Saúde Sexual e Reprodutiva
Saúde Sexual e Reprodutiva
Saúde Sexual e Reprodutiva
Ano de frequência: 2o
Classificação
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização 1.0
(indicação clara do problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Folha de Recomendações
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1
1.1. Objectivos..............................................................................................................................2
1.1.1. Geral...................................................................................................................................2
1.1.2. Específicos.........................................................................................................................2
2. Metodologia..............................................................................................................................2
3.14. Os serviços de saúde sexual e reprodutivas disponíveis para os adolescentes e jovem. .10
4. Conclusão................................................................................................................................11
5. Referencias Bibliográfica........................................................................................................12
1. Introdução
A adolescência é uma etapa da vida de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado
por mudanças físicas, cognitivas, emocionais e sociais. Dentre as transformações relacionadas a
novos hábitos e comportamentos presentes na adolescência, existem os associados ao campo da
sexualidade, determinado por diferentes contextos sociais e subjetivos que impactam
directamente na saúde e em vários outros aspectos da vida dessa população.
Este trabalho tem como tema, Políticas e Estratégias de Saúde Sexual Produtiva na adolescência.
Para a realização deste trabalho foram formulados os seguintes objectivos: Geral, conhecer as
Políticas e Estratégias de Saúde Sexual Produtiva na adolescência e tem como objectivos
específicos, Falar sobre adolescência e saúde reprodutivo; Indicar os objectivos de saúde
reprodutivo do adolescente; identificar os principais desafios de saúde reprodutivo dos
adolescentes em Moçambique; Indicar as acções realizadas na área da saúde reprodutivo do
adolescente.
Segundo a estrutura o trabalho é constituído por uma introdução, objectivos (geral e específicos),
metodologia do trabalho, fundamentação teórica, conclusão e referências bibliográficas de acordo
com as normas APAS 6a edição em uso na universidade católica de Moçambique.
Sendo assim, é necessário buscar melhores estratégias de discutir esse assunto nas escolas, com
as famílias, visando a prevenção de doenças e agravos e promoção de saúde entre a população
escolar com abordagens educacionais emancipatórias que fortaleçam a cidadania dos
adolescentes através da conscientização de seus direitos sexuais e reprodutivos.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Conhecer as Políticas e Estratégias de Saúde Sexual Produtiva na adolescência
1.1.2. Específicos
Falar sobre adolescência e saúde reprodutivo;
Indicar os objectivos de saúde reprodutivo do adolescente;
Identificar os principais desafios de saúde reprodutivo dos adolescentes em Moçambique;
Indicar as acções realizadas na área da saúde reprodutivo do adolescente.
2. Metodologia
De acordo com o tema em estudo o tipo de método a ser usado durante a elaboração deste
trabalho é a pesquisa bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica, é considerada uma fonte de colecta de dados secundária, pode ser
definida como: contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um determinado
assunto, tema ou problema que possa ser estudado (Lakatos & Marconi, 2001).
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3. Saúde sexual e reprodutiva
A boa saúde sexual e reprodutiva é um estado de completo bem-estar social, físico e mental em
todos os aspectos relativos ao sistema reprodutivo. Isso significa que as pessoas são capazes de
ter uma vida sexual satisfatória e segura, a capacidade de se reproduzir, bem como a liberdade
para decidir quando e quantas vezes pode fazê-lo (Cabral, 2011, p. 32).
Para manter a saúde sexual e reprodutiva, as pessoas precisam ter acesso à informação
precisa e aos métodos contraceptivos seguros, eficazes, acessíveis, aceitáveis e à sua
escolha. Devem ser informadas e capacitadas para se proteger de infecções sexualmente
transmissíveis. E quando elas decidem ter filhos, as mulheres devem ter acesso aos
serviços que podem ajudá-las a ter uma gravidez e parto seguro e um bebé saudável
(Cabral, 2011, p. 36).
Cerca de 225 milhões de mulheres que querem evitar a gravidez não usam métodos de
planeamento familiar seguros e eficazes, por razões que vão desde a falta de acesso a
informações ou serviços à falta de apoio de seus parceiros ou comunidades. A maioria
destas mulheres com uma necessidade não atendida de contraceptivos, vivem em 69 dos
países menos desenvolvidos do mundo (p. 16).
Milhões de pessoas são vulneráveis à infecção pelo VIH, e a SIDA continua uma das principais
causas de morte entre mulheres em idade reprodutiva e jovens adolescentes. O estigma e a
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discriminação continuam sendo um obstáculo para a efectivação dos direitos das pessoas,
incluindo o acesso a informações e serviços essenciais de prevenção e tratamento do VIH.
Acabar com a epidemia da SIDA requer investimentos de longo prazo. Saúde e direitos sexuais e
reprodutivos, ou melhor, todos os direitos humanos, são essenciais para a realização desta visão.
E dado o seu maior risco de infecção pelo VIH, jovens e outras populações-chave requerem apoio
contínuo (Corrêa, 2003, p. 22).
Desde 1990, o mundo registou um declínio de 44 por cento no rácio de mortalidade materna -
uma enorme conquista. No entanto, apesar desses ganhos, cerca de 830 mulheres ainda morrem
diariamente de causas relacionadas com a gravidez ou parto, que representa uma mulher a cada
dois minutos (Corrêa, 2003, p. 24).
E para cada mulher que morre, 20 ou 30 outras mulheres enfrentam complicações com
consequências graves ou de longa duração. A maioria destas mortes e as lesões são totalmente
evitáveis. Tornar a maternidade mais segura é um imperativo de direitos humanos, e é o cerne do
mandato do UNFPA (Corrêa, 2003, p. 29).
Parteiras salvam vidas. Parteiras bem treinadas podem ajudar a evitar cerca de dois terços de
todas as mortes maternas e de recém-nascidos, de acordo com o mais recente relatório sobre o
Estado Mundial das Parteiras (Gomes, 2011, p. 44).
Igualmente, elas poderiam providenciar 87 por cento de todos os serviços essenciais de saúde
sexual, reprodutiva, materna e de recém-nascidos. No entanto, apenas 42 por cento das pessoas
com habilidades obstétricas trabalham nos 73 países onde mais de 90 por cento de todas as
mortes maternas e neonatais ocorrem (Gomes, 2011, p. 48).
Desde 2008, o UNFPA tem trabalhado com parceiros, governos e formuladores de políticas para
ajudar a construir uma força de trabalho de parteiras bem treinada, competente e com todo o
apoio necessário, em cenários de baixos recursos.
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3.5. Para Fístula Obstétrica
A fístula obstétrica é uma das lesões mais graves e dramáticas do parto. É uma abertura entre o
canal do parto e da bexiga ou do reto, causada por trabalho de parto prolongado e obstruído, sem
tratamento. Ela deixa as mulheres com vazamento de urina, fezes ou ambos, e muitas vezes leva a
problemas médicos crónicos, depressão, isolamento social e agravamento da pobreza.
Como parte da campanha global para acabar com a fístula, o UNFPA fornece suprimentos
médicos, treinamento e fundos para a prevenção da fístula, tratamento e reinserção social.
UNFPA também fortalece a saúde reprodutiva e cuidados obstétricos de emergência para evitar
que a fístula ocorra pela primeira vez (Ventura, 2011, p.74).
A adolescência é uma fase de crescimento cheia de mudanças e descobertas, que aflora o lado
sexual. Algumas pessoas acreditam que sexualidade é o que se refere às relações sexuais ou aos
órgãos genitais (Erickson, 1987, p. 54).
No entanto, é um conceito muito mais amplo, é um processo dinâmico e complexo que se inicia
ao nascer, se manifesta de diferentes formas ao longo da vida e envolve também sentimentos,
emoções e o processo de formação da própria identidade.
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Assim, para os jovens é tão importante viver as novas experiências que a adolescência traz,
quanto aprender os novos cuidados que devem ter para não afectar seu desenvolvimento físico,
emocional e psicológico (Erickson, 1987, p. 70).
A própria pessoa que tem o poder de decidir sobre sua sexualidade, ninguém pode decidir
por ela ou forçá-la a fazer coisas que a pessoa não quer. Saúde sexual e reprodutiva é a
liberdade de decidir se quer ou não ter relações sexuais, é o poder de decidir se quer ou
não ter filhos, quantos e quando, para isso existem métodos contraceptivos. É o direito de
receber informação adequada para prevenir gravidez indesejada ou doenças sexualmente
transmissíveis. (Erickson, 1987, p. 72).
Quando termina a adolescência e começa a vida adulta, a saúde sexual também está presente nos
cuidados durante a gravidez e o parto, na prevenção do câncer de mama, colo do útero e próstata
e até nos tratamentos de infertilidade, por exemplo.
Por isso, recomenda-se que, já no início da puberdade, tanto homem quanto mulheres possam
fazer uma visita ao serviço de saúde, indo sozinho ou acompanhado com alguém de confiança,
que se sinta acolhido. O adolescente também tem direito a cuidados confidenciais, isso significa
que tudo o que ele debate naquele espaço é protegido pelo sigilo profissional e ninguém mais
pode saber (Erickson, 1987, p. 74).
Neste contexto, em 1977 foi criada, dentro da Direcção Nacional de Saúde, a secção de Protecção
à Saúde Materno-Infantil (SMI) com ênfase para a atenção pré-natal, parto e pós-parto. Em 1978
foi incluída nesta secção a componente Planeamento Familiar (PF). Em 1981 foi iniciada a
formação de enfermeiras de saúde materno-infantil (ESMI) de nível básico, parteiras elementares
e técnicos de cirurgia, que permitiram a expansão do serviço de SMI às unidades sanitárias (US)
do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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Em 1990 o MISAU realizou a Conferência Nacional sobre a Maternidade sem Risco, que
introduziu o conceito de saúde reprodutiva, que incluiu (para além das componentes já existentes:
pré-natal, parto, pós-parto e PF) prevenção e tratamento das ITS's, infertilidade, prevenção do
aborto e tratamento das suas complicações, informação, educação e aconselhamento e ainda
diagnóstico e tratamento de cancros do sistema reprodutivo (Glenda, 2019, p. 58).
O MISAU aumenta também a colaboração com outros Ministérios (Educação e Cultura, Plano,
Juventude, Mulher e Acção Social, Justiça); com o Instituto de Comunicação Social e com ONGs
(AMODEFA, MULEIDE, AMOSAPU e outras).
Moçambique tem alguns dos piores indicadores sociais do mundo referentes a crianças e
adolescentes, particularmente as raparigas, em grande parte devido ao acesso limitado a recursos
e serviços, bem como a práticas socioculturais prejudiciais (Glenda, 2019, p. 79).
Deve ser colocada agora uma maior ênfase no apoio a adolescentes, que são o grupo populacional
que regista o crescimento mais rápido em Moçambique; cerca de 45 por cento da população tem
idade inferior a 15 anos e 52 por cento inferior a 18 anos.
O grupo populacional apresenta alguns indicadores perturbadores. Por exemplo, quase uma em
cada duas raparigas está casada ou em união antes de atingir os 18 anos de idade. O casamento
prematuro é uma violação dos direitos humanos que nega a milhões de raparigas a sua infância e
as coloca em risco de gravidez precoce, violência, abuso e negligência (Glenda, 2019, p. 80).
O foco é promover e proteger os direitos dos adolescentes, particularmente das raparigas, para
que possam adoptar comportamentos saudáveis que promovam o bem-estar. A programação
estratégica da mudança do comportamento e social deverá transcender todas as áreas sectoriais,
principalmente a saúde, nutrição, água, saneamento e higiene, educação e protecção, usando
plataformas e meios de comunicação de base comunitária (Elaine, 201, p. 66).
Tal envolverá uma coordenação multissectorial em torno de políticas e estratégias relevantes para
adolescentes; o aproveitamento dos recursos internos e dos parceiros; a promoção da capacitação
institucional em matéria de comunicação para o desenvolvimento; e a promoção do empenho e da
participação dos adolescentes (Elaine, 201, p. 68).
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3.13. Os principais desafios da vida sexual e reprodutiva dos adolescentes
Outro desafio importante é o uso do preservativo. Quando presente desde a primeira relação
sexual, ele tende a se manter mais facilmente do que em pessoas que não possuem o hábito de
utilizá-lo. O terceiro desafio é o reconhecimento das práticas homoafetivas, que existem e que
são muitas vezes permeadas por violências (Elaine, 201, p. 76).
Essas são maneiras particulares de vivenciar a sexualidade, que deve ser reconhecida e acolhida
sem discriminação ou constrangimento. Finalmente chegamos no desafio das famílias e dos
profissionais, que muitas vezes tratam o tema como um tabu e negam aos adolescentes as
informações adequadas para o seu futuro
Em todos os casos está recomendado o uso do preservativo, que além de ação contraceptiva
possui uma ação de prevenção das ISTs. Infelizmente, temos visto dificuldade de os serviços
acolherem adequadamente os adolescentes. Alguns profissionais dificultam o acesso destes por
terem dificuldade em lidar com o tema, especialmente quando os adolescentes não estão
acompanhados por um responsável (Elaine, 201, p. 86).
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4. Conclusão
Para abrir o debate sobre educação sexual de adolescentes, é necessária uma consolidação de
instrumentos de didácticos; rodas de conversas abertas, criação de espaços na própria escola para
que os estudantes possam se expressarem e tirarem suas dúvidas, desmistificações de estereótipos
e preconceitos sobre o tema.
Sendo assim, é necessário buscar melhores estratégias de discutir esse assunto nas escolas, com
as famílias, visando a prevenção de doenças e agravos e promoção de saúde entre a população
escolar com abordagens educacionais emancipatórias que fortaleçam a cidadania dos
adolescentes através da conscientização de seus direitos sexuais e reprodutivos.
Nesse sentido, o Programa Saúde na Escola é uma estratégia que integra acções de educação e de
saúde com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de
educação básica por meio de acções de prevenção, promoção e atenção à saúde.
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5. Referencias Bibliográfica
jovens: intersecções entre políticas públicas e atenção à saúde. São Paulo. Campinas.
Erickson, E. H. (1987). Infância e Sociedade. (2ª Edição): Zahar editores. Rio de Janeiro.
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