DFN 2023
DFN 2023
DFN 2023
Factos e Números
Relatório Anual do Observatório
Nacional da Diabetes
– Edição de 2023
Layout e Impressão:
Letra Solúvel – Publicidade e Marketing, Lda.
email: geral@letrasoluvel.pt
www.letrasoluvel.pt
Índice
Agradecimentos 59
3
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
“Os centros de observação de Saúde devem ser organismos independentes, tanto do financiador
como dos utilizadores, de modo a preservar a sua análise da influência dos decisores políticos,
proporcionando a estes uma análise técnica que ajude a fundamentar o estabelecimento de estratégias
e políticas de saúde”.
O OND foi constituído como uma estrutura integrada na Sociedade Portuguesa de Diabetologia − SPD
e tem como função:
Recolher, validar, gerar e disseminar informação fiável e cientificamente credível sobre a Diabetes
em Portugal.
Direção do OND:
João Raposo
Direção da SPD:
João Filipe Raposo
Mariana Monteiro
Hélder Ferreira
Rita Nortadas
Júlia Figueiredo
Edite Nascimento
Ema Carvalho
Sandra Paiva
Paula Macedo
4
Diabetes: Factos e Números – 10.ª Edição
A “Diabetes: Factos e Números” tem como objetivo constituir um repositório da informação disponível
sobre a Diabetes em Portugal, produzida por diversas fontes científicas e institucionais, visando a
divulgação de informação sobre a Diabetes junto da sociedade, dirigindo-se a profissionais de saúde, a
alunos e investigadores, aos profissionais da comunicação social e ao grande público em geral.
A concentração da informação relativa a estes três anos nesta edição deveu-se à situação epidémica
vivida a nível global nos últimos anos, que esteve na origem da interrupção da sua edição durante
3 anos. Espera-se, assim, com este número, retomar a publicação anual deste importante instrumento
na luta contra a Diabetes.
Esta 10.ª edição apresenta uma inversão da tendência de expansão na informação disponibilizada
pelo Ministério da Saúde, que passou a limitar o acesso direto aos registos de morbilidade hospitalar.
Este facto está na origem não só de uma significativa redução dos indicadores apresentados, resultando
num empobrecimento da informação relativamente a esta dimensão, mas também de uma quebra de
série relativamente aos indicadores analisados, uma vez que estes são disponibilizados pelo Ministério
e não calculados pelo OND.
Espera-se que a boa vontade de todos os intervenientes se possa traduzir, rapidamente, numa
recuperação desta dimensão de análise fundamental para o conhecimento sobre a Diabetes no nosso
país. Regista-se ainda a interrupção da publicação de parte da informação relativa à incidência da
Diabetes, resultante da disrupção verificada na atividade da rede de Médicos Sentinela durante o
período pandémico.
A presente edição incide sobre os grandes grupos de informação das edições anteriores
– a epidemiologia da diabetes, o seu controlo e os custos associados à patologia, bem como a
apresentação regionalizada de alguns indicadores.
Registam-se, contudo, outros indicadores com evoluções preocupantes, de que são exemplo:
A prevalência continua a aumentar, o que significa que não podemos baixar a guarda na luta sem
tréguas contra a pandemia da Diabetes.
A todas as entidades que colaboraram com o OND na disponibilização da informação de base deste
Relatório (e que são mencionadas no seu final), o nosso agradecimento.
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Epidemiologia da Diabetes
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Prevalência da Diabetes
Em 2021 a prevalência estimada da Diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre
os 20 e os 79 anos (7,8 milhões de indivíduos) foi de 14,1%, isto é, cerca de 1,1 milhões de portugueses
neste grupo etário tem Diabetes.
O impacto do envelhecimento da estrutura etária da população portuguesa (20-79 anos) refletiu-se num
aumento de 2,4 pontos percentuais (p.p.) da taxa de prevalência da Diabetes entre 2009 e 2021, o que
corresponde a um crescimento na ordem dos 20,5% neste período.
Em termos de composição da taxa de prevalência da Diabetes, em 56% dos indivíduos esta já havia sido
diagnosticada e em 44% ainda não tinha sido diagnosticada.
NOTA: P
or prevalência ajustada entende-se a aplicação das taxas de prevalência por escalão etário e por sexo à distribuição da população no ano
em análise.
NOTA: Por prevalência ajustada entende-se a aplicação das taxas de prevalência por escalão etário e por sexo à
distribuição da população no ano em análise.
11,7%
FONTE: First diabetes prevalence study in Portugal: PREVADIAB study; Diabet Med. 2010 Aug; 27 (8): 879-81.
8
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35%
30,4% 30,4% 30,4%
30%
15%
30%
27,0% 27,0% 27,1%
25%
10,3% 10,3% 10,4%
20%
15%
12,8% 12,8% 12,8%
0
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
20-39 Anos 40-59 Anos 60-79 Anos
Diagnosticada Não Diagnosticada
20%
15%
10%
4,6% 4,6% 4,8%
0
2019 2020 2021 2019 2020 2021
Homens Mulheres
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Verifica-se a existência de uma relação entre o escalão de Índice de Massa Corporal (IMC) e a Diabetes,
com cerca de 90% da população com Diabetes a apresentar excesso de peso ou obesidade, de acordo
com os dados recolhidos no âmbito do PREVADIAB.
A prevalência da Diabetes nas pessoas obesas (IMC≥ 30) é perto de quatro vezes maior do que nas
pessoas com IMC normal (IMC‹25).
25%
22,0%
21,4% 21,5%
20%
10%
5%
0
2019 2020 2021
• AGJ – 10,8% da população portuguesa entre os 20-79 anos (0,8 milhões de indivíduos)1;
• TDG – 14,9% da população portuguesa entre os 20-79 anos (1,2 milhões de indivíduos)2;
• AGJ + TDG – 2,9% da população portuguesa entre os 20-79 anos (0,2 milhões de indivíduos)3.
Mais de metade das pessoas com Hiperglicemia Intermédia só é diagnosticada com recurso à realização
de PTGO (Prova de Tolerância à Glicose Oral).
1
Em 2019 e em 2020 este valor era 10,7%.
2
Em 2019 e em 2020 este valor era 14,7%.
3
Em 2019 e em 2020 este valor era 2,8%.
30%
25%
2,9%
20%
14,9% 57,3%
15% 28,6%
10%
5% 10,8%
14,1%
0
AGJ Diabetes
TDG Hiperglicemia Intermédia
AGJ + TDG Normoglicemia
Incidência da Diabetes
A taxa de incidência da Diabetes fornece-nos a informação respeitante à identificação anual do número
de novos casos de Diabetes na população base.
Em 2021 estima-se a existência de 680 novos casos de Diabetes por cada 100 000 habitantes. Em média,
na última década, foram diagnosticados anualmente 670 novos casos de Diabetes por cada 100 000
residentes em Portugal Continental.
N.º de Novos Casos de Diabetes Registados nos Cuidados de Saúde Primários em Portugal Continental
| Média
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
| 2012-2021
N.º de novos casos
registados nos CSP n.d. 899,8 806 662,5 699,5 642,9 586,4 618,3 623,5 485 679,6 670,4
por 100.000 utentes
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Mortalidade da Diabetes
Na última década tem-se verificado uma diminuição significativa do número de anos potenciais de
vida perdida por Diabetes Mellitus em Portugal (-34%). Contudo, em 2020 (último ano de informação
disponível), a Diabetes representou perto de oito anos de vida perdida por cada óbito por Diabetes na
população com idade inferior a 70 anos.
Apesar do ligeiro decréscimo da representatividade da Diabetes nas causas de morte em Portugal, esta
patologia continua a assumir um papel significativo nas causas de morte, tendo estado na origem de
3,3% dos óbitos ocorridos em 2020 (último ano de informação disponível).
% da DM
3,0% 4,4% 4,5% 4,3% 4,1% 4,0% 3,9% 3,8% 3,8% 3,4% 3,3%
no Total de Óbitos
Letalidade Intra-Hospitalar
É de realçar o aumento do número absoluto de óbitos registados nos internamentos em que a DM foi o
diagnóstico principal (+19,6% nos últimos 5 anos).
Nº de Óbitos
373 401 378 433 446
Internamentos por DM - DP
Percentagem da Letalidade
5,5% 6,0% 5,7% 7,0% 6,7%
intra-Hospitalar do SNS
FONTE: BIMH
– Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes com destino após a alta de falecido (episódios com
código de diagnóstico principal de Diabetes + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS.
(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).
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C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S
Hospitalização
O número de utentes saídos/ episódios de internamentos nos hospitais públicos portugueses em que
a Diabetes se assume como diagnóstico principal registou uma ligeira diminuição nos últimos anos
(-2,3% entre 2017 e 2021).
Por outro lado, o número de utentes saídos / episódios de internamentos em que a Diabetes surge como
diagnóstico associado aumentou (cresceu 4,0% entre 2017 e 2021).
Internamentos de utentes com Diabetes dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021
Diabetes como Diagnóstico Associado 128 527 124 193 129 320 121 876 133 717
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento com diabetes (episódios com código de diagnóstico principal e/ ou
de Diabetes + Duração > 24h); Aos valores do universo de internamentos de diabetes em adultos (informação disponibilizada pela ACSS) foi
acrescido o número de episódios de internamentos de crianças e jovens por diabetes como causa principal; O apuramento dos internamentos
em que a diabetes surge como diagnóstico associado decorre da diferença entre o valor do universo de episódios de pessoas com diabetes e o
número de internamentos em que a diabetes é o diagnóstico principal – Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.
(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).
A representatividade da Diabetes no universo dos utentes saídos dos hospitais do SNS e dos SRS tem
crescido nos últimos anos. Em cada 5 internamentos nos hospitais públicos portugueses, a diabetes
está presente em um deles.
Relevância dos Internamentos de utentes com Diabetes no Universo de internamentos dos Hospitais
do SNS e dos SRS (*)
25%
19,8% 20,3%
18,8% 19,4%
20% 18,2% 18,5%
17,7% 17,3% 17,6%
16,8%
15%
10%
5%
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal e/ ou
de Diabetes + Duração >24h); Aos valores do universo de internamentos de diabetes em adultos (informação disponibilizada pela ACSS) foi
acrescido o número de episódios de internamentos de crianças e jovens por diabetes como causa principal; O apuramento dos internamentos
em que a diabetes surge como diagnóstico associado decorre da diferença entre o valor do universo de episódios de pessoas com diabetes e o
número de internamentos em que a diabetes é o diagnóstico principal; Excluem-se episódios da GCD 14 (Gravidez, Parto e Puerpério) do valor
global de internamentos – Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).
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A grande maioria dos internamentos por diabetes nos hospitais públicos portugueses são
protagonizados por adultos com Diabetes (mais de 90% dos registos em todo o período considerado).
Internamentos por Diabetes – DP, por grupo etário, dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
crianças e jovens < 18 anos e adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.
(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS – Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS – Sistemas Regionais de
Saúde (Açores e Madeira).
A quase totalidade dos internamentos de crianças e jovens por diabetes nos hospitais públicos
portugueses está relacionada com ocorrências (descompensações/complicações) decorrentes da
Diabetes Tipo 1.
Internamentos de Crianças e Jovens por Diabetes – DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
crianças e jovens < 18 + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.
(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS – Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).
A grande maioria das causas de internamento em adultos por diabetes nos hospitais públicos portugueses
estão relacionadas quer com complicações crónicas quer com complicações agudas desta doença.
Classificação dos internamentos de Adultos por Diabetes – DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021
Internamentos por complicações crónicas
40,7% 39,5% 40,2% 39,9% 40,7%
da diabetes
Internamentos por complicações agudas
21,6% 25,8% 25,9% 31,0% 31,8%
da diabetes
Internamentos por diabetes não controlada
26,2% 23,7% 23,6% 18,7% 17,1%
sem complicações
Internamentos por diabetes por outras causas
11,5% 11,0% 10,3% 10,4% 10,4%
e/ou complicações
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.
(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).
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FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal com
destino após a alta de falecido – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.
(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).
Cuidados Primários
Em 2021 na Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental encontravam-se
registados 903.644 utentes com Diabetes1, (dos quais 36,3% nas Unidades de Cuidados de Saúde
Personalizados – UCSP e 63,7% nas Unidades de Saúde Familiar – USF), num universo de 11 823 234
utentes registados2 (dos quais 40,1% nas UCSP e 59,9% nas USF).
1
Em 2019 e em 2020 eram, respetivamente, 885 576 e 866 011 utentes com Diabetes.
2
Em 2019 e em 2020 eram, respetivamente, 11 847 167 e 11 575 100 utentes registados no SNS.
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ACESSIBILIDADE
Em 2021 na Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental o número de
utentes com Diabetes que utilizou os serviços (com pelo menos uma consulta registada em sistema)
foi de 724 5211 (dos quais 30,9% nas UCSP e 69,1% nas USF).
Em 2019 e em 2020 foram utilizadores dos serviços dos cuidados de saúde primários do SNS, respetivamente, 739 473 e 685 697 utentes com
1
Diabetes.
A representatividade das Consultas de Diabetes no total das consultas médicas realizadas nos Cuidados
Primários decresceu significativamente nestes últimos 8 anos, passando de 8,1% em 2014 para 5,6%
em 2021.
SNS
5,6% 5,7% em 2020 FONTE: SPMS – SIM@SNS;
Relatório de Acesso aos
A pandemia associada à COVID19 teve especiais reflexos na atividade médica da diabetes nos cuidados
de saúde primários, com especial reflexo no ano de 2020. Comparativamente ao ano de 2019 foram
realizadas menos 261 922 consultas de Diabetes em 2020 (o que se traduz numa diminuição de 12,3% da
assistência médica). Não obstante o crescimento registado em 2021, o número de consultas de Diabetes
é ainda deficitário comparativamente aos valores de 2019.
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Em 2021 a taxa de cobertura da vigilância médica das pessoas com diabetes (com 2 ou mais consultas
registadas) que utilizaram a Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental era
80,0%, abrangendo um universo de 579 386 utentes com Diabetes1.
Número Médio de Consultas de Diabetes por Utente com Diabetes (com Consulta Registada)
(2021)
1
Em 2019 e em 2020 foram acompanhados pelos serviços dos cuidados de saúde primários do SNS, respetivamente, 630 623 e 524 689 utentes
com Diabetes.
CONTROLO
Utentes com Diabetes (com consulta registada) com pedidos de HbA1c registados
(2021)
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Utentes com Diabetes (com HbA1c registada) com HbA1c < 6,5%
(2021)
Utentes com Diabetes com registo de Colesterol LDL (com Consulta Registada)
(2021)
Utentes com Diabetes com registo de Colesterol LDL com resultado < 100mg/dl
(2021)
18
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Utentes com Diabetes com registo de Colesterol LDL com resultado < 70mg/dl
(2021)
Em 2020 e em 2021, associado ao período pandémico vivido, verificou-se uma quebra significativa dos
registos de observação do pé dos utentes com diabetes que utilizaram a Rede de Cuidados de Saúde
Primários do SNS de Portugal Continental.
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Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de IMC > 25
(2021)
Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de IMC > 30
(2021)
20
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Complicações da Diabetes
A persistência de um nível elevado de glicose no sangue, mesmo quando não estão presentes os
sintomas para alertar o indivíduo para a presença de Diabetes ou para a sua descompensação, resulta
em lesões nos tecidos. Embora a evidência dessas lesões possa ser encontrada em diversos órgãos,
é nos rins, olhos, nervos periféricos e sistema vascular, que se manifestam as mais importantes, e
frequentemente fatais, complicações da Diabetes.
Além do sofrimento humano que as complicações relacionadas com a doença causam nas pessoas
com Diabetes e nos seus familiares, os seus custos económicos são enormes. Estes custos incluem os
cuidados de saúde, a perda de rendimentos e os custos económicos para a sociedade em geral, a perda
de produtividade e os custos associados às oportunidades perdidas para o desenvolvimento económico.
Um deficiente controlo metabólico nas crianças pode resultar em défice de desenvolvimento, assim
como na ocorrência tanto de hipoglicemias graves, como de hiperglicemia crónica e em internamentos
hospitalares.
As crianças são mais sensíveis à falta de insulina do que os adultos e estão em maior risco de
desenvolvimento rápido e dramático da cetoacidose diabética.
• Retinopatia;
Olhos
• Nefropatia; e (retinopatia)
Rim
(nefropatia)
Membros inferiores
(doença vascular periférica)
Pé diabético
(ulceração e amputação)
21
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PÉ
O número total de episódios com amputações dos membros inferiores em doentes de Diabetes têm-se
mantido estável ao longo do período considerado, sendo de salientar, contudo, o aumento registado das
amputações major.
A letalidade intra-hospitalar registada nos episódios com amputações dos membros inferiores em
doentes de Diabetes tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos, a qual se encontra, em grande
medida, associada ao decréscimo de letalidade verificado nos episódios das amputações major.
N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (*)
2017 2018 2019 2020 2021
Letalidade intra-hospitalar dos episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes
com Diabetes (*)
2017 2018 2019 2020 2021
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (episódio com
código de diagnóstico de Diabetes DP + DA – adultos ≥1 8 anos + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.
(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).
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C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S
OLHO
O número de pessoas com Diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética
cresceu significativamente, tendo atingido ¼ da população com diabetes inscrita nos CSP em 2018 e em
2019. A atividade foi grandemente influenciada pelo período pandémico, com uma quebra superior a 50%
do número de rastreios em 2020. Em 2021 verificou-se uma recuperação da atividade desenvolvida, mas
ainda aquém do registado no período pré-pandémico.
Número
7 937 16 103 1 420 16 491 16 444 0 0 0 0 1 345
de Rastreios
ARS Taxa de Rastreio
33% 60% 5% 38% 50% 0% 0% 0% 0% 3%
Algarve Populacional
Percentagem de Casos
9% 9% 6% 10% 10% n.a. n.a. n.a. n.a. 6%
para Tratamento
Número
103 118 115 284 95 535 113 443 158 526 200 965 218 223 225 743 102 487 185 404
de Rastreios
Taxa de Rastreio
SNS Populacional
15% 15% 12% 13% 19% 24% 25% 25% 12% 21%
Percentagem de Casos
6% 7% 9% 5% 5% 4% 4% 4% 4% 4%
para Tratamento
FONTE: ARS Norte; ARS Centro; ARS LVT; ARS Alentejo; ARS Algarve; SPMS – SIM@SNS; DGS.
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RIM
Etiologia da Insuficiência Renal Crónica (IRC) em Terapêutica de Substituição Renal – Diabetes
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Prevalência da Diabetes nas Pessoas com
27,5% 27,7% 27,8% 28,1% 28,5% 28,0% 27,8% 28,0% 27,7% 28,0%
Insuficiência Renal Crónica (IRC) – Global
Prevalência da Diabetes nos novos casos
31,8% 31,2% 32,2% 33,9% 31,8% 32,2% 31,5% 33,2% 33,1% 33,2%
de Insuficiência Renal Crónica (IRC) – Global
FONTE: S
ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 13 290 casos, dos quais 2470 novos casos em 2021
(em 2020 Total – 13 279 Novos Casos – 2333 e em 2019 Total – 13 375 Novos Casos – 22 627).
FONTE: S
ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 12 404 casos, dos quais 2215 novos casos em 2021
(em 2020 Total – 12 410 Novos Casos – 2094 e em 2019 Total –12 417 Novos Casos – 2343).
FONTE: S
ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 886 casos, dos quais 255 novos casos em 2021
(em 2020 Total – 878 Novos Casos – 239 e em 2019 Total – 852 Novos Casos – 284).
TRANSPLANTES
Etiologia da Insuficiência Renal Crónica (IRC) em Transplantes Renais – Diabetes
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Prevalência da Diabetes nas Pessoas
com Insuficiência Renal Crónica (IRC) 13,0% 11,1% 16,0% 19,7% 18,9% 14,9% 17,6% 17,0% 21,7% 13,6%
com Transplantes Renais
FONTE: S
ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 442 casos em 2021 (em 2020 393 casos e em 2019 514 casos).
24
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S
DOENÇA MACROVASCULAR
Em 2021, 31,1% dos internamentos por AVC são em pessoas com Diabetes, tendo a sua importância
relativa aumentado 2,8 p.p. nos últimos 5 anos.
N.º de pessoas com Diabetes com Acidente Vascular Cerebral – AVC (*)
2017 2018 2019 2020 2021
Percentagem da DM nos Internamentos por AVC 28,3% 29,5% 30,2% 29,7% 31,1%
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de Internamentos por AVC e DM – Diagnóstico Associado – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h –
Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
Perto de 1/3 dos internamentos por EAM são em pessoas com Diabetes, tendo a sua importância relativa
se mantido relativamente estável nos últimos 5 anos.
N.º de pessoas com Diabetes com Enfarte Agudo do Miocárdio – EAM (*)
2017 2018 2019 2020 2021
Percentagem da DM nos Internamentos por EAM 33,3% 33,2% 33,4% 32,6% 32,9%
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de Internamentos por AVC e DM – Diagnóstico Associado – adultos ≥1 8 anos + Duração > 24h –
Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
25
Controlo e Tratamento
da Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Consumo de Medicamentos
O consumo de medicamentos para a Diabetes tem estado a aumentar significativamente ao longo dos
últimos anos, em toda a Europa, em termos da Dose Diária Definida/1000 habitantes/dia. As razões
apontadas para esta dinâmica são, além do aumento da prevalência da doença, o aumento do número e
da proporção de pessoas tratadas, bem como as dosagens médias utilizadas nos tratamentos.
A dose diária definida por 1000 habitantes por dia indica, em medicamentos administrados
cronicamente, a proporção da população que diariamente recebe tratamento com determinado fármaco
numa determinada dose média (exemplo: em 2021, o equivalente a 79 portugueses em cada 1000 – 7,9%
da população portuguesa – recebiam tratamento de antidiabéticos não insulínicos e insulinas).
O incremento do consumo tem-se traduzido num acréscimo das vendas de medicamentos para a
Diabetes, quer em termos de volume de embalagens vendidas quer de valor (esta última dimensão com
uma dinâmica acentuada nos últimos anos).
28
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S
10,3 10,6
10,0
10 9,6
9,0
8
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
O crescimento dos custos dos medicamentos da Diabetes tem assumido uma especial preponderância
e relevância (+ 101%) face ao crescimento efetivo do consumo, quantificado em número de embalagens
vendidas (+ 48%).
Os utentes do SNS têm encargos diretos de 33,7 Milhões de Euros com o consumo de Antidiabéticos
não insulínicos e de Insulinas, o que representa 8% dos custos do mercado de ambulatório com estes
medicamentos no último ano (esta representatividade tem-se mantido relativamente constante ao longo
da última década).
450 33,7
30,5
CRESCIMENTO 2012-2021 +101% 28,0
25,2
Milhões de Euros
23,3
300 22,0 21,8
20,6
18,0
17,0
385,8
352,3
323,6
150 291,1
248,7 263,2
222,0 238,8
191,8 208,0
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
O custo médio das embalagens de medicamentos da Diabetes cresceu mais de 1/3 do seu valor nos
últimos dez anos.
29
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Nos últimos 7 anos, os genéricos de medicamentos para a Diabetes perderam relevância em termos
do volume de vendas, medido em número de embalagens. Em termos de valor, o mercado de genéricos
de medicamentos para a Diabetes mantém um papel relativamente residual e decrescente na despesa
em medicamentos.
Custo Médio Genéricos n.d. 4,0 € 4,0 € 4,0 € 3,9 € 3,9 € 3,9 € 3,9 € 3,8 € 3,7 € 3,6 €
Tiras-Teste – Glicemia 235 2 115 2 632 2 660 2 804 2 775 2 774 2 668 2 551 2 444 2 338
FONTE: IMS Health; Centro de Conferência de Faturas – Ministério da Saúde (CCF – MS); INFARMED; A partir do ano de 2012 a origem da informação
disponibilizada é o CCF – MS; INFARMED.
Tiras-Teste – Glicemia 9,1 46,0 52,8 50,9 51,2 50,5 50,4 48,4 45,7 43,2 41,3
FONTE: IMS Health; Centro de Conferência de Faturas – Ministério da Saúde (CCF – MS); INFARMED; A partir do ano de 2012 a origem da informação
disponibilizada é o CCF – MS; INFARMED.
30
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S
Vendas (em volume) em Ambulatório de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS
em Portugal Continental
– Por SubClasses Terapêuticas
2012-2021 +48%
Insulinas +34%
14,0 1,5
ADNI +50% 1,6
1,6
12,0 1,5
Milhões de Embalagens
1,4 1,5
1,3 1,4
1,3
10,0 1,1
8,0
2,0 110,5 141,4 157,1 157,7 169,0 180,8 196,5 203,9 219,1 245,8
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Vendas (em valor) em Ambulatório de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS
em Portugal Continental
– Por SubClasses Terapêuticas
450 71,7
2012-2021 +101% 74,8
Insulinas +41% 73,3
Milhões de Euros
70,5
ADNI +121% 67,4
300 64,3 66,6
61,7
57,0
51,0
347,9
150 308,0
278,3
219,1 245,8
180,8 196,5 203,9
157,7 169,0
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Insulinas 18,7 € 44,5 € 45,4 € 46,1 € 46,5 € 46,5 € 46,1 € 46,4 € 46,7 € 46,6 € 46,6 € 5%
Entre 2012 e 2021 a despesa em insulinas e ADNI incrementou a sua representatividade no mercado
total dos medicamentos em ambulatório no SNS em 70%, representando 19,1% do total da despesa em
medicamentos em 2021.
31
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Despesa de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no Custo Total dos Medicamentos de Ambulatório
do SNS em Portugal Continental
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
% dos ADNI e Insulinas na Despesa Total
em Medicamentos – Mercado 2,7% 11,3% 12,2% 12,9% 13,8% 14,3% 15,0% 16,1% 17,1% 18,3% 19,1%
de Ambulatório do SNS
80
70
60
INSULINA E ANÁLOGOS
Milhões de Euros
50
40
30
20
10
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
1,8
1,6
1,4
Milhões de Embalagens
INSULINA E ANÁLOGOS
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
32
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S
Vendas (em valor e em volume) em Ambulatório de Insulinas no âmbito do SNS em Portugal Continental
– Por Classes ATC 4D
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
M M M M M M M M M M M
M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€
Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb.
Insulina e Análogos
– Ação Rápida 8% 10% 22% 25% 23% 26% 23% 27% 23% 27% 24% 28% 25% 28% 25% 28% 25% 29% 25% 29% 25% 30%
(A10AB)
Estatísticas do Medicamento – INFARMED
Insulina e Análogos
– Ação Lenta 0% 0% 43% 28% 46% 32% 48% 34% 50% 37% 51% 40% 53% 42% 55% 45% 57% 47% 58% 49% 59% 50%
(A10AE)
Insulina e Análogos
– Ação Intermédia 45% 45% 15% 21% 13% 18% 12% 17% 11% 15% 10% 14% 9% 13% 8% 11% 7% 10% 6% 9% 6% 8%
(A10AC)
Insulina e Análogos
– Ação Intermédia 47% 45% 20% 26% 19% 24% 17% 22% 16% 20% 15% 19% 14% 17% 12% 15% 11% 14% 10% 13% 10% 12%
/Rápida (A10AD)
TOTAL – Em Milhões 14,9 0,8 51,0 1,1 57,0 1,3 61,7 1,3 64,3 1,4 66,6 1,4 67,4 1,5 70,5 1,5 73,3 1,6 74,8 1,6 71,7 1,5
400
300
Milhões de Euros
200
100
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
33
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
12,0
10,0
Milhões de Embalagens
8,0
6,0
4,0
2,0
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Vendas (em valor e em volume) em Ambulatório de Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS
em Portugal Continental
– Por Classes ATC 4D
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
M M M M M M M M M M M
M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€
Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb.
Biguanidas – Metformina
18% 25% 7% 34% 7% 35% 6% 36% 6% 36% 6% 36% 6% 36% 5% 35% 5% 34% 4% 32% 4% 30%
(A10BA)
Sulfonilureias
56% 54% 8% 24% 8% 23% 7% 22% 6% 20% 5% 19% 4% 17% 4% 15% 3% 13% 2% 12% 2% 10%
(A10BB)
Inibidores da Alfa-
26% 22% 2% 7% 2% 6% 2% 5% 1% 4% 1% 3% 1% 2% 0% 2% 0% 1% 0% 1% 0% 1%
-Glucosidase (A10BF)
Glinidas
0% 0% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
(A10BX)
Glitazonas
0% 0% 3% 2% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 0% 0% 0%
(A10BG)
Combinações ADO
0% 0% 2% 1% 2% 1% 2% 1% 1% 1% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
– Glitazonas (A10BD)
Combinações ADO
0% 0% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
– Sulfonilureias (A10BD)
Combinações ADO
0% 0% 59% 23% 62% 24% 61% 25% 57% 25% 54% 26% 52% 26% 48% 26% 43% 25% 38% 23% 32% 21%
– Inibidores DPP4 (A10BD)
Inibidores da DPP IV
0% 0% 17% 7% 17% 8% 19% 9% 19% 9% 18% 10% 18% 10% 17% 10% 15% 10% 14% 10% 12% 9%
(A10BH)
Agonistas do GLP-1
0% 0% 0% 0% 0% 0% 2% 0% 5% 1% 7% 1% 7% 2% 9% 3% 12% 4% 14% 5% 18% 7%
(A10BJ)
Glifozinas
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 3% 1% 6% 3% 8% 4% 11% 6% 15% 8% 17% 10% 19% 13%
(A10BK)
Combinações ADO
– Inibidores Glifozinas 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 1% 0% 2% 1% 4% 2% 6% 3% 9% 5% 13% 8%
(A10BD)
TOTAL – Em Milhões 26,9 3,6 157,7 7,8 169,0 8,3 180,8 8,7 196,5 8,9 203,9 9,2 219,1 9,4 245,8 10,0 278,3 10,6 308,0 11,1 347,9 11,7
34
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S
Em síntese:
9,0%
Vendas
de Antidiabéticos
Não Insulínicos
(Valor)
4,0%
Vendas
de Insulinas
(Valor)
Sistemas de Perfusão Contínua Subcutânea de Insulina – PSCI (Bombas Infusoras de Insulina) no SNS
Evolução do N.º de Pessoas com Diabetes que utilizam Bombas Infusoras de Insulina
comparticipadas pelo SNS e da respectiva despesa
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Utentes em tratamento
818 958 1 150 1 311 1 565 1 965 2 364 3 070 3 537 3 859
com PSCI
Despesa do SNS (M€) 0,8 1,2 1,2 1,4 1,6 2,1 2,7 3,0 3,3 3,5
35
Regiões e Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes com destino após a alta de falecido (episódios com
código de diagnóstico principal de Diabetes + Duração >24h) – Portugal – SNS+SRS.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
Distribuição dos Utentes Saídos dos Internamentos por Diabetes por Região
– DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes com destino após a alta de falecido (episódios com
código de diagnóstico principal de Diabetes + Duração >24h) – Portugal – SNS+SRS.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
38
C A P Í T U LO 3 – R E G I Õ E S E D I A B E T E S
Relevância dos Internamentos dos Utentes com Diabetes no Universo dos Utentes
Saídos dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal e/
ou de Diabetes + Duração > 24h); Aos valores do universo de internamentos de diabetes em adultos (informação disponibilizada pela ACSS)
foi acrescido o número de episódios de internamentos de crianças e jovens por diabetes como causa principal – Portugal – SNS+SRS;
Apuramento OND.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
Relevância dos Internamentos de Jovens e Crianças no Universo dos Internamentos por Diabetes
dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
crianças e jovens < 18 + Duração > 24h); Portugal – SNS + SRS; Apuramento OND.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
39
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Distribuição Regional dos episódios de internamento com Amputações dos membros inferiores
em doentes com Diabetes nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021
Madeira 63 78 53 61 56
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (episódio com
código de diagnóstico de Diabetes DP + DA – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
FONTE: B
IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (episódio com
código de diagnóstico de Diabetes DP + DA – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.
(*) O
s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).
Utentes com Diabetes com Consulta Registada nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
UCSP 83,5% 76,5% 80,2% 77,5% 76,0% 75,4% 64,0% 55,7% 52,9% 81,6% 76,8% 75,1% 66,4% 60,8% 60,1% 74,0% 68,4% 68,2%
USF 93,7% 89,7% 92,0% 88,2% 86,8% 87,2% 86,6% 80,3% 80,9% 89,3% 83,9% 84,3% 81,6% 84,9% 85,7% 90,0% 85,7% 87,0%
SNS 91,0% 86,4% 89,2% 82,3% 81,2% 81,3% 77,2% 71,0% 70,9% 84,3% 79,5% 78,6% 73,0% 71,5% 72,4% 83,5% 79,2% 80,2%
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
40
C A P Í T U LO 3 – R E G I Õ E S E D I A B E T E S
Número Médio de Consultas de Diabetes por Utente com Diabetes (com Consulta Registada)
nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
UCSP 2,8 2,5 2,6 2,8 2,7 2,6 2,4 2,2 2,1 3,1 2,7 2,8 2,7 2,5 2,5 2,7 2,5 2,5
USF 3,0 2,8 3,0 3,0 2,9 2,9 3,0 2,8 2,9 3,1 2,9 2,8 3,0 3,1 2,9 3,0 2,8 2,9
SNS 2,9 2,7 2,9 2,9 2,8 2,8 2,8 2,6 2,6 3,1 2,8 2,8 2,8 2,8 2,7 2,9 2,7 2,8
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
UCSP 82,3% 70,0% 76,3% 81,6% 76,2% 75,8% 68,3% 58,8% 56,7% 83,6% 74,7% 76,2% 74,1% 68,1% 66,9% 77,6% 69,1% 70,6%
USF 91,6% 79,8% 86,8% 90,7% 83,7% 85,1% 86,7% 78,6% 80,1% 86,4% 79,4% 81,2% 87,9% 83,4% 84,4% 89,6% 80,1% 84,2%
SNS 89,3% 77,7% 84,5% 85,9% 80,0% 80,7% 80,4% 72,7% 73,8% 84,7% 76,5% 78,3% 80,8% 76,2% 76,9% 85,3% 76,5% 80,0%
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
Utentes com Diabetes (com consulta registada) com pedidos de HbA1c registados no SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
UCSP 87,6% 81,8% 86,4% 87,5% 83,4% 85,7% 81,1% 73,6% 74,7% 86,9% 77,1% 79,4% 68,6% 66,8% 72,6% 84,6% 78,7% 81,7%
USF 95,9% 90,2% 93,5% 95,5% 91,8% 93,1% 93,6% 87,6% 89,4% 92,4% 85,0% 87,9% 90,1% 85,4% 87,5% 94,8% 89,3% 91,8%
SNS 93,9% 88,4% 92,0% 91,3% 87,7% 89,6% 89,3% 83,4% 85,5% 88,9% 80,2% 82,9% 79,1% 76,6% 81,1% 91,1% 85,8% 88,7%
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
UCSP 6,7 6,8 6,7 6,7 6,7 6,7 6,7 6,7 6,6 6,8 6,8 6,8 6,5 6,5 6,4 6,7 6,7 6,7
USF 6,9 6,9 6,8 6,7 6,8 6,7 6,9 6,9 6,8 7 6,9 6,9 6,8 6,8 6,7 6,8 6,8 6,8
SNS 6,8 6,8 6,8 6,7 6,8 6,7 6,8 6,8 6,8 6,9 6,9 6,8 6,7 6,7 6,6 6,8 6,8 6,8
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
41
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
UCSP 85,1% 69,9% 74,5% 74,5% 65,2% 64,0% 51,4% 39,2% 29,7% 78,1% 66,0% 56,3% 56,3% 50,4% 51,7% 69,9% 58,6% 56,7%
USF 94,6% 84,7% 90,9% 90,4% 81,4% 82,3% 87,6% 68,9% 67,5% 89,3% 74,8% 74,4% 93,1% 79,2% 82,9% 91,5% 78,8% 81,4%
SNS 92,2% 81,5% 87,4% 82,1% 73,5% 73,7% 75,1% 60,1% 57,3% 82,3% 69,5% 63,6% 74,1% 65,7% 69,4% 83,7% 72,2% 73,8%
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
UCSP 63,0% 57,5% 66,5% 66,0% 62,0% 65,1% 52,1% 47,4% 48,2% 61,1% 54,0% 56,2% 47,6% 46,2% 48,2% 59,5% 55,0% 59,3%
USF 63,3% 56,9% 68,0% 80,1% 75,3% 78,2% 75,1% 68,6% 72,8% 59,5% 56,3% 61,3% 67,2% 65,1% 69,4% 69,4% 63,5% 70,9%
SNS 63,2% 57,0% 67,7% 72,7% 68,8% 72,1% 67,2% 62,3% 66,2% 60,5% 54,9% 58,3% 57,1% 56,2% 60,3% 65,8% 60,8% 67,3%
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
UCSP 19,4% 19,5% 19,6% 23,5% 23,1% 23,9% 21,6% 21,5% 21,5% 21,5% 20,9% 20,3% 18,7% 16,2% 15,9% 21,4% 21,2% 21,3%
USF 18,7% 18,1% 18,4% 22,1% 22,8% 23,5% 21,1% 20,6% 20,7% 20,8% 18,7% 18,6% 19,2% 19,8% 19,3% 20,1% 19,8% 20,0%
SNS 18,9% 18,4% 18,6% 22,8% 22,9% 23,7% 21,2% 20,8% 20,9% 21,2% 20,0% 19,6% 19,0% 18,4% 18,1% 20,6% 20,2% 20,4%
FONTE: S
PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.
Distribuição Regional das Vendas (em valor) de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos
em Ambulatório no âmbito do SNS em Portugal Continental – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
Antidiabéticos
não insulínicos
80,6% 81,9% 84,3% 77,6% 79,1% 81,6% 78,6% 79,9% 82,4% 80,1% 81,2% 83,3% 79,2% 80,1% 82,5% 79,1% 80,5% 82,9%
Insulinas 19,4% 18,1% 15,7% 22,4% 20,9% 18,4% 21,4% 20,1% 17,6% 19,9% 18,8% 16,7% 20,8% 19,9% 17,5% 20,9% 19,5% 17,1%
Medicamentos
- (Total M€)
119,8 130,4 145,0 88,2 95,9 104,0 114,3 124,5 136,0 15,4 16,9 18,0 13,9 15,1 16,6 351,6 382,8 419,6
FONTE: E
statísticas do Medicamento – INFARMED.
42
C A P Í T U LO 3 – R E G I Õ E S E D I A B E T E S
Distribuição Regional das Vendas (em valor) de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos
em Ambulatório no âmbito do SNS em Portugal Continental – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
Custo
Média Per capita
38,0 € 41,4 € 45,7 € 39,5 € 42,8 € 46,4 € 32,0 € 34,8 € 38,0 € 38,7 € 42,8 € 44,7 € 31,6 € 34,6 € 35,5 € 35,9 € 39,1 € 42,6 €
Distribuição Regional da % dos Genéricos nas Vendas (em volume e em valor) de Insulinas
e Antidiabéticos não Insulínicos em Ambulatório no âmbito do SNS em Portugal Continental – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
% dos genéricos
(volume)
30,3% 27,1% 24,9% 25,7% 23,3% 21,5% 28,5% 25,3% 23,4% 28,1% 24,6% 22,6% 21,1% 19,0% 17,8% 28,1% 25,2% 23,2%
% dos genéricos
(valor)
4,0% 3,3% 2,9% 3,1% 2,7% 2,3% 3,8% 3,2% 2,8% 3,8% 3,1% 2,7% 2,6% 2,2% 2,0% 3,7% 3,1% 2,7%
FONTE: E
statísticas do Medicamento – INFARMED.
43
Custos da Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Custos
(em Milhões de Euros)
Portugal 2019 2020 2021
Medicamentos Ambulatório Total* 355,1 386,7 423,8
FONTE: BIMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; Infarmed; MS; DGS; Tratamento OND.
* Estimativa OND.
O que representa:
0,7-0,8%
do PIB português
em 20212
6-7%
da despesa em
SAÚDE em 20213
1
Em 2019 e em 2020 estima-se que este valor tenha sido, respetivamente, 1 200 – 1 400 milhões de euros e 1 300 – 1 500 milhões de euros.
2
Em 2019 e em 2020 estima-se que este valor tenha sido entre 0,6% – 0,7%.
3
Em 2019 e em 2020 estima-se que este valor tenha sido entre 6% – 7%.
46
C A P Í T U LO 4 – C U S TO S DA D I A B E T E S
Por outro lado, se considerarmos o custo médio das pessoas com Diabetes, de acordo com os valores
apresentados pela IDF, no 10.º Atlas Mundial da Diabetes, (que corresponde em 2021, a preços
correntes, a um valor de 1 943,5 € [2 293,3$] por indivíduo) a Diabetes em Portugal em 2021 representa
um custo de 2128 milhões de euros (para todos os indivíduos com Diabetes entre os 20-79 anos).
O que representa:
1,0%
do PIB português
em 2021
9,0%
da despesa em
SAÚDE em 2021
47
A Diabetes no Mundo
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Prevê-se que o número total de pessoas com diabetes aumente para 643 milhões (1 em cada 9 adultos)
até 2030 e 784 milhões (1 em 8 adultos) até 2045.
Existem 240 de milhões de pessoas com diabetes que desconhecem que possuem a doença.
Cerca de 1 em cada 2 pessoas com diabetes não está diagnosticada.
Um em cada 6 nascimentos foram afetados, durante o período de gravidez, por hiperglicemia materna
em 2021.
Prevalência
Prevalência estimada
estimada da Diabetesda Diabetes
com com
ajustamento ajustamento
etário etário (20-79 anos) 2021
(20-79 anos) 2021
< 4%
4 – < 5%
5 – < 7%
7 – < 9%
9 – < 12%
> 12%
no estimates made
FONTE: International Diabetes Federation (IDF), 10th IDF Diabetes Atlas, 2021.
50
C A P Í T U LO 5 – A D I A B E T E S N O M U N D O
1 em cada 6 nascimentos
é afetado durante o período de gravidez
por HIPERGLICEMIA MATERNA
51
Factos acerca da Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
O que é a Diabetes?
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica cada vez mais frequente na nossa sociedade, e a sua
prevalência aumenta muito com a idade, atingindo ambos os sexos e todas as idades.
A Diabetes é caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue, a hiperglicemia.
A hiperglicemia (açúcar elevado no sangue) que existe na Diabetes, deve-se em alguns casos à
insuficiente produção, noutros à insuficiente ação da insulina e, frequentemente, à combinação destes
dois fatores.
As pessoas com Diabetes podem vir a desenvolver uma série de complicações. É possível reduzir os
seus danos através de um controlo rigoroso da hiperglicemia, da hipertensão arterial, da dislipidémia,
entre outros, bem como de uma vigilância periódica dos órgãos mais sensíveis (retina, nervos, rim,
coração, etc.).
a)
Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl (ou ≥ 7,0 mmol/l); ou
c)
Glicemia ≥ 200 mg/dl (ou ≥ 11,1 mmol/l) às 2 horas, na prova de tolerância à glicose oral
(PTGO) com 75g de glicose; ou
d)
Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥ 6,5 %.
As pessoas com Hiperglicemia Intermédia podem ter Anomalia da Glicemia em Jejum (AGJ) ou
Tolerância Diminuída à Glicose (TDG), ou ambas as condições simultaneamente. Estas condições são
atualmente reconhecidas como fator de risco vascular e um aumento de risco para a Diabetes.
a)
Anomalia da Glicemia em Jejum (AGJ) − Glicemia em jejum ≥ 110 mg/dl
e < 126 mg/dl (ou ≥ 6,1 e < 7,0 mmol/l);
b) T
olerância Diminuída à Glicose (TDG) − Glicemia às 2 horas após
a ingestão de 75 gr de glicose ≥ 140 mg/dl e < 200 mg/dl
(ou ≥ 7,8 e < 11,1 mmol/l).
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C A P Í T U LO 6 – FA CTO S A C E R C A D A D I A B E T E S
Tipos de Diabetes
DIABETES TIPO 1
A Diabetes tipo 1 é causada pela destruição das células produtoras de insulina do pâncreas pelo sistema
de defesa do organismo, geralmente devido a uma reação auto-imune. As células beta do pâncreas
produzem, assim, pouca ou nenhuma insulina, a hormona que permite que a glicose entre nas células
do corpo.
A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas ocorre geralmente em crianças ou adultos
jovens. As pessoas com Diabetes tipo 1 necessitam de injeções de insulina diariamente para controlar
os seus níveis de glicose no sangue. Sem insulina, as pessoas com Diabetes tipo 1 não sobrevivem.
O aparecimento da Diabetes tipo 1 é, geralmente, repentino e dramático e pode incluir sintomas como os
que são de seguida apresentados.
A Diabetes tipo 1 é menos frequente do que a Diabetes tipo 2 (menos de 10% dos casos de Diabetes),
mas a sua incidência está a aumentar, e embora os motivos não sejam completamente conhecidos, é
provável que se relacionem, sobretudo, com alterações nos fatores de risco ambiental. Os fatores de
risco ambientais, o aumento da altura e de peso, o aumento da idade materna no parto e, possivelmente,
alguns aspetos da alimentação, bem como a exposição a certas infeções virais, podem desencadear
fenómenos de auto-imunidade ou acelerar uma destruição das células beta já em progressão.
DIABETES TIPO 2
A Diabetes tipo 2 ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não
consegue utilizar eficazmente a insulina produzida. O diagnóstico de Diabetes tipo 2 ocorre geralmente
após os 40 anos de idade, mas pode ocorrer mais cedo, associada à obesidade, principalmente em
populações com elevada prevalência de diabetes. São cada vez mais crianças que desenvolvem Diabetes
tipo 2. A Diabetes tipo 2 pode ser assintomática, ou seja, pode passar desapercebida por muitos anos,
sendo o diagnóstico muitas vezes efetuado devido à manifestação de complicações associadas ou,
acidentalmente, através de um resultado anormal dos valores de glicose no sangue ou na urina.
A Diabetes tipo 2 é muitas vezes, mas nem sempre, associada à obesidade, que pode, por si, causar
resistência à insulina e provocar níveis elevados de glicose no sangue. Tem uma forte componente de
hereditariedade, mas os seus principais genes predisponentes ainda não foram identificados. Há vários
fatores possíveis para o desenvolvimento da Diabetes tipo 2, entre os quais:
55
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Ao contrário da Diabetes tipo 1, as pessoas com Diabetes tipo 2 não são dependentes de insulina
exógena e não são propensas a cetose, mas podem necessitar de insulina para o controlo da
hiperglicemia se não o conseguirem através da dieta associada a antidiabéticos orais.
O aumento da prevalência da Diabetes tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais,
ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da
atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais.
DIABETES GESTACIONAL
A Diabetes Gestacional (DG) corresponde a qualquer grau de anomalia do metabolismo da glicose
documentado, pela primeira vez, durante a gravidez. A definição é aplicável, independentemente de a
insulina ser ou não utilizada no tratamento.
O controlo dos níveis de glicose no sangue materno reduz significativamente o risco para o recém-
nascido. Pelo contrário, o aumento do nível de glicose materna pode resultar em complicações para
o recém-nascido, nomeadamente macrossomia (tamanho excessivo do bebé), traumatismo de parto,
hipoglicemia e icterícia.
(Glicemia plasmática em jejum ≥ 92 mg/dl (5,1 mmol/l) e < 126 mg/dl (7,0 mmol/l)) na primeira
consulta da grávida ou pelo menos um valor ≥ 92 mg/dl (5,1 mmol/l), 180 mg/dl (10 mmol/l)
ou 153 mg/dl (8,5 mmol/l) em jejum, 1 hora ou 2 horas, respetivamente, na prova de tolerância oral
com 75 gr de glicose realizada entre as 24 e as 28 semanas de gestação.
O melhor modo de saber se uma pessoa com Diabetes tem a doença controlada é efetuar testes de
glicemia capilar (através da picada no dedo para medir o “açúcar no sangue”) diariamente e várias
vezes ao dia, antes e depois das refeições.
Dada a associação da Diabetes com a hipertensão arterial e o colesterol elevado, que podem agravar
as suas complicações, o controlo destes dois fatores de risco faz parte integrante do controlo da
Diabetes.
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C A P Í T U LO 6 – FA CTO S A C E R C A D A D I A B E T E S
As pessoas com Diabetes tipo 1 podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações.
Para tal é necessário fazerem o tratamento adequado.
O tratamento engloba:
• Insulina;
• Alimentação;
• Exercício físico;
• Educação da Pessoa com Diabetes, onde está englobada a auto-vigilância e o auto-controlo da
diabetes através de glicemias efetuados diariamente e que permitem o ajuste da dose de insulina,
da alimentação e da atividade física.
Os testes feitos diariamente (auto-vigilância) informam as pessoas com diabetes se o açúcar no sangue
está elevado, baixo ou normal e permitem-lhe adaptar (auto-controlo), se necessário, os outros
elementos do tratamento (alimentação / insulina / exercício físico).
O primeiro passo no tratamento da Diabetes tipo 2 é o mais importante e implica uma adaptação naquilo
que se come e quando se come e na atividade física que se efetua diariamente (o exercício regular – até o
andar a pé -, permite que o organismo aproveite melhor o açúcar que tem em circulação).
Muitas vezes, este primeiro passo, com a eventual perda de peso se este for excessivo, é o suficiente
para manter a Diabetes controlada (pelo menos durante algum tempo... que pode ser de muitos anos).
Quando não é possível controlar a Diabetes, apesar da adaptação alimentar e do aumento da atividade
física, é necessário fazer o tratamento com comprimidos e, em certos casos, utilizar insulina. É ainda
comum a necessidade de utilização de medicamentos para controlar o colesterol e a pressão arterial.
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D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1
Fontes de Informação
10th IDF Diabetes Atlas; IDF; 2021.
Economic Costs of Diabetes in the U.S. in 2017, American Diabetes Association – ADA, Diabetes Care Publish
Ahead of Print, published online March 22, 2018.
First diabetes prevalence study in Portugal: PREVADIAB study; Diabet Med. 2010 Aug; 27 (8): 879-81.
Amostra de Suporte ao Estudo – 5167 Indivíduos.
Recolha Presencial de Dados.
Período de Recolha dos Dados – Janeiro 2008 a Janeiro de 2009.
Ponderação da Amostra – População Censo 2001 – Estratificação por sexo e idade (20-79 anos).
Ajustamento dos Resultados – População 2011 – Estratificação por sexo e idade (20-79 anos).
Distribuição Territorial da Amostra – 93 Concelhos – 122 Unidades de Saúde.
Relatório Anual 2019-2020-2021 – Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades
convencionadas, Ministério da Saúde – ACSS, 2020-2021-2022.
SIM@SNS – Informação relativa ao desempenho das UCSP e das USF recolhida pelos SPMS a partir do
Sistema de Informação das ARS.
The cost of Diabetes in Europe – Type II Study, B. Jonsson, in Diabetologia 2002 45: S5-S12; 2002.
www.acss.min-saude.pt
www.apdp.pt
www.apifarma.pt
www.dgs.pt
www.idf.org
www.ine.pt
www.insa.min-saude.pt
www.oecd.org
www.spd.pt
www.spms.min-saude.pt
www.spnefro.pt
www.infarmed.pt
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Agradecimentos