Oidios, Mildios, Carvoes, Ferrugens e Vetores 2023

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 136

manchas foliares

oídios, míldios, carvões e ferrugens

Prof. José Belasque


LFN ESALQ/USP
o ciclo da interação do patógeno com o
hospedeiro
infecção

disseminação
ciclos secundários colonização

ciclo primário
sobrevivência reprodução
hospedeiro
míldios, oídios, ferrugens e carvões
• biotróficos, parasitas especializados (raças)
• míldios: oomicetos, água livre, alta umidade
relativa ar, temperaturas <25oC
• oídios: ascomicetos, baixa umidade relativa
ar (sem ocorrências de chuvas ou molhamento
foliar)
• ferrugens e carvões: basidiomicetos
míldios
•oomicetos
•biotróficos
Plasmopara, Peronospora, Pseudoperonospora, Sclerospora
e Bremia

•água livre, alta umidade relativa


(>95%) e temperaturas <25oC
patógeno doença (cultura) sobrevivência disseminação infecção manejo
Bremia lactucae alface plantas doentes
Peronospora local e época plantio
alho e cebola
destructor plantas doentes
rotação de culturas
bulbos e sementes
Peronospora parasitica brássicas oósporos
esporângios manejo da irrigação
Pseudoperonospora
cucurbitáceas plantas doentes sementes e bulbos sadios
cubensis água ≤22oC
ventos UR>95%
plantas doentes água livre resistência genética
Peronosclerospora
milho sementes bulbos
sorgui fungicidas
outros hospedeiros mudas
sementes
eliminação restos cultura
Plasmopara viticola videira plantas doentes

Peronospora plantas doentes


soja pouca importância
manshurica sementes

míldios
míldio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/downy-mildew-of-soybean
míldio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/downy-mildew-of-soybean
míldio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/
resources/articles/diseases/downy-
mildew-of-soybean
míldio da soja
https://cropprotectionnetwork.org/
resources/articles/diseases/downy-
mildew-of-soybean
míldio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/
downy-mildew-of-soybean
patógeno doença (cultura) sobrevivência disseminação infecção manejo
Bremia lactucae alface plantas doentes
Peronospora local e época plantio
alho e cebola
destructor plantas doentes
rotação de culturas
bulbos e sementes
Peronospora parasitica brássicas oósporos
esporângios manejo da irrigação
Pseudoperonospora
cucurbitáceas plantas doentes sementes e bulbos sadios
cubensis água ≤22oC
ventos UR>95%
plantas doentes água livre resistência genética
Peronosclerospora
milho sementes bulbos
sorghi fungicidas
outros hospedeiros mudas
sementes
eliminação restos cultura
Plasmopara viticola videira plantas doentes

Peronospora plantas doentes


soja pouca importância
manshurica sementes

míldios
manejo de míldios
• material propagativo sadio e tratado
• variedades resistentes
• controle químico
• local e época de plantio (condições
ambientais)
• densidade de plantio, manejo da
irrigação e poda de ramos
oídios
•ascomicetos
•biotróficos
•baixa umidade relativa do ar
•ausência de molhamento foliar
patógeno cultura sobrevivência disseminação infecção manejo
Oidium anacardii
cajueiro ótima 28oC
(Erysiphe polygoni) mudas sadias
Oidium neolycopersici 10 a 35oC fungicidas
tomateiro
Oidiopsis haplophylli <60% UR
Oidium mangiferae 20 a 25oC
mangueira
(Erysiphe polygoni) 30 a 65% UR
mudas sadias
Oidium sp. conídios
morangueiro plantas doentes 15 a 30oC resistência genética
(Sphaeroteca macularis) ventos fungicidas
13 a 17oC
Oidium heveae seringueira
75 a 80% UR
Oidium sp. feijão 18 a 24oC
Microsphaera diffusa soja 50 a 90% UR resistência genética
Oidium monilioides fungicidas
trigo 15 a 22oC
(Blumeria graminis f. sp. tritici)

oídios
oídio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/powdery-mildew-of-soybean
oídio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/powdery-mildew-of-soybean
oídio da soja (Microsphaera diffusa)

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/powdery-mildew-of-soybean
oídio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/powdery-mildew-of-soybean
oídio da soja

https://cropprotectionnetwork.org/resources/articles/diseases/powdery-mildew-of-soybean
Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
oídio do trigo (Blumeria graminis f. sp. tritici)

Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)


oídio do trigo
ciclo da doença
https://ohioline.osu.edu/
factsheet/plpath-cer-11
manejo de oídios
• material propagativo sadio e tratado
• variedades resistentes
• controle químico
• local e época de plantio (condições
ambientais)
• densidade de plantio, manejo da
irrigação e poda de ramos
fungicidas para manejo de oídios

• vários fungicidas (químicos e indutores


de resistência)
• há misturas comerciais de grupos
químicos
• imóveis, mesostêmicos e sistêmicos
• manejo de resistência é necessário para
alguns grupos
duas aplicações c/ 14 dias entre 1ª e 2ª
pulverizações aos 50 DAP + 15 dias + 15 dias + 15 dias
carvões
•basidiomicetos
•biotróficos
•colonização sistêmica ou
localizada
Sugarcane smut (2013).
Information Sheet IS13012.
www.sugarresearch.com.au

carvão da cana-de-açúcar
carvões
cultura espécie sobrevivência disseminação infecção manejo
mudas
25 a 30oC
cana-de-açúcar Sporisorium scitamineum plantas doentes água mudas e sementes sadias
alta UR%
ventos termoterapia
Ustilago maydis teliósporos tratamento sementes
milho sementes 26 a 33oC
(carvão comum) variedades resistentes
sementes água rotação de culturas
Ustilago tritici ventos
trigo 16 a 20oC
(carvão da espiga)
carvão do milho

https://extension.umn.edu/corn-pest-management/common-
smut-corn
carvão do milho

https://extension.umn.edu/corn-pest-management/common-
smut-corn
carvão do milho

https://extension.umn.edu/corn-pest-management/common-
smut-corn
carvão do milho
ciclo da doença

Agrios (2005). Plant pathology. ed. 5th.


ISBN-10: 0-12-044565-4
Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
carvão do trigo
Ustilago tritici

Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)


carvão do trigo
ciclo da doença

Agrios (2005). Plant pathology. ed. 5th.


ISBN-10: 0-12-044565-4
ferrugens
•basidiomicetos
•biotróficos
•água livre (várias horas de molhamento foliar)
•alta umidade relativa (>95%) e
temperatura ótima ~25oC
patógeno cultura sobrevivência disseminação infecção manejo
Phakopsora gossypii algodão - resistência varietal
Puccinia arachidis amendoim - fungicidas
água (24h) Coffea canephora
Hemileia vastatrix café ótima 22oC e híbridos, fungicidas
Puccinia melanocephala água (8h)
(marrom) 20 a 25oC
cana-de-açúcar
Puccinia kuehnii UR>96%
(alaranjada) plantas doentes urediniósporos 15 a 26oC
outros hospedeiros ventos época e local de plantio
Uromyces appendiculatus feijoeiro 22 a 28oC resistência varietal
Puccinia sorghi (comum) 16 a 23oC
Puccinia polysora (polysora) milho <650m
Physopella zeae água (6h)
(branca ou tropical) ótimo 27oC fungicidas
água (>6h) vazio sanitário
Phakopsora pachyrhizi soja manejo resistência
15 a 25oC

ciclo das ferrugens – 8 a 12 dias


ferrugem
do cafeeiro

Amorim et al. (2018). Manual de Fitopatologia (v. 1). ISBN 978-85-318-0056-6


Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
ferrugem amarela
Puccinia striiformis f. sp. tritici

ferrugem da folha
Puccinia triticina

Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)


Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)
ferrugem do colmo
Puccinia graminis f. sp. tritici

Documentos 108. Embrapa. ISSN 1516-5582 (2012)


Cultivares de trigo e triticale.
Embrapa e Iapar. Catálogo 01/2018
Cultivares de trigo e triticale.
Embrapa e Iapar. Catálogo 01/2018
Cultivares de trigo e triticale. Embrapa e Iapar. Catálogo 01/2018

continua...
continuação

Cultivares de trigo e triticale. Embrapa e Iapar. Catálogo 01/2018

continua...
continuação

Cultivares de trigo e triticale.


Embrapa e Iapar. Catálogo 01/2018
ferrugem polysora
milho

https://crop-protection-
network.s3.amazonaws.com/publications/so
uthern-rust-filename-2019-08-28-140616.pdf
ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi)
• temperaturas de o
15 C a o
25 C
• molhamento foliar mínimo de 6 horas
• sobrevivência em plantas doentes
• disseminação por ventos
ferrugem
asiática

Comunicado Técnico 92 (2017). Embrapa, Londrina. ISSN 2176-2899


Circular Técnica 138 (2018)
Embrapa, Londrina. ISSN 2176-2864 ferrugem asiática
ferrugem asiática

Circular Técnica 160 (2020). Embrapa, Londrina. ISSN 2176-2864


Comunicado Técnico 92 (2017). Embrapa, Londrina. ISSN 2176-2899
ferrugem
asiática
ferrugem asiática

Comunicado Técnico 92 (2017). Embrapa, Comunicado Técnico 92 (2017). Embrapa,


Londrina. ISSN 2176-2899 Londrina. ISSN 2176-2899
http://www.consorcioantiferrugem.net/#/main
manejo da ferrugem asiática

•vazio sanitário (90 dias)


•calendarização da semeadura
• variedades precoces e resistentes
• semeadura no início da safra
•controle químico
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/sanidade-vegetal/Ferrugem_Asiatica_da_Soja
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/sanidade-vegetal/Ferrugem_Asiatica_da_Soja
cultura da soja
cultura do milho
resistência genética à ferrugem da soja

suscetível Rpp2, Rpp4, Rpp5

Crop Breeding and Applied Biotechnology 13: 75-82, 2013


resistência
genética à
ferrugem da soja

NoU (número de urédias)


SL (nível de esporulação)
%LU (% lesões com urédias)

Crop Breeding and Applied Biotechnology


13: 75-82, 2013
T1 – sem pulverização
T3 – pyraclostrobin +
epoxiconazole
(66.5 g + 25.0 g i.a/ha)

Vn, R1, R3, R5.1 (15 dias intervalo)

res – CB06-953/963 (gene Rpp4)


sus – BRS 133

Koga et al. (2011). Tropical Plant Pathology 36(5): 294-302


controle químico da ferrugem da soja

•pulverizar preventivamente
•monitorar sintomas
•monitorar condições meteorológicas
•respeitar doses, número de
pulverizações e período controle
controle químico da ferrugem da soja
• não aplicar fungicidas sítio-específicos
sozinhos
• usar misturas de fungicidas com modos de
ação distintos
• rotacionar modos de ação na mesma área
• usar fungicidas multissítios
o manejo da resistência patógeno à fungicidas é necessária
controle químico da ferrugem da soja

•pulverizar preventivamente
•monitorar sintomas
•monitorar condições meteorológicas
•respeitar doses, número
pulverizações e período controle
fungicidas sítio-específicos
para controle da ferrugem da soja

inibidores da desmetilação (IDM, triazóis, G1)


inibidores de quinona externa (IQe, estrobilurinas, C3)
inibidores da succinato desidrogenase (ISDH,
carboxamidas, C2)

populações de Phakopsora pachyrhizi resistentes a esses


fungicidas já foram encontradas no Brasil
controle da ferrugem da soja (%)

resistência a fungicidas nas populações dos patógenos


experimentos em rede desde 2003/2004
C3 & G1

G1 & M5
M1 & C2
G1 & C2

C3 & C2

C3 & G1 & C2
C2 & G1 & C3
M3 & C3 & G1
T7, T9, T11 + M3, T2 + M5
48% a 81%
controle
3 a 4 aplicações

multissítios
32% a 64%

B. subtilis
11%

sítios únicos
60% e 73%
57% estrobilurina e
carboxamida

61% a 76%
estrobilurina,
carboxamida
e multissítios

57% estrobilurina e
carboxamida
c/ B. subtilis

73% estrobilurina,
carboxamida e triazol
A
a legenda dessa figura está no próximo slide
essa é a legenda da figura do slide anterior
slide 1 de 2
Efficacy (%)
slide 2 de 2
Efficacy (%)
manejo de míldios, oídios, carvões e ferrugens

• histórico área, local e época cultivo


• material propagativo sadio e tratado
• variedades resistentes
• controle químico (manejo resistência)
• monitorar patógeno e ambiente (sistemas de previsão)
• manejo da cultura (irrigação, poda, densidade)
• rotação de culturas
ciclo patógeno-hospedeiro com vetores
de patógenos
infecção

disseminação
ciclos secundários
colonização

ciclo primário
sobrevivência reprodução
hospedeiro
persistente
características não persistente semi-persistente
circulativa propagativa
transmissão mecânica sim maioria - (alguns sim) -
local de aquisição parênquima parênquima/sistema vascular sistema vascular sistema vascular
tempo para aquisição segundos minutos minutos/horas horas
local de inoculação parênquima parênquima/sistema vascular sistema vascular sistema vascular
tempo para inoculação segundos minutos/horas minutos/horas horas
período de latência - - horas/dias horas/dias
perde patógeno na ecdise sim sim - -
patógeno na hemolinfa - - sim sim
multiplicação no vetor - - - sim
retenção no vetor minutos/horas horas/dias dias/semanas toda vida
especificidade com vetor baixa média alta alta

Modificado de Amorim et al. (2018). Manual de Fitopatologia (v. 1). ISBN 978-85-318-0056-6

tipos de relação patógeno-vetor


mosaico comum da soja (Soybean mosaic virus)
transmissão por afídeos

Documentos 256 Embrapa (2014). Manual de identificação de doenças de soja


necrose da haste (Cowpea Mild Mottle Virus)
transmissão por mosca branca

Documentos 256 Embrapa (2014). Manual de identificação de doenças de soja


manejo de bacterioses e viroses
da soja
•resistência genética
•sementes sadias
p/ mancha bacteriana marrom
•inseticidas não são efetivos
para o controle das viroses
viroses do algodoeiro
•vermelhão (Cotton anthocyanosis virus),
afídeos (circulativa)
•mosaico comum (Abutilon mosaic virus),
mosca branca (circulativa)
•mosaico das nervuras (Cotton leafroll
dward virus), doença azul, 2 estirpes, afídeos
(circulativa)
enfezamentos do milho
• enfezamento pálido (Spiroplasma kunkelii)
• enfezamento vermelho (‘Candidatus
Phytoplasma asteris’) (Maize bushy stunt
phytoplasma - subgrupo 16SrI-B)

• Dalbulus maidis (Homoptera: Cicadellidae)


• transmissão persistente propagativa
• latência de 2 a 4 semanas
Circular Técnica 248 (2018). Sete Lagos, Embrapa Milho e Sorgo. ISSN 1679-1150
Comunicado Técnico 226 (2018). Embrapa Milho e Sorgo. ISSN 1679-0162
Circular Técnica 248 (2018). Sete Lagos, Embrapa Milho e Sorgo. ISSN 1679-1150
Circular Técnica 248 (2018). Sete Lagos, Embrapa Milho e Sorgo. ISSN 1679-1150
Circular Técnica 248 (2018). Sete Lagos, Embrapa Milho e Sorgo. ISSN 1679-1150
manejo dos enfezamentos do milho
• evitar semeadura escalonada, tardia, áreas
próximas de altas infestações e sucessão milho
sobre milho
• eliminar antecipadamente as tigueras de milho
• tratar as sementes com inseticidas sistêmicos
• empregar genótipos com resistência genética
• reduzir a população do vetor com inseticidas
• histórico, local e época de cultivo
Circular Técnica 247 (2018). Sete Lagos, Embrapa Milho e Sorgo. ISSN 1679-1150
O manejo de doenças deve
ser sempre planejado e
considerar as culturas
agrícolas, seus patógenos e o
ambiente de produção

Você também pode gostar