sobre o leito de logradouros públicos.

Art. 29 – A ninguém é lícito, sob qualquer pretexto, impedir ou dificultar o livre


escoamento das águas pelos canos, valas, sarjetas ou canais das vias públicas,
danificando ou obstruindo tais servidões.

Art. 30 – Para preservar de maneira geral a higiene pública fica terminantemente


proibido:

I – lavar roupas em chafarizes, fontes ou tanques situados nas vias públicas;


II – consentir o escoamento de águas servidas das residências para a rua;
III – conduzir, sem as precauções devidas, quaisquer materiais que possam
comprometer o asseio das vias públicas;
IV – queimar, mesmo nos próprios quintais, lixo ou quaisquer corpos em
quantidade capaz de molestar a vizinhança;
V – Aterrar vias públicas, com lixo, materiais velhos ou qualquer detritos;
VI – conduzir para a cidade, vilas ou povoações do Município, doentes portadores
de moléstias infecto-contagioso, salvo com as necessárias precauções de higiene e para
fins de tratamento..

Art. 31 – É proibido comprometer, por qualquer forma, a limpeza da Águas


destinadas ao consumo público ou particular.

Art. 32 – É expressamente proibida a instalação, dentro do perímetro da cidade e


povoações, de indústrias que pela natureza dos produtos, pelas matérias primas
utilizadas, pelos combustíveis empregados, ou por qualquer motivo possam prejudicar a
saúde pública.
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Art. 33 – Não é permitido, senão à distância de 500 (quinhentos) metros das ruas e
logradouros públicos, a instalação de estrumeiras, ou depósitos em grande quantidade, de
estrumo animal não beneficiado.

Art. 34 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa


correspondente ao valor de 3% (três por cento) a 10% (dez pó cento) do salário mínimo
vigente na região.

CAPÍTULO III

Da Higiene das Habitações

Art. 35 – As residências urbanas ou suburbanas deverão ser caiadas e pintadas de


5 em 5 anos, no mínimo, salvo exigências especiais das autoridades sanitárias.

Art. 36 – Os proprietários ou inquilinos são obrigados a conservar em perfeito


estado de asseio os seus quintais, pátios, prédios e terrenos.

§ ÚNICO – Não é permitido a existência de mato pantanoso ou servindo de


depósito de lixo dentro dos limites da cidade, vilas e povoados.

Art. 37 – Não é permitido conservar água estagnada nos quintais ou pátios dos
prédios situados na cidade, vilas ou povoados.

§ ÚNICO – As providências para o escoamento das águas estagnadas em terrenos


particulares competem aos respectivos proprietários.

Art. 38 – O lixo das habitações será recolhido em vasilhas apropriadas, providas


de tampas, para ser removido pelo serviço de limpeza pública.

§ ÚNICO – Não serão considerados como lixo os resíduos de fábrica e oficinas,


os restos de materiais de construção, os entulhos provenientes de demolições, as matérias
excrementícias e restos de forragem das cocheiras e estábulos, as palhas e outros
resíduos das casas comerciais, bem como terra, folhas e galhos dos jardins e quintais
particulares, os quais serão removidos à custa dos respectivos proprietários ou inquilinos.
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Art. 39 – As casas de apartamentos e prédios de habitação coletiva deverão ser


dotados de instalação incineradora e coletora de lixo, esta convenientemente disposta,
perfeitamente vedada s dotada de dispositivos para limpeza e lavagem.

Art. 40 – Nenhum prédio situado em via pública dotada de rede de águas e esgoto
poderá ser habitado sem que disponha dessas utilidades e seja provido de instalações
sanitárias.

§ 1°. - Os prédios de habitação coletiva terão abastecimento de água, banheiras e


privadas em número proporcional ao dos seus moradores.

§ 2°. - Não será permitida, nos prédios da cidade, das vilas e dos povoados,
providos de rede de abastecimento de água, a abertura de cisternas.

Art. 41 – As chaminés de quaisquer espécies de fogões de casas particulares, de


restaurantes, pensões, hotéis e de estabelecimentos comerciais e industriais de qualquer
natureza, terão altura suficiente para que a fumaça, a fuligem ou outros resíduos que
possam expedir não incomodem os vizinhos.

§ ÚNICO – Em casos especiais, a critério da Prefeitura, as chaminés poderão ser


substituídas por aparelhamento eficiente que produza idêntico efeito.

Art. 42 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa


correspondente ao valor de 3% (três por cento) a 10% (dez por cento) do salário mínimo
vigente na região.

CAPÍTULO IV

Da Higiene da Alimentação

Art. 43 – A prefeitura exercerá, em colaboração com as autoridades sanitárias do


Estado, severa fiscalização sobre a produção, o comércios e o consumo de gênero
alimentícios em geral.

§ ÚNICO – Para os efeitos deste Código, consideram-se gêneros alimentícios


todas as substâncias, sólidas ou líquidas, destinadas a ser ingeridas pelo homem,
excetuados os medicamentos.
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Art. 44 – Não será permitida a produção, exposição ou venda de gêneros


alimentícios deteriorados, falsificados, adulterados ou nocivos à saúde, os quais serão
apreendidos pelo funcionário encarregado da fiscalização e removidos para local
destinado à inutilização dos mesmos.

§ 1°. - A inutilização dos gêneros não eximirá a fábrica ou estabelecimento


comercial do pagamento das multas e demais penalidades que possam sofrer em virtude
da infração.

§ 2°. - A reincidência na prática das infrações previstas neste artigo determinará a


cassação da licença para o funcionamento da fábrica ou casa comercial.

Art. 45 – Nas quitandas e casas congêneres, além das disposições gerais


concernentes nos estabelecimentos de gênero alimentícios, deverão ser observadas as
seguintes:

I – o estabelecimento terá, para depósito de verduras que devam ser consumidas


sem cocção, recipientes ou dispositivos de superfície impermeável e à prova de moscas,
poeiras e quaisquer contaminações;
II – as frutas colocadas à venda serão colocadas sobre mesas ou estantes,
rigorosamente limpas e afastadas um metro no mínimo das ombreiras das portas
externas;

III – as gaiolas para aves serão de fundo móvel para facilitar a sua limpeza, que
será feita diariamente.

§ ÚNICO – É proibido utilizar-se para outro qualquer fim, dos depósitos de


hortaliças, legumes ou frutas.

Art. 46 – É proibido ter em depósito ou exposto à venda:

I – aves doentes;
II –frutas não sazonadas;
III – legumes, hortaliças, frutas ou ovos deteriorados.

Art. 47 – Toda a água que tenha de servir na manipulação ou preparo de gêneros


alimentícios, desde que não provenha do abastecimento público, deve ser
comprovadamente pura.
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Art. 48 – As fábricas de doces e de massas, as refinarias, padarias, confeitaria, e


os estabelecimentos congêneres deverão ter:

I – as paredes das salas de elaboração dos produtos, revestidas de azulejo, até a


altura de 2 (dois) metros e o piso revestido de ladrilhos ou cimento;
II – as salas de preparo dos produtos deverão ter as janelas e as aberturas teladas e
à prova de moscas.

Art. 49 – Não é permitido dar ao consumo carne fresca de bovinos, que não
tenham sido abatidos em matadouros sujeitos à fiscalização.

§ ÚNICO – A juízo da Administração, a fiscalização a que se refere este artigo


poderá se estender às carnes de suínos e caprinos.

Art. 50 – Os vendedores ambulantes, de alimentos preparados, não poderão


estacionar em locais em que seja fácil a contaminação dos produtos expostos à venda.

Art. 51 – A infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta a multa


correspondente ao valor de 3% (três por cento) a 10% (dez por cento) do salário mínimo
vigente na região.

CAPÍTULO V

Da Higiene dos Estabelecimentos

Art. 52 – Os hotéis, restaurantes, bares, cafés, botequins e estabelecimentos


congêneres deverão observar o seguinte:

I – a lavagem da louça e talheres deverá fazer-se em água corrente, não sendo


permitida, sob qualquer hipótese, a lavagem em baldes, tonéis ou vasilhames;
II – a higienização da louça e talheres deverá ser feita com água fervente;
III – é obrigatório o uso de esterelizadores;
IV – os guardanapos e toalhas serão de uso pessoal;
V – os açucareiros serão do tipo que permita a retirada do açúcar sem o
levantamento da tampa;
VI – a louça e os talheres deverão ser guardados em armários, ventilados e com
portas, não podendo ficar expostos às poeiras e às moscas, os referidos utensílios.

Art. 53 – Os estabelecimentos a que se refere o artigo anterior são obrigados a


manter seus empregados ou garçons limpos, convenientemente trajados, de preferência
uniformizados.
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Art. 54 – Nos salões de barbeiro e cabeleireiros é obrigatório o uso de


esterelizador e de toalhas e golas individuais.

§ ÚNICO – Os oficiais ou empregados usarão durante o trabalho, blusas brancas,


apropriadas, rigorosamente limpas.

Art. 55 – Nos hospitais, casas de saúde e maternidades, além das disposições


gerais deste Código, que lhes forem aplicáveis. É obrigatório:

I – a existência de uma lavanderia à água quente, com instalação completa de


desinfecção;
II – a existência de depósito apropriado, para roupa servida;
III – a instalação de necrotérios, de acordo com o artigo 56 deste Código;
IV – a instalação de uma cozinha com, no mínimo três poças, destinadas
respectivamente a depósito de gênero a preparo de comida e à distribuição de comida e
lavagem e esterilização de louças e utensílios, devendo todas as peças ter os pisos e
paredes revestidas de ladrilhos até a altura mínima de 2 (dois) metros.

Art. 56 - A instalação dos necrotérios e capelas mortuárias será feita em prédio


isolado, distante no mínimo de 50 metros das habitações vizinhas e situadas de maneira
que o seu interior não seja devassado ou descortinado.

Art. 57 – As cocheiras e estábulos existentes na cidade, vilas e povoados do


Município deverão, além da observância de outras disposições deste Código, que lhes
forem aplicadas, obedecer ao seguinte:

I – possuir muros divisórios, com 2,5 (dois e meio) metros de altura mínima,
separando-as dos terrenos limítrofes;
II –conservar a distância mínima de dois metros e meio entre a construção e a
divisa do lote;
III – possuir sarjetas de revestimentos impermeáveis para águas residuais e
sarjetas de contorno para as águas de chuvas;
IV –possuir depósitos para estrume, á prova de insetos e com a capacidade para
receber a produção de vinte e quatro horas, a qual deve ser diariamente removida para a
zona rural;
V – possuir depósito para forragens, isolado da parte destinada aos animais e
devidamente vedado aos ratos;
VI – manter completa separação entre os possíveis compartimentos para
empregados e a parte destinada aos animais;
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VII – obedecer a um recuo de pelo menos 10(dez) metros do alinhamento do


logradouro.

Art. 58 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa


correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) a 10% (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.

TÍTULO

Da Polícia de Costumes, Segurança e Ordem Pública

CAPÍTULO I

Da Moralidade e do Sossego Público

Art. 59 – é expressamente proibida as casas de comércio ou ambulantes, a


exposição ou venda de gravuras, livros, revistas ou jornais pornográficos ou obscenos.

§ ÚNICO – A reincidência na infração deste artigo determinará a cassação da


licença de funcionamento.

Art. 60 – Não serão permitidos banhos nos rios, córregos ou lagos, exceto nos
locais designados pela Prefeitura como próprios para banhos ou esportes náuticos.

§ ÚNICO – Os praticantes de esportes ou banhistas deverão trajar-se com roupas


apropriadas.

Art. 61 – Os proprietários de estabelecimentos em que vendam bebidas alcoólicas


serão responsáveis pela manutenção de ordem nos mesmos.

§ ÚNICO – As desordens, algazarras ou barulhos, porventura verificadas nos


referidos estabelecimentos, sujeitarão os proprietários à multa, podendo ser cassadas a
licença para seu funcionamento, nas reincidências.

Art. 62 – É expressamente proibido perturbar o sossego público com ruídos ou


sons excessivos, evitáveis, tais como:
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I – os de motores de explosão desprovidos de silenciosos ou com estes em mau


funcionamento;
II – os de buzinas, clarins, tímpanos, campainhas ou quaisquer outros aparelhos;
III – a propaganda realizada com alto falantes, bombos, tambores, cornetas etc.,
sem prévia autorização da Prefeitura;
IV – os produzidos por arma de fogo;
V – os de morteiros, bombas e demais fogos ruidosos;
VI – os de apitos ou silvos de sereia de fábrica, cinemas ou estabelecimentos
outros, por mais 30 segundos ou depois das 22 horas;
VII – os batuques, congados e outros e outros divertimentos congêneres, sem
licença das autoridades.

§ ÚNICO – Excetuam -se das proibições deste artigo:

I – os tímpanos, sinetas ou sirenes dos veículos de Assistência, Corpo de


Bombeiros e Polícia, quando em serviço;

II – os apitos dos rondas e guardas policiais.

Art. 63 – Na igreja, conventos, capelas, os sinos não poderão tocar antes das 5
(cinco) e depois das 22 (vinte e duas) horas, salvos os toques de rebates por ocasião de
incêndio ou imunizações, ou outros motivos que justifiquem plenamente os toques.

Art. 64 – É proibido executar qualquer trabalho ou serviço que produza ruído,


antes das 7 horas e depois das 23 horas, nas proximidades de hospitais, escolas. asilos,
casas de saúde e casas residenciais.

Art. 65 – As instalações elétricas só poderão funcionar quando tiverem


dispositivos capazes de eliminar, ou pelo menos reduzir ao mínimo, as correntes
parasitas, diretas ou induzidas,as oscilações de alta freqüência, chispas e ruídos
prejudiciais à rádio recepção.

§ ÚNICO – As máquinas e aparelhos que, a despeito da aplicação de dispositivos


especiais, não apresentam diminuição sensível das perturbações. Não poderão funcionar
aos domingos e feriados, nem a partir das 18 (dezoito) horas, nos dias úteis.

Art. 66 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta a multa


correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) a 10% (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.
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CAPÍTULO II
Dos Divertimentos Públicos

Art 67 – Divertimentos públicos, para efeito deste Código, são os que se realizam
nas vias públicas, ou em recintos fechados de livre acesso ao publico.

Art. 68 – Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem licença da


Prefeitura.

§ ÚNICO – O requerimento da licença para funcionamento de qualquer casa de


diversão será instruído com a prova de terem sido satisfeitas as exigências
regulamentares referentes à construção e a higiene do edifício, e procedida a vistoria
policial.

Art. 69 – Em todas as casas de diversões públicas será: observadas as seguintes


disposições, além das estabelecidas pelo Código de Obras:

I – tanto as salas de entrada como as de espetáculo serão mantidas higienicamente


limpas;
II – as portas e os corredores para o exterior serão amplos e conservar-se-ão
sempre livres de grades, móveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada
rápida do público em caso de emergência;
III – todas as portas de saída serão encimadas pela inscrição “ SAÍDA” , legível
à distância e luminosas de forma suave, quando se apagarem as luzes da sala;
IV – os aparelhos destinados à renovação do ar deverão ser conservados e
mantidos em perfeito funcionamento;
V- haverá instalações sanitárias independentes para homens e senhoras;
VI – serão tomadas todas as precauções necessárias para evitar incêndios, sendo
obrigatório a adoção de extintores de fogo em locais visíveis e de fácil acesso;
VII – possuirão bebedouro automático de água filtrada e escarradeira hidráulica
em perfeito estado de funcionamento;
VIII – durante os espetáculos deverão as portas conservar-se abertas, vedadas
apenas com reposteiros ou cortinas;
IX – deverão possuir material de pulverização de inseticidas;
X- o mobiliário será mantido em perfeito estado de conservação.
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§ ÚNICO – É proibido aos espectadores, sem distinção de sexo, assistir aos


espetáculos de chapéu à cabeça ou fumar no local das funções.

Art. 70 – Em todos os teatros, circos ou salas de espetáculos, serão conservados


quatro lugares, destinados às autoridades policiais e municipais, encarregadas da
fiscalização.

Art.71 – Nas casas de espetáculo de sessões consecutivas, que não tiverem


exaustores suficientes, deve entre a saída e a entrada dos espectadores, decorrer lapso de
tempo suficiente para o efeito de renovação do ar.

Art. 72 - Os programas anunciados serão executados integralmente, não podendo


os espetáculos iniciar-se em hora diversa da marcada.

§ 1°. - Em caso de modificação de programa ou de horário, o empresário


devolverá aos espectadores o preço integral da entrada.
§ 2°. - As disposições deste artigo aplicam-se inclusive às competições esportivas
para as quais se exijam o pagamento de entradas.

Art. 73 – Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos por preço superior ao
anunciado e em número excedente à lotação do teatro, cinema, circo ou sala de
espetáculos.

Art. 74 – Não serão fornecidas licenças para a realização de jogos ou diversões


ruidosas em locais compreendidas em área formada por meio de 100 metros, de
hospitais, casas de saúde ou maternidades.

Art. 75 – Para funcionamento de teatros, além das demais disposições aplicáveis


deste Código, deverão ser observadas as seguintes:

I – a parte destinada ao público, terá inteiramente separada da parte destinada aos


artistas, não havendo entre as duas, mais que as indispensáveis comunicações de serviço;
II – a parte destinada aos artistas deverá ter, quando possível ter, quando possível,
fácil e direta comunicação com as vias públicas, de maneira que assegure saída ou
entrada franca, sem dependência da parte destinada à permanência do público.

Art. 76 – Para funcionamento de cinemas serão ainda observadas as seguintes


disposições:

I – só poderão funcionar em pavimentos térreos;


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II –os aparelhos de projeção ficarão em cabines de fácil saída, construídas de


materiais incombustíveis;
III – no interior das cabines não poderá existir maior número de películas do que
as necessárias para as sessões de cada dia e ainda assim deverão elas estar depositadas
em recipiente especial, incombustível, hermeticamente fechado, que não seja aberto por
mais tempo que o indispensável ao serviço.

Art. 77 – A armação de circos de pano ou parques de diversões só poderá ser


permitida em certos locais, a juízo da Prefeitura.

§ 1°. - A autorização de funcionamentos dos estabelecimentos de que trata este


artigo não poderá ser por prazo superior a um mês.

§ 2°. - Ao conceder a autorização, poderá a Prefeitura estabelecer as restrições que


julgar convenientes, no sentido de assegurar a ordem e a moralidade dos divertimentos e
o sossego da vizinhança.

§ 3°.- A seu juízo, poderá a Prefeitura não renovar a autorização de um circo ou


parque de diversões, ou obriga-los a novas restrições ao conceder-lhes a renovação
pedida.

§ 4.° - Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser


franqueados ao público depois de vistoriados em todas as suas dependências.

Art. 78 – Para permitir armação de circos ou parques de diversões em logradouro


público, poderá a Prefeitura exigir, se o julgar conveniente, um depósito até o máximo
de três salários mínimos vigente na região, como garantia de despesas com a eventual
limpeza e recomposição do logradouro.

§ ÚNICO – O depósito será restituído integralmente se não houver necessidade de


limpeza especial ou reparos; em caso contrário, serão deduzidas do mesmo as despesas
feitas com tal serviço.

Art. 79 – Na localização de “ dancing” ou de estabelecimentos de diversões


noturnas, a Prefeitura terá sempre em vista o sossego e decoro da população.

Art. 80 – Os espetáculos, bailes ou festas de caráter público dependem, para


realizar-se, de prévia licença da Prefeitura.
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§ ÚNICO – Excetuam - se das disposições deste artigo as reuniões de qualquer


natureza, com convites ou entradas pagas, levadas a efeito por clubes ou entidades de
classe, em sua sede ou as realizadas em residências particulares.

Art. 81 – É expressamente proibido, durante os festejos carnavalescos, apresentar


- se com fantasias indecorosas, ou atirar água ou outras substâncias que possam molestar
os transeuntes ou os participantes dos festejos.

§ ÚNICO – Fora do período destinado aos festejos carnavalescos, a ninguém é


permitido apresentar-se mascarado ou fantasiado nas vias públicas, salvo com licença
especial das autoridades.

Art. 82 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa


correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) a 10% (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.

CAPÍTULO III
Dos locais de Culto

Art. 83 – As Igrejas, os templos e as casa de culto são locais tidos e havidos por
sagrados, e , por isso, devem ser repetidos, sendo proibido pixar suas paredes e muros,
ou neles pregar cartazes.

Art. 84 – Nas igrejas, templos ou casas de culto, os locais franqueados ao público


deverão ser conservados limpos, iluminados e arejados.

Art. 85 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta a multa


correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) e 10% (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.

CAPÍTULO IV

Do Trânsito Público
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Art. 86 – O trânsito, de acordo com as leis vigentes, é livre, e sua regulamentação


tem por objetivo manter a ordem, a segurança e o bem estar dos transeuntes e da
população em geral.

Art. 87 – É proibido embarcar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de


pedestres ou veículos nas ruas, praças, passeios, estradas e caminhos público, exceto
para efeito de obras públicas ou quando exigências policiais o determinarem.

§ ÚNICO – Sempre que houver necessidade de interromper o trânsito, deverá ser


colocado sinalização vermelha, claramente visível de dia, e luminosa à noite.

Art. 88 - Compreende-se na proibição do artigo anterior o depósito de quaisquer


materiais, inclusive de construção, nas vias públicas em geral.

§ 1°. - Tratando-se de matérias cuja descarga não possa ser feita diretamente no
interior de prédios, será tolerada a descarga e permanência na via pública, com mínimo
prejuízo ao trânsito, por tempo não superior a 3 (três) horas.

§ 2°. - Nos casos previstos no parágrafo anterior, os responsáveis pelos materiais


depositados na via pública deverão advertir os veículos, a distância convenientes, dos
prejuízos causados ao livre trânsito.

Art.89 – É expressamente nas ruas da cidade, vilas e povoados:

I – conduzir animais ou veículos em disparada;


II – conduzir animais bravios, ou para abate, sem a necessária precaução;
III – conduzir carros de boi sem guieiros;
IV - atirar à via pública ou logradouros públicos, corpos ou detritos que possam
incomodar os transeuntes;
V - domar animais ou fazer provas de equitação;
VI - conduzir ou conservar animais sobre os passeios;
VII – amarrar animais em postes, árvores, grades ou portas;
VIII – conduzir arrastos, madeira ou quaisquer outros materiais volumosos e
pesados;
IX – armar quiosques ou barraquinhas, sem licença da Prefeitura.

Art. 90 – É expressamente proibido danificar ou retirar sinais colocados nas vias,


estradas e caminhos públicos, para advertência de perigo ou impedimento de trânsito.
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Art. 91 – Assiste à Prefeitura o direito de impedir o trânsito de qualquer veículo


ou meio de transporte que possa ocasionar danos á via pública.

Art. 92 – É proibido embaraçar o trânsito ou molestar os pedestres por tais


exemplos como:

I – conduzir, pelos passeios, volumes de grandes portes;

II – conduzir pelo passeio, veículo de quaisquer espécies;


III – patinar, a não ser nos logradouros a isso destinado;
IV – depositar, nos passeios, caixotes, engradados e outros objetos que dificultam
o trânsito de pedestre.

§ ÚNICO – Excetuam - se aos dispostos no item II, deste artigo, carrinhos de


crianças ou de paralíticos e, em ruas de pequeno movimento, triciclos e bicicletas de uso
infantil.

Art. 93 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo; quando não prevista pena
no Código Nacional de Trânsito, será imposta multa correspondente ao valor de 3% (três
por cento) a 10% (dez por cento) do salário mínimo vigente na região.

CAPÍTULO V

Das Construções em Geral

Art. 94 – Os prédios ou construções de qualquer natureza que, por mau estado de


conservação ou defeito de execução, ameaçarem ruína, oferecendo perigo ao público,
serão reparados ou demolidos pelos proprietários, mediante intimação da Prefeitura.

§ 1°. - Será multado em 10% (dez por cento) do salário mínimo vigente o
proprietário que, dentro do prazo marcado na intimação, não fizer a demolição ou
reparação determinada.

§ 2°. - Não cumprindo a intimação, a Prefeitura interditará prédio ou construção se


o caso for de reparo, e até que seja realizado; se o caso for de demolição, a Prefeitura
procederá a esta mediante ação judicial.

§ 3°. - Em qualquer dos casos previstos no parágrafo precedente, as despesas que a


Prefeitura realizar correrão por conta do proprietário.
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Art. 95 – Nos prédios que estejam localizados fora do alinhamento do logradouro


e que, em virtude de execução do plano diretor, devam ser oportunamente
desapropriados, não serão permitidas reformas, modificações ou consertos que importem
em novos ônus na execução do referido plano, salvo as benfeitorias, na forma da lei.

§ ÚNICO – A proibição de que trata este artigo não estende à pintura dos prédios
nem a pequenos consertos na instalação de água, esgotos e eletricidade.

Art. 96 – O processo relativo à condenação do prédio ou construção, nos termos


do artigo 94, deverá observar as seguintes condições:

I – comunicação da Prefeitura ao proprietário de que o prédio vai ser vistoriado;

II – lavratura, após vistoria, de termo em que se declarará condenado o prédio, se


essa medida for julgada necessária; a vistoria poderá ser realizada, a juízo do Prefeito,
por um só perito, ou por uma comissão de três, da qual faça parte um indicado pelo
proprietário;

III – em seguida, expedição de notificação, mediante recibo, do proprietário


Recusando-se este a firmar o recibo, será feita declaração do ato, perante duas
testemunhas.

§ 1.° - Desta decisão poderá o proprietário interpor recuso dentro de vinte (20)
dias, a partir da intimação.

§ 2°. - No caso de interposição de recurso, será constituída uma comissão arbitral,


que julgará o caso, correndo as despesas, se as houver, por conta da parte vencida.

Art. 97 – Em caso de obra que, logo depois de concluída, ameaçar ruína, por
qualquer defeito de construção ou de ordem técnica; a Prefeitura representará ao órgão
competente para efeito de aplicação das penalidades cabíveis.

Art. 98 – Tudo que constituir perigo para os cidadãos ou a propriedade pública ou


particular será removido pelo seu proprietário ou responsável, dentro do prazo de dez
(dez) dias, contados da intimação da Prefeitura.

§ ÚNICO – Se o proprietário ou responsável não cumprir a intimação, será


multado em um (1) salário mínimo vigente na ocasião. Além de sujeitar-se às despesas
de remoção, feita pela Prefeitura.
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Art. 99 – No perímetro urbano da cidade, as construções obedecerão, no que


couber, às prescrições do Código Civil sobre o direito de construir.

Art. 100 – O interessado, antes de iniciar qualquer construção, deverá requerer à


Prefeitura, declarando o lugar, a natureza e o destino da obra.

§ 1°. - O requerimento deverá ser instruído com:

a) planta do terreno, indicando a disposição da área e respectiva colocação da


obra;
b) levantamento da fachada;

c) planta dos pavimentos;

d) cortes longitudinais.

§ 2°. - As plantas devem ser apresentadas em três (3) vias, para aprovação, ficando
uma delas arquivadas na Prefeitura.

Art. 101 – Qualquer alteração que se faça em prédio no perímetro urbano, sendo
necessário demolir ou levantar paredes, transformar portas ou janelas, ou fazer qualquer
modificação equivalente, o interessado deverá mencionar, no requerimento, os fins da
obra, juntando as plantas das modificações a serem feitas.

Art. 102 – Quando se proceder ao calçamento e se fizer praticar assentamento de


guias e sarjetas, ou se fizerem quaisquer modificações nas ruas e praças, ficarão os
proprietários obrigados a fazer as modificações necessárias nas portadas e passeio dos
prédios, pondo-os de acordo com as determinações da Prefeitura.

§ 1°. - Para tais modificações, bem como para o conserto de passeios de toda
cidade, o Prefeito mandará afixar editais, marcando um prazo especial, findo o qual os
proprietários ficarão sujeitos à multa.

§ 2°. - todas as águas pluviais, proveniente dos quintais ou terrenos, que se


dirigirem para as vias públicas, devem ser canalizadas de modo que sejam conduzidas
para fora das guias e por baixo dos passeios.

§ 3°. - A largura dos passeios; das ruas, praças, travessas e avenidas, será fixada
pela Prefeitura.
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CAPÍTULO VI

Das Medidas Referentes aos Animais

Art. 103 – É proibida a permanência de animais nas vias públicas.

Art. 104 – Os animais encontrados nas ruas, praças ou caminhos públicos, serão
recolhidos ao depósito da Municipalidade.

Art. 105 – O animal recolhido em virtude do disposto no artigo anterior será


retirado dentro do prazo de 7 (sete) doas, no máximo, mediante pagamento da multa e da
taxa de manutenção.

§ ÚNICO – Não sendo retirado o animal, no prazo estabelecido, deverá a


Prefeitura efetuar a sua venda em hasta pública, precedida na necessária publicação.

Art. 106 – É proibida a criação ou engorda de porcos no perímetro urbano da sede


municipal.

§ ÚNICO – Aos proprietários de cevas atualmente existentes na sede municipal,


fica marcado o prazo de 6 (seis) meses, a contar da publicação deste Código, para a
remoção dos animais.

Art. 107 – É igualmente proibida a criação, no perímetro urbano da sede


municipal, de qualquer espécie de gado.

§ ÚNICO – Observadas as exigências sanitárias a que se refere o artigo 57 deste


Código, é permitida a manutenção de estábulos e cocheiras, mediante licença e
fiscalização da Prefeitura.

Art. 108 – Os cães que forem encontrados nas vias públicas da cidade e vilas,
serão apreendidos e recolhidos ao depósito da Prefeitura.

§ 1°. - Tratando-se de cão não registrado, será o mesmo sacrificado (eletrocutado)


se não for retirado por seu dono, dentro de dez (10) dias, mediante o pagamento da multa
e taxas respectivas.
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§ 2°. - Os proprietários dos cães registrados serão notificados, devendo retira-los


em idêntico prazo, sem o que serão os animais igualmente sacrificados.

§ 3°. - Quando se tratar de animal de raça, poderá a Prefeitura, a seu critério, agir
de conformidade com o que estipula o parágrafo único de Art, 105 deste Código.

Art. 109 – Haverá, na Prefeitura, o registro de cães, que será feito anualmente
mediante o pagamento da taxa respectiva.

§ 1°. - Aos proprietários de cães registrados, a Prefeitura fornecerá uma placa de


identificação a ser colocada na coleira do animal.

§ 2°. - Para registro de cães, é obrigatório a apresentação de comprovante de


vacinação anti-rábica, que poderá ser feita às expensas da Prefeitura.

§ 3°.- São isentos de matrícula os cães pertencentes a boiadeiros, vaqueiros,


ambulantes e visitantes, em trânsito pelo Município, desde que nele não permaneçam por
mais de uma semana.

Art. 110 – O cão registrado poderá andar solto na via pública, desde que em
companhia de seu dono, respondendo este pelas perdas e danos que o animal causar e
terceiros.

Art. 111 – Não será permitida a passagem ou estacionamento de tropas ou


rebanhos na cidade, exceto em logradouros para isso designados.

Art. 112 – Ficam proibidos os espetáculos de feras e as exibições de cobras e


quaisquer outros animais perigosos, sem as necessárias precauções para garantir a
segurança dos espectadores.

Art. 113 – É expressamente proibido:

I – Criar abelhas nos locais de maior concentração urbana;


II – Criar galinhas nos porões e no interior das habitações;
III – Criar pombos nos forros das casas de residências.

Art. 114 – É expressamente proibido a qualquer pessoa maltratar os animais ou


praticar ato de crueldade contra os mesmos, tais como:
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I – Transportar, nos veículos de tração animal, carga ou passageiros de peso


superior às suas forças;
II –carregar animais com peso superior a 150 quilos;
III – montar animais que já tenham a carga permitida;
IV – fazer trabalhar animais doentes, feridos, extenuados, aleijados, enfraquecidos
ou extremamente magros;
V – obrigar sem descanso e mais de 6 (seis) horas, sem água e alimentos
apropriados;
VI – martirizar animais para deles alcançar esforços excessivos;
VII – castigar, de qualquer modo, animal caído, com ou sem veículo, fazendo-o
levantar a custa de castigo e sofrimento;
VIII – castigar com rancor e excesso qualquer animal;
IX – conduzir animais com a cabeça para baixo, suspensos pelos pés ou asas, ou
em qualquer posição anormal, que lhes possa ocasionar sofrimento;
X – transportar animais amarrados a traseira de veículos, ou atados em ao outro
pela cauda;
XI – abandonar em qualquer ponto, animais doentes, extenuados, enfraquecidos
ou feridos;
XII – amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem água, luz, ar e
alimentos;
XIII – usar de instrumento diferente do chicote leve, para estímulo e correção de
animais;
XIV – empregar arreios que possam constranger, ferir ou magoar o animal;
XV – usar arreios sobre partes feridas, contusões ou chagas do animal;
XVI – praticar todo e qualquer ato; mesmo não especificado neste Código, que
acarretar violência e sofrimento para o animal.

Art. 115 – Na infração de qualquer deste capítulo, ser imposta a multa


correspondente ao valor de 5 % (cinco por cento) a 10 % (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.

§ ÚNICO – Qualquer do povo poderá autuar os infratores, devendo o auto-


respectivo, que será assinado por duas testemunhas, ser enviado à Prefeitura para os fins
devidos.

CAPÍTULO VII

Da extinção de Insetos Nocivos


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Art. 116 – Todo proprietário de terrenos, cultivado ou não, dentro dos limites do
Município, é obrigatório a extinguir os formigueiros existentes dentro da sua
propriedade.

Art. 117 – Verificada, pelos fiscais da Prefeitura, a existência de formigueiros,


será feita intimação ao proprietário de terreno onde os mesmos estiverem localizados,
marcando-se o prazo de 30 (trinta) dias para se proceder ao seu extermínio.

Art. 118 – Se, dentro do prazo fixado, não for extinto o formigueiro, a Prefeitura
incumbir-se - à de faze-lo, cobrando do proprietário as despesas para efetuar, acrescidas
de 20 % (vinte por cento) pelo trabalho de administração, além da multa correspondente
ao valor de 5% (cinco por cento) a 10% (dez por cento) do salário mínimo vigente na
região.

CAPÍTULO VIII

Do Empachamento das Vias Públicas

Art. 119 – Nenhum obra, inclusive demolição, quando feita no alinhamento das
vias públicas, poderá dispensar o tapume provisório, que deverá ocupar uma faixa de
largura, no máximo, igual à metade do passeio.

§ 1°. - Quando os tapumes forem construídos em esquinas, as placas em


nomenclatura dos logradouros serão neles afixados de forma bem visível.

§ 2°. - Dispensa-se o tapume quando se tratar de :

I – construção ou reparo de muros ou grades com altura não superior a dois


metros;
II – pintura ou pequenos reparos.

Art. 120 – Os andaimes deverão satisfazer as seguintes condições:

I – apresentarem perfeitas condições de segurança;


II – terem a largura do passeio, até o máximo de 2 (dois) metros;
III – não causarem dano às árvores, aparelhos de iluminação e redes telefônicas e
se distribuição de energia elétrica.
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§ ÚNICO – O andaime deverá ser retirado quando ocorrer a paralisação da obra


por mais de 60 (sessenta) dias.

Art. 121 – Poderão ser armados coretos ou palanques provisórios nos logradouros
públicos, para comícios políticos, festivais religiosos, cívicas ou de caráter popular,
desde que sejam observadas as condições seguintes:

I – serem aprovados pela Prefeitura, quanto á sua localização;


II – não perturbar o trânsito público;
III – não prejudicarem o calçamento nem o escoamento das águas pluviais
correndo por conta dos responsáveis pelas festividades dos estragos por acaso
verificados;
IV – serem removidos no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do
encerramento dos festejos.

§ ÚNICO – uma vez findo o prazo estabelecido no item IV, a Prefeitura


promoverá a remoção, dando ao material removido o destino que entender.

Art. 122 – Nenhum material poderá permanecer nos logradouros públicos, exceto
nos casos previstos no parágrafo primeiro do Art. 88 deste Código.

Art. 123 – O ajardinamento e a arborização das praças e vias públicas serão


atribuição exclusivas da Prefeitura.

§ ÚNICO - Nos logradouros abertos por particulares, com licença da Prefeitura é


facultado aos interessados promover e custear a respectiva arborização.

Art. 124 – É proibido podar, cortar, derrubar ou sacrificar as árvores da


arborização pública, sem consentimento expresso da Prefeitura.

Art. 125 – Na árvore dos logradouros públicos não será permitida a colocação de
cartazes e anúncios, nem a fixação de cabos ou fios, sem a autorização da Prefeitura.

Art. 126 – Os postes telegráficos, de iluminação e força, as caixas postais, os


avisadores de incêndio e de polícia e as balanças para pesagem de veículos, só poderão
ser colocados nos logradouros públicos mediante autorização da Prefeitura, que indicará
as posições convenientes e as condições da respectiva instalação.
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Art. 127 – As colunas ou suportes de anúncio, as caixas de papéis usados, os


bancos ou abrigos de logradouros somente poderão ser instalados mediantes licença
prévia da Prefeitura.

Art. 128 – As bancas para a venda de jornais e revistas poderão ser permitidas,
nos logradouros públicos, desde que satisfaçam às seguintes condições:

I – terem sua localização aprovada pela Prefeitura;


II – apresentarem bom aspecto quanto à sua construção;
III – não perturbarem o trânsito público;
IV – serem de fácil remoção.

Art. 129 – Os estabelecimentos comerciais poderão ocupar, com mesas e cadeiras,


parte do passeio correspondente à testada do edifício, desde que fique livre para o
trânsito público uma faixa do passeio de largura mínima de 2(dois) metros.

Art. 130 – Os relógios, estátuas, fontes e quaisquer monumentos somente poderão


ser colocados nos logradouros públicos se comprovado o seu valor artístico ou cívico, e a
juízo da Prefeitura.

§ 1°. - Dependerá, ainda, de aprovação, o local escolhido para a afixação dos


monumentos.
§ 2°. - No caso de paralisação, ou mau funcionamento de relógios instalado em
logradouros público, seu mostrador deverá permanecer coberto. Até ser feito o
necessário conserto ou substituição no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

Art. 131 – Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) a 10% (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.

CAPÍTULO IX

Dos Inflamáveis e Explosivos


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Art. 132 – No interesse público a Prefeitura fiscalizará a fabricação, o comércio, o


transporte e o emprego de inflamáveis e explosivos.

Art. 133 – São considerados inflamáveis:

I – o fósforo e os materiais fosforado;


II – a gasolina e demais derivados de petróleo;
III – os éteros, álcoois, a aguardente e os óleos em geral;
IV – os carburetos, o alcatrão e as matérias betuminosas líquidas;
V – toda e qualquer outra substância cujo ponto de inflamabilidade seja acima de
cento e trinta graus centígrados (135°C)

Art. 134 – consideram-se explosivos:

I – os fogos de artifícios;
II – a nitroglicerina e seus compostos e derivados;
III – a pólvora e o algodão pólvora;
IV – as espoletas e os estupins;
V – os fulminatos, cloratos, formiatos e congêneres;
VI – os cartuchos de guerra, caça e minas.

Art. 135 – É absolutamente proibido:

I – fabricar explosivos sem licença especial e em local não determinado pela


Prefeitura;
II – manter depósito de substâncias inflamáveis ou explosivos, sem atender às
exigências legais, quanto à construção e segurança;
III – depositar ou conservar nas vias públicas, mesmos provisoriamente,
inflamáveis ou explosivos.

§ 1°. - Aos varejistas é permitido conservar, em cômodos apropriados, em seus


armazéns ou lojas e quantidade fixada pela Prefeitura, na respectiva licença, de material
inflamável ou explosivo que não ultrapassar à venda provável de quarenta (40) dias.

§ 2°. - Os fogueteiros e exploradores de pedreiras poderão manter depósito de


explosivos correspondentes ao consumo de 60 (sessenta) dias, desde que os depósitos
estejam localizados a uma distância mínima de 250 metros da habitação mais próxima e
a 150 metros das ruas ou estradas. Se as distâncias a que se refere este parágrafo forem
superiores a 500 metros, é permitido o depósito de maior quantidade de explosivos.
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Art. 136 – Os depósitos de explosivos e inflamáveis só serão construídos em


locais especialmente designados na zona rural e com licença especial da Prefeitura.

§ 1°. - Os depósitos serão dotados de instalação para combater o fogo e de


extintores de incêndio portáteis, em quantidade e disposição convenientes.

§ 2°. - Todas as dependências e anexos dos depósitos de explosivos ou inflamáveis


serão construídos de material incombustível, admitindo-se o emprego de outro material
apenas nos caibros, ripas e esquadrias.

Art. 137 – Não serão permitidos o transporte de explosivos ou inflamáveis sem as


precauções devidas.

§ 1.° - Não poderão ser transportados simultaneamente, no mesmo veículo,


explosivos e inflamáveis.

§ 2.° - Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderão


conduzir outras pessoas além do motorista e dos ajudantes.

Art. 138 – É expressamente proibido:

I – queimar fogos de artifício, bombas, busca-pés, monteiros e outros fogos


perigosos, nos logradouros públicos ou em janelas e portas que deitarem para os mesmos
logradouros;
II – soltar balões em toda a extensão do Município;
III – fazer fogueiras, nos logradouros públicos, sem prévia autorização da
Prefeitura;
IV – utilizar, sem justo motivo, armas de fogo dentro do perímetro urbano do
Município;

V – fazer fogos ou armadilhas com armas de fogo, sem colocação de sinal visível
para advertência aos passantes ou transeuntes.

§ 1°. - A proibição de que se tratam os itens I, II e III, poderá ser suspensa


mediante licença da Prefeitura, em dias de regozijo público ou festividades religiosas de
caráter tradicional.

§ 2°. - Os casos previstos no parágrafo primeiro, serão regulamentados pela


Prefeitura, que poderá inclusive estabelecer, para cada caso, as exigências que julgar
necessárias ao interesse da segurança pública.
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Art. 139 – A instalação de postos de abastecimentos de veículos, bombas de


gasolina e depósitos de outros inflamáveis, fica sujeita à licença especial da Prefeitura.

§ 1°. - A prefeitura poderá negar a licença se reconhecer que a instalação do


depósito ou bomba irá prejudicar, de algum modo, a segurança pública.

§ 2°. - A prefeitura poderá estabelecer, para cada caso, as exigências que julgar
necessárias ao interesse da segurança.

Art. 140 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 10% (dez por cento) a 20% (vinte por cento) do salário
mínimo vigente na região, além da responsabilidade civil ou criminal de infrator, se for o
caso.

CAPÍTULO X

Das Queimadas e dos Cortes de Árvores e Pastagens

Art 141 – A prefeitura colaborará com o Estado e a União, para evitar a


devastação das florestas e estimular a plantação de árvores.

Art. 142 – Para evitar a propagação de incêndios, observar-se-ão, nas queimadas,


as medidas preventivas necessárias.

Art. 143 – A ninguém é permitido atear fogo em roçados, palhas ou matos que
limitem com terras de outrem, sem tomar as seguintes precauções:

I – preparar aceiros de, no mínimo quatro (4) metros de largura;


II – mandar aviso aos confinantes com antecedência mínima de 10 (dez) horas,
marcando dia, hora e lugar para lançamento do fogo.

Art. 144 – A ninguém é permitido atear fogo em matas, capoeiras, lavouras ou


fogo.

§ ÚNICO – Salvo acordo entre os interessados, é proibido queimar campos de


criação em comum.
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Art. 145 – A derrubada de matas dependerá de licença da Prefeitura, nos termos


do Código Florestal.

§ 1°. - A Prefeitura só concederá licença quando o terreno se destinar a construção


ou plantio pelo proprietário.

§ 2°. - A licença será negada se a mata for considerada de utilidade pública.

Art. 146 – Fica proibido o corte ou danificação de árvores ou arbustos nos


logradouros, jardins e parques públicos.

Art. 147 – Fica proibida a formação de pastagens na zona urbana do Município.

Art. 148 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) a 10% (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.

CAPÍTULO XI

Da Exploração de Pedreiras, Cascalheiras, Olarias e Depósitos de Areia e


Saibro

Art. 149 – A exploração de pedreiras, cascalheiras, olarias e depósitos de areia e


de saibro, depende de licença da Prefeitura, que a concederá, observados os preceitos
deste Código.

Art. 150 – A licença será processada mediante a apresentação de requerimento


assinado pelo proprietário do solo ou pelo explorador e instruído, de acordo com este
artigo.

§ 1°. - Do requerimento deverão constar as seguintes indicações.

a) nome e residência do proprietário do terreno;


b) nome e residência do explorador, se este não for o proprietário;
c) localização precisa da entrada do terreno;
d) declaração do processo de exploração e da qualidade de explosivos a ser
empregado, se for o caso.
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§ 2°. - O requerimento de licença deverá ser instruído com os seguintes


documentos:
a) prova de propriedade do terreno;
b) autorização para a exploração passada pelo proprietário em cartório, no caso de
não ser ele o explorador;
c) planta da situação, com indicação do relevo do solo por meio de curvas de
nível, contendo a delimitação exata da área a ser explorada com a localização
das respectivas instalações e indicando as construções, logradouros, os
mananciais e cursos d’água situados em toda a faixa de largura de 100 metros
em torno da área a ser explorada.

§ 3.° - No caso de se tratar de exploração de pequeno porte, poderão ser


dispensados, a critério da Prefeitura, o documento indicado na alínea e do parágrafo
anterior.

Art. 151 – As licenças para exploração serão sempre por prazo fixo.

§ ÚNICO – Será interditada a pedreira ou parte da pedreira, embora licenciada de


acordo com este Código, desde que posteriormente se verifique que a sua exploração
acarreta perigo ou dano à vida à propriedade.

Art. 152 – Ao conceder as licenças, a Prefeitura poderá fazer as restrições que


julgar conveniente.

Art. 153 – Os pedidos de prorrogações de licença para a continuação da


exploração serão feitos por meio de requerimentos e instruídos com o documento de
licença anteriormente concedida.

Art. 154 – O desmonte das pedreiras poderá ser feito a frio ou fogo.

Art. 155 – Não será permitida a exploração de pedreiras na zona urbana.

Art. 156 – A exploração de pedreiras a fogo fica sujeitas às seguintes condições:

I – declaração expressa de qualidade do explosivo a empregar;


II – intervalo mínimo de trinta minutos entre cada série de explosão;
III – içamento antes da explosão, de uma bandeira à altura conveniente para ser
vista à distância;
IV – toque por três vezes, com intervalo de dois minutos de uma sirene e o aviso
em brado prolongado, dando sinal de fogo.
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Rua Tiradentes, 165 – Cep.: 37.480-000 – Estado de Minas Gerais

Art. 157 – A instalação de olarias nas zonas urbanas e suburbanas do Município,


deve obedecer as seguintes prescrições:

I – as chaminés serão construídas de modo a não incomodar os moradores


vizinhos pela fumaça ou emanações nocivas;
II – quando as escavações facilitarem a formação de depósito de águas, será o
explorador obrigado a fazer o devido escoamento ou alterar as cavidades à medida que
for retirado o barro.

Art. 158 – A prefeitura poderá, a qualquer tempo, determinar a execução de obras


no recinto da exploração de pedreiras ou cascalheiras, com o intuito de proteger
propriedades particulares ou públicas, ou evitar a obstrução de geleira de águas.

Art.159 – É proibida a extração de areia em todos os cursos de água do


Município:

I – na jusante do local em que recebem contribuições de esgotos;


II – quando modifiquem o leito ou as margens do mesmo;
III – quando possibilitem a formação de locais ou causem por qualquer forma a
estagnação das águas;

IV – quando de algum modo possam oferecer perigo a pontes, muralhas ou


qualquer obra construída nas margens ou sobre o leito dos rios.

Art. 160 – Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) do salário mínimo vigente na região,
além da responsabilidade civil ou criminal que couber.

CAPÍTULO XII

Dos Muros e Cercas

Art. 161 – Os proprietários de terrenos são obrigados a murá-los ou cercá-los


dentro dos prazos fixados pela Prefeitura.
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Rua Tiradentes, 165 – Cep.: 37.480-000 – Estado de Minas Gerais

Art. 162 – Serão comuns os muros e cercas divisórias entre propriedades urbanas
e rurais, devendo os proprietários dos imóveis confirmantes concorrer em partes iguais
para as despesas de sua construção e conservação, na forma de Art. 588 do Código Civil.

§ ÚNICO – Correção por conta exclusiva dos proprietários ou possuidores a


construção e conservação das cercas para conter aves domésticas, cabritos, porcos e
outros animais que exijam cercas especiais.

Art. 163 – O s terrenos da zona urbana serão fechados com muros rebocados. Ou
de placas de cimento armado e caiados, ou com grades de ferro ou madeira assentes
sobre alvenaria, devendo em qualquer caso ter uma altura mínima de um metro e oitenta
centímetros.

Art.164 – Os terrenos rurais, salvo acordo expresso entre as partes proprietárias,


serão fechados com:

I – cercas de arames farpados com três fios no mínimo e um metro e quarenta de


altura;
II - cercas vivas, de espécies vegetais adequadas e resistentes;

III – telas de fios metálicos com altura mínima de um metro e cinqüenta


centímetros.

Art. 165 – Será aplicada a multa correspondente ao valor de 5% (cinco por cento)
a 10% (dez por cento) do salário mínimo vigente na região, a todo aquele que:

I – fizer cercas ou muros em desacordo com as normas fixadas neste capítulo;


II – danificar, por qualquer meio, cercas existentes, sem prejuízo da
responsabilidade civil ou criminal que no caso couber.

CAPÍTULO XIII

Das Estradas e Caminhos Públicos

Art. 166 – As estruturas e caminhos a que se refere este capítulo, são os que se
destinam ao livre trânsito público, construído ou conservados pela Prefeitura e situados
no território Municipal.
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Art. 167 – Quando necessária a abertura, alargamento de estradas, a Prefeitura


promoverá acordo com os proprietários dos terrenos marginais, para obter o necessário
consentimento, com ou sem indenização.

§ ÚNICO – Não sendo possível o ajuste amigável, a Prefeitura promoverá a


desapropriação por inutilidade pública, nos termos da legislação em vigor.

Art. 168 – Na construção das estradas municipais observar-se-ão as seguintes


condições:

a) largura total mínima de 7 (sete) metros, sendo de 5 (cinco) metros a largura


mínima da pista;
b) rampa mínima de 10% (dez por cento);
c) raio de curva mínimo de 30 (trinta) metros.

§ ÚNICO – Tratando-se de caminhos, a largura mínima será de 6 (seis) metros


compreendidas as faixas laterais de proteção.

Art. 169 – Sempre que os munícipes representarem à Prefeitura sobre a


conveniência de abertura ou modificação de traçado de estradas ou caminhos municipais,
deverão instruir a representação com memorial justificativo.

Art. 170 – Para mudança, dentro dos limites de seu terreno, de qualquer estrada ou
caminho público, deverá o respectivo proprietário requerer a necessária permissão à
Prefeitura, juntando ao pedido projeto do trecho a modificar-se e um memorial
justificativo da necessidade e vantagens.

§ ÚNICO - Concedida a permissão, o requerente fará a modificação a sua custa,


sem interromper o trânsito, não lhe assistindo direto a qualquer indenização.

Art. 171 – Os proprietários dos terrenos marginais das estradas ou caminhos


públicos não poderão, sob qualquer pretexto, fecha-los, danifica-los, diminuir-lhes a
largura, impedir ou dificultar o trânsito por qualquer meio, sob pena de multa e
obrigação de repor a via pública no seu estado primitivo, no prazo que lhes for marcado.

Art. 172 – Não fazendo o infrator a recomposição, a Prefeitura a promoverá


cobrando-lhe as despesas efetuadas.

Art. 173 – Os proprietários dos terrenos marginais não poderão impedir o


escoamento das águas de drenagem de estradas e caminhos para sua propriedade.
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Art. 174 – É proibido, nas estradas de rodagem do Município, o transporte de


madeira a rasto e o trânsito de tração animal, a menos que sejam estes de eixo fixo e
tenham nas rodas aros de 10 centímetros de largura, ou rodas de pneu e câmara de ar.

Art. 175 – Será aplicada a multa correspondente ao valor de 5% (cinco por cento)
a 10% (dez por cento) do salário mínimo, vigente na região a todo aquele que:

I – estreitar, mudar ou impedir de qualquer modo, a servidão pública das estradas


e caminhos, sem prévia licença da Prefeitura;
II – colocar tranqueiras ou porteiras nas estradas e caminhos públicos, sem prévio
consentimento da Prefeitura;
III – impedir o escoamento de águas pluviais das estradas e caminhos públicos
para os terrenos marginais;
IV – danificar ou arrancar marcos quilométricos e sinais de trânsito existentes nas
estradas;
V – arrastar paus ou madeiras pelas estradas de rodagem do Município, carros de
bois, carroças ou carroções que satisfaçam as condições estabelecidos no art. 174;
VI – danificar ou arrancar marcos quilométricos e sinais de trânsito existentes nas
estradas;
VII – danificar, de qualquer modo, as estradas de rodagem e os caminhos
públicos.

§ ÚNICO – Além da multa prevista neste artigo, o infrator será responsabilizado


civil ou criminalmente.

CAPÍTULO XIV

Dos Anúncios e Cartazes

Art. 176 – A exploração dos meios de publicidade nas vias e logradouros, bem
como nos lugares de acesso comum, depende de licença da Prefeitura, sujeitando-se o
contribuinte ao pagamento dos tributos estabelecidos no Código Tributário Municipal.

§ 1°. - Incluem-se na obrigatoriedade deste artigo os cartazes, letreiros, programas,


quadros, painéis, emblemas, placas, avisos, anúncios e mostruários, luminosos ou não,
feitos por qualquer modo, processo ou engenho, distribuídos, afixados ou pintados em
paredes, muros, tapumes, veículos ou calçadas.
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§ 2°. - Incluem-se ainda na obrigatoriedade deste artigo os anúncios que, embora


apostos em terrenos ou próprios de domínio privado, forem visíveis dos lugares públicos.

Art. 177 – A propaganda falada em lugares públicos, por meio de ampliadores de


voz, auto-falantes e propagandistas, assim como feitas por meio de cinema ambulante,
ainda que muda está igualmente sujeita à prévia licença da Prefeitura a ao pagamento da
taxa devida.

Art. 178 – Não será permitida a colocação de anúncios ou cartazes quando:

I – pela sua natureza provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito público;

II – de alguma forma prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade, seus


panoramas naturais, monumentos típicos, históricos e tradicionais;
III – sejam ofensivos ou contenham dizeres desfavoráveis e indivíduos, crenças e
instituições;
IV – obstruam, interceptem ou reduzam o vão das portas e janelas e respectivas
bandeiras;
V – contenham incorreções de linguagens;
VI – façam uso de palavras em língua estrangeira, salvo aquelas que, por
insuficiência do nosso léxico, a ele se ajam incorporado;
VII – pelo seu número ou má distribuição, prejudiquem o aspecto das fachadas.

Art. 179 – Os pedidos de licença para a publicidade ou propaganda por meio de


cartazes ou anúncios deverão mencionar:

I – a indicação dos locais em que serão colocados ou distribuídos os cartazes ou


anúncios;
II – a natureza do material de confecção;
III – as dimensões;
IV – as inscrições e textos;
V – as cores empregadas.

Art. 180 – Tratando-se de anúncios luminosos, os pedidos deverão ainda indicar o


sistema de iluminação a ser adotado.

§ ÚNICO – Os anúncios luminosos serão colocados a uma altura mínima de


2,50m do passeio.
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Art. 181 – Os panfletos ou anúncios destinados a serem lançados ou distribuídos


nas vias públicas ou logradouros, não poderão ter dimensões menores de 0,10m (dez)
centímetros por 0,15m (quinze) centímetros, nem maiores de 0,30m (trinta) centímetros
por 0,45m (quarenta e cinco) centímetros.

Art. 182 – Os anúncios e letreiros deverão ser conservados em boas condições,


renovados ou conservados, sempre que tais providências sejam necessárias para o seu
bom aspecto e segurança.

§ ÚNICO – Desde que não haja modificações de dizeres ou de localização, os


consertos ou repartições de anúncios e letreiros dependerão apenas de comunicação
escrita à Prefeitura.

Art. 183 – Os anúncios encontrados sem que os responsáveis tenham satisfeito as


formalidades deste Capítulo, poderão ser apreendidos e retirados pela Prefeitura, até a
satisfação daquelas formalidades, além do pagamento da multa prevista nesta lei.

Art. 184 – Na infração de qualquer artigo deste Capítulo será imposta a multa
correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) a 10% (dez por cento) do salário
mínimo vigente na região.

TÍTULO IV

Do Funcionamento do Comércio e da Indústria

CAPÍTULO I

Do Licenciamento dos Estabelecimentos Industriais e Comerciais

Art. 185 – Nenhum estabelecimento comercial ou industrial, poderá funcionar no


município sem prévia licença da Prefeitura concedida a requerimento dos interessados e
mediante pagamento dos tributos devidos.

§ ÚNICO – O requerimento deverá especificar com clareza:

I – o ramo do comércio ou da indústria;


II – o montante do capital investido;
III – o local em que o requerente pretende sua atividade.
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Art. 186 – Não será concedida licença dentro do perímetro urbano, aos
estabelecimentos industriais que se enquadram dentro das proibições constantes no
Art.32 deste Código.

Art. 187 – A licença para o funcionamento de açougues, padarias, confeitarias,


leiterias, cafés, bares, restaurantes, hotéis, pensões e outros estabelecimentos congêneres,
será sempre precedido de exames no local e de aprovação da autoridade sanitária
competente.

Art. 188 – Para efeito de fiscalização, o proprietário do estabelecimento comercial


ou industrial deverá ser solicitada á necessária permissão à Prefeitura, que verificará se o
novo local satisfazer às condições exigidas.

Art. 189 – Para mudança de local de estabelecimento comercial ou industrial


deverá ser solicitada a necessária permissão à Prefeitura, que verificará se o novo local
satisfaz às condições exigidas.

Art. 190 – A licença de localização poderá ser cassada:

I – quando se tratar de negócio diferente do requerido;


II – como medida preventiva, a bem da higiene, da moral ou do sossego e
segurança pública;
III – se o licenciado se negar a exibir o alvará de localização à autoridade
competente, quando solicitado a faze-lo;
IV – por solicitação de autoridade competente, provados os motivos que
fundamentarem a solicitação.

§ 1°. - Cassada a licença, o estabelecimento será imediatamente fechado.

§ 2°. - Poderá ser igualmente fechado, todo o estabelecimento que exercer


atividades sem a necessária licença expedida em conformidade com o que preceitua este
Capítulo.

CAPÍTULO II

Do Comércio Ambulante

Art. 191 – o exercício do comércio ambulante dependerá sempre de licença


especial, que será concedida de conformidade com as prescrições da legislação fiscal do
Município e do que preceitua este Código.
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Art. 192 – Da licença concedida deverão constar os seguintes elementos


essenciais, além de outros que forem estabelecidos:

I – número de inscrição;
II – residência de comerciante ou responsável;
III – nome, razão social ou denominação sob cuja responsabilidade funciona o
comércio ambulante.

§ ÚNICO – O vendedor ambulante não licenciado para o exercício ou período em


que esteja exercendo a atividade ficará sujeito à apreensão da mercadoria encontrada em
seu poder.

Art. 193 – É proibido ao vendedor ambulante, sob pena de multa:

I – estacionar nas vias públicas ou outros logradouros, fora dos locais previamente
determinados pela Prefeitura.
II – impedir ou dificultar o trânsito nas vias públicas ou outros logradouros;
III –transitar pelos passeios conduzindo cestos ou volumes grandes.

Art. 194 – Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 10% (dez por cento) a 20% (vinte por cento) do salário
mínimo vigente na região, além das penalidades fiscais cabíveis.

CAPÍTULO III

Do Horário de Funcionamento

Art. 195 – A abertura e o fechamento dos estabelecimentos comerciais e


industriais no Município obedecerão aos seguintes horários, observados os
preceitos da legislação federal, que regulam, duração e condições de trabalho.

I – Para a indústria de modo geral:

a) Abertura e fechamento entre 6 e 17 horas, nos dias úteis.


b) Nos domingos e feriados nacionais os estabelecimentos permanecerão
fechados, bem como nos feriados locais, quando decretados pela autoridade
competente.
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§ 1°. - Será permitido o trabalho em horários especiais, inclusive aos domingos e


feriados, excluindo o expediente de escritório, nos estabelecimentos que se dediquem as
atividades seguintes: impressão de jornais, laticínios, frio industrial, engarrafamento e
distribuição de água mineral, produção e distribuição de energia elétrica, serviço
telefônico, produção e distribuição de gás, serviço de esgotos, serviço de transporte
coletivo e a outras atividades que, a juízo da autoridade competente, seja estendida tal
prerrogativa.

II – Para o comércio de modo geral:

a) de 8 às 18 horas, de Segunda a Sexta-feira, e de 8 às 20 horas aos sábados.


b) Nos dias previstos na letra b, item I, os estabelecimentos permanecerão
fechados.

§ 2°. - Será permitida a prorrogação do horário do comércio, até às 22 horas; nos


dois dias que antecederem às seguintes datas comemorativas: Dias das Mães, Dia dos
Namorados e Dia dos Pais.

§ 3°. - A prorrogação de que trata o parágrafo anterior será permitida, também, no


período de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) de dezembro e no dia 31 (trinta e um) do
mesmo mês, tendo em vista as comemorações de Natal e de passagem do Ano.

Art. 196 – Será permitida a abertura, sem limitação de horário, dos


estabelecimentos abaixo enumerados, sendo para os mesmos dispensada qualquer
licença especial, prevalecendo, todavia, como para as demais atividades, a obrigação de
pagar-se os tributos previstos no Código Tributário Municipal:

a) Café e bares – b) boates – c) restaurantes – d) cantinas – e) casas de chá


f) casas de lanche – g) casas de diversões h) drogarias e farmácias i) sinucas e
bilhares.

Art. 197 – Os salões de barbeiros, cabeleireiros, manicuras, institutos de beleza e


engraxatarias poderão funcionar, nos dias úteis, até às 20 horas; aos sábados e nas
vésperas de feriados, o encerramento poderá ser às 22 horas.

Art. 198 – As infrações resultantes do não cumprimento das disposições deste


Capítulo, serão punidas com a multa correspondente ao valor de 5% (cinco por cento) a
10% (dez por cento) do salário mínimo vigente na região, elevadas ao dobro nas
reincidências.
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CAPÍTULO V

Dos Cemitérios Públicos

CAPÍTULO I

Definições

Art. 199 – Para os efeitos deste Título são adotadas as seguintes definições:

SEPULTURA – Cova funerária aberta no terreno, para adultos ou para infantes;

CARNEIRO – Cova com as paredes laterais revestidas de tijolos ou material


similar, sendo, o fundo, sempre constituído pelo terreno natural;

OSSUÁRIO - Vala destinada ao depósito comum de ossos provenientes de


jazigos cuja concessão não foi reformada ou caducou;

LÁPIDE – Laje que cobre o jazido, com inscrição funerária;

MAUSOLÉU – Monumento funerário suntuoso, que se levanta sobre o Carneiro,


o caráter suntuoso pode ser obtido não só pela perfeição da forma como também pelo
emprego de materiais finos que pelas qualidades intrínsecas, supram enfeites e
ornamentos;

JAZIGO – Palavra empregada para designar tanto a sepultura como o Carneiro.

CAPÍTULO II

Disposições Gerais

Art. 200 – Os cemitérios do Município terão secular e serão administrados pela


Prefeitura.
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Art. 201 – No recinto dos cemitérios, além da área destinada a ruas e avenidas,
serão reservados espaços para construção de capelas e depósitos mortuários.

Art. 202 – Quando, do cemitério antigo para o novo, se tiver de proceder a


transladação dos restos mortais, os interessados, mediante pagamento das taxas devidas,
terão direito de obter nele espaço igual em superfície ao do antigo cemitério.

CAPÍTULO III

Das Inundações

Art. 203 – Nenhum enterramento será permitido nos cemitérios municipais, sem a
apresentação de certidão de óbito devidamente atestado por autoridade médica, ou de
guia fornecida pelo Cartório de Registro Civil.

Art. 204 – As inumações serão feitas em sepulturas separadas, que se classificam


em gratuitas e remuneradas, subdivididas estas em temporárias e perpétuas.

Art. 205 – Nas sepulturas gratuitas serão enterrados os indigentes, pelos prazos de
5 (cinco) anos, para adultos e de 3 (três) anos, para infantes, não se admitindo, com
relação a elas, prorrogações ou perpetuação.

Art. 206 – As sepulturas temporárias serão concedidas por cinco anos, sendo
facultada a prorrogação por igual prazo, desde que não se ache vencido o qüinqüênio.

§ ÚNICO – As sepulturas temporárias não poderão ser perpetuadas, permitida,


entretanto, a transladação dos retos mortais para sepultura perpétua, observadas as
normas deste Título.

Art. 207 – É condição para a renovação de prazo das sepulturas temporárias, a boa
conservação das mesmas pelo concessionário.

Art. 208 – É de cinco anos, para adulto, e de três anos, para infantes, o prazo
mínimo a vigorar entre as duas inumações no mesmo jazido.

CAPÍTULO
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Das Construções

Art. 209 – As construções funerárias só poderão ser executadas nos cemitérios,


pelos de expedido o alvará de licença, mediante requerimento do interessado, ao qual
acompanhará o memorial descritivo das obras o respectivo projeto.

§ ÚNICO – As peças gráficas serão em duas vias, as quais serão visadas; Sendo
uma delas entregue ao interessados com o alvará de licença, depois do projeto ter sido
aprovado.

Art. 210 – A Prefeitura deixa as obras de embelezamento e melhoramento das


concessões tanto quando possível ao gosto dos proprietários, porém reserva-se o direito
de rejeitar o projeto que julgar prejudicial à boa aparência geral do cemitério à higiene e
à segurança.

Art. 211 – Os serviços de conserva e limpeza de jazidos só podem ser executados


por pessoa da administração municipal e, excepcionalmente por empregados dos
concessionários, quando abandonados por estes, e somente para execução de
determinados serviços.

Art. 212 – É proibido dentro do cemitério a preparação de pedras ou de outros


materiais destinados à construção de jazidos e mausoléus, devendo o material entrar no
cemitério em condições de ser empregado imediatamente.

Art – Do dia 25 de outubro a 2 de novembro não se permite trabalhos no


cemitério, a fim de ser executada pela administração a limpeza geral.

CAPÍTULO V

Da administração dos Cemitérios

Art. 214 – A administração do cemitério será exercida por um encarregado, ao


qual compete também a execução das medidas de polícia afetas ao serviço.

Art. 215 – O registro dos enterramentos far-se-à em livro próprio e em ordem


numérica, contendo o nome do falecido, idade, sexo, estado civil, filiação, naturalidade,
“causa-mortis”, data e lugar do óbito e outros esclarecimentos que forem necessários.
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Art. 216 – Nos cemitérios será observada ampla liberdade de aceleração de


cerimônias religiosas, seja qual for a religião ou culto, desde que tais práticas não sejam
contrárias à lei a moral pública.

Art. 217 – Os cemitérios serão convenientemente fechado e neles a entrada e


permanência só serão permitidas das 7:00 às 11:00 horas e das 13:00 às 17:00 horas, nos
dias úteis, e das 8:00 às 11:00 horas e das 13:00 às 16:00 horas, aos domingos e feriados,
devendo, os visitantes se portarem com o devido respeito.

Art. 218 – Excetuados o caso de investigação policial ou transferência dos


despojos, nenhum sepultura poderá ser reaberta, mesmo a pedido de conservação, serão
retirados e nenhuma reclamação ela sua manutenção será atendida.

Art. 220 – Decorridos os prazos previstos nos artigos 205 e 206, as sepulturas
poderão ser abertas para novos enterramentos, retirando-se as cruzes e outros emblemas
colocados sobre as mesmas.

Art. 221 – As infrações resultantes do não cumprimento das disposições deste


Capítulo, serão punidas com a multa correspondente ao valor de 10% (dez por cento) a
20% (vinte por cento) do salário mínimo vigente na região, além da responsabilidade
civil ou criminal do infrator.

PARTE SEGUNDA

Dos Serviços de Utilidade Pública

TÍTULO I

Disposições Gerais

CAPÍTULO I

Preliminares

Art.222 – Serviços de utilidade pública, de maneira geral, são todas as atividades


que, por sua natureza, atendam ao interesse coletivo, visando proporcionar à população
utilidades especiais que exigem a ação do poder público no sentido de seu controle ou
gestão direta.
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Art. 223 – Admitem os serviços de utilidade pública, a execução direta ou


indireta, constituída a primeira pela exploração do serviço pela entidade pública e a
segunda pela ação de intermediários, que se sub-rogam numa parte de atividades
administrativa.

§ ÚNICO – A exploração direta far-se-á:

a) Quando esta solução for a mais conveniente ao interesse público a juízo


da Prefeitura;
b) Quando o serviço, por sua natureza, desaconselha a intervenção de
intermediários;
c) Quando, podendo o serviço ser objeto de exploração indireta e posta esta
em concorrência pública ou administrativa, na forma legal, não se
apresentar nenhum concorrente.

Art. 224 – A exploração indireta dos serviços de utilidade pública poderá ser
efetuada mediante simples autorização ou permissão e mediante concessão.

§ 1.° - É concessão de serviço de utilidade pública o ato do poder público pelo


qual é entregue, a um particular, a exploração de determinado serviço de utilidade, com a
outorga dos direitos reservados à administração, na forma deste Código.

§ 2.° - Se houver manifestação e interessado idôneos, o Prefeito providenciará o


expediente necessário para concessão privilegiada do serviço, mediante concorrência
pública ou administrativa, previamente autorizada em lei.

§ 3.° - Se não se manifestarem interessados, dentro do prazo esTabelecido, dará a


Prefeitura a autorização requerida .

§ ÚNICO – Cassada a permissão ou autorização, será concedido ao


permissionário prazo razoável, a juízo do Prefeito, a examinado cada caso concreto, para
a retirada das instalações do serviço.

CAPÍTULO II

Das Concessões Privilegiadas

Art. 226 – A concessão privilegiada para a exploração de serviço de utilidade


pública far-se-á mediante concorrência pública ou administrativa.
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§ ÚNICA – O concessionário ou permissionário anterior do serviço objeto da


concorrência, e que haja servido bem, terá preferência na concessão desde que,
concorrendo, sua proposta esteja em igualdade de condições com a que for julgada
melhor.
Art. 227 – A concorrência pública será anunciada, com prazo mínimo de 30
(trinta) dias, por editais, pela imprensa local e pelo órgão oficial do Estado.

Art. 228 – A concorrência administrativa será feita entre firmas de comprovada


idoneidade moral, técnica e financeira, de preferência especializadas no ramo objeto da
concorrência, as quais serão convidadas a apresentar propostas detalhadas para
exploração do serviço, satisfazendo as condições mínimas estabelecidas pela Prefeitura.

Art. 229 – Da concorrência pública ou administrativa serão excluídos, o Prefeito,


o Vice-Prefeito e os Vereadores, bem como seus descendentes e ascendentes, cunhados,
durante o cunhadio, sogro e genro, colaterais por consanguinidade ou afinidade, até o
terceiro grau, e os servidores municipais.

Art. 230 – O prazo das concessões privilegiadas não poderá exceder de 20 (vinte)
anos, aí incluídos as prorrogações.

Art. 231 – A percentagem máxima de lucro como remuneração do capital, será a


que for determinada pela legislação federal.

Art. 232 – Em qualquer tempo, poderá o Município encampar o serviço, quando


interesses públicos relevantes e exigirem, mediante indenização, prévia, salvo acordo em
contrário.

Art. 234 – Não poderá o concessionário transferir a concessão sem prévia e


expressa autorização da Prefeitura.

Art. 235 – Poderá o concessionário pleitear a rescisão do contrato se houver


motivo ponderável a que tenha dado a causa a Prefeitura, a rescisão se4 fará então com
ressalva do bem público.

TÍTULO II

Do Serviço de Eletricidade
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CAPÍTULO I

Normas Gerais da Concessão

Art.236 – O aproveitamento de quedas de água dentro do Município, seja para uso


particular ou para comércio de energia, depende exclusivamente de concessão ou
autorização do Governo Federal, na forma da lei.

Art. 237 – O fornecimento de energia elétrica, para iluminação pública, na sede do


Município e Distrito, quando realizado por pessoa física ou empresas particulares, será
regulado por contrato firmado entre a Prefeitura e o concessionário.

CAPÍTULO II

Da Iluminação Particular, Das Instalações e Ligações dos Serviços


Domiciliares, Industriais e Comerciais

Art. 241 – Os serviços de que trata este Capítulo estão regulados pela “CEMIG”,
concessionária autorizada pelo Governo Federal.

TÍTULO III

Do Serviço Telefônico

CAPÍTULO I

Das Concessões

Art. 243 – A exploração ou concessão de telefone interestaduais cabe a União, nos


termos das Leis e Decretos vigentes, observando-se, para as concessões intermunicipais,
a legislação estadual respectiva.
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CAPÍTULO II

Das Instituições

Art. 244 – O plano de redes telefônicas, aéreas ou subterrâneas, na sede do


Município ou dos Distritos, deverá ser previamente aprovado pela Prefeitura.

TÍTULO V

Do Serviço de Transporte Coletivo

CAPÍTULO

Da Concessão

Art. 245 – O transporte coletivo no Município só poderá ser feito por veículo
previamente licenciados pela repartição de trânsito competente, e nas condições previstas
no Código Nacional de Trânsito do Estado de Minas Gerais.

Art. 246 – Para cada concessão, serão fixados os itinerários e o número de


veículos que se tornarem necessários para eficiência do serviço.

CAPÍTULO II

Da Estação Rodoviária

Art. 247 – A estação rodoviária tem por fim centralizar todas as linhas de
transporte coletivo rodoviário, que tenham a cidade como ponto de partida ou chegada,
no regime de concessão a que se refere este Código.

Art. 248 – A estação Rodoviária fera cumprir os horários, o preço das passagens e
os fretes, aprovados pelos órgãos competentes estadual ou federal, e pela Prefeitura.
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§ ÚNICO – O itinerário, os horários e os preços das passagens serão afixados na


estação rodoviária, em lugar visível.

Art. 249 – A venda de passagens e os despachos de volumes ficarão a cargo da


Estação Rodoviária.

§ ÚNICO – Por esses serviços e pelo uso da garagem os proprietários dos veículos
pagarão a taxa prevista nas leis tributárias do Município.

Art. 250 – Os aluguéis das lojas existentes na estação rodoviária serão feitos
mediante contrato escrito, precedido de concorrência pública ou administrativa.

TÍTULO

Dos Matadouros e de Abastecimentos de Carne Verde

CAPÍTULO I

Da Localização, Instalação e Funcionamento dos Matadouros

Art. 251 – Os matadouros, da cidade ou dos bairros do Município, serão


localizados nos sítios a esse fim destinados pelo respectivo plano de urbanismo.

§ ÚNICO – Na falta de plano de urbanismo, serão localizados em lugares


distantes de, no mínimo, 5 (cinco) metros de núcleo da população, a jusante deste, onde
haja fácil abastecimento de água, com vazão suficiente para despejo dos resíduos.

Art. 252 – Anexo ou próximo ao matadouro haverá um pasto fechado, com área
suficiente para comportar, no mínimo, o dobro do número de reses obtidas por dia. Junto
haverá um curral destinado ao gado bovino e caprino, com área adequada ao movimento
do matadouro.

Art. 253 – As reses de corte serão recolhidas ao posto ou curral, pelo menos 24
horas antes da matança. Esse recolhimento se fará todos os dias à mesma hora, que será
determinada pelo encarregado do matadouro.
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Art. 254 – Será mantido um registro de entrada de animais, do qual constarão a


espécie de gado, data e hora de entrada, estado dos animais, número de cabeças, nome
dos proprietários e as observações que forem julgadas necessárias.

Art. 255 – O encarregado do matadouro é responsável pela guarda dos animais


confiadas ao estabelecimentos, não se estendendo essa responsabilidade aos casos de
morte ou acidentes, fortuitos ou de força maior, que não possam ser previsto ou evitados.

§ ÚNICO – Verificada a morte de qualquer animal recolhido ao matadouro será o


seu proprietário notificado para retirá-lo dentro do prazo de 3 (três) horas, Findo o prazo,
sem que a notificação haja sido atendida; o encarregado mandará fazer a remoção do
animal, correndo todas as despesas por conta do proprietário, que será ainda passível de
multa.

CAPÍTULO II

Da Matança e Inspeção Sanitária

Art. 256 – É indispensável o exame sanitário dos animais destinados ao abate,


sem o que este não será efetuado.

§ ÚNICO – O exame será realizado no gado em pé, no curral anexo ao matadouro


por profissional habilitado, a simples suspeita de enfermidade determinará a rejeição dos
animais.

Art. 257 – Em caso do exame realizado pelo encarregado, e quando não seja
possível ouvir-se um profissional habilitado, a simples suspeita de enfermidades
determinará a rejeição dos animais.

Art. 258 – É considerado impróprio para o concurso alimentar, e passível de


rejeição preliminar ou de condenação total, todo animal em que se verificar, quer no
exame a que se refere o art. 256, quer no exame das carnes e vísceras, a existências de
qualquer das enfermidades referidas no Regulamento da Saúde Pública do Estado.

Art. 259 – Qualquer que seja o processo de matança adotado, com aprovação do
Prefeito, é indispensável a sangra imediata e o escoamento do sangue das reses abatidas.
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CAPÍTULO III

Disposições Gerais

Art. 260 – Nenhum gado bovino destinado ao consumo público poderá ser abatido
fora do matadouro, sob pena de multa.

Art. 261 – As taxas referentes à matança e ao transporte de carnes verdes do


matadouro aos açougues serão cobrada de acordo com legislação tributária do
Município.

Art. 262 – O serviço de transporte de carnes do matadouro para os açougues será


feito em veículos apropriados, fechados e com dispositivo para ventilação, observando-
se na sua construção interna, todas as prescrições de higiene.

§ ÚNICO – Os transportadores de carnes deverão manter as suas vestes em


perfeito estado de asseio, e serão obrigados a lavar, diariamente, os respectivos veículos.

CAPÍTULO IV

Dos Açougues e do Abastecimento de Carnes Verdes

Art. 263 – A venda a varejo, de carnes verdes, toucinho e vísceras só poderá ser
feita em recintos apropriados e que preencham as condições de higiene estabelecidas
pela Saúde Pública do Estado de Minas Gerais.

§ 1°. – Os açougueiros deverão manter os seus estabelecimentos em completo


estado de asseio e higiene, não lhes sendo permitido ter nos mesmos, qualquer ramo de
negócios diverso do de sua especialidade, bem como guardar na sala de talho, objetos
que lhos sejam estranhos.
§ 2°. – Os açougueiros não poderão admitir ou manter no serviço empregados que
não sejam portadores de carteira sanitária ou atestado médico de que não sofram de
moléstias contagiosas.

Art. 264 – Os cortadores e vendedores, sejam proprietários ou empregados, serão


obrigados a usar sempre aventais e gorros brancos, mudados diariamente.
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Art. 265 – Os açougues existentes na cidade, a data da promulgação deste Código,


e que não satisfaçam as normas estabelecidas neste Capítulo, deverão adotar as mesmas
no prazo de 6 (seis) meses.

§ ÚNICO – A Prefeitura examinará em cada caso concreto nas remodelações


realizadas para efeito de sua aprovação.

Art. 266 – As infrações resultantes do não cumprimento das disposições deste


Título serão punidas com a multa correspondente ao valor de 10% (dez por cento) a
20%( vinte por cento) do salário mínimo vigente na região.

TÍTULO VII

Dos Mercadores e Feiras Livres

CAPÍTULO I

Dos Mercados

Art. 267 – O mercado é o estabelecimento público, sob a administração e


fiscalização do Governo Municipal, destinado ao varejo de gêneros alimentícios e
produtos da pequena indústria, animal, agrícola ou extrativa. Havendo espaço, pode o
Prefeito autorizar, a título precário e mediante licença especial, a exposição e venda de
outros artigos.

Art. 268 – Nos mercados, o comércio poderá fazer-se em cômodos locados ou em


espaços abertos, tudo na forma e condições adiante estabelecidas.

Art. 269 – Os mercados estarão abertos ao público, das 6 às 17 horas, diariamente,


nos dias úteis, e das 6 ás 12 horas, aos domingos e feriados.

§ ÚNICO – É inteiramente livre a entrada e saída de pessoas nas horas


regulamentares. No recinto dos mercados, porém, ficam todos sujeitos à ordem e
disciplina internas, sendo punido com multa e expulsão, e, nos casos graves, vedação da
entrada, quem transgredir preceitos de higiene e polícia.

Art. 270 – Não é permitida a revenda de quaisquer mercadorias.


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Art. 271 – As mercadorias que, levadas aos mercados, não forem vendidas até a
hora do encerramento das atividades, poderão ser guardadas em cômodos a isso
destinados, mediante o pagamento da armazenagem arbitrada pelo Prefeito, com exceção
daquelas que forem de fácil deterioração, tais como, frutas, legumes, hortaliças e outros
viveres assim considerados.

Art. 272 – Nenhum produto pode ser exposto à venda nos mercados, se não
estiver acondicionado:

a) os legumes, hortaliças e raízes etc., em tabuleiros;


b) as frutas e ovos em cestos ou caixas;
c) os grãos e cereais em sacos ou barricas;
d) as aves em gaiolas graduadas ou teladas, com soalho de zinco;
e) o toucinho, carne verde e peixe, em mesas de mármore, pedra plástica ou
chapas de aço inoxidável.

§ 1°. – As mercadorias devem ser expostas em estrados, mesas, balcões ou


mostruários adequados.

§ 2°. – Os negociantes de carne verde, toucinho, animais abatidos, observarão,


ainda, no que couber, as disposições do Título VI.

Art. 273 – Os gêneros alimentícios deteriorados, frutas verdes ou em começo de


decomposição, expostos à venda, serão apreendidos e inutilizados, independentemente
de qualquer indenização, ficando, ainda, o vendedor sujeito à multas.

Art. 274 – É proibido o estacionamento, no recinto dos mercados, dos veículos e


animais empregados na condução de gêneros, os quais deverão ser retirados,
imediatamente após o descarregamento, para os locais a isso destinados.

Art. 275 – Os que só vendem frutas, legumes, hortaliças, raízes, tubérculos e


outros gêneros alimentícios da sua pequena e própria lavoura ou indústria caseira, são
isentos da taxa de locação de espaço.

Art. 276 – As lojas açougues e demais cômodos serão alugados, mediante


concorrência pública, a quem mais der acima do preço fixado pela Prefeitura.

§ 1°. – Aceita a proposta, antes da assinatura do controle de locação, prestará o


proponente fiança correspondente a três meses do aluguel oferecido, como garantia do
pagamento deste, de multa que acaso lhe forem impostas e de reparos que a Prefeitura
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tiver de fazer, decorrentes de estragos causados pelo locatório. O depósito será restituído
quando findar a locação, feitas as deduções regulamentares cabíveis, se este for o caso.

§ 2°. – Os aluguéis serão pagos adiantadamente, até o dia 5 ( cinco) de cada mês e,
em caso de mora, com a multa de 20% (vinte por cento).

Art. 277 – Ninguém poderá alugar mais de um cômodo, por si ou por interposta
pessoa, para o mesmo ou diverso ramo de negócio.

Art. 278 – É expressamente proibido atravessar gêneros destinados ao consumo


público, tenham ou não dado entrada nos mercados.

§ ÚNICO – Consideram-se atravessadores de gêneros:

a) os que comprarem, no todo ou em grande parte, gêneros destinados aos


mercados públicos, ou que por qualquer forma concorrerem para que o
produto não dê ali entrada, pouco importando que o ato incriminado seja
praticado em estradas públicas ou particulares, nas ruas da cidade ou de
bairros, ou nos arredores do Município.

b) Os que, com notícias tendenciosas ou intento malicioso, induzirem os


condutores de gêneros a não levar o produto aos mercados.

Art. 279 – Aos infratores das disposições deste Capítulo serão aplicadas multas
equivalentes ao valor de 10% (dez por cento) a 20% (vinte por cento) do salário mínimo
vigente na região.

Art. 280 – A feira livre se destina ao comércio de gêneros alimentícios, aves,


frutas e legumes, utensílios culinários e outros artigos de pequenas indústria, para
abastecimento doméstico e facilidade de venda direta do pequeno produtor ou criador
aos consumidores.

Art. 281 – O serviço de fiscalização será superintendido e executado por


funcionário municipal para isso designado.

Art. 282 – A feira livre funcionará em dia e lugar designado pelo Prefeito,
segundo o aconselhar o interesse público.

Art. 283 – A hora fixada para o encerramento da feira, os feirantes suspenderão as


vendas, precedendo à desmontagem das barracas, tabuleiros e respectivos pertences, e a
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remoção rápida das mercadorias, de forma a ficar o recinto livre e pronto para o início
imediato público.

Art. 284 – A Prefeitura fará examinar os produtos postos à venda na feira,


mandando retirar, imediatamente, aqueles que não estiverem em condições de ter dados
ao consumo público.

Art. 285 – A colocação das barracas, mesas, tabuleiro, balcões ou pequenos


veículos nas feiras livres será feita segundo o critério de prioridade, realizando-se, tanto
quanto possível, o agrupamento dos feirantes, por classes similares de mercadorias.

Art. 286 – Os veículos que conduzires mercadorias ou que sejam destinados a


exposição da própria mercadoria transportada, serão postos em ordem e em local
designado pelo fiscal da feira, de maneira a facilitar o trânsito público.

Art. 287 – Na colocação das barracas, deverá ser observado o espaço necessário
para a passagem do público.

Art. 288 – Os gêneros alimentícios, frutas e legumes, deverão ser expostos a


venda em mesas, tabuleiros, balcões, caixas, cestos ou pequenos veículos.

Art. 289 – Para a venda, na feira livre, de carnes de quaisquer espécies, ou


animais abatidos, devem ser observadas, no que couber, as disposições aplicáveis aos
matadouros e açougues.

Art. 290 – As carnes, salames, salsichas e produtos similares, deverão ser


suspensas em ganchos de ferro polido ou estanhado, ou colocados sobre mesas ou em
recipientes apropriados, observados rigorosamente os preceitos de higiene.

Art.291 – Para a venda de peixes é obrigatório a utilização de um recipiente


estanque, destinado a receber quaisquer resíduos, observadas as normas da higiene,
aconselhadas ao caso.

Art. 292 – O leite e os produtos laticínios postos à venda, deverão ser conservados
em recipientes apropriados, à prova de pó e de outras impurezas, satisfeitas, ainda, as
demais condições de higiene.

Art. 293 – Os feirantes, por si ou por seus prepostos, são obrigados a:


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a) acatar as determinações regulamentares feitas pelo fiscal e guardar


decoro para com o público, abatendo-se de apregoar sua mercadoria, com
algazarras;
b) manter um perfeito estado de higiene as suas barracas ou balcões e
aparelhos, bem como utensílios empregados na venda de seus artigos;
c) não iniciar a venda de suas mercadorias antes do horário regulamentar,
nem prolonga-la além da hora do encerramento;
d) não ocupar área maior que a que lhes for concedida na distribuição do
local a que se refere o artigo 285;
e) não deslocar as suas barracas ou tabuleiros para pontos diferentes
daqueles que lhes forem determinados;
f) colocar etiquetas com preços das mercadorias.

§ ÚNICO – Nas feiras livres só poderão ser empregados aparelhos ou


instrumentos de pesar ou medir, que satisfaça as condições legais.

Art. 294 – Na feira livre municipal é expressamente proibido, sob pena de


apreensão da mercadoria e aplicação de multa cabíveis:

a) vender bebidas alcoólicas;


b) atravessar, açambarcar ou monopolizas qualquer mercadoria;
c) sonegar à venda, sob qualquer pretexto, mercadorias existentes na lavoura;
d) vender produtos nocivos à saúde pública.

§ ÚNICO – Ficará a cargo da fiscalização oficial da feira livre, a expedição de


guia relativa à multa ou apreensão de mercadorias, cabendo recurso do interessado para
o Prefeito Municipal, que o despachará no primeiro expediente da Requisição que se
seguir à aplicação da penalidade.

Art. 295 – Os produtos e mercadorias mencionado no art. 280 deste Código, serão
isentos do pagamento de qualquer tributo municipal inclusive a taxa de localização na
feira, cumprindo aos interessados requerer à Prefeitura a matrícula como feirante,
comprovada a condição de pequenos produtores, criadores e industriais, neste ou em
outros municípios da região.

Art. 296 – Os artigos existentes no recinto da feira livre municipal não poderão
ser vendidos por atacado, nem recusada a sua venda sob pretexto de reserva ou
designação ou destinação diversa, sob pena de multa ou apreensão das mercadorias.
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Art. 297 – Aos infratores das disposições deste Capítulo, será aplicada a multa
equivalente ao valor de 10% (dez por cento) a 20% (vinte por cento) do salário mínimo
vigente na região.

Art. 298 – Revogada as disposições em contrário, esta lei entrará em vigor na data
de sua publicação.

MANDO, portanto, a toda as autoridades a quem o conhecimento e a execução


desta lei pertencer, quer a façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém.

Dada no edifício da Prefeitura Municipal de Lambari, aos 22 (vinte e dois) dias do


mês de abril de 1970.

PREFEITO MUNICIPAL – Jairo Ferreira

Registrada e publicada nesta Secretaria da Prefeitura Municipal de Lambari,


aos 22 (vinte e dois) do mês de abril de 1970.

SECRETÁRIO MUNICIPAL – José Sgarbi Astério

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