DFN 2023

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DIABETES

Factos e Números
Relatório Anual do Observatório
Nacional da Diabetes
– Edição de 2023

OS ANOS DE 2019, 2020 E 2021


Ficha Técnica:
Diabetes: Factos e Números – O Ano de 2019, 2020 e 2021
− Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes 03/2023

Sociedade Portuguesa de Diabetologia


Rua do Salitre, 149 − 3.º Esq.º
1250-203 Lisboa
Tel.: 213 524 147 / 213 816 112
Fax: 213 859 371
www.spd.pt / diabetes@spd.pt / observatorio@spd.pt
Depósito Legal n.º: 340224/12
ISBN: 978-989-96663-2-0

Layout e Impressão:
Letra Solúvel – Publicidade e Marketing, Lda.
email: geral@letrasoluvel.pt
www.letrasoluvel.pt
Índice

O Observatório Nacional da Diabetes 4


Diabetes: Factos e Números – 10.ª Edição 5

Capítulo 1 Epidemiologia da Diabetes 7


Prevalência da Diabetes 8
Prevalência da Hiperglicemia Intermédia 10
Incidência da Diabetes 11
Mortalidade da Diabetes 12
Letalidade Intra-Hospitalar 12
Hospitalização 13
Cuidados Primários 15
Complicações da Diabetes 21

Capítulo 2 Controlo e Tratamento da Diabetes 27


Consumo de Medicamentos 28

Capítulo 3 Regiões e Diabetes 37

Capítulo 4 Custos da Diabetes 45

Capítulo 5 A Diabetes no Mundo 49

Capítulo 6 Factos acerca da Diabetes 53


O que é a Diabetes 54
O que é a Hiperglicemia Intermédia 54
Tipos de Diabetes 55
Controlo e Tratamento da Diabetes 56
Fontes de Informação 58

Agradecimentos 59

3
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

O Observatório Nacional da Diabetes


O Observatório Nacional da Diabetes (OND) foi constituído na sequência e em conformidade com a
Circular Informativa N.º 46 de 2006 da Direção-Geral de Saúde (DGS), que estabelece as regras que
devem orientar a criação de centros de observação em saúde:

“Os centros de observação de Saúde devem ser organismos independentes, tanto do financiador
como dos utilizadores, de modo a preservar a sua análise da influência dos decisores políticos,
proporcionando a estes uma análise técnica que ajude a fundamentar o estabelecimento de estratégias
e políticas de saúde”.

O OND foi constituído como uma estrutura integrada na Sociedade Portuguesa de Diabetologia − SPD
e tem como função:

Recolher, validar, gerar e disseminar informação fiável e cientificamente credível sobre a Diabetes
em Portugal.

O OND é composto pelos seguintes órgãos:

Direção do OND:
João Raposo

Direção da SPD:
João Filipe Raposo
Mariana Monteiro
Hélder Ferreira
Rita Nortadas
Júlia Figueiredo
Edite Nascimento
Ema Carvalho
Sandra Paiva
Paula Macedo

Conselho Científico do OND:


José Manuel Boavida (Presidente)

4
Diabetes: Factos e Números – 10.ª Edição
A “Diabetes: Factos e Números” tem como objetivo constituir um repositório da informação disponível
sobre a Diabetes em Portugal, produzida por diversas fontes científicas e institucionais, visando a
divulgação de informação sobre a Diabetes junto da sociedade, dirigindo-se a profissionais de saúde, a
alunos e investigadores, aos profissionais da comunicação social e ao grande público em geral.

O Relatório do Observatório Nacional da Diabetes – “Diabetes: Factos e Números” apresenta a sua


10.ª edição, relativa à informação disponível em Portugal sobre a Diabetes nos anos de 2019, 2020 e 2021.

A concentração da informação relativa a estes três anos nesta edição deveu-se à situação epidémica
vivida a nível global nos últimos anos, que esteve na origem da interrupção da sua edição durante
3 anos. Espera-se, assim, com este número, retomar a publicação anual deste importante instrumento
na luta contra a Diabetes.

Esta 10.ª edição apresenta uma inversão da tendência de expansão na informação disponibilizada
pelo Ministério da Saúde, que passou a limitar o acesso direto aos registos de morbilidade hospitalar.
Este facto está na origem não só de uma significativa redução dos indicadores apresentados, resultando
num empobrecimento da informação relativamente a esta dimensão, mas também de uma quebra de
série relativamente aos indicadores analisados, uma vez que estes são disponibilizados pelo Ministério
e não calculados pelo OND.

Espera-se que a boa vontade de todos os intervenientes se possa traduzir, rapidamente, numa
recuperação desta dimensão de análise fundamental para o conhecimento sobre a Diabetes no nosso
país. Regista-se ainda a interrupção da publicação de parte da informação relativa à incidência da
Diabetes, resultante da disrupção verificada na atividade da rede de Médicos Sentinela durante o
período pandémico.

A presente edição incide sobre os grandes grupos de informação das edições anteriores
– a epidemiologia da diabetes, o seu controlo e os custos associados à patologia, bem como a
apresentação regionalizada de alguns indicadores.

Continua a registar-se uma evolução positiva de alguns indicadores, nomeadamente:

• Ao nível hospitalar destaca-se a diminuição do número absoluto dos internamentos


associados a descompensação/ complicações da Diabetes.
• Ao nível dos cuidados de saúde primários merece referência a continuação da tendência de
aumento de pessoas com diabetes diagnosticadas evidenciada em 2021, representando uma
recuperação relativamente ao ano de 2020, em que a pandemia condicionou a atividade no setor.
• O aumento do número de pessoas com diabetes que utilizam Bombas Infusoras de Insulina
comparticipadas pelo SNS.

Registam-se, contudo, outros indicadores com evoluções preocupantes, de que são exemplo:

• O peso crescente da presença da diabetes nos internamentos hospitalares, o aumento da


letalidade intra-hospitalar e a manutenção o número das amputações dos membros inferiores
nas pessoas com Diabetes.
• A quebra na prestação de cuidados de saúde primários em diabetes associada ao período
pandémico, que em muitos indicadores ainda não atingiu os valores de 2019.
• O aumento da despesa com medicamentos
• A persistência de assimetrias regionais em alguns indicadores.

A prevalência continua a aumentar, o que significa que não podemos baixar a guarda na luta sem
tréguas contra a pandemia da Diabetes.

A todas as entidades que colaboraram com o OND na disponibilização da informação de base deste
Relatório (e que são mencionadas no seu final), o nosso agradecimento.

5
Epidemiologia da Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Prevalência da Diabetes
Em 2021 a prevalência estimada da Diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre
os 20 e os 79 anos (7,8 milhões de indivíduos) foi de 14,1%, isto é, cerca de 1,1 milhões de portugueses
neste grupo etário tem Diabetes.

O impacto do envelhecimento da estrutura etária da população portuguesa (20-79 anos) refletiu-se num
aumento de 2,4 pontos percentuais (p.p.) da taxa de prevalência da Diabetes entre 2009 e 2021, o que
corresponde a um crescimento na ordem dos 20,5% neste período.

Em termos de composição da taxa de prevalência da Diabetes, em 56% dos indivíduos esta já havia sido
diagnosticada e em 44% ainda não tinha sido diagnosticada.
NOTA: P
 or prevalência ajustada entende-se a aplicação das taxas de prevalência por escalão etário e por sexo à distribuição da população no ano
em análise.

Prevalência da Diabetes em Portugal – 2021


População 20-79 Anos

Prevalência da Diabetes (2021)

14,1% 7,9% 6,1%


13,7% em 2020 7,8% em 2020 6,0% em 2020
13,7% em 2019 7,7% em 2019 6,0% em 2019

TOTAL DIAGNOSTICADA NÃO DIAGNOSTICADA

FONTE: PREVADIAB – SPD; Tratamento OND (Ajustada à Distribuição da População Estimada).

NOTA: Por prevalência ajustada entende-se a aplicação das taxas de prevalência por escalão etário e por sexo à
distribuição da população no ano em análise.

Prevalência da Diabetes em Portugal – 2009


População 20-79 Anos – Padronizada

Prevalência da Diabetes – Total (2009)

11,7%

FONTE: First diabetes prevalence study in Portugal: PREVADIAB study; Diabet Med. 2010 Aug; 27 (8): 879-81.

8
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

Verifica-se a existência de uma diferença estatisticamente significativa na prevalência da Diabetes entre


os homens e as mulheres.

Verifica-se também a existência de um forte aumento da prevalência da Diabetes com a idade.

Mais de um quarto das pessoas entre os 60-79 anos tem Diabetes.

Prevalência da Diabetes em Portugal – 2019-2021


por Sexo e por Escalão Etário

35%
30,4% 30,4% 30,4%
30%

25% 24,2% 24,2% 24,3%

20% 17,7% 17,7% 17,8%

15%

10% 8,3% 8,3% 8,3%

5% 2,4% 2,4% 2,4%


1,4% 1,4% 1,4%
0
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
20-39 Anos 40-59 Anos 60-79 Anos
Homens Mulheres

30%
27,0% 27,0% 27,1%
25%
10,3% 10,3% 10,4%
20%

15%
12,8% 12,8% 12,8%

10% 6,2% 6,2% 6,2% 16,6% 16,7% 16,7%


1,9% 1,9% 1,9%
5% 0,9% 0,9% 0,9% 6,6% 6,6% 6,6%
1,0% 1,0% 1,0%

0
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021
20-39 Anos 40-59 Anos 60-79 Anos
Diagnosticada Não Diagnosticada

20%

16,4% 16,5% 16,8%

15%

7,5% 7,6% 7,7% 11,2% 11,3% 11,6%

10%
4,6% 4,6% 4,8%

5% 8,9% 8,9% 9,1%


6,6% 6,7% 6,8%

0
2019 2020 2021 2019 2020 2021
Homens Mulheres

Diagnosticada Não Diagnosticada

FONTE: PREVADIAB – SPD; Tratamento OND (Ajustada à Distribuição da População Estimada).

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D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Verifica-se a existência de uma relação entre o escalão de Índice de Massa Corporal (IMC) e a Diabetes,
com cerca de 90% da população com Diabetes a apresentar excesso de peso ou obesidade, de acordo
com os dados recolhidos no âmbito do PREVADIAB.

A prevalência da Diabetes nas pessoas obesas (IMC≥ 30) é perto de quatro vezes maior do que nas
pessoas com IMC normal (IMC‹25).

Prevalência por Diabetes em Portugal – 2019-2021


por Escalão do IMC

25%
22,0%
21,4% 21,5%
20%

15% 13,5% 13,6% 13,9%

10%

6,2% 6,2% 6,4%

5%

0
2019 2020 2021

IMC < 25 25 ≤ IMC < 30 IMC ≥ 30

FONTE: PREVADIAB – SPD; Tratamento OND (Ajustada à Distribuição da População Estimada).

Prevalência da Hiperglicemia Intermédia


A Hiperglicemia Intermédia (Alteração da Glicemia em Jejum-AGJ, Tolerância Diminuída à Glucose-TDG,
ou ambas) em Portugal, em 2021, atinge 28,6% da população portuguesa com idades compreendidas
entre os 20 e os 79 anos (2,2 milhões de indivíduos), desagregada da seguinte forma:

• AGJ – 10,8% da população portuguesa entre os 20-79 anos (0,8 milhões de indivíduos)1;
• TDG – 14,9% da população portuguesa entre os 20-79 anos (1,2 milhões de indivíduos)2;
• AGJ + TDG – 2,9% da população portuguesa entre os 20-79 anos (0,2 milhões de indivíduos)3.

Mais de metade das pessoas com Hiperglicemia Intermédia só é diagnosticada com recurso à realização
de PTGO (Prova de Tolerância à Glicose Oral).
1
Em 2019 e em 2020 este valor era 10,7%.
2
Em 2019 e em 2020 este valor era 14,7%.
3
Em 2019 e em 2020 este valor era 2,8%.

42,7% da população portuguesa (20-79 anos) tem


Diabetes ou Hiperglicemia Intermédia

Perto de 3,3 milhões de indivíduos


10
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

Prevalência da Diabetes e da Hiperglicemia Intermédia em Portugal – 2021

30%

25%
2,9%

20%
14,9% 57,3%
15% 28,6%
10%

5% 10,8%
14,1%
0

AGJ Diabetes
TDG Hiperglicemia Intermédia
AGJ + TDG Normoglicemia

FONTE: PREVADIAB – SPD; Tratamento OND (Ajustada à Distribuição da População Estimada).

Incidência da Diabetes
A taxa de incidência da Diabetes fornece-nos a informação respeitante à identificação anual do número
de novos casos de Diabetes na população base.

Em 2021 estima-se a existência de 680 novos casos de Diabetes por cada 100 000 habitantes. Em média,
na última década, foram diagnosticados anualmente 670 novos casos de Diabetes por cada 100 000
residentes em Portugal Continental.

Incidência da Diabetes em Portugal


| Média
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2012-2021
|
N.º de Novos
Casos por 377,4 500,9 557,1 522,1 591,5 524,5 556,4 605,2 n.d. n.d. n.d. n.d.
100 000 indiví­duos

N.º Total de Novos


38 988 52 531 58 090 54 167 61 169 54 072 57 261 62 197 n.d. n.d. n.d. n.d.
Casos Estimados

FONTE: INSA – Médicos Sentinela.

N.º de Novos Casos de Diabetes Registados nos Cuidados de Saúde Primários em Portugal Continental
| Média
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
| 2012-2021
N.º de novos casos
registados nos CSP n.d. 899,8 806 662,5 699,5 642,9 586,4 618,3 623,5 485 679,6 670,4
por 100.000 utentes

N.º de novos casos


n.d. 118 300 97 940 78 983 87 234 76 501 67 276 72 032 73 872 56 142 80 349 690 379
registados nos CSP

FONTE: ACSS – SIM@SNS.

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Mortalidade da Diabetes
Na última década tem-se verificado uma diminuição significativa do número de anos potenciais de
vida perdida por Diabetes Mellitus em Portugal (-34%). Contudo, em 2020 (último ano de informação
disponível), a Diabetes representou perto de oito anos de vida perdida por cada óbito por Diabetes na
população com idade inferior a 70 anos.

Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) por Diabetes Mellitus em Portugal


População <70 Anos
|
2000 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
|
N.º de Anos Potenciais
de Vida Perdidos (APVP) 5 583 5 295 4 880 4 683 4 600 4 595 4 523 3 895 4 200 3 303 3 488
por Diabetes
Anos Potenciais de Vida Perdidos
8,1 8,3 7,9 7,9 8,5 8,1 8,1 8,2 8,3 7,8 7,6
por Diabetes por Óbito
Idade média ao óbito dos óbitos
76,2 79,4 80,1 80,2 80,5 80,6 80,7 81,1 81,1 81,4 81,5
ocorridos por Diabetes

FONTE: INE; Óbitos por Causas de Morte – Portugal.

Apesar do ligeiro decréscimo da representatividade da Diabetes nas causas de morte em Portugal, esta
patologia continua a assumir um papel significativo nas causas de morte, tendo estado na origem de
3,3% dos óbitos ocorridos em 2020 (último ano de informação disponível).

Óbitos por Diabetes Mellitus em Portugal


|
2000 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
|
N.º de Óbitos
3 138 4 545 4 875 4 548 4 275 4 406 4 359 4 147 4 305 3 840 4 116
por DM

% da DM
3,0% 4,4% 4,5% 4,3% 4,1% 4,0% 3,9% 3,8% 3,8% 3,4% 3,3%
no Total de Óbitos

FONTE: INE; Óbitos por Causas de Morte – Portugal.

Letalidade Intra-Hospitalar
É de realçar o aumento do número absoluto de óbitos registados nos internamentos em que a DM foi o
diagnóstico principal (+19,6% nos últimos 5 anos).

Complementarmente, regista-se um crescimento da taxa letalidade intra-hospitalar nos doentes


hospitalizados com Diabetes como diagnóstico principal, com especial enfoque nos anos recentes de
pandemia.

Representatividade da População internada por Diabetes na Letalidade Intra-Hospitalar (*)


2017–2021
2017 2018 2019 2020 2021

Nº de Óbitos
373 401 378 433 446
Internamentos por DM - DP

Percentagem da Letalidade
5,5% 6,0% 5,7% 7,0% 6,7%
intra-Hospitalar do SNS

FONTE: BIMH
 – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes com destino após a alta de falecido (episódios com
código de diagnóstico principal de Diabetes + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS.

(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).

12
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

Hospitalização
O número de utentes saídos/ episódios de internamentos nos hospitais públicos portugueses em que
a Diabetes se assume como diagnóstico principal registou uma ligeira diminuição nos últimos anos
(-2,3% entre 2017 e 2021).

Por outro lado, o número de utentes saídos / episódios de internamentos em que a Diabetes surge como
diagnóstico associado aumentou (cresceu 4,0% entre 2017 e 2021).

Internamentos de utentes com Diabetes dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021

Diabetes como Diagnóstico Principal 6 775 6 716 6 600 6 161 6 622

Diabetes como Diagnóstico Associado 128 527 124 193 129 320 121 876 133 717

Diabetes como Diagnóstico Principal


135 302 130 909 135 920 128 037 140 339
e Diagnóstico Associado

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento com diabetes (episódios com código de diagnóstico principal e/ ou
de Diabetes + Duração > 24h); Aos valores do universo de internamentos de diabetes em adultos (informação disponibilizada pela ACSS) foi
acrescido o número de episódios de internamentos de crianças e jovens por diabetes como causa principal; O apuramento dos internamentos
em que a diabetes surge como diagnóstico associado decorre da diferença entre o valor do universo de episódios de pessoas com diabetes e o
número de internamentos em que a diabetes é o diagnóstico principal – Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.

(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).

A representatividade da Diabetes no universo dos utentes saídos dos hospitais do SNS e dos SRS tem
crescido nos últimos anos. Em cada 5 internamentos nos hospitais públicos portugueses, a diabetes
está presente em um deles.

Relevância dos Internamentos de utentes com Diabetes no Universo de internamentos dos Hospitais
do SNS e dos SRS (*)
25%

19,8% 20,3%
18,8% 19,4%
20% 18,2% 18,5%
17,7% 17,3% 17,6%
16,8%

15%

10%

5%

0,9% 0,9% 0,9% 1,0% 1,0%


0
2017 2018 2019 2020 2021

Diabetes como Diabetes como Diabetes como


Diagnóstico Principal Diagnóstico Associado Diagnóstico Principal e Diagnóstico Associado

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal e/ ou
de Diabetes + Duração >24h); Aos valores do universo de internamentos de diabetes em adultos (informação disponibilizada pela ACSS) foi
acrescido o número de episódios de internamentos de crianças e jovens por diabetes como causa principal; O apuramento dos internamentos
em que a diabetes surge como diagnóstico associado decorre da diferença entre o valor do universo de episódios de pessoas com diabetes e o
número de internamentos em que a diabetes é o diagnóstico principal; Excluem-se episódios da GCD 14 (Gravidez, Parto e Puerpério) do valor
global de internamentos – Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).

13
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

A grande maioria dos internamentos por diabetes nos hospitais públicos portugueses são
protagonizados por adultos com Diabetes (mais de 90% dos registos em todo o período considerado).

Internamentos por Diabetes – DP, por grupo etário, dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021

Crianças e Jovens – DM 8,3% 8,3% 8,4% 7,8% 8,1%

Adultos – DM 91,7% 91,7% 91,6% 92,2% 91,9%

Internamentos por Diabetes 6 775 6 716 6 600 6 161 6 622

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
crianças e jovens < 18 anos e adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.

(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS – Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS – Sistemas Regionais de
Saúde (Açores e Madeira).

A quase totalidade dos internamentos de crianças e jovens por diabetes nos hospitais públicos
portugueses está relacionada com ocorrências (descompensações/complicações) decorrentes da
Diabetes Tipo 1.

Internamentos de Crianças e Jovens por Diabetes – DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021

Internamentos por Diabetes


559 558 553 482 535
– Crianças e Jovens – Total

Internamentos por Diabetes


97,3% 97,1% 97,8% 98,8% 98,9%
– Crianças e Jovens – Diabetes Tipo 1

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
crianças e jovens < 18 + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.

(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS – Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).

A grande maioria das causas de internamento em adultos por diabetes nos hospitais públicos portugueses
estão relacionadas quer com complicações crónicas quer com complicações agudas desta doença.

Classificação dos internamentos de Adultos por Diabetes – DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021
Internamentos por complicações crónicas
40,7% 39,5% 40,2% 39,9% 40,7%
da diabetes
Internamentos por complicações agudas
21,6% 25,8% 25,9% 31,0% 31,8%
da diabetes
Internamentos por diabetes não controlada
26,2% 23,7% 23,6% 18,7% 17,1%
sem complicações
Internamentos por diabetes por outras causas
11,5% 11,0% 10,3% 10,4% 10,4%
e/ou complicações

Internamentos por Diabetes – Adultos 6 216 6 158 6 047 5 679 6 087

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.

(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).

14
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

À semelhança do verificado globalmente, verifica-se um crescimento da taxa letalidade intra-hospitalar nos


doentes adultos hospitalizados com Diabetes como diagnóstico principal, com especial incidência nos anos
mais recentes. Os internamentos por diabetes por outras causas e/ou complicações e por complicações
agudas da diabetes são os que apresentam as taxas de letalidade mais significativas.

Letalidade intra-hospitalar dos internamentos de Adultos por Diabetes


– DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
2017 2018 2019 2020 2021

Internamentos por complicações crónicas


4,6% 5,0% 5,5% 5,8% 5,6%
da diabetes

Internamentos por complicações agudas


7,2% 8,3% 7,6% 10,2% 9,8%
da diabetes

Internamentos por diabetes não controlada sem


0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
complicações

Internamentos por diabetes por outras causas


18,4% 21,7% 20,1% 20,7% 18,6%
e/ou complicações

Internamentos por Diabetes – Adultos 5,5% 6,5% 6,3% 7,6% 7,3%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal com
destino após a alta de falecido – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h); Portugal – SNS+SRS; Apuramento OND.

(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).

Cuidados Primários
Em 2021 na Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental encontravam-se
registados 903.644 utentes com Diabetes1, (dos quais 36,3% nas Unidades de Cuidados de Saúde
Personalizados – UCSP e 63,7% nas Unidades de Saúde Familiar – USF), num universo de 11 823 234
utentes registados2 (dos quais 40,1% nas UCSP e 59,9% nas USF).
1
Em 2019 e em 2020 eram, respetivamente, 885 576 e 866 011 utentes com Diabetes.
2
Em 2019 e em 2020 eram, respetivamente, 11 847 167 e 11 575 100 utentes registados no SNS.

Prevalência da Diabetes Diagnosticada e Registada em Portugal Continental


Taxa de Prevalência da Diabetes Total – Diagnosticada
(2021)

SNS UCSP USF


7,6% 6,9% 8,1% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
7,5% em 2020 6,9% em 2020 7,9% em 2020
7,5% em 2019 7,1% em 2019 7,8% em 2019

Taxa de Prevalência da Diabetes 20-79 Anos – Diagnosticada


(2021)

SNS UCSP USF


8,2% 7,1% 8,9% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
8,0% em 2020 7,2% em 2020 8,6% em 2020
8,1% em 2019 7,4% em 2019 8,6% em 2019

15
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

ACESSIBILIDADE
Em 2021 na Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental o número de
utentes com Diabetes que utilizou os serviços (com pelo menos uma consulta registada em sistema)
foi de 724 5211 (dos quais 30,9% nas UCSP e 69,1% nas USF).
Em 2019 e em 2020 foram utilizadores dos serviços dos cuidados de saúde primários do SNS, respetivamente, 739 473 e 685 697 utentes com
1

Diabetes.

Número Total de Consultas de Diabetes


(2021)

SNS UCSP USF


2 021 778 556 120 1 465 658
FONTE: SPMS – SIM@SNS.
1 863 833 em 2020 553 872 em 2020 1 309 961 em 2020
2 125 755 em 2019 722 111 em 2019 1 403 644 em 2019

Utentes com Diabetes com Consulta Registada


(2021)

SNS UCSP USF


80,2% 68,2% 87,0% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
79,2% em 2020 68,4% em 2020 85,7% em 2020
83,5% em 2019 74,0% em 2019 90,0% em 2019

A representatividade das Consultas de Diabetes no total das consultas médicas realizadas nos Cuidados
Primários decresceu significativamente nestes últimos 8 anos, passando de 8,1% em 2014 para 5,6%
em 2021.

Esta perda de representatividade decorre da diminuição ocorrida durante o período considerado no


número de consultas de diabetes de -15,6%, o que correspondeu a menos 374 426 consultas registadas,
contrária à tendência de crescimento verificada no movimento assistencial global dos Cuidados
Primários (+21,1% de consultas médicas entre 2014 e 2021, com especial realce para o crescimento
registado nos últimos 2 anos +14,2%).
Representatividade das Consultas de Diabetes
nas Consultas Médicas dos CSP (2018)
Representatividade das Consultas de Diabetes nas Consultas Médicas dos CSP – SNS – 2021

SNS
5,6% 5,7% em 2020 FONTE: SPMS – SIM@SNS;
Relatório de Acesso aos

6,7% em 2019 Cuidados de Saúde.

A pandemia associada à COVID19 teve especiais reflexos na atividade médica da diabetes nos cuidados
de saúde primários, com especial reflexo no ano de 2020. Comparativamente ao ano de 2019 foram
realizadas menos 261 922 consultas de Diabetes em 2020 (o que se traduz numa diminuição de 12,3% da
assistência médica). Não obstante o crescimento registado em 2021, o número de consultas de Diabetes
é ainda deficitário comparativamente aos valores de 2019.

16
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

Em 2021 a taxa de cobertura da vigilância médica das pessoas com diabetes (com 2 ou mais consultas
registadas) que utilizaram a Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental era
80,0%, abrangendo um universo de 579 386 utentes com Diabetes1.

Número Médio de Consultas de Diabetes por Utente com Diabetes (com Consulta Registada)
(2021)

SNS UCSP USF


2,8 2,5 2,9 FONTE: SPMS – SIM@SNS.
2,7 em 2020 2,5 em 2020 2,8 em 2020
2,9 em 2019 2,7 em 2019 3,0 em 2019

Taxa de Cobertura da Vigilância Médica das Pessoas com Diabetes (2 e + consultas)


(2021)

SNS UCSP USF


80,0% 70,6% 84,2% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
76,5% em 2020 69,1% em 2020 80,1% em 2020
85,3% em 2019 77,6% em 2019 89,6% em 2019

1
Em 2019 e em 2020 foram acompanhados pelos serviços dos cuidados de saúde primários do SNS, respetivamente, 630 623 e 524 689 utentes
com Diabetes.

CONTROLO
Utentes com Diabetes (com consulta registada) com pedidos de HbA1c registados
(2021)

SNS UCSP USF


88,7% 81,7% 91,8% FONTE: SPMS – SIM@SNS.

85,8% em 2020 78,7% em 2020 89,3% em 2020


91,1% em 2019 84,6% em 2019 94,8% em 2019

HbA1c – Média por Utente com pedidos registados


(2021)

SNS UCSP USF


6,8% 6,7% 6,8% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
6,8% em 2020 6,7% em 2020 6,8% em 2020
6,8% em 2019 6,7% em 2019 6,8% em 2019

17
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Utentes com Diabetes (com HbA1c registada) com HbA1c < 6,5%
(2021)

SNS UCSP USF


44,4% 44,0% 44,5% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
43,1% em 2020 42,8% em 2020 43,3% em 2020
45,6% em 2019 45,3% em 2019 45,7% em 2019

Utentes com Diabetes (com HbA1c registada) com HbA1c < 7%


(2021)

SNS UCSP USF


65,9% 64,9% 66,4% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
65,2% em 2020 64,2% em 2020 65,6% em 2020
66,7% em 2019 65,8% em 2019 67,2% em 2019

Utentes com Diabetes (com HbA1c registada) com HbA1c > 8%


(2021)

SNS UCSP USF


20,2% 20,0% 20,4% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
18,8% em 2020 19,2% em 2020 18,6% em 2020
20,1% em 2019 20,3% em 2019 20,0% em 2019

Utentes com Diabetes com registo de Colesterol LDL (com Consulta Registada)
(2021)

SNS UCSP USF


80,6% 74,7% 83,2% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
73,1% em 2020 68,8% em 2020 75,2% em 2020
77,9% em 2019 74,3% em 2019 79,9% em 2019

Utentes com Diabetes com registo de Colesterol LDL com resultado < 100mg/dl
(2021)

SNS UCSP USF


66,7% 63,6% 67,9% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
64,6% em 2020 62,0% em 2020 65,7% em 2020
62,0% em 2019 59,6% em 2019 63,3% em 2019

18
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

Utentes com Diabetes com registo de Colesterol LDL com resultado < 70mg/dl
(2021)

SNS UCSP USF


27,9% 26,6% 28,5%
FONTE: SPMS – SIM@SNS.
25,9% em 2020 24,7% em 2020 26,3% em 2020
23,5% em 2019 22,6% em 2019 24,0% em 2019

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com microalbuminúria registada


(2021)

SNS UCSP USF


67,3% 59,3% 70,9% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
60,8% em 2020 55,0% em 2020 63,5% em 2020
65,8% em 2019 59,5% em 2019 69,4% em 2019

Utentes com Diabetes com microalbuminúria registada > 30 mg/24h


(2021)

SNS UCSP USF


20,4% 21,3% 20,0% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
20,2% em 2020 21,2% em 2020 19,8% em 2020
20,6% em 2019 21,4% em 2019 20,1% em 2019

Em 2020 e em 2021, associado ao período pandémico vivido, verificou-se uma quebra significativa dos
registos de observação do pé dos utentes com diabetes que utilizaram a Rede de Cuidados de Saúde
Primários do SNS de Portugal Continental.

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de observação do pé


(2021)

SNS UCSP USF


73,8% 56,7% 81,4% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
72,2% em 2020 58,6% em 2020 78,8% em 2020
83,7% em 2019 69,9% em 2019 91,5% em 2019

Utentes com Diabetes com Pressão Arterial registada


(2021)

SNS UCSP USF


75,2% 59,4% 84,3% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
73,3% em 2020 59,9% em 2020 81,4% em 2020
83,2% em 2019 72,2% em 2019 90,8% em 2019

19
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Registos de Pressão Arterial < 130/80 em utentes com Diabetes


(2021)

SNS UCSP USF


36,3% 35,3% 36,6% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
37,2% em 2020 36,6% em 2020 37,5% em 2020
39,4% em 2019 38,2% em 2019 39,9% em 2019

Registos de Pressão Arterial < 140/90 em utentes com Diabetes


(2021)

SNS UCSP USF


70,4% 65,1% 72,2% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
70,0% em 2020 65,6% em 2020 71,7% em 2020
70,9% em 2019 67,2% em 2019 72,5% em 2019

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de IMC


(2021)

SNS UCSP USF


45,0% 34,1% 49,9% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
43,1% em 2020 32,3% em 2020 48,3% em 2020
56,0% em 2019 44,4% em 2019 62,5% em 2019

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de IMC > 25
(2021)

SNS UCSP USF


82,7% 83,4% 82,5% FONTE: SPMS – SIM@SNS.
82,7% em 2020 83,4% em 2020 82,5% em 2020
83,1% em 2019 83,5% em 2019 83,0% em 2019

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de IMC > 30
(2021)

SNS UCSP USF


41,8% 43,7% 41,3%
FONTE: SPMS – SIM@SNS.
41,4% em 2020 43,1% em 2020 40,9% em 2020
42,1% em 2019 43,2% em 2019 41,7% em 2019

20
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

Complicações da Diabetes
A persistência de um nível elevado de glicose no sangue, mesmo quando não estão presentes os
sintomas para alertar o indivíduo para a presença de Diabetes ou para a sua descompensação, resulta
em lesões nos tecidos. Embora a evidência dessas lesões possa ser encontrada em diversos órgãos,
é nos rins, olhos, nervos periféricos e sistema vascular, que se manifestam as mais importantes, e
frequentemente fatais, complicações da Diabetes.

Em praticamente todos os países desenvolvidos, a Diabetes é a principal causa de cegueira, insuficiência


renal e amputação de membros inferiores. A Diabetes constitui, atualmente, uma das principais causas
de morte, principalmente por implicar um risco significativamente aumentado de doença coronária e de
acidente vascular cerebral.

Além do sofrimento humano que as complicações relacionadas com a doença causam nas pessoas
com Diabetes e nos seus familiares, os seus custos económicos são enormes. Estes custos incluem os
cuidados de saúde, a perda de rendimentos e os custos económicos para a sociedade em geral, a perda
de produtividade e os custos associados às oportunidades perdidas para o desenvolvimento económico.

Um deficiente controlo metabólico nas crianças pode resultar em défice de desenvolvimento, assim
como na ocorrência tanto de hipoglicemias graves, como de hiperglicemia crónica e em internamentos
hospitalares.

As crianças são mais sensíveis à falta de insulina do que os adultos e estão em maior risco de
desenvolvimento rápido e dramático da cetoacidose diabética.

As principais complicações crónicas da Diabetes são:


Cérebro e circulação cerebral
• Neuropatia e Amputação; (doença vascular cerebral)

• Retinopatia;
Olhos
• Nefropatia; e (retinopatia)

• Doença cardiovascular (DCV).


Coração e Circulação
(doença coronária)

Rim
(nefropatia)

Sistema nervoso periférico


(neuropatia)

Membros inferiores
(doença vascular periférica)

Pé diabético
(ulceração e amputação)

21
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1


O número total de episódios com amputações dos membros inferiores em doentes de Diabetes têm-se
mantido estável ao longo do período considerado, sendo de salientar, contudo, o aumento registado das
amputações major.

A letalidade intra-hospitalar registada nos episódios com amputações dos membros inferiores em
doentes de Diabetes tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos, a qual se encontra, em grande
medida, associada ao decréscimo de letalidade verificado nos episódios das amputações major.

N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (*)
2017 2018 2019 2020 2021

Amputação Major 1 132 1 220 1 229 1 243 1 268

Amputação Minor 1 182 1 319 1 195 1 149 1 177

Amputação – Total 2 314 2 539 2 424 2 392 2 445

Letalidade intra-hospitalar dos episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes
com Diabetes (*)
2017 2018 2019 2020 2021

Amputação Major 14,0% 12,9% 13,3% 11,4% 10,7%

Amputação Minor 4,1% 3,6% 4,3% 5,0% 4,8%

Amputação – Total 9,0% 8,1% 8,9% 8,4% 7,9%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (episódio com
código de diagnóstico de Diabetes DP + DA – adultos ≥1 8 anos + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.

(*) Os dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são
recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores
da presente publicação).

22
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

OLHO
O número de pessoas com Diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética
cresceu significativamente, tendo atingido ¼ da população com diabetes inscrita nos CSP em 2018 e em
2019. A atividade foi grandemente influenciada pelo período pandémico, com uma quebra superior a 50%
do número de rastreios em 2020. Em 2021 verificou-se uma recuperação da atividade desenvolvida, mas
ainda aquém do registado no período pré-pandémico.

Indicadores dos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética


Descrição 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Número
49 354 57 385 47 454 45 121 68 309 105 462 121 363 124 231 67 255 126 213
de Rastreios
ARS Taxa de Rastreio
18% 20% 16% 15% 22% 35% 38% 38% 21% 37%
Norte Populacional
Percentagem de Casos
4% 6% 11% 5% 3% 4% 4% 6% 5% 4%
para Tratamento
Número
18 496 11 856 13 235 19 792 18 845 13 803 9 907 14 875 6 673 7 228
de Rastreios
ARS Taxa de Rastreio
14% 8% 9% 11% 11% 9% 6% 9% 4% 4%
Centro Populacional
Percentagem de Casos
4% 4% 6% 2% 3% 3% 2% 2% 3% 4%
para Tratamento
Número
24 819 28 272 25 853 28 562 47 784 74 744 80 228 81 630 25 670 45 105
de Rastreios
ARS Taxa de Rastreio
11% 11% 11% 11% 17% 26% 28% 27% 9% 15%
LVT Populacional
Percentagem de Casos
11% 9% 7% 7% 7% 5% 6% 3% 3% 3%
para Tratamento
Número
2 512 1 668 7 573 3 477 7 144 6 956 6 725 4 999 2 889 5 513
de Rastreios
ARS Taxa de Rastreio
6% 4% 16% 7% 15% 14% 13% 10% 6% 11%
Alentejo Populacional
Percentagem de Casos
1% nd 7% 4% 4% 5% 5% 4% 4% 3%
para Tratamento

Número
7 937 16 103 1 420 16 491 16 444 0 0 0 0 1 345
de Rastreios
ARS Taxa de Rastreio
33% 60% 5% 38% 50% 0% 0% 0% 0% 3%
Algarve Populacional
Percentagem de Casos
9% 9% 6% 10% 10% n.a. n.a. n.a. n.a. 6%
para Tratamento
Número
103 118 115 284 95 535 113 443 158 526 200 965 218 223 225 743 102 487 185 404
de Rastreios
Taxa de Rastreio
SNS Populacional
15% 15% 12% 13% 19% 24% 25% 25% 12% 21%

Percentagem de Casos
6% 7% 9% 5% 5% 4% 4% 4% 4% 4%
para Tratamento

FONTE: ARS Norte; ARS Centro; ARS LVT; ARS Alentejo; ARS Algarve; SPMS – SIM@SNS; DGS.

23
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

RIM
Etiologia da Insuficiência Renal Crónica (IRC) em Terapêutica de Substituição Renal – Diabetes
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Prevalência da Diabetes nas Pessoas com
27,5% 27,7% 27,8% 28,1% 28,5% 28,0% 27,8% 28,0% 27,7% 28,0%
Insuficiência Renal Crónica (IRC) – Global
Prevalência da Diabetes nos novos casos
31,8% 31,2% 32,2% 33,9% 31,8% 32,2% 31,5% 33,2% 33,1% 33,2%
de Insuficiência Renal Crónica (IRC) – Global
FONTE: S
 ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 13 290 casos, dos quais 2470 novos casos em 2021
(em 2020 Total – 13 279 Novos Casos – 2333 e em 2019 Total – 13 375 Novos Casos – 22 627).

Etiologia da Insuficiência Renal Crónica (IRC) em Hemodiálise (HD) – Diabetes


2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Prevalência da Diabetes nas Pessoas
com Insuficiência Renal Crónica (IRC) 28,0% 28,2% 28,2% 28,7% 29,1% 28,7% 28,1% 28,6% 28,6% 29,0%
em Hemodiálise (HD)
Prevalência da Diabetes nos novos casos
de Insuficiência Renal Crónica (IRC) 32,0% 32,2% 33,0% 34,6% 33,0% 33,4% 32,5% 34,6% 34,5% 35,1%
em Hemodiálise (HD)

FONTE: S
 ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 12 404 casos, dos quais 2215 novos casos em 2021
(em 2020 Total – 12 410 Novos Casos – 2094 e em 2019 Total –12 417 Novos Casos – 2343).

Etiologia da Insuficiência Renal Crónica (IRC) em diálise peritoneal (DP)


2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Prevalência da Diabetes nas Pessoas
com Insuficiência Renal Crónica (IRC)
20,4% 19,4% 21,9% 19,4% 18,1% 16,4% 15,5% 16,9% 15,8% 14,6%
em diálise peritoneal (DP)

Prevalência da Diabetes nos novos casos


de Insuficiência Renal Crónica (IRC) 29,6% 21,0% 24,5% 27,1% 18,9% 21,3% 19,2% 21,8% 21,3% 16,5%
em diálise peritoneal (DP)

FONTE: S
 ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 886 casos, dos quais 255 novos casos em 2021
(em 2020 Total – 878 Novos Casos – 239 e em 2019 Total – 852 Novos Casos – 284).

TRANSPLANTES
Etiologia da Insuficiência Renal Crónica (IRC) em Transplantes Renais – Diabetes
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Prevalência da Diabetes nas Pessoas
com Insuficiência Renal Crónica (IRC) 13,0% 11,1% 16,0% 19,7% 18,9% 14,9% 17,6% 17,0% 21,7% 13,6%
com Transplantes Renais

FONTE: S
 ociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais – respeitante a um total de 442 casos em 2021 (em 2020 393 casos e em 2019 514 casos).

Transplantes de Pâncreas em Portugal


|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
Rim e pâncreas simultâneo 3 17 21 23 27 24 26 33 22 27 20

Pâncreas após rim 2 4 3 1 0 1 2 3 0 1

FONTE: Sociedade Portuguesa de Nefrologia; Relatórios Anuais.

24
C A P Í T U LO 1 – E P I D E M I O LO G I A D A D I A B E T E S

DOENÇA MACROVASCULAR
Em 2021, 31,1% dos internamentos por AVC são em pessoas com Diabetes, tendo a sua importância
relativa aumentado 2,8 p.p. nos últimos 5 anos.

N.º de pessoas com Diabetes com Acidente Vascular Cerebral – AVC (*)
2017 2018 2019 2020 2021

N.º de Internamentos por AVC e DM 6 779 6 632 6 894 6 677 7 120

Percentagem da DM nos Internamentos por AVC 28,3% 29,5% 30,2% 29,7% 31,1%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de Internamentos por AVC e DM – Diagnóstico Associado – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h –
Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

Perto de 1/3 dos internamentos por EAM são em pessoas com Diabetes, tendo a sua importância relativa
se mantido relativamente estável nos últimos 5 anos.

N.º de pessoas com Diabetes com Enfarte Agudo do Miocárdio – EAM (*)
2017 2018 2019 2020 2021

N.º de Internamentos por EAM e DM 3 944 3 708 3 822 3 415 3 571

Percentagem da DM nos Internamentos por EAM 33,3% 33,2% 33,4% 32,6% 32,9%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de Internamentos por AVC e DM – Diagnóstico Associado – adultos ≥1 8 anos + Duração > 24h –
Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

25
Controlo e Tratamento
da Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Consumo de Medicamentos
O consumo de medicamentos para a Diabetes tem estado a aumentar significativamente ao longo dos
últimos anos, em toda a Europa, em termos da Dose Diária Definida/1000 habitantes/dia. As razões
apontadas para esta dinâmica são, além do aumento da prevalência da doença, o aumento do número e
da proporção de pessoas tratadas, bem como as dosagens médias utilizadas nos tratamentos.

A dose diária definida por 1000 habitantes por dia indica, em medicamentos administrados
cronicamente, a proporção da população que diariamente recebe tratamento com determinado fármaco
numa determinada dose média (exemplo: em 2021, o equivalente a 79 portugueses em cada 1000 – 7,9%
da população portuguesa – recebiam tratamento de antidiabéticos não insulínicos e insulinas).

Consumo de Medicamentos para a Diabetes (Antidiabéticos não insulínicos e Insulinas)


– DDD (Dose Diária Definida)/1000 habitantes/dia
2012 2021* Var. 2012/2021
Áustria 39,4 49,4 25%

Letónia 40,2 50,0 24%

Islândia 38,9 54,8 41%

Lituânia 37,0 59,0 59%

Luxemburgo 63,4 63,8 1%

Itália 62,2 64,9 4%

Noruega 48,4 65,9 36%

Dinamarca 50,5 67,0 33%

Estónia 53,1 67,5 27%

Suécia 53,9 73,2 36%

Holanda 74,1 76,0 3%

Hungria 75,3 76,4 1%

França 71,4 77,0 8%

Bélgica 63,2 78,0 23%

Portugal 61,0 78,8 29%

Espanha 66,4 84,0 27%

Reino Unido 79,9 84,5 6%

Eslovénia 70,6 85,1 21%

Eslováquia 58,0 90,3 56%

Alemanha 83,2 91,0 9%

República Checa 78,2 94,2 20%

Grécia 85,0 100,9 19%

Finlândia 84,8 101,8 20%

FONTE: OCDE Health Statistics 2022; *2021 ou último ano disponível.

O incremento do consumo tem-se traduzido num acréscimo das vendas de medicamentos para a
Diabetes, quer em termos de volume de embalagens vendidas quer de valor (esta última dimensão com
uma dinâmica acentuada nos últimos anos).

28
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S

Vendas em Ambulatório de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS


em Portugal Continental
– Em Volume
14 13,3
12,7
CRESCIMENTO 2012-2021 +48% 12,2
12 11,5
10,9
Milhões de Embalagens

10,3 10,6
10,0
10 9,6
9,0
8

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

O crescimento dos custos dos medicamentos da Diabetes tem assumido uma especial preponderância
e relevância (+ 101%) face ao crescimento efetivo do consumo, quantificado em número de embalagens
vendidas (+ 48%).

Os utentes do SNS têm encargos diretos de 33,7 Milhões de Euros com o consumo de Antidiabéticos
não insulínicos e de Insulinas, o que representa 8% dos custos do mercado de ambulatório com estes
medicamentos no último ano (esta representatividade tem-se mantido relativamente constante ao longo
da última década).

Vendas em Ambulatório de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS


em Portugal Continental
– Em Valor (Encargos do SNS e dos Utentes)

450 33,7
30,5
CRESCIMENTO 2012-2021 +101% 28,0
25,2
Milhões de Euros

23,3
300 22,0 21,8
20,6
18,0
17,0
385,8
352,3
323,6
150 291,1
248,7 263,2
222,0 238,8
191,8 208,0

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Encargos – SNS (M€) Encargos – Utentes (M€)

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

O custo médio das embalagens de medicamentos da Diabetes cresceu mais de 1/3 do seu valor nos
últimos dez anos.

Custo Médio de Embalagens de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos em Ambulatório


no âmbito do SNS em Portugal Continental
– Em Euros
| Var.
2020 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2012/2021
|
Custo Médio 9,5 € 23,2 € 23,6 € 24,2 € 25,3 € 25,5 € 26,3 € 27,5 € 28,9 € 30,1 € 31,6 € +36%

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

29
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Nos últimos 7 anos, os genéricos de medicamentos para a Diabetes perderam relevância em termos
do volume de vendas, medido em número de embalagens. Em termos de valor, o mercado de genéricos
de medicamentos para a Diabetes mantém um papel relativamente residual e decrescente na despesa
em medicamentos.

% dos Genéricos de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos em Ambulatório no âmbito do SNS


em Portugal Continental
(Em valor e em volume)
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
% dos Genéricos
0,0% 5,1% 5,4% 5,9% 5,3% 5,0% 4,7% 4,2% 3,7% 3,1% 2,7%
nas Vendas (€)
% dos Genéricos nas Vendas
0,0% 30,0% 31,7% 35,7% 34,4% 33,0% 31,5% 29,8% 28,1% 25,2% 23,2%
(N.º de Embalagens)

Custo Médio Genéricos n.d. 4,0 € 4,0 € 4,0 € 3,9 € 3,9 € 3,9 € 3,9 € 3,8 € 3,7 € 3,6 €

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

As vendas em ambulatório de dispositivos de monitorização da diabetes, em número de embalagens,


registaram nos últimos anos um crescimento significativo, associado à autorização de entrada no
mercado dos sensores de avaliação da glicose intersticial em 2018. Por contraponto, verificou-se uma
diminuição de 15,7% do número de embalagens de tiras-teste vendidas.

O mercado de ambulatório do SNS em 2021 representava um valor global de vendas de cerca de


77 Milhões de Euros, o que corresponde uma despesa para o SNS de 85%. Fruto da introdução dos
sensores de glicose, verificou-se um aumento do valor do mercado dos dispositivos de 52%, que se
refletiu no acréscimo de encargos do SNS com estes produtos.

Vendas em Ambulatório de Dispositivos de Monitorização da Diabetes em Portugal


Em volume (em milhares de embalagens)
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
Dispositivos
235 2 115 2 632 2 660 2 804 2 775 2 774 2 910 2 958 2 985 3 006
de Monitorização

Tiras-Teste – Glicemia 235 2 115 2 632 2 660 2 804 2 775 2 774 2 668 2 551 2 444 2 338

Sensores – glicose - - - - - - - 242 407 541 668

FONTE: IMS Health; Centro de Conferência de Faturas – Ministério da Saúde (CCF – MS); INFARMED; A partir do ano de 2012 a origem da informação
disponibilizada é o CCF – MS; INFARMED.

Vendas em Ambulatório de Dispositivos de Monitorização da Diabetes em Portugal


Em valor (em milhões de Euros)
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
Dispositivos
9,1 46,0 52,8 50,9 51,2 50,5 50,4 60,5 67,3 72,0 76,8
de Monitorização

Tiras-Teste – Glicemia 9,1 46,0 52,8 50,9 51,2 50,5 50,4 48,4 45,7 43,2 41,3

Sensores – glicose - - - - - - - 12,8 21,6 28,7 35,4

FONTE: IMS Health; Centro de Conferência de Faturas – Ministério da Saúde (CCF – MS); INFARMED; A partir do ano de 2012 a origem da informação
disponibilizada é o CCF – MS; INFARMED.

A trajetória evolutiva da despesa em medicamentos é explicada, em grande medida, pelo aumento


acentuado do custo dos antidiabéticos não insulínicos, decorrente da introdução de novas apresentações
e de novos princípios activos, mas também pelo aumento do valor associado à introdução de novas
insulinas.

30
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S

Vendas (em volume) em Ambulatório de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS
em Portugal Continental
– Por SubClasses Terapêuticas

2012-2021 +48%
Insulinas +34%
14,0 1,5
ADNI +50% 1,6
1,6
12,0 1,5
Milhões de Embalagens

1,4 1,5
1,3 1,4
1,3
10,0 1,1

8,0

6,0 11,1 11,7


10,0 10,6
8,9 9,2 9,4
8,3 8,7
4,0 7,8

2,0 110,5 141,4 157,1 157,7 169,0 180,8 196,5 203,9 219,1 245,8

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Antidiabéticos não insulínicos Insulinas

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

Vendas (em valor) em Ambulatório de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS
em Portugal Continental
– Por SubClasses Terapêuticas

450 71,7
2012-2021 +101% 74,8
Insulinas +41% 73,3
Milhões de Euros

70,5
ADNI +121% 67,4
300 64,3 66,6
61,7
57,0
51,0

347,9
150 308,0
278,3
219,1 245,8
180,8 196,5 203,9
157,7 169,0

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Antidiabéticos não insulínicos – M€ Insulinas – M€

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

Custo Médio de Embalagens de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos em Ambulatório


no âmbito do SNS em Portugal Continental
| Var.
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2012/2021
|
Antidiabéticos
7,4 € 20,1 € 20,3 € 20,8 € 22,0 € 22,3 € 23,2 € 24,7 € 26,3 € 27,7 € 29,6 € 47%
não insulínicos

Insulinas 18,7 € 44,5 € 45,4 € 46,1 € 46,5 € 46,5 € 46,1 € 46,4 € 46,7 € 46,6 € 46,6 € 5%

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

Entre 2012 e 2021 a despesa em insulinas e ADNI incrementou a sua representatividade no mercado
total dos medicamentos em ambulatório no SNS em 70%, representando 19,1% do total da despesa em
medicamentos em 2021.

31
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Despesa de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos no Custo Total dos Medicamentos de Ambulatório
do SNS em Portugal Continental
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
% dos ADNI e Insulinas na Despesa Total
em Medicamentos – Mercado 2,7% 11,3% 12,2% 12,9% 13,8% 14,3% 15,0% 16,1% 17,1% 18,3% 19,1%
de Ambulatório do SNS

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

Vendas (em valor) em Ambulatório de Insulinas no âmbito do SNS em Portugal Continental


– Por Classes ATC 4D

80

70

60
INSULINA E ANÁLOGOS
Milhões de Euros

50

40

30

20

10

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Ação Intermédia/Rápida Ação Intermédia Ação Lenta Ação Rápida


(A10AD) (A10AC) (A10AE) (A10AB)

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

Vendas (em volume) em Ambulatório de Insulinas no âmbito do SNS em Portugal Continental


– Por Classes ATC 4D

1,8

1,6

1,4
Milhões de Embalagens
INSULINA E ANÁLOGOS

1,2

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Ação Intermédia/Rápida Ação Intermédia Ação Lenta Ação Rápida


(A10AD) (A10AC) (A10AE) (A10AB)

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

32
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S

Vendas (em valor e em volume) em Ambulatório de Insulinas no âmbito do SNS em Portugal Continental
– Por Classes ATC 4D
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
M M M M M M M M M M M
M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€
Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb.

Insulina e Análogos
– Ação Rápida 8% 10% 22% 25% 23% 26% 23% 27% 23% 27% 24% 28% 25% 28% 25% 28% 25% 29% 25% 29% 25% 30%
(A10AB)
Estatísticas do Medicamento – INFARMED
Insulina e Análogos
– Ação Lenta 0% 0% 43% 28% 46% 32% 48% 34% 50% 37% 51% 40% 53% 42% 55% 45% 57% 47% 58% 49% 59% 50%
(A10AE)

Insulina e Análogos
– Ação Intermédia 45% 45% 15% 21% 13% 18% 12% 17% 11% 15% 10% 14% 9% 13% 8% 11% 7% 10% 6% 9% 6% 8%
(A10AC)

Insulina e Análogos
– Ação Intermédia 47% 45% 20% 26% 19% 24% 17% 22% 16% 20% 15% 19% 14% 17% 12% 15% 11% 14% 10% 13% 10% 12%
/Rápida (A10AD)

TOTAL – Em Milhões 14,9 0,8 51,0 1,1 57,0 1,3 61,7 1,3 64,3 1,4 66,6 1,4 67,4 1,5 70,5 1,5 73,3 1,6 74,8 1,6 71,7 1,5

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

Vendas (em valor) em Ambulatório de Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS


em Portugal Continental
– Por Classes ATC 4D

400

300
Milhões de Euros

200

100

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Combinações ADO Glifozinas (A10BK) Agonistas do GLP-1 Inibidores da DPP IV


– Inibidores Glifozinas (A10BD) (A10BJ) (A10BH)

Combinações ADO Combinações ADO Combinações ADO Glitazonas (A10BG)


– Inibidores DPP4 (A10BD) – Sulfonilureias (A10BD) – Glitazonas (A10BD)
Glinidas (A10BX) Inibidores da Alfa- Sulfonilureias (A10BB) Biguanidas
– Glucosidase (A10BF) – Metformina (A10BA)

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

33
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Vendas (em volume) em Ambulatório de Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS


em Portugal Continental
– Por Classes ATC 4D

12,0

10,0
Milhões de Embalagens

8,0

6,0

4,0

2,0

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Combinações ADO Glifozinas (A10BK) Agonistas do GLP-1 Inibidores da DPP IV


– Inibidores Glifozinas (A10BD) (A10BJ) (A10BH)

Combinações ADO Combinações ADO Combinações ADO Glitazonas (A10BG)


– Inibidores DPP4 (A10BD) – Sulfonilureias (A10BD) – Glitazonas (A10BD)
Glinidas (A10BX) Inibidores da Alfa- Sulfonilureias (A10BB) Biguanidas
– Glucosidase (A10BF) – Metformina (A10BA)

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

Vendas (em valor e em volume) em Ambulatório de Antidiabéticos não insulínicos no âmbito do SNS
em Portugal Continental
– Por Classes ATC 4D
|
2000 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
|
M M M M M M M M M M M
M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€ M€
Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb. Emb.
Biguanidas – Metformina
18% 25% 7% 34% 7% 35% 6% 36% 6% 36% 6% 36% 6% 36% 5% 35% 5% 34% 4% 32% 4% 30%
(A10BA)
Sulfonilureias
56% 54% 8% 24% 8% 23% 7% 22% 6% 20% 5% 19% 4% 17% 4% 15% 3% 13% 2% 12% 2% 10%
(A10BB)
Inibidores da Alfa-
26% 22% 2% 7% 2% 6% 2% 5% 1% 4% 1% 3% 1% 2% 0% 2% 0% 1% 0% 1% 0% 1%
-Glucosidase (A10BF)
Glinidas
0% 0% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
(A10BX)
Glitazonas
0% 0% 3% 2% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 0% 0% 0%
(A10BG)
Combinações ADO
0% 0% 2% 1% 2% 1% 2% 1% 1% 1% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
– Glitazonas (A10BD)
Combinações ADO
0% 0% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
– Sulfonilureias (A10BD)
Combinações ADO
0% 0% 59% 23% 62% 24% 61% 25% 57% 25% 54% 26% 52% 26% 48% 26% 43% 25% 38% 23% 32% 21%
– Inibidores DPP4 (A10BD)
Inibidores da DPP IV
0% 0% 17% 7% 17% 8% 19% 9% 19% 9% 18% 10% 18% 10% 17% 10% 15% 10% 14% 10% 12% 9%
(A10BH)
Agonistas do GLP-1
0% 0% 0% 0% 0% 0% 2% 0% 5% 1% 7% 1% 7% 2% 9% 3% 12% 4% 14% 5% 18% 7%
(A10BJ)
Glifozinas
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 3% 1% 6% 3% 8% 4% 11% 6% 15% 8% 17% 10% 19% 13%
(A10BK)
Combinações ADO
– Inibidores Glifozinas 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 1% 0% 2% 1% 4% 2% 6% 3% 9% 5% 13% 8%
(A10BD)

TOTAL – Em Milhões 26,9 3,6 157,7 7,8 169,0 8,3 180,8 8,7 196,5 8,9 203,9 9,2 219,1 9,4 245,8 10,0 278,3 10,6 308,0 11,1 347,9 11,7

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED.

34
C A P Í T U LO 2 – C O N T R O LO E T R ATA M E N TO D A D I A B E T E S

Os Inibidores DPP 4 (isolados ou em combinações com outros ADO’s) representam:


• 1/3 do volume de embalagens
• 44% do valor das vendas

Os Agonistas do GLP-1 e as Glifozinas (isoladas ou em combinações com outros ADNI’s) representam:


• 30% do volume de embalagens
• 1/2 do valor das vendas

Em síntese:

Taxa de Crescimento Médio Anual 2012-2021

9,0%
Vendas
de Antidiabéticos
Não Insulínicos
(Valor)

4,0%
Vendas
de Insulinas
(Valor)

Sistemas de Perfusão Contínua Subcutânea de Insulina – PSCI (Bombas Infusoras de Insulina) no SNS
Evolução do N.º de Pessoas com Diabetes que utilizam Bombas Infusoras de Insulina
comparticipadas pelo SNS e da respectiva despesa
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Utentes em tratamento
818 958 1 150 1 311 1 565 1 965 2 364 3 070 3 537 3 859
com PSCI

Despesa do SNS (M€) 0,8 1,2 1,2 1,4 1,6 2,1 2,7 3,0 3,3 3,5

FONTE: DGS; Relatório de Acesso aos Cuidados de Saúde – MS.

35
Regiões e Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Letalidade intra-hospitalar dos episódios de internamento por Diabetes e por Região


– DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021

Norte 5,1% 5,8% 5,3% 6,8% 6,1%

Centro 4,9% 5,1% 4,9% 6,0% 5,9%

Lisboa e Vale do Tejo 5,8% 6,2% 5,8% 7,2% 7,3%

Alentejo 6,8% 5,3% 6,7% 9,2% 7,1%

Algarve 9,5% 9,8% 7,7% 9,0% 10,4%

Madeira 5,3% 12,4% 13,5% 11,8% 10,3%

Açores 2,3% 1,1% 2,3% 3,1% 2,2%

SNS + SRS 5,5% 6,0% 5,7% 7,0% 6,7%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes com destino após a alta de falecido (episódios com
código de diagnóstico principal de Diabetes + Duração >24h) – Portugal – SNS+SRS.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

Distribuição dos Utentes Saídos dos Internamentos por Diabetes por Região
– DP nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021

Norte 29,8% 30,0% 30,9% 32,7% 35,5%

Centro 20,0% 19,0% 16,4% 16,4% 13,8%

Lisboa e Vale do Tejo 35,1% 35,1% 37,6% 36,4% 36,5%

Alentejo 6,5% 6,7% 4,9% 5,5% 6,4%

Algarve 3,4% 3,5% 4,0% 3,2% 3,0%

Madeira 2,5% 3,0% 2,9% 2,7% 2,6%

Açores 2,6% 2,7% 3,3% 3,1% 2,1%

SNS + SRS 6 775 6 716 6 600 6 161 6 622

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes com destino após a alta de falecido (episódios com
código de diagnóstico principal de Diabetes + Duração >24h) – Portugal – SNS+SRS.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

38
C A P Í T U LO 3 – R E G I Õ E S E D I A B E T E S

Relevância dos Internamentos dos Utentes com Diabetes no Universo dos Utentes
Saídos dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021

Norte 17,8% 18,4% 18,6% 19,9% 20,4%

Centro 17,8% 18,3% 18,1% 19,7% 20,3%

Lisboa e Vale do Tejo 17,7% 18,1% 18,9% 20,0% 20,6%

Alentejo 20,8% 21,2% 21,1% 22,6% 23,0%

Algarve 14,8% 16,0% 15,9% 16,9% 18,0%

Madeira 12,1% 9,9% 9,9% 12,0% 9,2%

Açores 20,0% 21,3% 22,1% 23,0% 23,0%

SNS + SRS 17,7% 18,2% 18,5% 19,8% 20,3%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal e/
ou de Diabetes + Duração > 24h); Aos valores do universo de internamentos de diabetes em adultos (informação disponibilizada pela ACSS)
foi acrescido o número de episódios de internamentos de crianças e jovens por diabetes como causa principal – Portugal – SNS+SRS;
Apuramento OND.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

Relevância dos Internamentos de Jovens e Crianças no Universo dos Internamentos por Diabetes
dos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021

Norte 8,3% 9,4% 8,7% 7,5% 6,9%

Centro 9,0% 7,4% 8,4% 8,4% 9,3%

Lisboa e Vale do Tejo 8,8% 8,1% 8,1% 8,3% 9,6%

Alentejo 5,2% 6,2% 7,1% 4,2% 4,0%

Algarve 10,8% 14,9% 13,0% 15,1% 14,9%

Madeira 0,6% 4,0% 2,6% 3,6% 0,0%

Açores 6,8% 6,6% 9,1% 4,7% 5,8%

SNS + SRS 8,3% 8,3% 8,4% 7,8% 8,1%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios de internamento por diabetes (episódios com código de diagnóstico principal –
crianças e jovens < 18 + Duração > 24h); Portugal – SNS + SRS; Apuramento OND.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

FONTE: SPMS – SIM@SNS, 2016-2018; Tratamento OND

39
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Distribuição Regional dos episódios de internamento com Amputações dos membros inferiores
em doentes com Diabetes nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021

Norte 617 752 740 747 689

Centro 369 326 258 340 326

Lisboa e Vale do Tejo 955 1 007 1 023 937 1 049

Alentejo 136 174 119 109 121

Algarve 82 105 93 82 103

Madeira 63 78 53 61 56

Açores 92 97 138 116 101

SNS + SRS 2 314 2 539 2 424 2 392 2 445

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (episódio com
código de diagnóstico de Diabetes DP + DA – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

Distribuição Regional da letalidade intra-hospitalar dos episódios de internamento com Amputações


dos membros inferiores em doentes com Diabetes nos Hospitais do SNS e dos SRS (*)
Regiões de Saúde 2017 2018 2019 2020 2021

Norte 7,9% 6,8% 8,4% 7,4% 9,0%

Centro 10,8% 8,0% 7,4% 9,7% 7,4%

Lisboa e Vale do Tejo 9,3% 9,0% 9,6% 8,6% 7,5%

Alentejo 11,0% 6,3% 10,1% 11,9% 10,7%

Algarve 4,9% 10,5% 10,8% 8,5% 5,8%

Madeira 6,3% 14,1% 18,9% 11,5% 10,7%

Açores 7,6% 4,1% 2,9% 3,4% 3,0%

SNS + SRS 9,0% 8,1% 8,9% 8,4% 7,9%

FONTE: B
 IMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; N.º de episódios com Amputações dos membros inferiores em doentes com Diabetes (episódio com
código de diagnóstico de Diabetes DP + DA – adultos ≥ 18 anos + Duração > 24h) – Portugal – SNS+SRS; Tratamento OND.

(*) O
 s dados sobre a morbilidade hospitalar abrangem o SNS- Sistema Nacional de Saúde (Continente) e os dois SRS- Sistemas Regionais de Saúde
(Açores e Madeira).

É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos analisados, uma vez que estes são recolhidos
e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente
publicação).

Utentes com Diabetes com Consulta Registada nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 83,5% 76,5% 80,2% 77,5% 76,0% 75,4% 64,0% 55,7% 52,9% 81,6% 76,8% 75,1% 66,4% 60,8% 60,1% 74,0% 68,4% 68,2%

USF 93,7% 89,7% 92,0% 88,2% 86,8% 87,2% 86,6% 80,3% 80,9% 89,3% 83,9% 84,3% 81,6% 84,9% 85,7% 90,0% 85,7% 87,0%

SNS 91,0% 86,4% 89,2% 82,3% 81,2% 81,3% 77,2% 71,0% 70,9% 84,3% 79,5% 78,6% 73,0% 71,5% 72,4% 83,5% 79,2% 80,2%

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

40
C A P Í T U LO 3 – R E G I Õ E S E D I A B E T E S

Número Médio de Consultas de Diabetes por Utente com Diabetes (com Consulta Registada)
nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 2,8 2,5 2,6 2,8 2,7 2,6 2,4 2,2 2,1 3,1 2,7 2,8 2,7 2,5 2,5 2,7 2,5 2,5

USF 3,0 2,8 3,0 3,0 2,9 2,9 3,0 2,8 2,9 3,1 2,9 2,8 3,0 3,1 2,9 3,0 2,8 2,9

SNS 2,9 2,7 2,9 2,9 2,8 2,8 2,8 2,6 2,6 3,1 2,8 2,8 2,8 2,8 2,7 2,9 2,7 2,8

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

Taxa de Cobertura da Vigilância Médica das pessoas com Diabetes (2 e + consultas)


nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 82,3% 70,0% 76,3% 81,6% 76,2% 75,8% 68,3% 58,8% 56,7% 83,6% 74,7% 76,2% 74,1% 68,1% 66,9% 77,6% 69,1% 70,6%

USF 91,6% 79,8% 86,8% 90,7% 83,7% 85,1% 86,7% 78,6% 80,1% 86,4% 79,4% 81,2% 87,9% 83,4% 84,4% 89,6% 80,1% 84,2%

SNS 89,3% 77,7% 84,5% 85,9% 80,0% 80,7% 80,4% 72,7% 73,8% 84,7% 76,5% 78,3% 80,8% 76,2% 76,9% 85,3% 76,5% 80,0%

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com pedidos de HbA1c registados no SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 87,6% 81,8% 86,4% 87,5% 83,4% 85,7% 81,1% 73,6% 74,7% 86,9% 77,1% 79,4% 68,6% 66,8% 72,6% 84,6% 78,7% 81,7%

USF 95,9% 90,2% 93,5% 95,5% 91,8% 93,1% 93,6% 87,6% 89,4% 92,4% 85,0% 87,9% 90,1% 85,4% 87,5% 94,8% 89,3% 91,8%

SNS 93,9% 88,4% 92,0% 91,3% 87,7% 89,6% 89,3% 83,4% 85,5% 88,9% 80,2% 82,9% 79,1% 76,6% 81,1% 91,1% 85,8% 88,7%

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

HbA1c – Média por Utente com pedidos registados no SNS – 2019-2021


Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 6,7 6,8 6,7 6,7 6,7 6,7 6,7 6,7 6,6 6,8 6,8 6,8 6,5 6,5 6,4 6,7 6,7 6,7

USF 6,9 6,9 6,8 6,7 6,8 6,7 6,9 6,9 6,8 7 6,9 6,9 6,8 6,8 6,7 6,8 6,8 6,8

SNS 6,8 6,8 6,8 6,7 6,8 6,7 6,8 6,8 6,8 6,9 6,9 6,8 6,7 6,7 6,6 6,8 6,8 6,8

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

41
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de observação do pé


nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 85,1% 69,9% 74,5% 74,5% 65,2% 64,0% 51,4% 39,2% 29,7% 78,1% 66,0% 56,3% 56,3% 50,4% 51,7% 69,9% 58,6% 56,7%

USF 94,6% 84,7% 90,9% 90,4% 81,4% 82,3% 87,6% 68,9% 67,5% 89,3% 74,8% 74,4% 93,1% 79,2% 82,9% 91,5% 78,8% 81,4%

SNS 92,2% 81,5% 87,4% 82,1% 73,5% 73,7% 75,1% 60,1% 57,3% 82,3% 69,5% 63,6% 74,1% 65,7% 69,4% 83,7% 72,2% 73,8%

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

Utentes com Diabetes (com consulta registada) com microalbuminúria registada


nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 63,0% 57,5% 66,5% 66,0% 62,0% 65,1% 52,1% 47,4% 48,2% 61,1% 54,0% 56,2% 47,6% 46,2% 48,2% 59,5% 55,0% 59,3%

USF 63,3% 56,9% 68,0% 80,1% 75,3% 78,2% 75,1% 68,6% 72,8% 59,5% 56,3% 61,3% 67,2% 65,1% 69,4% 69,4% 63,5% 70,9%

SNS 63,2% 57,0% 67,7% 72,7% 68,8% 72,1% 67,2% 62,3% 66,2% 60,5% 54,9% 58,3% 57,1% 56,2% 60,3% 65,8% 60,8% 67,3%

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

Utentes com Diabetes com microalbuminúria registada > 30 mg/24h


nos Cuidados de Saúde Primários do SNS – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

UCSP 19,4% 19,5% 19,6% 23,5% 23,1% 23,9% 21,6% 21,5% 21,5% 21,5% 20,9% 20,3% 18,7% 16,2% 15,9% 21,4% 21,2% 21,3%

USF 18,7% 18,1% 18,4% 22,1% 22,8% 23,5% 21,1% 20,6% 20,7% 20,8% 18,7% 18,6% 19,2% 19,8% 19,3% 20,1% 19,8% 20,0%

SNS 18,9% 18,4% 18,6% 22,8% 22,9% 23,7% 21,2% 20,8% 20,9% 21,2% 20,0% 19,6% 19,0% 18,4% 18,1% 20,6% 20,2% 20,4%

FONTE: S
 PMS – SIM@SNS, 2019-2021; Tratamento OND.

Distribuição Regional das Vendas (em valor) de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos
em Ambulatório no âmbito do SNS em Portugal Continental – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

Antidiabéticos
não insulínicos
80,6% 81,9% 84,3% 77,6% 79,1% 81,6% 78,6% 79,9% 82,4% 80,1% 81,2% 83,3% 79,2% 80,1% 82,5% 79,1% 80,5% 82,9%

Insulinas 19,4% 18,1% 15,7% 22,4% 20,9% 18,4% 21,4% 20,1% 17,6% 19,9% 18,8% 16,7% 20,8% 19,9% 17,5% 20,9% 19,5% 17,1%

Medicamentos
- (Total M€)
119,8 130,4 145,0 88,2 95,9 104,0 114,3 124,5 136,0 15,4 16,9 18,0 13,9 15,1 16,6 351,6 382,8 419,6

FONTE: E
 statísticas do Medicamento – INFARMED.

42
C A P Í T U LO 3 – R E G I Õ E S E D I A B E T E S

Distribuição Regional das Vendas (em valor) de Insulinas e Antidiabéticos não insulínicos
em Ambulatório no âmbito do SNS em Portugal Continental – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

Custo
Média Per capita
38,0 € 41,4 € 45,7 € 39,5 € 42,8 € 46,4 € 32,0 € 34,8 € 38,0 € 38,7 € 42,8 € 44,7 € 31,6 € 34,6 € 35,5 € 35,9 € 39,1 € 42,6 €

FONTE: Estatísticas do Medicamento – INFARMED; Tratamento OND.

Distribuição Regional da % dos Genéricos nas Vendas (em volume e em valor) de Insulinas
e Antidiabéticos não Insulínicos em Ambulatório no âmbito do SNS em Portugal Continental – 2019-2021
Norte Centro LVT Alentejo Algarve SNS
2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021 2019 2020 2021

% dos genéricos
(volume)
30,3% 27,1% 24,9% 25,7% 23,3% 21,5% 28,5% 25,3% 23,4% 28,1% 24,6% 22,6% 21,1% 19,0% 17,8% 28,1% 25,2% 23,2%

% dos genéricos
(valor)
4,0% 3,3% 2,9% 3,1% 2,7% 2,3% 3,8% 3,2% 2,8% 3,8% 3,1% 2,7% 2,6% 2,2% 2,0% 3,7% 3,1% 2,7%

FONTE: E
 statísticas do Medicamento – INFARMED.

43
Custos da Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Custos
(em Milhões de Euros)
Portugal 2019 2020 2021
Medicamentos Ambulatório Total* 355,1 386,7 423,8

Medicamentos Ambulatório SNS 351,6 382,8 419,6

Dispositivos de Monitorização da Diabetes 67,3 72,0 76,8

Dispositivos de Monitorização da Diabetes – Encargo SNS 57,2 61,2 65,2

Hospitalização – GDH’s Total Diabetes* 265,7 284,3 310,0

Hospitalização – GDH’s DP Diabetes 18,6 19,9 21,7

Hospitalização – GDH’s AVC + Diabetes 25,4 26,9 27,7

Hospitalização – GDH’s EAM + Diabetes 13,5 12,6 13,0

Bombas Infusoras de Insulina e Consumíveis 3,0 3,3 3,5

FONTE: BIMH – Dashboard da Diabetes – ACSS; Infarmed; MS; DGS; Tratamento OND.

* Estimativa OND.

Se considerarmos que a despesa identificada, de acordo com Estrutura da Despesa de Saúde em


Diabetes – Estudo CODE-2, corresponde entre 50 – 60% do total da despesa, a Diabetes em Portugal em
2021 representou um custo direto estimado entre 1 400 - 1 700 milhões de euros1.

O que representa:

0,7-0,8%
do PIB português
em 20212

6-7%
da despesa em
SAÚDE em 20213

1
Em 2019 e em 2020 estima-se que este valor tenha sido, respetivamente, 1 200 – 1 400 milhões de euros e 1 300 – 1 500 milhões de euros.
2
Em 2019 e em 2020 estima-se que este valor tenha sido entre 0,6% – 0,7%.
3
Em 2019 e em 2020 estima-se que este valor tenha sido entre 6% – 7%.

46
C A P Í T U LO 4 – C U S TO S DA D I A B E T E S

Por outro lado, se considerarmos o custo médio das pessoas com Diabetes, de acordo com os valores
apresentados pela IDF, no 10.º Atlas Mundial da Diabetes, (que corresponde em 2021, a preços
correntes, a um valor de 1 943,5 € [2 293,3$] por indivíduo) a Diabetes em Portugal em 2021 representa
um custo de 2128 milhões de euros (para todos os indivíduos com Diabetes entre os 20-79 anos).

O que representa:

1,0%
do PIB português
em 2021

9,0%
da despesa em
SAÚDE em 2021

Se apenas se considerar a população com Diabetes diagnosticada em Portugal em 2021 o custo


aparente desta doença representa 1200 milhões de euros (para todos os indivíduos com Diabetes
diagnosticada entre os 20-79 anos).

47
A Diabetes no Mundo
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Atualmente estima-se a existência de 537 milhões de pessoas adultas com diabetes


(1 em cada 10 adultos).

Prevê-se que o número total de pessoas com diabetes aumente para 643 milhões (1 em cada 9 adultos)
até 2030 e 784 milhões (1 em 8 adultos) até 2045.

Uma em cada cinco pessoas com mais de 65 anos têm diabetes.

A diabetes foi responsável por 11,5% dos gastos em saúde em 2021.

Existem 240 de milhões de pessoas com diabetes que desconhecem que possuem a doença.
Cerca de 1 em cada 2 pessoas com diabetes não está diagnosticada.

A diabetes provocou 6,7 milhões de mortes em 2021.

Cerca de 1,2 milhões de crianças e jovens tem diabetes tipo 1.

Um em cada 6 nascimentos foram afetados, durante o período de gravidez, por hiperglicemia materna
em 2021.

Prevalência
Prevalência estimada
estimada da Diabetesda Diabetes
com com
ajustamento ajustamento
etário etário (20-79 anos) 2021
(20-79 anos) 2021

< 4%
4 – < 5%
5 – < 7%
7 – < 9%
9 – < 12%
> 12%
no estimates made

FONTE: International Diabetes Federation (IDF), 10th IDF Diabetes Atlas, 2021.

50
C A P Í T U LO 5 – A D I A B E T E S N O M U N D O

537 milhões de pessoas adultas


têm Diabetes (10,5%)

2030 11,3% 2045 12,2%

A Diabetes foi responsável


por 11,5% dos gastos em Saúde

1 em cada 6 nascimentos
é afetado durante o período de gravidez
por HIPERGLICEMIA MATERNA

1,2 milhões de crianças e jovens


têm Diabetes tipo 1

1 em cada 5 pessoas com mais de 65 anos


têm Diabetes

51
Factos acerca da Diabetes
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

O que é a Diabetes?
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica cada vez mais frequente na nossa sociedade, e a sua
prevalência aumenta muito com a idade, atingindo ambos os sexos e todas as idades.

A Diabetes é caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue, a hiperglicemia.

A hiperglicemia (açúcar elevado no sangue) que existe na Diabetes, deve-se em alguns casos à
insuficiente produção, noutros à insuficiente ação da insulina e, frequentemente, à combinação destes
dois fatores.

As pessoas com Diabetes podem vir a desenvolver uma série de complicações. É possível reduzir os
seus danos através de um controlo rigoroso da hiperglicemia, da hipertensão arterial, da dislipidémia,
entre outros, bem como de uma vigilância periódica dos órgãos mais sensíveis (retina, nervos, rim,
coração, etc.).

Os critérios de diagnóstico de Diabetes, de acordo com a Norma


DGS N.º 2/2001, de 14/01/2011, são os seguintes:

a) 
Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl (ou ≥ 7,0 mmol/l); ou

b) Sintomas clássicos de descompensação + Glicemia ocasional ≥ 200 mg/dl


(ou ≥ 11,1 mmol/l); ou

c) 
Glicemia ≥ 200 mg/dl (ou ≥ 11,1 mmol/l) às 2 horas, na prova de tolerância à glicose oral
(PTGO) com 75g de glicose; ou

d) 
Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥ 6,5 %.

O que é a Hiperglicemia Intermédia?


A Hiperglicemia Intermédia, também conhecida como pré-diabetes é uma condição em que os
indivíduos apresentam níveis de glicose no sangue superiores ao normal, não sendo, contudo,
suficientemente elevados para serem classificados como Diabetes.

As pessoas com Hiperglicemia Intermédia podem ter Anomalia da Glicemia em Jejum (AGJ) ou
Tolerância Diminuída à Glicose (TDG), ou ambas as condições simultaneamente. Estas condições são
atualmente reconhecidas como fator de risco vascular e um aumento de risco para a Diabetes.

Os critérios de diagnóstico da Hiperglicemia Intermédia ou de identificação de categorias de risco


aumentado para Diabetes são, de acordo com a Norma DGS N.º 2/2011, de 14/01/2011, os seguintes:

a) 
Anomalia da Glicemia em Jejum (AGJ) − Glicemia em jejum ≥ 110 mg/dl
e < 126 mg/dl (ou ≥ 6,1 e < 7,0 mmol/l);

b) T
 olerância Diminuída à Glicose (TDG) − Glicemia às 2 horas após
a ingestão de 75 gr de glicose ≥ 140 mg/dl e < 200 mg/dl
(ou ≥ 7,8 e < 11,1 mmol/l).

54
C A P Í T U LO 6 – FA CTO S A C E R C A D A D I A B E T E S

Tipos de Diabetes
DIABETES TIPO 1
A Diabetes tipo 1 é causada pela destruição das células produtoras de insulina do pâncreas pelo sistema
de defesa do organismo, geralmente devido a uma reação auto-imune. As células beta do pâncreas
produzem, assim, pouca ou nenhuma insulina, a hormona que permite que a glicose entre nas células
do corpo.

A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas ocorre geralmente em crianças ou adultos
jovens. As pessoas com Diabetes tipo 1 necessitam de injeções de insulina diariamente para controlar
os seus níveis de glicose no sangue. Sem insulina, as pessoas com Diabetes tipo 1 não sobrevivem.
O aparecimento da Diabetes tipo 1 é, geralmente, repentino e dramático e pode incluir sintomas como os
que são de seguida apresentados.

Sintomas Clássicos de Descompensação:

• Sede anormal e secura de boca;


• Micção frequente;
• Cansaço/falta de energia;
• Fome constante;
• Perda de peso súbita;
• Feridas de cura lenta;
• Infeções recorrentes;
• Visão turva.

A Diabetes tipo 1 é menos frequente do que a Diabetes tipo 2 (menos de 10% dos casos de Diabetes),
mas a sua incidência está a aumentar, e embora os motivos não sejam completamente conhecidos, é
provável que se relacionem, sobretudo, com alterações nos fatores de risco ambiental. Os fatores de
risco ambientais, o aumento da altura e de peso, o aumento da idade materna no parto e, possivelmente,
alguns aspetos da alimentação, bem como a exposição a certas infeções virais, podem desencadear
fenómenos de auto-imunidade ou acelerar uma destruição das células beta já em progressão.

DIABETES TIPO 2
A Diabetes tipo 2 ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não
consegue utilizar eficazmente a insulina produzida. O diagnóstico de Diabetes tipo 2 ocorre geralmente
após os 40 anos de idade, mas pode ocorrer mais cedo, associada à obesidade, principalmente em
populações com elevada prevalência de diabetes. São cada vez mais crianças que desenvolvem Diabetes
tipo 2. A Diabetes tipo 2 pode ser assintomática, ou seja, pode passar desapercebida por muitos anos,
sendo o diagnóstico muitas vezes efetuado devido à manifestação de complicações associadas ou,
acidentalmente, através de um resultado anormal dos valores de glicose no sangue ou na urina.

A Diabetes tipo 2 é muitas vezes, mas nem sempre, associada à obesidade, que pode, por si, causar
resistência à insulina e provocar níveis elevados de glicose no sangue. Tem uma forte componente de
hereditariedade, mas os seus principais genes predisponentes ainda não foram identificados. Há vários
fatores possíveis para o desenvolvimento da Diabetes tipo 2, entre os quais:

• Obesidade, alimentação inadequada e inatividade física;


• Envelhecimento;
• Resistência à insulina;
• História familiar de diabetes;
• Ambiente intra-uterino deficitário;
• Etnia.

55
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Ao contrário da Diabetes tipo 1, as pessoas com Diabetes tipo 2 não são dependentes de insulina
exógena e não são propensas a cetose, mas podem necessitar de insulina para o controlo da
hiperglicemia se não o conseguirem através da dieta associada a antidiabéticos orais.

O aumento da prevalência da Diabetes tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais,
ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da
atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais.

DIABETES GESTACIONAL
A Diabetes Gestacional (DG) corresponde a qualquer grau de anomalia do metabolismo da glicose
documentado, pela primeira vez, durante a gravidez. A definição é aplicável, independentemente de a
insulina ser ou não utilizada no tratamento.

O controlo dos níveis de glicose no sangue materno reduz significativamente o risco para o recém-
nascido. Pelo contrário, o aumento do nível de glicose materna pode resultar em complicações para
o recém-nascido, nomeadamente macrossomia (tamanho excessivo do bebé), traumatismo de parto,
hipoglicemia e icterícia.

As mulheres que tiveram Diabetes Gestacional apresentam um risco aumentado de desenvolver


Diabetes tipo 2 em anos posteriores. A Diabetes Gestacional está também associada a um risco
aumentado de obesidade e de perturbações do metabolismo da glicose durante a infância e a vida
adulta dos descendentes.

Critérios de diagnóstico da Diabetes Gestacional:

(Glicemia plasmática em jejum ≥ 92 mg/dl (5,1 mmol/l) e < 126 mg/dl (7,0 mmol/l)) na primeira
consulta da grávida ou pelo menos um valor ≥ 92 mg/dl (5,1 mmol/l), 180 mg/dl (10 mmol/l)
ou 153 mg/dl (8,5 mmol/l) em jejum, 1 hora ou 2 horas, respetivamente, na prova de tolerância oral
com 75 gr de glicose realizada entre as 24 e as 28 semanas de gestação.

Controlo e Tratamento da Diabetes


CONTROLO DA DIABETES
Diabetes controlada significa ter níveis de açúcar no sangue dentro de certos limites, o mais próximos
possível da normalidade. Atendendo a vários fatores (idade, tipo de vida, atividade, existência de outras
doenças), definem-se que valores de glicemia (açúcar no sangue) cada pessoa deve ter em jejum e
depois das refeições.

O melhor modo de saber se uma pessoa com Diabetes tem a doença controlada é efetuar testes de
glicemia capilar (através da picada no dedo para medir o “açúcar no sangue”) diariamente e várias
vezes ao dia, antes e depois das refeições.

O método mais habitual para avaliar o estado de controlo da Diabetes é a determinação da


hemoglobina A1c. É uma análise ao sangue que pode fornecer uma visão global de como está a
compensação da Diabetes nos últimos três meses e se necessita de uma “afinação” no respetivo
tratamento. O valor a atingir para um controlo adequado deve ser individualizado de acordo com a
idade, os anos de diabetes e as complicações existentes.

Dada a associação da Diabetes com a hipertensão arterial e o colesterol elevado, que podem agravar
as suas complicações, o controlo destes dois fatores de risco faz parte integrante do controlo da
Diabetes.

56
C A P Í T U LO 6 – FA CTO S A C E R C A D A D I A B E T E S

Tratamento da Diabetes tipo 1:

As pessoas com Diabetes tipo 1 podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações.
Para tal é necessário fazerem o tratamento adequado.
O tratamento engloba:

• Insulina;
• Alimentação;
• Exercício físico;
• Educação da Pessoa com Diabetes, onde está englobada a auto-vigilância e o auto-controlo da
diabetes através de glicemias efetuados diariamente e que permitem o ajuste da dose de insulina,
da alimentação e da atividade física.

Em termos práticos, a alimentação aumenta o açúcar no sangue (glicemia), enquanto a insulina e o


exercício físico a diminuem. O bom controlo da diabetes resulta, assim, do balanço entre estes três
fatores.

Os testes feitos diariamente (auto-vigilância) informam as pessoas com diabetes se o açúcar no sangue
está elevado, baixo ou normal e permitem-lhe adaptar (auto-controlo), se necessário, os outros
elementos do tratamento (alimentação / insulina / exercício físico).

Tratamento da Diabetes tipo 2:

O primeiro passo no tratamento da Diabetes tipo 2 é o mais importante e implica uma adaptação naquilo
que se come e quando se come e na atividade física que se efetua diariamente (o exercício regular – até o
andar a pé -, permite que o organismo aproveite melhor o açúcar que tem em circulação).

Muitas vezes, este primeiro passo, com a eventual perda de peso se este for excessivo, é o suficiente
para manter a Diabetes controlada (pelo menos durante algum tempo... que pode ser de muitos anos).

Quando não é possível controlar a Diabetes, apesar da adaptação alimentar e do aumento da atividade
física, é necessário fazer o tratamento com comprimidos e, em certos casos, utilizar insulina. É ainda
comum a necessidade de utilização de medicamentos para controlar o colesterol e a pressão arterial.

57
D I A B E T E S FACTO S E N Ú M E R O S : O S A N O S D E 2 0 1 9, 2 02 0 E 2 02 1

Fontes de Informação
10th IDF Diabetes Atlas; IDF; 2021.

BIMH – Dashboard da Diabetes – ACSS, 2017-2021.


Dados relativos aos internamentos ocorridos nos hospitais do SNS e dos SRS em Portugal (dados
disponibilizados em 20 de Março de 2023). A informação disponibilizada pela ACSS diz respeito a um
conjunto de indicadores que utilizam dados da BD MH (Base de dados de morbilidade hospitalar) e que
compõem o dashboard de diabetes no BI MH (Business Intelligence para a Morbilidade Hospitalar).
É de salientar a existência de uma nova série de informação relativamente aos indicadores e aos conteúdos
analisados, uma vez que estes são recolhidos e disponibilizados pela ACSS e não extraídos diretamente
pelo OND (em contraposição ao que se passou em todas as edições anteriores da presente publicação).

Centro de Conferência de Facturas (CCF) – Ministério da Saúde.

Despesa de medicamentos; IMS Health; 2000-2011.

Diabetes Report Card – 2021, CDC, 2022.

Economic Costs of Diabetes in the U.S. in 2017, American Diabetes Association – ADA, Diabetes Care Publish
Ahead of Print, published online March 22, 2018.

Estatísticas do Medicamento; INFARMED; 2012-2021.


SNS – Os dados referem-se aos medicamentos dispensados em regime de ambulatório à população
abrangida pelo Serviço Nacional de Saúde em Portugal Continental.

First diabetes prevalence study in Portugal: PREVADIAB study; Diabet Med. 2010 Aug; 27 (8): 879-81.
Amostra de Suporte ao Estudo – 5167 Indivíduos.
Recolha Presencial de Dados.
Período de Recolha dos Dados – Janeiro 2008 a Janeiro de 2009.
Ponderação da Amostra – População Censo 2001 – Estratificação por sexo e idade (20-79 anos).
Ajustamento dos Resultados – População 2011 – Estratificação por sexo e idade (20-79 anos).
Distribuição Territorial da Amostra – 93 Concelhos – 122 Unidades de Saúde.

Indústria Farmacêutica em Números; APIFARMA; 2012-2020.

National Diabetes Statistic report – 2020; CDC; 2020.

OCDE Health Statistics 2022; OCDE; 2022.

Relatório Anual – Gabinete de Registo ; Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN); 2013-2022.


Período de Recolha dos Dados – 2012 a 2021.

Relatório Anual 2019-2020-2021 – Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades
convencionadas, Ministério da Saúde – ACSS, 2020-2021-2022.

SIM@SNS – Informação relativa ao desempenho das UCSP e das USF recolhida pelos SPMS a partir do
Sistema de Informação das ARS.

The cost of Diabetes in Europe – Type II Study, B. Jonsson, in Diabetologia 2002 45: S5-S12; 2002.

www.acss.min-saude.pt
www.apdp.pt
www.apifarma.pt
www.dgs.pt
www.idf.org
www.ine.pt
www.insa.min-saude.pt
www.oecd.org
www.spd.pt
www.spms.min-saude.pt
www.spnefro.pt
www.infarmed.pt

58
Agradecimentos

Os nossos especiais agradecimentos, pela colaboração na disponibilização de informação para:

Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)

Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP)

Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED)

Direção-Geral de Saúde (DGS)

Instituto Nacional de Estatística (INE)

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) – Departamento de Epidemiologia

Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN)

Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS)


observatorio@spd.pt

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