Operações Com Cães

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OPERAÇÕES COM CÃES

CANIL

MANUAL CINOTÉCNICO

FARO DE ENTORPECENTES

ÍNDICE

ASSUNTO

1- Cronograma de Treinamento para Cão de Faro

1.1) 1ª Fase....

1.2) 2ª Fase...

1.3) 3ª Fase.....

2.4) 4ª Fase..

2.5) 5ª Fase...

2 Definições

2.1) Sobre o odor

2.2) Recompensas e indicações

2.3) O Sentido do Olfato

3- Cães Farejadores de Entorpecentes

3.1) Caracteristicas Desejáveis.....

3.2) Metas para o cão

3.2) Metas para o Adestrador.

4-Técnica para o Treinamento de Cães Farejadores...

4.1) Seleção dos Cães


.....

4.2) Socialização.
4.3) Treinamento.

4.3.1) Cobro Básico

4.3.2) Cobro Dirigido fase.

4.3.3) Cobro Dirigido


2ª fase....

4.3.4) Cobro Dirigido


3ª fase....

4.4) Treinamento com Painéis......

5 Técnicas de emprego com cães

5.1) Aplicação em Residência

5.1.1) Pré-emprego

5.1.2) Emprego

5.1) Aplicações em Veículos

6-Referências Bibliográficas

7- Curriculun Instrutores

1-CRONOGRAMA DE TREINAMENTO PARA CÃO DE FARO

1.1 FASE:

1 Pré-seleção

IDADE:- Do Desmame à 04 meses

LOCAL: -Area interna do Canil

TREINAMENTO:

a) No periodo de cinquenta a sessenta dias, deve ser estimulada a possessividade dos


cães, mediante a aplicação de exercicios diários, primeiramente em grupo e depois
individualmente, dentro do próprio canil e adjacências, utilizando um pedaço de pano e bola
de tênis.

b) A partir dos dois meses, os cães devem ser separados individualmente em cada canil,
mantendo a aplicação dos exercícios.
c) Diariamente incentivar a disputa através de brincadeiras, utilizando materiais diversos e
adequados à idade dos filhotes.

d) Os cães devem ser acostumados ao uso do colar e realizar caminhadas curtas com guia
nas áreas adjacentes ao Canil. A guia deverá ser sempre utilizada na saida e retorno do cão
ao canil.

e) Inicio da socialização interna, em áreas próximas ao Canil. Análise comportamental


(Reações positivas e negativas).

DO RESPONSÁVEL pelo treinamento dos filhotes observará constantemente as


caracteristicas e o desenvolvimento individual do filhote.

g) Ao final desta fase serão selecionados aqueles cães que tenham. demonstrado alto nivel
nos instintos de presa e jogo (iniciativa, espirito de luta, possessividade e determinação).

MECÂNICA DE TREINAMENTO (1° Estágio)

A seleção do cão (filhote), para o adestramento de faro, é feita praticamente após o


desmame do animal, numa faixa-etária que varia em torno de 45 a 60 dias de idade
aproximadamente.

O primeiro passo é brincar com toda a ninhada, dentro do canil ou num local fechado, sendo
que dentro dessa área, deve ter obstáculos, tipo: pequenos montes de areia para os cães
cavarem, tubos para os cães entrarem dentro, pequeno banco ou tablado bem baixo para
os cães subirem e descerem. Nesta fase, as brincadeiras são apenas dos filhotes e não do
adestrador (eles brincam sozinhos). Podemos incluir também, pedaços de pano, tubinhos e
outros, sempre com o propósito de iniciarmos uma disputa entre eles. Nesta fase somente
observaremos os pequenos animais. OBS: após 60 dias de idade, deveremos separar os
cães, colocando-os em canis individuais.

I" Passo: É o inicio das brincadeiras entre o adestrador e o cão, porém de forma individual,
com alguns objetos como: pano, bolinha, tubo pequeno e outros. Devemos fazer
provocações para o cão, porém nunca nesta fase, oferecemos o brinquedo e sim devemos
estimular a DISPUTA (nunca devemos dar o objeto e sim deixá-lo com muita vontade para
pegá-lo). Sempre faremos estes exercícios em área interna (não precisa ser somente no
canil, podemos levá-lo em locais dentro do quartel, desde que não tenha perigo de
contaminação). Nesta fase já vamos mostrando locais e objetos diferentes aos filhotes. No
momento das brincadeiras e principalmente no momento da disputa, devemos procurar ficar
no nivel do cão, de preferência ajoelhados.

DISPUTA-Devemos instigar o animal, para que haja sempre uma disputa, porém, temos que
ter a sensibilidade de sabermos que nesta idade hå troca de dentes e que dependendo da
disputa, poderá machucar o animal. Sempre devemos, na disputa, deixar o cão ganhar o
objeto.
BRINQUEDO: Sempre devemos chamar a atenção do cão, antes de jogarmos qualquer
brinquedo ou objeto, ou seja, devemos incentivá-lo o máximo possível com o intuito de
deixá-lo com muita vontade de brincar, e jamais jogar o brinquedo prontamente.

HORA DE PARAR A BRINCADEIRA: O adestrador deve ter a noção de parar a brincadeira


no momento certo, ou seja, deixá-lo sempre com vontade de brincar um pouco mais e
nunca esgotar as brincadeiras, deve-se mostrar ao animal que em outro dia tem mais. O
adestrador tem que ter percepção que o cão está cansado e não deixar esgotar totalmente
a vontade de brincar, isto é, nunca deixar chegar ao final da brincadeira.

COLAR: Os cães deverão utilizar "colar" a partir dos 04 meses aproximadamente, para
acostumar o animal, usando somente no momento em que for sair do canil.

APROXIMAÇÃO CORPORAL É de suma importância adestrador encostar seu corpo ao


corpo do animal, principalmente quando o cão trás o brinquedo para o "Guia". Quando o
cão trás o brinquedo para o "Guia", ele sabe que receberá bastante carinho (normalmente o
treinamento é feito em recinto pequeno, aumentando o local gradativamente, principalmente
pelo fato de não dispersar a atenção do animal), portanto ocão sabe que levando o
brinquedo para o "Guia", ele receberá carinho, e se levar para outro local, ele deixará de
receber este afago.

RUÍDOS: É importante nesta fase, fazer alguns ruidos, tais como: com balde, com cadeira e
até mesmo raspar uma pá no cimento, a fim de mudar o barulho.

DICAS IMPORTANTES: Desde filhote devemos treinar o cãozinho a subir e descer alguns
obstáculos, porém, de forma GRADATIVA, como por exemplo, bancos escadas e outros,
todavia, devemos demonstrar ao animal que a altura não demonstra perigo. De forma
gradativa ainda, o adestrador deve levar os animais em locais escuros e diversificados, com
o intuito de acostumar os animais em locais diferentes.

OBS: Deve ser feito avaliação constante dos animais (relatórios), a fim de analisar a parte
comportamental do cão, ou seja, se o cão está reagindo bem às técnicas de adestramento,
se tem possessividade, determinação, se apresenta algum trauma em razão a pessoas,
objetos, animais.

IMPORTANTÍSSIMO: Com exceção de um dia na semana, os filhotes deverão ser treinados


todos os dias, sendo que os "preparadores de filhotes" (adestradores), poderão treinar
vários cães.

1.2 FASE:

IDADE:- De 04 à 06 meses

2 Aplicação de fundamentos
LOCAL: Area interna do Canil, locais públicos e de circulação de veiculos (parques,
comércio, etc).

TREINAMENTO:

a) Todos os dias incentivando a disputa através de brincadeiras, utilizando

materiais diversos e adequados à idade dos filhotes, buscando aperfeiçoar o espírito de luta
e possessividade.

b)O responsável deverá proporcionar brincadeiras que desenvolvam a capacidade de faro e


determinação dos filhotes. Aplicação de exercícios individuais diários, utilizando pedaço de
pano, bastão e bola de tênis, buscando aperfeiçoar o espírito de luta e a capacidade
olfativa.

c) Usar esporadicamente as viaturas para transportar os cães em caixas até as áreas


externas de treinamento.

d) Inicio da socialização externa. Análise comportamental (Reações positivas e negativas


temperamento e cariter)

e) Ao final desta fase serão selecionados aqueles cães que tenham mantido uma constante
evolução tanto no espírito de luta como na capacidade de faro, sem desvios
comportamentais .

MECÂNICA DE TREINAMENTO

Nesta fase iniciamos a socialização propriamente dita, porém em ÁREAS EXTERNAS,


principalmente pelo fato de que os animais nesta idade já estão imunes a diversas doenças
e praticamente com a dentição trocada. Temos que inicialmente levar os animais em vários
locais para socialização, e fazer com que esses locais se tornem o mais comum possivel.
Devemos andar muito com os cães e quando chegarmos em um determinado local, nas
primeiras vezes, não devemos forçar o animal a fazer nada, sempre conversando e dando
muito carinho ao animal, pelo fato de serem locais diferentes aos que o cão está
acostumado. A partir do momento em que o cão demonstrar tranquilidade no local, o
adestrador poderá iniciar algumas brincadeiras com paninho, bolinha, etc. Esta é uma fase
que não devemos colocar obstáculos aos cães. Levamos os cães em diversos locais,
porém, de forma muito tranqüila, ou seja, não devemos forçar muito o animal, até porque,
ele está começando a socialização. Isto se deve ao fato de que os locais onde os
levaremos, é igual ao seu canil (o cão tem que ter o mesmo prazer, como se estivesse
dentro do seu canil, isto é, tem que ter a mesma segurança)

1.3 FASE:

IDADE:- De 06 à 09 meses

LOCAL:Areas fechadas utilizadas para cursos e locais públicos.


3 Desenvolvimento das potencialidades

TREINAMENTO:

a) Três vezes por semana

b) Desenvolver exercicios em área fechada buscando estimular a disputa pelo brinquedo,


enfatizar a capacidade de faro do cão e a transposição de obstáculos (determinação).
Ex depósito, alojamento, oficina, estação
rodoviária, parque, aeroporto, etc....

c) Determinar o espirito de trabalho em equipe (controle do cão).

d) Inicio da socialização nos locais utilizados para cursos.

e) Ao final desta fase os cães deverão estar sob controle do "guia" e aptos a iniciar o
treinamento em área externa.

MECÂNICA DE TREINAMENTO

É a continuação da fase de 04 a 06 meses, porém é importante frisar que é nesta fase que
começamos a segurar o cão e jogar o brinquedo, com oobjetivo de fazer com que o animal
comece a usar o faro. É o início da transposição de obstáculos, ou seja fazer com que o cão
comece a trabalhar um pouco mais, sendo que, colocando os obstáculos, vamos verificar a
determinação do animal.
Ex: jogamos o brinquedo entre cadeiras, para que o animal vá até aquele determinado local
e pegue o brinquedo, esta é uma forma também de verificarmos a determinação do cão. É
uma fase em que o cão está amadurecendo, por isso colocamos obstáculos. Nesta fase,
podemos iniciar a disputa pelo brinquedo, isto é, estimulamos o cão para que ele dispute
cada vez mais o brinquedo.
OBS: Os dentes nesta fase, já estão bem mais resistentes, por isso podemos ser mais
rigorosos na disputa do brinquedo.

1.4 FASE:

4" Aperfeiçoamento

IDADE:-De 09 à 12 meses.

LOCAL: -Todas as utilizadas para cursos.

TREINAMENTO:

a) Três vezes por semana

b) Inicio dos trabalhos de Busca: encenação e obstáculos para a retirada do brinquedo.


c) Desenvolver a concentração e determinação do cão.

d) Utilização de todas as áreas destinadas aos cursos.

MECÂNICA DE TREINAMENTO

Nesta fase de aperfeiçoamento poderá entrar o "guia", ou seja, é nesta fase que entra uma
segunda pessoa, a qual será responsável para efetuar a encenação, que poderá ser o
futuro "guia" do cão, ou até mesmo outro auxiliar. O auxiliar que estava treinando os animais
nas fases anteriores, segura o cão e o futuro "Guia" faz a encenação da seguinte forma
GRADATIVA:

1º-O "Guia" faz a encenação e joga o brinquedo num determinado local, mostrando ao
animal este local, após o "Guia" se dirige ao cão e dá o comando de busca.

2º O "Gula" deixa cair o brinquedo e se dirige até o cão e dá o comando de busca.

3° o "Gula" começa a criar obstáculos para que o cão busque o brinquedo.

OBS: Nesta fase não colocamos o brinquedo em locais mais dificeis para o cão pegar,
porém não podemos criar obstáculos muito difíceis, ou seja, dentro de uma gaveta, sendo
que ele não esteja vendo o brinquedo, devemos dificultar, porém, são gradativas essas
dificuldades.objetivo de fazer com que o animal comece a usar o faro. E o inicio da
transposição de obstáculos, ou seja fazer com que o cão comece a trabalhar um pouco
mais, sendo que, colocando os obstáculos, vamos verificar a determinação do animal.
Ex: jogamos o brinquedo entre cadeiras, para que o animal vá até aquele determinado local
e pegue o brinquedo, esta é uma forma também de verificarmos a determinação do cão. É
uma fase em que o cão está amadurecendo, por isso colocamos obstáculos. Nesta fase,
podemos iniciar a disputa pelo brinquedo, isto é, estimulamos o cão para que ele dispute
cada vez mais o brinquedo.
OBS: Os dentes nesta fase, já estão bem mais resistentes, por isso podemos ser mais
rigorosos na disputa do brinquedo.

1.4 FASE:Aperfeiçoamento

IDADE:De 09 à 12 meses

LOCAL:- Todas as utilizadas para cursos.

TREINAMENTO:

a) Três vezes por semana

b) Inicio dos trabalhos de Busca: encenação e obstáculos para a retirada do brinquedo.

c) Desenvolver a concentração e determinação do cão.

d) Utilização de todas as áreas destinadas aos cursos.


MECÂNICA DE TREINAMΕΝΤΟ

Nesta fase de aperfeiçoamento poderá entrar o "guia", ou seja, é nesta fase que entra uma
segunda pessoa, a qual será responsável para efetuar a encenação, que poderá ser o
futuro "guia" do cão, ou até mesmo outro auxiliar. O auxiliar que estava treinando os animais
nas fases anteriores, segura o cão e o futuro "Guia" faz a encenação da seguinte forma
GRADATIVA:

1" O "Gula" faz a encenação e joga o brinquedo num determinado local, mostrando ao
animal este local, após o "Guia" se dirige ao cão e dá o comando de busca.

2" O "Guia" deixa cair o brinquedo e se dirige até o cão e dá o comando de busca.

3" o "Gula" começa a criar obstáculos para que o cão busque o brinquedo.

OBS: Nesta fase não colocamos o brinquedo em locais mais difíceis para o cão pegar,
porém não podemos criar obstáculos muito difíceis, ou seja, dentro de uma gaveta, sendo
que ele não esteja vendo o brinquedo, devemos dificultar, porém, são gradativas essas
dificuldades.Nesta fase, o cão irá desenvolver a concentração, porque vai chegar um
momento, que o animal não vai ver o brinquedo com os olhos, é a partir daí, que o cão vai
usar mais o faro, aumentando também a determinação do animal.

1.5 FASE:Manutenção

IDADE: De 12 meses em diante

LOCAL: Locais diversos a critério do instrutor.

TREINAMENTO:

a) duas vezes por semana.

b) Manutenção dos exercícios.

c) Introdução das drogas no treinamento.

MECÂNICA DE TREINAMEΝΤΟ

A fase de manutenção poderá ser feita de 01 a 03 meses aproximadamente. É


importantíssimo fazer a manutenção antes de começar o curso propriamente dito. Esta fase
poderá ser feita pelos auxiliares, como também pelos "Guias".

Exemplo prático do treinamento: Colocamos o brinquedo numa gaveta, inicialmente aberta


para o cão farejar e buscar o brinquedo, logo após, gradativamente fechamos a gaveta,
para fazer com que o animal de algumas arranhadas para abrir a gaveta.
Esta fase é importante, para que o animal mantenha o exercicio de faro com concentração e
determinação.

E oportuno frisar que somente nesta fase, iremos começar a utilização de drogas no
treinamento, pois, jamais poderemos utilizar "droga" antes que o animal complete doze
meses de idade, pelo fato de que o animal poderá ter algum trauma nesta faixa etária e
associar o trauma com o odor da droga.

ADESTRAMENTO DE FARO:
Transformação de instinto nato do cão em trabalho, através de métodos e técnicas, sem
repreensão e sem castigo,

2-DEFINIÇÕES:

2.1. SOBRE O ODOR

ODOR RESIDUAL:
O odor que permanece depois de ter sido removida a fonte.

SUPER-SATURAÇÃO:
Quando o cão encontrar uma fonte de odor muito grande e inebriante, em nivel com o qual
não esteja familiarizado,

TRANSFERÊNCIA DE ODOR:
Quando moléculas de odor de una fonte são transferidas por contato pessoal, contato com
animais, pelo vento ou por contato acidental com qualquer outro objeto.

PERÍMETRO DE CHEIRO:
Os limites exteriores ou extremidades de um cone de cheiro

CONE DE CHEIRO:
Um padran de moléculas de odor que se forma ao emanar de uma fonte de odor.

2.2. RECOMPENSAS E INDICAÇÕES

Sistema de recompensa direta

O cão vai até a fonte de odor de droga, apunha-a e brinca com ela.

Sistema de recompensa indireta.

O cão vai até a fonte de odor de droga, e o adestrador faz a recompensa, jogando o
brinquedo.

Tipos de Indicação
Indicação Ativa: Resposta agressiva, em geral arranhando e/ou mordendo, Indicação
Passiva: Resposta não agressiva, o cão senta ou deita.

Fases do Alerta:

Alerta de área: Quando o cão exibe uma Mudança Fisica de Comportamento que pode ser
observada, e que é caracteristica e consistente com outras ocasiões passadas, quando
havia presença de entorpecentes

Uma Mudança de Comportamento fisica (MC) caracteriza-se pela demonstração de interese


intenzo pelo cão, que passa a "ubanar fortemente o rabe, farejando intensamente com a
boca fechada e realizando a busca em um local geral,

É preciso que o adestrador aprenda a reconhecer a MC do cão como estando associada à


localização de drogas.

Alerta Especifico: Quando o cão exibe uma mudança ducta de comportamento e começa a
arranhar ou a morder (forma ativa) ou assume a posição sentada (forma passiva) ao
localizar a fonte de odor..

O CHEIRO-
DESCRIÇÃO GERAL

O cheiro pode ser descrito como sendo uma combinação de odores. Sendo a palavra odor
relacionada a uma coisa ou objeto específicos (Syro Tuck) Ao discutirmos os cães
farejadores e empregarmos a palavra odor, fazemos referencia direta aquele odor que
emana ou que vem de uma fonte específica.

2.3. O SENTIDO DO OLFATO:

Quando compararmos o sistema olfativo do homem com o do cão, é fácil compreender por
que a espècie canina è tantas vezes superior à humana, em termos de suas capacidades
olfativas

O ser humano médio possui um sentido de olfato extremamente simples (sistema olfativo),
em comparação, o cão è dono de um olfato muito agudo, com um sistema olfativo composto
de um lobe olfativo bastante avantajado, além de um elaborado desenho de mariz.

Prosseguindo com a comparação dos sistemas olfativos, constatamos que os humanos


possuem aproximadamente 05 (cinco) milhões de células sensoriais olfativas em seu
sistema olfativo.

Um cão de raça de grande porte pode ter mais de 200 (duzentos) milhões de células
sensoriais em seu sistema olfativo

Os cães detectam odores quando uma molécula de cheiro transportada pela atmosfera è
sentida, penetrando-lhes a cavidade nasal. Nesse momento, a molécula de odor liga-se a
uma molécula de umidade, viajando as duas juntas pelo lobo olfativo, Quando a molécula
de oder entra em contato com os cilies olfativos (terminações nervosas) no lobo olfativo,
este envia sinais eletrônicos ao cérebro, que informam ao cão a natureza do odor

DISCRIMINAÇÃO DO CHEIRO

Ao detectar um odor, como o cão reconhece aquele odor especifico? A resposta é bastante
simples. Ocorre um processo de discriminação de cheiro sempre que o cão detecta os
odores

Como seres humanos, na verdade empregamos esse processo todos os dias. Na loja. para
comprar legumes ou frutas, a maioria das pessoas cheira os produtos, para verificar se
estão frescos, Sabemos por experiència quando uma fruta cu legane tem cheiro mau.

Esso que chamamos de discriminação de cheiro. A capacidade de focalizar ou de detectar


um odor especifico na presença de outros odores.

O cão, que possui talentos olfativos muitas vezes superiores, utiliza também a
discriminação de cheiro, mas a um nivel muitas vezes superior

Quando um cão adestrado para detectar drogas encontra o odor dessas drogas,
possivelmente escondidas dentro de um pote de café, o cão não apenas consegue detectar
moléculas de odor de cafe, mas também as da droga, hem como quaisquer outras
moléculas de odor que possam estar presentes. Sendo também adestrado para dar
um."alerta" em relação a presença daquele oder da droga. O adestrador jamais deverá
descartar o fato de que outros odores possam também estar presentes, tendo um papel a
desempenhar no processo de discriminação do cheiro

O NARIZ:

O nariz do cão possui muitas facetas diferentes, e é responsável pelas seguintes funções

1. De via aérea,

2. De condicionador de ar.

De filtro.

De origem de reflexo do espirro.

Como câmara sonora ou de ressonância no latido ou no granide.

Como determinador de direção,

7. Como órgão responsável pelo sentido de olfato.

O QUE AFETA O CHEIRO


Como adestradores de cães farejadores de drogas, é primordial que compreendamos os
elementos que afetam o cheiro,

O AMBIENTE:

Um adestrador precisa verificar quais elementos estão presentes antes de dar início à
aplicação do cão.

-Temperatura: E um elemento que afera o odor de uma variedade de formas, e que pode ou
beneficiar a equipe de cães ou atrapalhar o seu progresso.

O calor possui efeito direto sobre o odor. Com o aquecimento o ar, a fonte de odor passa a
expandir-se e a liberar mais moléculas de odor. Para os seres humanos, esse fenómeno
fica notável quando compararmos um bife congelado ao mesmo bife, quando ele está sendo
assado na grelha.

Em geral, os materiais orgânicos expostos a um ambiente aquecido tenderão a liberar mais


moléculas de odor do que uma fonte química sintética

Nos ambientes frius as fontes de odor tendem a liberar poucas moléculas de odor, ou
nenhuma.

As moléculas de odor de uma fonte que esteja enterrada são afetadas pelas condições do
solo ao seu redor. Nas primeiras horas da noite, quando vai caindo a temperatura ambiente,
a terra fica em geral mais quente, e vai permitir a dissipação das moléculas de oder em
direção à superfície. Já na superfície, essas moléculas vão gemîmente manter-se próximas
de solo, podendo mesmo ligar-se ao orvalho ou à umidade ,

EM GERAL:

As fontes de odor localizadas em um ambiente aquecido permitem a liberação das


moléculas de odor mais rapidamente do que as localizadas em ambiente mais frio.

Movimentação do ar (vento): As moléculas de odor são transportadas pelo movimento do ar.


Mesmo a mais leve brisa consegue transportar o odor de acordo com um padrão que
poderá confundir tanto o cão novato quanto o seu adestrador. Quando o movimento de ar é
gerado por uma fonte de calor (convecção), pode ser mais uma área problemática a ser
enfrentada pelo adestrador.

No caso de veículos que estejam parados, o adestrador deverá tratar de minimizar qualquer
movimento de at oriundo do interior do veiculo, tentando ao mesmo tempo afunilar esse
movimento através de aberturas de ventilação, gretas ou rachaduras em vidros.

O ar condicionado pode apresentar diferentes problemas, além de trazer ar resfriado de um


local para o outro, Esse ar mais frio gerado por sistemas de ar condicionado tem tendência
a ressecar o nariz do cân. O cão precisa de umidade na cavidade nasal, para auxiliar no
processamento das moléculas de odor quando estas atingem o lobo olfativo
A falta de umidade pode restringir severamente a habilidade do animal de perceber os
cheiros. Ao trabalhar com um cão em qualquer ambiente seco e empossado, ou mesmo em
ambiente com ar condicionado adestrador precisa verificar com freqüència o nariz do
animal, para certificar-se de que não esteja seco, facultando-lhe sempre è acesso a água.

3-CÃES FAREJADORES DE ENTORPECENTES

RACA A raça pode variar em muito, e a ideal será aquela em que a habilidade de faro seja
altamente instintiva, associada a um ímpeto intenso para brincar e recuperar objetos.

IDADE: De um modo geral a idade do cão deve ser de 12 a 30 meses, isso não quer dizer
que um cão não possa começar a ser adestrado quando mais jovem, é extremamente
necessário que o treinador compreenda que colocar um cão imahero numa área altamente
estressante de trabalho de detecção pode levar a resultados desastrosos

IMPETO DE RECUPERAR OBJETOS: O cão devera exibir vontade intensa de recuperar


objetos, ae ponto de tratar de recuperar praticamente qualquer objeto que lhe seja solicitado
apanhar.

INTENSIDADE DO FARO O cão deve ter capacidade para detectar seu brinquedo a ser
apanhado até mesmo após ter sido escondido, ficando envolvido na atividade com
entusiasmo e determinação

3.1 CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS

Um cão farejador de drogas bem equilibrado devera mostrar as seguintes caracteristicas:

MOTIVAÇÃO: O cão precisa possuir e revelar personalidade altamente motivada, sendo


especialmente desejável a vontade de brincar e o desejo de agradar o adestrador.

INTENSIDADE: Um cão intenso é o que mantém o foco absoluto em empregar seu faro, na
busca pelo sea brinquedo. Intensidade não é necessariamente sinónimo de hiperatividade,
mas sim um desejo insaciável de descobrir a fonte de odor, quaisquer que sejam as
circunstancias

DISCRIMINAÇÃO DE CHEIROS: A maior parte das raças caninas possui essa habilidade
em maior ou menor grau.

SOCIALIZAÇÃO: O cão precisa possuir a confiança e a experiência necessária para atuar


nos mais drversos ambientes e situações.

HABILIDADE EM TRAZER DE VOLTA: É importante que o cão revele um impeto forte de


trazer de volta qualquer objeto que seja atirado para longe dele. Ao encontrar o objeto,
devera mostrar um certo grau de possessividade: não basta o cão simplesmente correr para
apanhar o objeto atirado, ele precisa carregá-lo de preferência para devolvê-lo ao treinador.

3.2 METAS PARA O CÃO


OS CAES SELECIONADOS PARA O TRABALHO

Os cães selecionados para busca devem possuir um bom fare, um caráter calmo, serem
equilibrados e cheios de energia. Eles devem ser sociáveis, tanto para com os humanos
quanto com seus congêneres pois, poderão trabalhar proximo a outros animais nas áreas
busca. O gosto pela brincadeira é igualmente essencial para a aprendizagem.

APRESENTAÇÃO DE NOVAS ÁREAS

A apresentação do cão a novos ambientes ira ajudá-lo a superar qualquer tipo de


apreensão que possa ter em relação a novos odores e a novos ambientes (pisos lisos,
atividade fora do solo, ruidos altos, etc.)

FORMAÇÃO DE CONFIANÇA

Um cão alto confiante ira revelar esse traço em seu trabalho, e o adestramento de
manutenção deverá focalizar as áreas que o animal demonstre qualquer falta de confiança
ou em que se mostre perturbado ao atuar em ambientes novos (odores estranhos, esteiras
de bagagem em movimento, etc.)

REFORÇO DE ADESTRAMENTO

MOTIVAÇÃO

A chave de sucesso para o treinamento de um cão é a motivação. O cão nunca vai


aprender nada a menos que seja significante para ele. Use o que precisar ou funcionar se
seu cão trabalha por comida use comida, se ele gosta de brincar, use a brincadeira como
prêmio, Muitos treinadores usam a punição para ensinar o cachorro, Este método é
indesejável para treinamento de cies de trabalho. O cão precisa amar o trabalho e gostar
dele, o cão que é adestrado com método de punição não fară um born trabalho por medo da
punição, tornando o trabalho não confiável com pouca duração.

3.3 METAS PARA O ADESTRADOR

RECONHECIMENTO DO CÃO

Uma das habilidades mais dificeis de serem aprendidas pelo adestrador é a das mudanças
de comportamento demonstradas pelo cão quando descobre um odor que foi treinado a
detectar, é importante observar que enquanto o cão demonstra essas variações de
comportamento, sempre ira exibir "mudança de comportamento" básica e distinta Um outro
termo seria aprender a "ler o cão", algumas mudanças comuns de comportamento
envolveriam o abanar a cauda, farejamento intenso, alteração na respiração, mudança de
foco e intensidade crescente de busca.

APRESENTAÇÃO A ÁREAS NOVAS

Se o adestrador não conseguir demonstrar para o seu cão a confiança que deposita nos
dois, mesmos em ambientes diferentes, o cão ira perceber o que se passa e não será tão
eficaz em suas buscas. t/m adestrador que expõe constantemente o seu cão a áreas novas
terá capacidade muitas vezes maior de desenvolver a eficiência da equipe na realização de
sus buscas

FORMAÇÃO DE CONFIANÇA

O cão que trabalha em rotinas diárias com o seu adestrador logo aprende também a "ler" o
adestrador, da mesma forma que este "le" o seu cão. Quando o adestrador mostra falta de
confiança, o cão logo percebe esses sinais de comportamento, o que resulta em maita
distração, uma das metas do adestrador durante o processo de adestramento ča realização
de exercícios que promovam a confiança tanto em si mesmo quanto no cão.

EDUCARE EXPERIMENTAR

Ae realizar sessões de adestramento, o adestrador deve ser estimulado a experimentar


diferentes problemas relacionados no fato e a situação de adestramento. Apresentar o cão
a novas áreas e realizar o adestramento em uma variedade de ambientes é algo que deverá
ajudar a aumentar a confiança tanto do animal quanto de adestrador, auxiliando este ultimo
a empenhar-se em solucionar a causa de qualquer problema com o fare

TOM DE VOZ APROPRIADO

O tom de voz funciona como linguagem corporal, e é o primeiro recurso que é usado na
comunicação cotti seu cão.

Você precisa executar um tom de voz direto ao invés de ser duvidoso, ditador, histérico e
alto. O cão possui um apurado senso de escuta e a falta de resposta, não é porque o cão
não escutou, e sun porque ele prefere não realizar aquela tarefa. Não grite com seu cão,
fale de um jeito de suave para normal. Para agradar o cachorro após uma correção duninua
o tom para se adequar a correção, na correção mais severa aumentar o Tom de voz UM
TRABALHO DE EQUIPE.

Como em qualquer outro trabalho que associe um cão e um ser humano, è necessária, uma
cumplicidade muito estreita entre o treinador e o cân. O treinader deve conhecer
perfeitamente seu animal, saber le-lo na área de trabalho, quer dizer estar à espreita de
todas as suas reações. Reciprocamente, e cão deve ter confiança total em seu treinador
para segui-lo a todo lugar, quaisquer que sejam as dificuldades do terreno.

Para atingir esse grau de associação impõe-se uma longa preparação. Após a socializaçãn
e a educação base, o trabalho é direcionado para a busca propriamente dita As técnicas
são variáveis de acordo com o comportamento dos cões. Em gerul o treinador conta com a
ligação que o cão tem com ele e a possessividade por um brinquedo em particular.

SE SEU CÃO NÃO ENTENDEU O EXERCICIO

Se seu cão não entendeu completamente o que você está tentando ensinar, pode ser
porque você não estabeleceu as regras de exercicio em particular. Você pode ter dado ao
cão a opção de escolher se ele quer ou não trabalhar. Geralmente ele provavelmente não
entendeu o que você quer que ele faça. Analise o exercício e divida em fazes menores

Se o cão tem algum problema em qualquer fase do treinamento volte à fuse anterior e tenha
certeza de que ele saiba tudo antes de passar à próxima fase.

Algumas vezes você pode pensar que seu cão sabe o exercicio, mas se recusa a fazer,
algumas pessoas dizem que isso é teimosia ou desafio do cão isso é só a falta de resposta
do cão. Existem algumas razões possíveis para esse comportamento, ele pode não ter
aprendido o exercicio completo, todos os cães aprendem do seu jeito e não há nada que
você possa fazer para mudar isso.

Outra possibilidade é que o cão não se sinta bem, você tem que verificar sempre e pensar
em razões fisicas e fisiológicas para a falta de respostas. Você não pode esperar que um
cão que esteja sentindo dor por causa de um ferimento trabalhe para você.

4- TÉCNICA PARA O TREINAMENTO DE CÃES FAREJADORES

Como sabemos o treinamento de um cão de faro de drogas é um trabalho muito delicado e


deve ser feito com muito cuidado, pois um simples detalhe durante o treinamento pode levar
ao sucesso ou fracasso. O mais importante é que todo o treinamento deve ser feito de
forma a condicionarmos o cão a fazer uma coisa que já é natural, ou seja, caçar. Durante
todo o adestramento iremos induzir o cão a "pensar" que a única "caça" que existe para ele,
tem o cheiro dos entorpecentes que o adestrador The apresenta, ou seja será feito uma
associação de cheiros, da droga com o seu brinquedo.

Existem vários métodos de se adestrar um cão de faro de drogas, e todos eles possuem
pontos positivos e negativos. No meu ponto de vista o treinamento que o trabalho produz
mais resultado é com a forma de premiação direta, ou seja, aquela em que o cão sempre irá
conseguir recuperar a sua "caça" (brinquedo) sem o auxilio do adestrador. Quando formos
esconder o brinquedo, devemos fazê-lo de forma que o cão, ao localizar, consiga pegá-lo
sozinho, ou então, que o adestrador encontre uma forma de auxíliá-lo sem se aproximar do
animal, ou do local em que foi escondido, induzindo o cão a "pensar" que é sempre ele que
consegue retirar a "caça da toca", aumentando a iniciativa, independência e espirito de luta
do canino. Da outra forma, com método de premiação indireta, o adestrador deve jogar o
brinquedo no local em que o cão está indicando, mas de uma forma que ele "pense" que a
ação de cavar ou morder é que fez o objeto aparecer, ou seja, ele fez a "caça sair da toca".
Porém é muito dificil de se conseguir uma premiação 100% correta, pois ela deve ser feita
no exato momento em que o cão está focado, ou seja, com o focinho próximo e olhando
para o local da fonte do odor. É muito dificil de se conseguir isso em todos os treinamentos,
e se em algumas vezes, o adestrador joga o brinquedo com ocão olhando para o lado, isso
vai se tornando um hábito, e no decorrer do treinamento ele vai arranhar e olhar para o
adestrador, podendo ainda ser pior, ele parar de indicar (arranhar ou morder), e ficar
esperando o adestrador recompensá-lo. Isso vai levar o cão a perceber que a recompensa
é dada sempre pelo adestrador o que pode acarretar em indicações falsas no futuro,
principalmente em buscas um pouco mais prolongadas. Como o adestrador necessita estar
próximo do cão para premia-lo, pode desenvolver no cão uma dependência muito grande no
treinador, o que vai diminuir sua iniciativa.
4.1 SELEÇÃO DOS CÃES

Quando falamos em cão de faro, devemos entender que todo cão independente da raça,
possui caracteristicas fisicas e fisiológicas, que lhe atribuem excelentes possibilidades
olfativas. Comparando o cão com o "Homem", podemos dizer que o mundo humano é
predominantemente visual, ou seja, nós observamos e sentimos tudo o que nos rodeia,
principalmente pela visão, o que conseguimos enxergar é muito mais fácil de sentir e
compreender. Já o mundo canino é predominantemente olfativo, quando um cão (de
qualquer raça), entra em um ambiente ele vai identificar, principalmente, todos os odores
que existem ali, e ele é capaz de identificar e discriminar cada odor separadamente, coisas
que o mundo visual do "Homem", ou seu limitado olfato seria incapaz de observar.

Então o fator primordial para escolhermos um bom cão de faro, não estă necessariamente
relacionado com a raça, mas sim com algumas caracteristicas necessárias para o cão
durante o treinamento. Podemos dizer que o cão necessita basicamente de quatro coisas:

1. Possessividade: O cão tem que gostar de brincar, e ser possessivo com o brinquedo, ou
seja, deve entender que aquilo é a sua caça, e que para qualquer outro cão pegar aquilo,
terá que disputar com ele. Nunca é demais salientar que o cão considera o seu adestrador
como parte da matilha dele, que o homem é simplesmente um cão diferente dele. Ele tem
que considerar seu adestrador como o "Alfa" (Lider) da matilha. Em contra partida o
adestrador deve fazer com que o cão entenda que ele (o adestrador) é o lider, mas não um
lider autoritário, e sim um companheiro, que pode dividir a caça e brincar com ela, tornando
o canino como um fiel escudeiro do lider, que fará tudo para agradá-lo. Devemos considerar
também, que cada cão é um cão diferente, e que cada raça tem sua característica histórica
de possessividade. Por exemplo: Alguns labradores, em virtude de suas caracteristicas,
poderão ao trazer o brinquedo para o adestrador, não disputá-lo, mas terá possessividade
para disputar com a caça se esta estiver presa em algum local. Se o brinquedo estiver
amarrado, e o adestrador não estiver próximo, ele deverá disputar com muita
possessividade, até conseguir retirá-lo dali e levar para o seu "Lider".

2. Espirito de Luta: O cão tem que estar disposto a transpor qualquer obstáculo, ser
corajoso e lutar até conseguir recuperar a caça.

3. Determinação: Na realidade, a determinação está diretamente relacionada com o espirito


de luta, pois o cão ao encontrar seu brinquedo deve fazer de tudo para pegá-lo, e não
desistir enquanto não o fizer, independente de quais e quantos obstáculos aparecerem.

4. Iniciativa: O cão de faro não pode depender do seu adestrador, ele deve saber que, quem
tem que resolver o problema é ele. O canino precisa ter independência e fazer o que for
preciso para recuperar seu brinquedo, estando seu adestrador próximo ou não. Ele deve ter
iniciativa de entrarem qualquer lugar subir e descer em objetos, se afastar, etc., sem a
interferência do adestrador.

Quando formos escolher um cão para o trabalho com faro, devemos observar se o cão
gosta de brincar, e fica focado no brinquedo, no jogarmos o brinquedo em local de difícil
acesso, ele não deve desistir, e só retornar com o objeto na boca, e mostrar possessividade
com aquilo, conforme já foi explicado anteriormente.

A idade ideal para iniciar o trabalho com droga está entre 12 e 30 meses, dependendo do
animal. Não podemos definir uma idade, pois cada cão tem seu desenvolvimento fisico,
psico e fisiológico diferente de outro canino, então cada cão deve ser observado e,
verificado se aquele animal já adquiriu maturidade e experiência para poder ser exposto ao
treinamento. Se colocarmos um cão que ainda não atingiu a maturidade e não está
preparado para o trabalho, podemos não atingir os objetivos esperados, e perdemos aquele
animal.

4.2 SOCIALIZAÇÃO

Quando iniciamos o treinamento com filhotes, devemos trabalhar já desenvolvendo as


características que desejamos quando adulto. Basicamente o trabalho de preparação de
filhotes está relacionado com a socialização desses novos cães,

A socialização nada mais é do que expormos o filhote a situações que ele enfrentará
quando adulto. De forma gradativa e tomando muito cuidado para não causarmos nenhum
trauma nele, apresentamos o maior número de situações diferentes para o animal. Quanto
mais "coisas" diferentes ele conhecer e mais vivências o filhote tiver, mais seguro vai ser
quando adulto. Um cão seguro é um cão que pode transpor obstáculos e situações que ele
nunca teve na vida, com muito mais facilidade e sem traumas. Devemos expor o filhote em
ambientes diferentes, veiculos, animais de outras espécies, outros cães, pessoas, etc.
Sempre que formos apresentar um novo ambiente ou novo objeto ao cão, não devemos de
inicio brincar com ele, e sim deixá-lo explorar o ambiente para conhecê-lo e entender que
não lhe oferece perigo, e so quando ele estiver bastante seguro e despreocupado é que
devemos iniciar as brincadeiras. A socialização é então, uma forma de deixarmos o cão
seguro em qualquer situação.

Na preparação de filhotes devemos também trabalhar a sua iniciativa e independência, para


que aprenda desde cedo a transpor os obstáculos sozinho, e que não fique muito
dependente do adestrador,

Devemos também estimular a disputa, fazendo "cabo de guerra" para desenvolver a


possessividade, tomando cuidado para que ele vença sempre, aumentando assim a sua
autoconfiança. Durante as disputas com o filhote devemos ter a sensibilidade de graduar a
força, para não causar nenhum trauma ao animal, pois a dentição está frágil e pode
machucar, principalmente por ocasião da troca de dentes.

Um ponto em que existem divergências de opiniões entre adestradores e entre veterinários,


é a idade em que o filhote pode começar a sair da área do canil. Alguns argumentam que
somente quando o cão estiver com o sistema imunológico fortalecido suficientemente é que
podemos levá-lo para a rua, о que se dá em torno dos quatro meses de idade. Porém
outros argumentam que de qualquer forma o cão mesmo no canil já está exposto,
principalmente em canil onde existe bastante rotatividade de cães. Então esta questão pode
ser discutida entre adestrador e veterinário para definir qual a melhor idade para começar a
socializar o filhote na rua, salientando que quanto antes melhor. A minha opinião, onde os
cães saem para o policiamento na rua diariamente, e teoricamente já estariam
contaminando todo o canil, já que na Cia Cães os filhotes não ficam isolados, eles,
dependendo do caso, podem sair à medida que o adestrador entender que já é possivel e
necessário o adestramento fora, podendo ser antes dos quatro meses.

Também devemos, o quanto antes, irmos gradativamente e sem traumas, introduzindo a


colocação do colar no filhote. Aos poucos vamos colocando no pescoço do cão, barbantes,
elástico, cordas, colares finos, até ele se acostumar, e depois aos poucos irmos atrelando a
guia ao colar. O adestrador deve ter a sensibilidade de saber qual o melhor momento para.
introduzir o colar e também atrelar a guia. Tudo e durante todo o treinamento deve ser feito
da forma mais natural possivel para causar o menor desconforto ao cão, com muita
paciência e sem pressa, para não provocarmos nenhum trauma no filhote.

4.3 TREINAMENTO

Quando o cão atingir a sua maturidade (entre 12 e 18 meses). poderemos começar o


treinamento de faro de drogas propriamente dito. O cão com essa idade deve ser um cão
bastante socializado, com muita. possessividade, grande interesse e uma vontade enorme
em querer recuperar o brinquedo e trazer para o adestrador.

Primeiramente devemos apresentar o novo brinquedo, que será um tubo de PVC. O tubo
deve ser confeccionado com cano de água de 30 mm branco rosqueável, com
aproximadamente 20 cm de comprimento. Em suas extremidades iremos confeccionar as
roscas e colocar tampas. Estas são medidas médias padrão, mas dependendo do cão, de
seu tamanho e possessividade, poderemos fabricar tubos menores ou maiores, tanto no
diâmetro quanto no comprimento. Em seguida vamos envolver o tubo com tecido e amarrar
com barbante para que fique macio e confortável para o cão morder. No inicio poderemos
colocar uma quantidade de tecido maior, e aos poucos ir diminuindo. Este tecido deve ser
trocado assim que estiver sujo, para não adquirir odores indesejados ao treinamento, e
manter o brinquedo sempre higienizado..

Quando formos apresentar o brinquedo ao cão ele deve estar limpo e sem o odor da droga.
O cão que for criado desde filhote e feito toda a sua preparação já deve conhecer o
brinquedo, pois durante a preparação de filhotes isso já foi feito.

Para apresentar o brinquedo ao cão devemos escolher um local que ele já conheça e não
se distraia facilmente. Pegamos o tubo com um barbante amarrado a ele, e começamos a
chamar a atenção, fazendo sons e estimulando o cão a concentrar-se naquela "caça".
Devemos sempre estimular o cão ao máximo, deixando ele com uma grande vontade de
pegar o objeto, e não simplesmente jogá-lo para o cão. Segurando pelo barbante faremos
movimentos com o tubo no chão, até que o cão tente pegar, e ao conseguir, devemos
segurar um pouco, disputando com o ele, simulando um "cabo-de- guerra", deixando que o
cão vença a disputa. Quando ele estiver com boa possessividade e interesse no brinquedo
começaremos a jogar, Ao jogarmos o brinquedo já introduzimos o comando que ele irá
utilizar durante o treinamento (busca, procura, etc.), e assim que o cão pegar o brinquedo
devemos elogiá-lo com muita alegria, com entonação de voz que Lhe transmita confiança, e
quando ele retornar, fazer muita festa com o cão incentivando-o e elogiando. E importante
que quando o cão retornar devemos nos abaixar, para estimular o seu retorno, sem
tentarmos pegar o brinquedo, primeiro devemos tocar no cão e elogiá-lo, para que ele não
associe o seu retorno ao adestrador, com a perda do brinquedo, o que com o tempo vai
fazendo rarear seu retorno. Se a primeira impressão do cão ao retornar é o afago, e não a
retirada do brinquedo, é o que vai ficar gravado em sua memória, e isto vai fazer com que
aumente a freqüência de seu retorno. Após isso, devemos disputar com o cão deixando que
ele vença, e a retirada do brinquedo tem que ser o menos traumática possível. Depois
devemos ir jogando cada vez mais longe estimulando que ele busque e retorne, procedendo
sempre da mesma maneira.

Quando o cão já estiver bastante familiarizado e gostando do brinquedo, poderemos


introduzir o odor que quisermos. Pode ser colocado até 07(sete) odores diferentes, ao
mesmo tempo, dentro do tubo. O cão consegue discriminar e identificar cada um deles
separadamente. Devemos colocar entre 10 (dez) e 15 (quinze) gramas de cada substância,
embaladas em plástico para proteção. Todo o cuidado deve ser tomado na embalagem das
drogas. Primeiramente por ser um produto controlado, deve-se ter todo o cuidado para que
não exista perda da substância. Em segundo para que não exista nenhum risco do cão ter
contato com as drogas, pois dependendo do caso poderemos perder o animal. Agora
devemos recomeçar a apresentação. da mesma forma que foi realizado anteriormente e
descrito acima.

Depois de feita a apresentação do brinquedo e também do odor ao cão, iniciaremos o


treinamento propriamente dito, que será da seguinte forma:

4.3.1 Cobro básico

Devemos iniciar com trabalho de retriever em vegetação rasteira, depois em vegetação


média e em seguida em vegetação alta. Este trabalho deve ser feito, com um auxiliar
segurando o cão, o adestrador fica à frente do cão instigando-o com o brinquedo, e joga-se
o tubo com a droga, primeiramente para o lado esquerdo, depois para o centro e em
seguida para a direita a uma distância de 10 a 20 metros, podendo aos poucos ir
aumentando. Devemos sempre antes de jogar o brinquedo chamar a atenção do cão, e só
lançar, quando o cão estiver bem motivado e focado no objeto.Figuras 1. Exemplo de cobro
barce

Figurus 2. Cubes hasics

O inicio do exercicio é em vegetação rasteira, porém na medida que o cão assimila o


treinamento, devemos utilizar locais com vegetação média.

4.3.2 Cobro Dirigido -

1ª fase

Esta fase é em vegetação média, onde o auxiliar segura o cão e o adestrador instigando o
cão com o tubo, vai caminhando em linha reta, sempre chamando o cão, para focá-lo no
brinquedo. Enquanto caminha rápido, com o brinquedo sendo movimentado sobre a
cabeça, o adestrador tem que estar sempre de olho no cão, e tentar de todas as formas
manter o cão focado no brinquedo. Para isso, ele deve ficar falando constantemente, e
chamando o cão pelo nome, com entonação de voz alegre e motivante, e ao perceber que o
cão desviou o olhar, mudar a entonação para tentar chamar a atenção do cão. Ao chegar a
uma distância de aproximadamente 10 metros, o adestrador vira de frente para o cão,
segura o tubo com as duas mãos sobre a cabeça, sem parar de falar, faz com que o cão
fique focado no brinquedo e o solta a sua frente, deixando-o cair ao solo. Em seguida,
rapidamente retorna até o cão, passando exatamente sobre o rastro deixado, se aproxima
do cão, e solta-o dando o comando escolhido.

Figura 3. Caben dirigido fase

Este exercicio serve para ensinarmos o cão a rastrear, ou seja, procurar com o focinho
próximo ao solo, pois ele vai seguir o rastro do adestrador e nofinal vai encontrar o
brinquedo. É importante que a área de trabalho esteja sem contaminação de outras
pessoas ou animais, para que o trabalho de resultado. Também devemos observar a
direção do vento, trabalhando sempre contra o vento, para auxiliar o cão.

4.3.3 Cobro dirigido

2ª fase

A próxima fase é também em vegetação média, seguindo os mesmos procedimentos do


exercicio anterior, porém ao invés de soltar o brinquedo no chão, próximo do adestrador,
este jogará um pouco mais para frente (em torno de 05 metros). Este exercício vai fazer
com que o cão comece a trabalhar também no venteio, pois ao chegar ao final do rastro,
não encontrará o brinquedo, porém o vento estará trazendo o odor até ele, o que o fará
levantar o focinho, e chegar até o tubo.

Figura 4. Cafea dirigido


2" fase

4.3.4 Cobro Dirigido

3ª Fase

- Este exercicio será feito da seguinte forma: Antes de pegar o cão, deve-se preparar a
pista, amarrando com um barbante o tubo em uma árvore, ficando um pouco acima da
altura da cabeça do cão. Para amarrar o tubo devemos vir por trás da árvore, para que não
fique o rastro do adestrador e a área entre o cão e a árvore não fique contaminada. O
auxiliar segura o cão, o adestrador com outro brinquedo semelhante, mas sem o odor da
droga, percorre em zigue-zague metade do caminho entre o cão e a árvore, simulando que
está escondendo o brinquedo na área, tomando o cuidado para não se aproximar da árvore.
Retorna rapidamente até o cão e da o comando soltando-o.

Figure 5 Cabes dirigalo 3 FaseFigura 6. Cabra dirigido 3ª Fase

IMPORTANTÍSSIMO. Todos os exercícios descritos até agora, e também todos os que


serão descritos posteriormente, o adestrador deve ficar parado no local em que soltou o
cão, enquanto o canino procura pelo brinquedo, só deve incentivá-lo quando ele demonstrar
desinteresse, ou se afastou muito da área em que o brinquedo está, permanecendo em
silêncio enquanto o cão está trabalhando, e só começar a incentivá-lo, quando ele
encontrou o brinquedo, e no momento que ele colocar a boca no tubo, deve-se fazer muita
festa, elogiando-o efusivamente. No caso do brinquedo estar amarrado em algum lugar,
continua-se falando com ele e motivando-o para que ele "arranque" o brinquedo, e quando
conseguir deve-se aumentar ainda mais o tom de voz, demonstrando uma "explosão" de
alegria, fazendo com que ele se sinta o cão mais forte e corajoso do mundo, pois conseguiu
matar a sua presa, e carregá- la para o seu lider que está fazendo festa de alegria e
satisfação. Esta forma de trabalho é para desenvolver a iniciativa e independência do
canino, para que ele consiga trabalhar sem a interferência (ajuda) do adestrador.- Na
seqüência do treinamento, será iniciado um trabalho para aperfeiçoar o cão na indicação
(arranhar, morder). Com o auxilio de um cano de ferro de aproximadamente 5 cm de
diâmetro e 30 cm de comprimento, faremos um buraco no solo. O local escolhido deve ser
de terreno arenoso e solto, para que o cão consiga cavar com facilidade. O buraco feito
deve ter a sua profundidade igual ao comprimento do tubo, para que ao colocarmos o tubo
em seu interior, a extremidade da tampa apareça no mesmo alinhamento do solo, e o cão,
ao se aproximar, consiga visualizar a tampa e identificando o odor, comece a cavar para
retirar o tubo daquele lugar. O auxiliar segura o cão a uma distância de aproximadamente
05 metros do buraco com o tubo, e o adestrador fará a encenação, chegando até o buraco,
retornando e soltando o animal. Tão logo o cão coloque o focinho sobre a tampa,
iniciaremos o incentivo verbal, e assim que ele começar a cavar aumentamos a entonação
de voz, para encorajá-lo ainda mais, mostrando a ele que é exatamente aquilo que
queremos. Não paramos de falar e incentivar até o momento em que ele conseguir retirar o
tubo do buraco, ocasião em que aumentamos o incentivo verbal e motivação. É importante
começarmos esse trabalho com uma área pequena (aprox. 9 m²), para que o cão fique
focalizado e concentrado. O auxiliar segura o cão, enquanto o adestrador faz a encenação.
Como a área é reduzida o cão irá encontrar rapidamente, e começar a cavar. Com isso
estaremos trabalhando a concentração do cão, e principalmente a indicação. Quando
observarmos que o cão está evoluindo na concentração, vamos aumentando a área, até
atingir aproximadamente 50m x 50m.

Após isso começaremos a trabalhar o cão em ambiente fechado. É importante comentar


que o cão já estará familiarizado com este tipo de ambiente. Caso seja um cão que não
tenha sido feita a preparação de filhotes, devemos começar essa socialização assim que
iniciarmos otreinamento, e vamos fazendo esse trabalho paralelamente. Sempre quando
ocorre a mudança de exercícios é um momento critico, então devemos ter muito cuidado e
paciência, pois muitas vezes o cão entra em conflito, e não entende o que ele deve fazer.
Sempre quando mudamos de exercicio, ou de ambiente, devemos facilitar ao máximo para
que o cão encontre facilmente e com rapidez. Em ambiente fechado o adestrador deve usar
de toda a sua criatividade para esconder o brinquedo e "inventar" novas formas de premiar
o cão, usando fios de nylon, barbante, pedaços de madeira e ferro, ou qualquer outro
"engenho" para recompensar o cão na hora exata. O cão so deve ser premiado quando
chegar exatamente no "foco" do odor, e estiver totalmente focado e concentrado, tentando
recuperar o "seu brinquedo", arranhando ou mordendo. É importantíssimo que o cão não
perceba que é o adestrador que faz a premiação, pois ele deve "pensar" que foi ele sozinho
que conseguiu retirar o "brinquedo" do local. Com o desenvolvimento do treinamento o
"tubo" deve ser substituido apenas pela droga, mas de forma que o cão ainda possa morder
e disputar com o adestrador. Deve-se embalar a droga em sacos plásticos, em várias
quantidades, tamanhos e formatos diferentes, encapar com lona ou tecido resistente, para
podermos realizar o treinamento, Pode-se ainda enrolar um outro tecido mais fino em volta
para proteger, não sujar e ficar mais agradável ao cảo.

Quando for iniciar o treinamento em veiculos, o cão deve estar completamente


familiarizado, tanto externa, como principalmente, internamente. Como já foi mencionado
anteriormente, ao iniciarmos um trabalho diferente para o cão, devemos facilitar ao máximo
para ele. Então iremos iniciar na parte interna simplesmente jogando a droga sobre o banco
ou embaixo próximo aos pedais, apenas para o cão fazer o "retriever" e associar que o seu
brinquedo pode estar ali dentro, aumentando a vontade de entrar para "procurar". Em
seguida escondemos a droga bem próximo das frestas (fendas) que existem no veiculo
(pára-lamas, portas, capô do motor e porta-malas), para condicionarmos o cão a farejar
nesses locais, onde a possibilidade de captar o odor é maior, mesmo a droga estando
escondida longe dali. E também para que o cão se habitue a procurar por toda a extensão
no redor do veiculo, criando um padrão de busca. Quando o cão demonstrar mudança de
comportamento o adestrador deverá facilitar o acesso do cão até a fonte de odor para que
ele consiga recuperar o objeto, tomando cuidado para não demonstrar ao cão que foi o
adestrador que o ajudou, mas sim, ele que conseguiu resolver o problema sozinho. Essa
deve ser a tónica durante todo o treinamento, para que o cão adquira independência e
autoconfiança, aumentando a iniciativa e espirito de luta.

Sobre a forma de indicação do cão, é importante que o adestrador saiba ler, e entender a
expressão corporal de seu cão. Isso só se adquire com muito treinamento e observação.
Então o treinamento não é só para desenvolvermos no cão a capacidade de procurar os
odores que o adestrador quer, mas também, e não menos importante, para desenvolvermos
no adestrador a capacidade de entender cada mudança de comportamento de seu canino,
pois a partir do momento que o cão detecta uma quantidade minima de odor, ou seja, entra
no cone de odor, ele já adquiri alguns comportamentos diferentes e que é possível de ser
observado, bastando apenas que o adestrador. identifique-os e consiga traduzi-los.

Com base no que foi comentado acima, o mais importante é o adestrador saber "ler" o seu
cão, do que propriamente a forma de indicação do cão. Mas, é importante também
trabalharmos para que o cão tenha uma indicação consistente, para que não haja dúvidas
no momento da busca. Então devemos trabalhar de forma a desenvolver e intensificar a
indicação do cão, pois isso esta relacionado com sua possessividade. Aumentando a
intensidade na indicação, estamos melhorando a possessividade do cão. Podemos
trabalhar com caixas de papelão, para que o cão consiga rasgá-la,arranhando e mordendo
para conseguir recuperar o seu brinquedo. Isso faz com que o cão aumente sua
autoconfiança, e assim, estaremos induzindo o canino a "pensar" que ele consegue
recuperar a "caça" em qualquer lugar, e quando ele chegar à fonte de odor, mesmo se o
brinquedo não estiver visível, ele deverá conseguir alcançá-lo, arranhando e ou mordendo.

E importante que na maioria das vezes o adestrador saiba onde está a droga, para que ele
possa verificar a mudança de comportamento do cão.

Sempre o cão passar próximo de onde a droga está escondida, ele deve localizar de
imediato, e permanecer no local. Caso ele não demonstre mudança de comportamento, ou
se demonstrar mudança de comportamento se afasta do local, devemos imediatamente
retirá-lo da área, sem nenhuma manifestação por parte do adestrador, de recompensa ou
punição, e reiniciar o treinamento alguns instantes depois. A idéia é que, se o canino
passou próximo do local, obrigatoriamente ele sentiu o odor, se não mudou o
comportamento, é por falha no treinamento, e não podemos aceitar, pois estaremos
condicionando o cão a encontrar o odor, mas não indicar de imediato, ele indicará somente
depois de passar pelo local várias vezes, ou então, ele muda o comportamento e mesmo
assim sai do local, retornando logo em seguida, também deveremos retirá-lo imediatamente
do local, pois assim que ele detectou o odor ele não pode mais se afastar dali, até chegar
ao foco e recuperar seu brinquedo, se deixarmos ele agir desta forma (detectar o odor e se
afastar), estaremos perdendo um valioso tempo de busca. Se Fizermos da forma correta,
vamos condicionar o cão a permanecer no local, assim que detectar o menor odor da droga,
e investigar até encontrar e recuperar o brinquedo. Quanto maior for o grau de
possessividade, determinação, espirito de luta e iniciativa do cão, menor vai ser a
probabilidade do cão falhar, ou sentir o odor e não tentar recuperar a sua "caça".A respeito
do adestramento de obediência para o cão de faro, pode-se dizer que é uma área muito
delicada, pois se deve ter um cuidado muito especial, para não reprimir o trabalho do cão.
Um bom adestrador, com experiência terá a sensibilidade necessária para poder trabalhar
de forma adequada a Obediência. Então, o melhor, é que não se trabalhe com obediência,
deixando o cão livre para trabalhar. Porém se for da escolha do adestrador trabalhar com a
obediencia, não se deve misturar as coisas. Deve- se primeiro fazer o treinamento de faro, e
quando o cão já estiver pronto, pode-se com muita cautela e sensibilidade, iniciar a
obediência, mas somente se for justificadamente necessário. Ou então se o cão já tiver o
adestramento de obediência, poderemos iniciar o treinamento de faro. O importante é que
saibamos que não devemos, trabalhar obediência enquanto estivermos treinando faro.

Sempre quando formos trabalhar com um cão de faro que possui adestramento de
obediência, devemos "esquecer" da obediência, e fazemos todo o trabalho de faro como se
o canino não tivesse esse tipo de treinamento. Do momento em que retiramos ele do canil,
para fazer o trabalho de faro (treinamento ou busca real), até o momento em que o
recolocamos novamente, nada de obediência! Pois a obediência pode na maioria das
vezes, reprimir a capacidade de trabalho do cão, principalmente quando o trabalho não é
bem feito, geralmente pela falta de experiência do adestrador. E isso deve ser uma
constante durante toda a vida útil do cão. Um cão de faro deve sempre trabalhar de forma
lúdica, e nunca com comandos de obediência.

4.4 TREINAMENTO COM PAINEIS

O uso do painel tem se tornado frequente nos treinos de faro de entorpecente. O seu uso se
dá dentro de uma sala, ou seja, em um ambiente controlado de modo a minimizar
distrações no cão, principalmente no inicio de seu treinamento, onde o mesmo necessita de
concentração. No entanto, não devemos usá-lo isoladamente, e sim, como mais uma
ferramenta, pois o treino para faro é uma soma de técnicas e procedimentos, além de uma
busca constante de socialização e ambientação do cão nas mais variadas situações
possíveis.

UTILIZANDO O PAINEL.
O adestrador pode utilizar o painel para ensinar o cão a ser curioso, ou seja, ensinar o cão a
colocar o focinho nos buracos inseridos no painel, o que no futuro irá simular frestas, para
possibilitar a sua utilização em uma busca real de entorpecentes, armas, explosivos ou
outros artefatos que o condutor queira que o cão localize. Umas das principais qualidades
do uso do painel é a utilização dos 31 (Investigar, Identificar e Indicar). Sendo assim, o
utilizamos para que o cão possa aprender a:

INVESTIGAR: o cão deve verificar todo orificio do painel, lembrando que ele deve ser
recompensado para cada orificio que colocar o focinho.

-IDENTIFICAR: quando o cão estiver devidamente sensibilizado com o painel, o adestrador


pode nesse momento inserir em um orifício o entorpecente, arma ou explosivo, que irá
provocar um estimulo no cão (mudança de comportamento). (Obs.: neste momento a
sensibilidade do adestrador é importante, pois o cão até então só INVESTIGAVA os orificios,
agora um deles contém o odor escolhido.-

INDICAÇÃO: o cão ao chegar no orificio com o dor, irá apresentar um comportamento forte,
como raspar, sentar, deitar ou até mesmo latir. O adestrador deverá recompensar o cão
assim que ele apresentar qualquer comportamento, para após poder modelar o
comportamento esperado, recompensando com o brinquedo somente no exato momento
que o cão apresentar o comportamento que ele deseja. Porém nesse exato momento o cão
irá extinguir por si só outros comportamentos que não o recompensaram.

Quando utilizamos o painel, devemos tomar alguns cuidados como: contaminação,


manipulação e armazenamento do entorpecente (ou explosivo) utilizado. O adestrador deve
sempre limpar e higienizar o material usado.

Outra caracteristica do painel é na DISCRIMINAÇÃO DE ODORES, ou seja, pode-se


introduzir para o cão todo tipo de odor que você não queira que ele indique, isso ajuda
muito em uma busca real.

Imagem Painel inicio.

Imagem Painel inicio-horizontal central.Imagem Painel-horizontal inferior

Imagem Painel-horizontal superior

Imagem Painel-diagonal ascendente.Imagem Painel-diagonal descendeme

Imagem Painel-diagonal ascendeme seguida de borizostal superior.

Imagem Painel aleatórioImagem Painel-parte de ovis

Imagem Painel-parte de trås (caixas)

Imagem Painel-parte da frente (luva para fixação dasх сайхах)5-Técnicas de emprego com
cães
5.1 Aplicação em residência

As buscas efetuadas em residências podem ser as mais difíceis a serem enfrentadas por
um cão. A variedade de odores que agem para distrair o animal, as mudanças de ambiente,
os perigos a que pode ser exposto e a variedade de esconderijos irão exigir o máximo da
equipe de câes farejadores.

Podemos dividir a Busca em Residència em duas fases:

Pre-emprego: Durante a qual o adestrador precisa conhecer toda a variedade de fatores.

antes de expor o cão.

Emprego. Aplicação do cão propriamente dita.

5.1.1 Pré-emprego

Ao conduzir uma busca em residència com um cão farejador, e adestrador vai precisar
considerar os seguintes itens

a) Fazer um plano de busca.

b) Realizar verificação de segurança c) Verificar as condições ambientais.

d) Obter informações.

2) Buscar a cooperaçãn.

a) Plano de busca:

É importantissimo que toda busca tenha um plano.

A elaboração de um plano antes da aplicação do cão resulta em maior consistência, e em


condições ideais o adestrador ini obedecer a um plano a cada busca que realizar

Por outro lado, cada aplicação de busca irá exigir do adestrador flexibilidade no emprego do
animal.

Em geral, as buscas no interior de residências, quando for canalizar, devem ser conduzidas
no sentido horário, o que permitirá que o cão seja mantido à esquerda do adestrador, além
de possibilitar a este melhores condições para chamar a atenção do animal para detalhes,
caso surja a necessidade.

O adestrador deverá empregar o cão da mesma forma que tiver conduzindo a verificação de
segurança. Com isso, garantirá que o cão será empregado da melhor forma possivel e
possa trabalhar de modo consistente, sem deixar passar qualquer área
b)

Verificação de Segurança:

O objetivo de uma verificação de segurança é garantir que o adestrador ira inspecionar


visualmente todas as áreas, em busca de alguma fonte de perigo, ajudando-o na
formulação de um plano de busca

Punto de partida

O adestrador vai precisar escolher um posto de partida dentro da residência começando a


verificação de segurança a partir dali. Em seguida, deverá caminhar pela residência,
exatamente da mesma maneira que o faria se já estivesse trabalhando com o cão.

Durante essa verificação, o adestrador deverá observar quaisquer perigos que possam
afetar o desempenho da equipe, sempre que possivel retirando drogas expostas e
alimentos

O adestrador deverá dedicar atenção especial a armários em que possam estar guardados
materiais de limpeza, juntamente com solventes, venenos, etc. Essas áreas deverão ser
submetidas à busca manual, assim como qualquer material retirado da área.

Enquanto for prosseguindo esse exame, o adestrador deverá ainda tomar nota de quaisquer
perigos à integridade fisica que possam ter que ser enfrentados.

Arra externa:

E comum as buscas em residências incluirem a "area ao redor", ou as zonas imediatamente


adjacentes às residências, bem como todas as construções externas, etc. O adestrador
precisará passar por todas essas áreas, prestando atenção a perigos potenciais, como
vidros quebrados, produtos químicos, venenos para roedores e insetos, fezes de animais,
etc.

Muito embera tenha sido realizado uma verificação de segurança, adestrador precisa
também observar itens que pareçam estar fora de seu lugar. Terreno remexido no reder de
um prédio pode revelar a localização de drogas enterradas. Material de limpeza em um rack
de som pode indicat recipiente usado para esconder drogas..

Ainda, o adestrador deve prestar atenção a áreas de construção recente, ou áreas da


residência que possam ter sido alteradas é algo que deverá exigir inspeção mais detalhada
da parte da equipe de cães farejadores.

Importante:

Uma verificação de segurança não é uma simples busca realizada pelo. adestrador, mas um
meio que oferece a ele condições de empregar o seu cão com segurança, com a garantia
de que a área esteja relativamente segura.
Preparação da área:

Finalmente, durante a verificação de segurança, o adestrador poderá cuidar da


"preparação" da área de busca. A "preparação" simplesmente dá a chance de melhor
circulação dos odores de drogas presentes, permitindo assim ao cão uma melhor
possibilidade de detectá-los.

NOTA: "se algum item for removido antes de ter sido farejada pelo cão, deverá ser
inspecionado à mão".

Sabemos de várias ocasiões em que foram retirados itens de un cómodo untes de serem
farejados pelos cães, que mais tarde revelaram-se esconderijo de drogas. Caixas
hiesénicas de areais para gatos, sacos de fraldas usadas, sacos de lixo e equipamentos de
som são apenas alguns dos exemplos de locais em eu foram encontradas drogas

c) Fatores ambientais:

É uma área que pode revelar-se extremamente frustrante para a equipe de cães
farejadores, se o adestrador não prestar atenção aos aspectos abaixo.

1. Correntes de ar na residência

O adestrador precisa efetuar uma verificação de cada comodo, observando a existência de


correntes de ar que possam dispersar ou interferir com o cheiro da droga. O que
normalmente afeta o movimento do ar são portas, janelas, basculantes de banheiros, de
cozinhas, dutos de ventilação.

2. Ar condicionado.

Caso a residència disponha de ar condicionado, o adestrador deverá tentar isolar a corrente


de ar. Além disso, uma busca prolongada efetuada por um cão em área com ar
condicionado forte pode ressecar o nariz do animal ou fatiga-le

Se não for possivel desligar ou isolar e ar condicionado de am prédio, recomendamos a


exposição freqüente a ar fresco e a umidade.

3. Temperatura.

Sempre que o adestrador entrar em uma residência que esteja aquecida demais, deverá
ventilar o local antes e introduzir o cão. Durante a verificação de segurança o adestrador
deverá abrir as janelas e portas, desligar aquecedores e outras fontes de calor, para permitir
que o local fique ventilado, Depois voltará a fechar janelas e portas, que poderiam causar
correntes de ar ou movimentação diferente no seu

Essa rapida "preparação do ambiente antes da entrada do cão no local irá ajudar em muito
o animal,

d) Obter Informações:
A obtenção de informações è um fator freqüentenente negligenciados pelos adestradores,
por causa de suas funções como meras pessoas encarregadas de câes" O adestrador deve
fazer tudo o que puder para entrar em contato com o policial mais antigo ou com o
investigador encarregado, antes de empregar o seu cũn. Em seguida, deverá tualizar suas
consultas sobre os seguintes pontos:

1. Qualquer história anterior do suspeito que possa ter relação com drogas. Esse histórico
deverá chamar a atenção do adestrador, caso o suspeito em questão possua experiência
anterior com mandados de busca e sua execução poderá ter portanto experiència em
ocultar a droga e ou utilizar produtos químicos no intuito de "enganar os cães".

2. Inteligência obtida com a participação de informantes, em relação ao esconderijo,


armadilhas, etc. Se os relatórios de inteligència indicarem que es suspeitos têm o habito de
esconder o seu material em recipientes enterrados, poderá ser necessário o emprego de
um "plano diferente para a busca".

3. Sempre que for possível, o adestrador deve tentar participar da sessão de planejamento
da incursão policial, que ocorre em geral antes da maior parte das execuções de mandados
de busca. Seria ene o momento durante o qual seriam feitas as perguntas específicas com
relação às verdadeiras condições do local.

e) Buscar a Cooperação:

Muitas buscas de equipes de cães farejadores foram prejudicadas pelos policiais bem
intencionados, que antes da chegada dos cães teriam realizado busca preliminar. movende
ocultando ou tornando o acesso à droga mais dificil para a equipe de cães.

Em condições ideais, o Policial responsável pela ocorrência ou operação, по resolver utilizar


o emprego de uma equipe de câes farejadores, deverá observar o seguinte:

a) Requisitar a presença do adestrador durante o planejamento da incursão policial,


permitindo-lhe conhecimento do ambiente da busca antes do emprego do animal

b) Solicitar que o adestrador instrua a equipe de busca sobre o emprego de cães


farejadores, explicando como o primeiro grupo poderá ajudar na preparação da residència
para a ação da equipe de cles

c) A maior parte dos Policiais mostra-se entusiasmada com a perspectiva do trabalho com
uma equipe de cães, e quer ajudar de qualquer forma que seja possivel. É preciso encorajar
esse entusiasmo e solicitar um assistente durante a buscaparticipando na busca. Não há
nada mais frustrante para um adestrador do que chegar ao local de execução de mandado
de busca em residència para encontrá-la toda mexida

O adestrador precisará explicar aos policiais, que uma equipe de cães farejadores
conseguirá vasculhar uma residència em aproximadamente um terço do tempo que os
outros policiais usariam.
Por outro lado, para isso precisará adotar a mais perfeita diplomacia, considerando que em
geral es policiais jä terão trabalhado muito para conseguirem obter o mandado, c que
estarão ansisosos por colherem os frutos do seu esforço.

Entretanto, é necessário explicar a quem estiver trabalhando conosco que o fato de um


comodo estar completamente alterado pelos policiais vai significar que os odores
associades as drogas estarão também alterados. Com isso, será extremamente dificil para
a equipe de cães executar suas tarefas

Educando os policiais com quem as equipes de cães terão que trabalhar, o adestrador
constatará a possibilidade de um esforça de equipe muitas vezes mais coordenado, o que
por sua vez irá redundar em descobertas mais importantes.

Caso tenha sido iniciada a busca em uma residência antes da chegada das equipes de
cães, deverá ser tomadas as seguintes providências:

a) A partir do momento em que fica determinado que as equipes de cães estão a caminho,
ficam interrompidas todas as huscas pelos policiais Com isso, reduzimos a possibilidade de
contaminação da área.

b) O policial encarregado deve informar o adestrador sobee quaisquer substâncias


controladas já descobertas na residência. As áreas em que tiveran sido encontradas drogas
têm que ser do conhecimento do adestrador, quando ele for empregar o seu animal em um
local onde possa baver odor residual. Não tendo a informação do fato, tanto o cão quanto o
adestrador poderão ficar confusos.

c) O adestrador não deverá jamais acelerar o emprego do seu cão.

É freqüente demais ver o adestrador chegar a uma cena de busca, com o processo já
iniciado, e então é pressionado a empregar o cão imediatamente. É preciso enfrentar a
pressão dos colegas, e usar alguns segundos a mais pura avaliar o local da busca.

A calma em começar vai permitir um nível de éxito muito maior no esforço da sua equipe.

5.1.2 Emprego

APLICAÇÃO DOS CÃES EM RESIDÊNCIAS:

Como já foi visto acima, o emprego de qualquer cão deverá ser realizado de acordo com um
plane. A experiência por outro lado já nos ensinou que mesmo que empreguemos os
animais de acordo com um plano, sempre precisaremos manter a flexibilidade nesse
emprego

Ao empregar um cão em uma residência, o adestrador deverá prestar atenção aos


seguintes pontos:

a) Ponto de partida.
b) Padrões de busca e Divisão da área (dissecação).

c) Manipulação do ambiente.

c) Ponto de término.

a) Ponto de partida:

O adestrador precisa escolher um ponto no comodo a partir do qual irá iniciar e terminar
uma busca. Pode parecer uma questão de bom senso, mas alguns adestradores nem
sempre terminam uma busca por onde começaram, permitindo assim que o seu cão deixe
de perceber algum odor.

A maior parte das buscas em um comodo inicia-se no ponto de entrada, uma porta. por
exemplo. Por outro lado, por uma questão de logistica, é possível que o processo precise
ser iniciado em outro local do cómodo.

Aonde quer que a equipe de inicio às suas atividades, o adestrador precisará fazer todo o
possivel para terminar a sua busca naquele mesmo ponto de partida. Assim, terá permitido
que o cão vasculhe totalmente o cómodo,

A partir do momento em que o adestrador introduz o seu cão em um cômodo para trabalhar,
precisa esperar mais ou menos de 15 a 30 segundos antes de iniciar a busca. Com isso,
duas coisas acontecem.

Em primeiro lugar, o cão terá tempo para "ingerir" o ambiente ao redor, o que vai funcionar
estimulando a curiosidade e a confiança do animal

Em segundo lugar, aqueles poucos segundos permitirão que o adestrador visualize mais
uma vez a área de busca, antes de empregar o animal.

Emprego inicial:

Ao empregar o seu cão, o adestrador deverá permitir que o animal de uma farejada geral
pelo cómodo, de modo levemente estruturado, ainda que seguindo um padrão de trabalho.
O emprego inicial vai ajudar o cão a fazer o reconhecimento de seus parâmetros de exame,
auxiliando-o a desenvolver a sua ansiedade e confiança, preparando o aspecto de "jogo"
inerente à busca

É de importância crucial que o adestrador jamais esqueça que, para o сав, encontrar
odores narcoticos é simplesmente um "Jogo".

Quanto mais o adestrador puder ajudar o cão a jogar naquele "joge", mais bem sucedida
será a equipe.

b) Padrões de buscas
Ao conduzir uma busca em residência, a equipe deverá trabalhar de acordo com um Padrão
de Busca geralmente reconhecido. O cão é empregado no sentido horário, começando ao
redor de perimetro extermo e progredindo em direção ao centro do cômodo, em
movimentação circular ou espiral.

Por outro lado, os interiores de residências não são geralmente assim tão simples, e podem
exigir uma abordagem mais detalhada da parte da equipe. O adestrador precisa observar
que juntamente com as quatro paredes e o mobiliário de um cómodo existem ainda as
áreas do piso e do teto, que podem exigir um tipo mais detalhado de inspeção. Por causa
da quantidade significativa de configurações de cómodos de residências, o adestrador
poderá ter que conduzir o seu cão de acordo com padrões em espiral, em divisões ou em
serpentina, ou até mesmo uma combinação desses três.

A divisão de um cómodo è adotada no caso de áreas extensas, como armazéns, ou


cómodos em que existam numerosos itens que possam impedir o progresso de uma equipe
Essa divisão de um cômodo em diferentes seções permite que a equipe trabalhe em um
cenario de busca mais bem definido.

Paredes extensas que contenham várias prateleiras ou armários podem exigir o chamado
padrão de serpentina, que vai permitir ao cão farejar uma grande area, cobrindo zonas mais
altas e mais baixas com o minimo esforço

Qualquer que seja o padrão de busca adotado pelo adestrador e pelo cão, o adestrador
sempre deverá manter em mente a necessidade de terminar o padrão escolhido, dando
assim ao animal a oportunidade de examinar todas as áreas presentes.

Depois de passar pela àrea a ser examinada pela primeira vez, o adestrador fará o cão
farejar ou inspecionar determinados itens ou áreas de interesse

A essa ação damos o nome de Canalização.

A canalização é simplesmente um meio através do qual e adestrador, através de indicações


verbais e visuais, dirige o seu cão para inspecionar ou farejar uma área especifica.

É muito importante não esquecer quem afinal de contas é o dono do talento olfativoO cão!!!

c) Manipulação do Ambiente:

No transcurso de uma busca em um cômodo, a equipe de cães farejadores poderá


repetidamente encontrar barreiras fisicas que irão obstruir ou interferir com o seu padrão de
busca. Com freqüència, essa obstrução poderá ser representada por uma peça de
mobiliário, que pareça estar no meio do caminho tanto do cão quanto do seu adestrador.

Uma outra maneira de Manipular o Ambiente seria dividir a área.

Vejamos um exemplo....
Se o seu cão começa a revelar mudança de comportamento ao redor de algumas
almofadas de um sofa, farejando intensamente, vamos espalhar as almofadas pelo chão, de
modo bem semelhante a quando levamos o animal a farejar pacotes.

Removendo as almofadas do sofa, permitimos que o cão inspecione e determine a situnção


do móvel primeiro, caso não percebemos nenhuma mudança de comportamento,
apresentamos as almofadas no chão. Com isso, o animal tem uma melhor oportunidade de
inspecionar cada uma das almofadas, localizando a origem do odor.

"Sempre que o adestrador retira um objeto de um local em que o cão tenha demonstrado
mudança de comportamento, o animal tem a oportunidade de inspecionar as duas áreas
aquela em que o objeto estava antes e o objeto em nova posição."

d) Ponto de Término:

Como já foi observado, o adestrador sempre deverá determinar um local no cômodo a partir
do qual irá iniciar a busca. Da mesma maneira, deverá fazer tudo o que for possível para
terminá-la no mesmo ponto em que a equipe iniciou as suas atividades. Nem sempre fazer
isso é tão facil quanto pode parecer.

Com muita freqüência o adestrador vai deparar-se com muitos fatores de distração durante
a busca em um cómodo, como distrações verbais ou fisicas vindas de outras pessoas, a
localização de fontes de odor, etc. Essas distrações por vezes levarão o adestrador a
esquecer o seu padrão de busca, ou mesmo o local em que iniciou o processo.

O que acontece quando o cão indica que encontrou fonte de narcóticos durante a execução
de uma busca em um cômodo?

Com certeza, é preciso recompensar o cão, caso a situação assim o determine. Vamos
dedicar alguns segundos a premiar e a elogiar o nosso cão, para em seguida prosseguir

Um momento critico da busca em um comodo é quando a equipe termina a sua


busca.Muitos adestradores simplesmente dão meia volta e abandonam a área de busca Ao
terminar a sua busca, pare por alguns segundos no local em que iniciou o processo.
Devagar, comece a inspecionar visualmente todas as áreas em que o cão esteve. Preste
atenção nas áreas em que percebeu um interesse maior, ou mesmo uma mudança de
comportamento.

APLICAÇÕES EM VEÍCULOS:

Ease tipo de busca exige muito do cão, que precisa avançar gradualmente pelo
adestramento, de modo a garantir que esteja aprendendo cada uma das fases, embora
continue acreditando que está na verdade envolvido com a brincadeira.

Caracteristicas do Veiculo:

Quando empregamos um cão para efetuar busca em um veiculo, é preciso dividi-lo em


quatro áreas distintas:
1. Todas as partes exteriores, incluindo a parte de baixo, as rodas, etc.

2. A parte interior, incluindo o piso, o teto, o painel, etc.

3. A parte traseira, do bagageiro.

4. A parte da frente, ou o compartimento do motor do veículo.

Exterior do Veiculo:

Como acontece nos casos de todas as buscas, antes de empregar o cão na busca no
veiculo o adestrador precisa:

a) Fazer um plano de busca.

b) Realizar verificação de segurança

c) Verificar as condições ambientais.

d) Obter informações.

e) Buscar a cooperação..

Verificar a presença de qualquer perigo ou distrações que possam ameaçar a integridade do


animal (como objetos afiados, venenos, etc.) Verificar a direção e a intensidade do vento.

Caso a busca seja efetuada no acostamento de uma estrada, ter cuidado com o tráfego.

Depois que o cão tiver tempo para examinar rapidamente a parte exterior uma primeira vez,
em geral vai examina-la uma segunda vez, com maiores detalhes

Ao trabalhar com um cão na parte externa de um veiculo, o adestrador deverá estimulá-lo a


verificar todas as gretas, orifícios, etc., de onde possa haver escape de odor. É importante
observar que o adestrador deve ter cuidado ao canalizar, para não atrapalhar o
desempenho do cão sendo "detalhista demais, ou para não focar em uma área especifica,
mesmo inconscientemente.Ainda que chamar a atenção do cão para detalhes de uma área
seja uma forma de auxiliar o animal, a prática poderá levar o cão a dar uma indicação falsa,
se aplicada incorretamente (erro do adestrador).

A canalização é simplesmente um meio através do qual o adestrador direciona o seu cão a


inspecionar uma área específica, tentando distrai-lo ao minimo possivel. Quando conduzida
corretamente, essa indicação representa um esforço de equipe,

INTERIOR DE VEÍCULOS: (aplicação)


a) Antes de realizar a busca na parte inferior de um veiculo, o adestrador deverä fazer uma
inspeção anterior, em busca de quaisquer itens que possam representar a distração ou
perigo para o cão.

b) Tendo terminado o exame do exterior, o cão deverá ser orientado a entrar no veículo da
forma mais segura possivel. Em geral, o melhor é fazer com que o animal entre pelo lado do
passageiro, que provavelmente estará mais afastado das pistas de tráfego, o que deverá
ajudar a proteger tanto o cão quanto o seu adestrador.

c) O cão deverá farejar a greta da porta do passageiro; enquanto estiver envolvido nessa
atividade, a porta deverá ser entreaberta, o que permitiri que duas coisas ocorram. Primeiro,
o ar que estiver preso no interior do veiculo sairá pela abertura e, segundo, o cão
conseguirá perceber qualquer odor que possa estar saindo pela porta, vindo do interior do
veiculo.

d) Terminada essa primeira fase do farejamento, o cão pode entrar no veiculo. O adestrador
estimulará o animal a entrar com um comando entusiasmado, soltando-o dentro do veículo,

e) Quando o cão já estiver dentro, o adestrador fechará a porta, para impedir qualquer
corrente ou movimentação de ar no interior, o que irá ajudar o animal a localizar a fonte do
odor. Enquanto isso, o adestrador focalizará a atenção no cão, observando qualquer
mudança de comportamento.

1) Caso o cão mostre uma mudança de comportamento, é possível que o adestrador


precise passar para ao interior do veículo, detalhando uma área de interesse ou qualquer
outra parte que o cão possa não ter farejado. Se tiver que entrar no veiculo com o cão, o
adestrador deverá manter-se sempre consciente de como a sua movimentação poderá
afetar o fluxo de ar no interior. Quando o cão localizar a fonte do odor e depois que tiver
emitido o alerta necessário, deverá receber a sua recompensa e ser retirado do veiculo, já
com a guia.

NOTA: É preciso ter cuidado na hora em que o cão for sair do veículo, para que não corra
para pistas de trafego, etc. Para isso, colocamos o animal de volta na guia antes de deixá-lo
sair, de modo que o adestrador possa controlá-lo.Preparação do Veicula:

Antes de empregar o cão em um veiculo, este deverá ser preparado, para ajudar o animal
na detecção de odores de narcóticos.

1. Inspecionar visualmente o veiculo, em busca de qualquer material que possa representar


perigo ou distração para o animal, removendo-se o possivel (por exemplo, alimento,
seringas, laminas, drogas que estejam à vista, etc.)

2. Fechar todas as janelas e portas, para "conter" o odor dentro do veiculo.

3. Se estiver frio do lado de fora, ligar o aquecedor e o ventilador, para ajudar a


circulação dos odores. O ar quente se expande, e permite que o odor se expanda também.
O uso do ventilador pode também ajudar a empurrar o ar de dentro de um veiculo para fora
das gretas de portas, etc., permitindo que o cão perceba o odor do lado de fora do veículo.

4. Caso o veiculo esteja em local muito quente, é melhor refrescá-lo com o ar condicionado.
Nesse caso, não devemos esquecer de ligar o ventilador no máximo e em seguida desligar
o ar condicionado antes de deixar o cão entrar, o ar condicionado ás vezes seca o nariz do
animal, o que pode fazer com que ele fique menos eficaz na detecção de odores.

5. Caso seja possivel, é melhor empurrar o veiculo para um local em que haja menos
movimento de ar (da rodovia, por exemplo) e em que seja mais seguro para o adestrador
trabalhar com o cão.

Compartimento do Bagageiro e do Motor:

Ao empregar o cão nessas áreas, a principal preocupação deve ser a segurança do animal,
por isso é necessário que o adestrador faça antes uma inspeção visual, em busca de
qualquer material perigoso.

O compartimento do motor implica em preocupação especial, e o adestrador deverá


verificar a existência de peças quentes, ácidos de bateria, etc. Uma sugestão seria que esta
fosse a ultima área a ser inspecionada no caso de uma busca realizada à beira de uma
estrada.

A maior parte dos bagageiros inclui ferramentas ou outros instrumentos que podem ferir a
pata de um cão, é preciso ter cuidado ao ordenar que o animal salte para dentro. Antes de
colocar o cão no bagageiro, deve-se permitir que ele fareje a tampa entreaberta. de modo
semelhante ao que se faz com portas de veículos.

6- REFERÈNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Manual para o Curso de Instrutores de cães de Rastreio do Exercito da Nicarágua.

Apostila Secretaria Nacional de Segurança Pública SENASP-Cães.

Ferreira, Fernando dos Santos; MORAES, Junio César de Lima. Apostila do Curso de
Instrutores de cães Farejadores de Drogas. Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,
Brasilia, 2006.

SILVEIRA, João Carlos da. Cães Farejadores de Drogas, Artigo, PMSC, São José, 2007.

MARTINS, Clayton Manafioti (1° Ten PMSC). Cinotecnia, a Arte de Adestramento de Cães,
Florianópolis, 1999.

Apostila do Curso de Guia de cão de faro de droga da Policia Federal de Brasilia - DF. 2001.

Apostila do Curso de Entorpecentes da Polícia Federal de Campo Grande MS. 2001.


Apostila do Curso de Cinotecnia Para Oficiais - 01/2001 da PMESP, São Paulo, 2001.

Apostila do Estágio de Cães de Faro da PMESP, São Paulo, 2000,

HELFERS, Fred. Procedimentos e Considerações para Programa K-9 de Detecção de


Narcoticos, 1997. Tradução Eduardo Hahn.7-CURRICULUN INSTRUTORES

1-Subtenente PM CTISP Mat 920538-1 João Carlos da Silveira

-Curso de Educação Fisica/UFSC/1999

- Pós Graduação em Politicas e Gestão em Segurança Pública ESTACIO DE SÃ/2011


-Curso de Cinotecnia/PMSC/2000

-Estágio de Cães de Faro de Drogas e Explosivos/PMESP São Paulo/SP/2000 Estágio de


Cães de Faro de Drogas Policia Federal/Brasilia/DF/2001

-Estágio de Cães de Faro de Drogas BOPE/PMDF/Brasilia/DF/2001 Curso de Operações


Especiais K-9 SWAT São José/SC/2002

-Instrução para o Nivelamento de Conhecimento da FNSP/Brasilia/DF/2005

Curso de Técnicas de Ensino "Formação de Formadores/UFSC/PMSC/SC/2005

-Estágio de Aplicações Táticas (EAI)/BOPE/PMERA/RJ/2005

Curso de Guia de Cães Farejadores de Drogas SENASP-São José/SC/2005

-Curso de Guia de Cães farejadores de Explosivos SENASP-Rio de Janeiro/R1/2005

Curso Básico de Instrutores de Guia de Cães farej. de Drogas SENASP-Campo


Grande/MS/2006

- -Instrutor do Curso de Guia de Cães Farejadores de Drogas SENASP-Campo


Grande/MS/2006

-Instrutor do Curso de Guia de Cães Farejadores de Drogas SENASP-Santa Maria RS/2006

-Instrutor e Condutor de cães Farejadores de Explosivo durante o PAN/RIO/2007/RU/2007

Instrutor do Curso de Condatores de cães Farej. de Drogas e Atmas Rio de Janeiro RJ 2008

-Instrução de Revitalização em Cinotecnia/São José/SC/2011

-Treinamento de Formação de Figurante São José SC/2011

-Instrutor do Curso de Condutores de Caes para Faro de Drogas Cuiabá/MT 2011 Instrutor
do Curso de Especialização em Cinotecnia PMSC/2011
-Instrutor do Curso de Especialização em Cinotecnia/PMSC 2013

Instrutor do Curso de Especialização em Cinotecnia II PMSC 2013 -Instrutor de Cursa de


Condutores de cães farejadores/PMSC/2014

Instrutor do Curso de Especialização em Cinotecnia/PMSC/2015.

2-Cabo PM Mat 929038-9 Vinicius de Sá Ribeiro

3-Soldado PM Mat 929946-7 Daniel Francisco Salinas Fonseca

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