Trabalho de Direito Das Obrigações
Trabalho de Direito Das Obrigações
Trabalho de Direito Das Obrigações
FACULDADE DE DIREITO
GRUPO N.º 01
LUANDA/2024
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE DIREITO
GRUPO N.º 01
LUANDA/2024
INTEGRANTES DO GRUPO
➢ José Dandi Pedro
➢ Valdirene Alberto Simão
➢ Jakline Figueiredo Mateus
➢ Octávio dos Santos
➢ Manuel Morais
Trabalho de Direito das Obrigações Grupo n.º 1
Introdução
A resolução de casos práticos no âmbito do Direito das Obrigações representa um
dos desafios mais relevantes e estimulantes para teóricos e práticos da área jurídica. Esta
vertente do Direito Civil exige não apenas o domínio teórico dos conceitos e princípios
fundamentais, porém também a capacidade de aplicá-los de forma prática e coerente a
situações concretas. Neste contexto, o presente trabalho propõe-se a analisar e apresentar
soluções aos casos aqui presentes que reclamam de solução jurídica, destacando a
importância da Jurisprudência e da Doutrina especializada como instrumentos essenciais
para a fundamentação das soluções propostas. Ao longo do trabalho, serão abordados
casos práticos representativos, com o objetivo de ilustrar e exemplificar os diferentes
desafios enfrentados na aplicação do Direito das Obrigações. Espera-se, assim, contribuir
para uma melhor compreensão e aplicação prática desta importante área do direito civil.
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Trabalho de Direito das Obrigações Grupo n.º 1
Antes de mais, o presente Caso Prático insere-se no âmbito das seguintes temáticas:
Modalidade de Obrigações e Modalidade das Prestações.
Em sede Direito das Obrigações, a Prestação pode ser definida como a conduta a que o
devedor está vinculado. E as Modalidades de Prestações, dizem respeito a uma série de
situações juridicamente relevantes com Regimes Jurídicos específicos.
Ora vejamos:
1. Prestação de Coisa:
A Prestação de Coisa refere-se à Modalidade de Prestação cujo objecto
consiste na entrega de determinada coisa (Ex.: Art. 879º b) CC). No presente Caso,
assevera-se que a Prestação é de Coisa Futura, pelo que, os bens futuros aludem àqueles
que não tendo existência, não possuindo autonomia própria ou não se encontrando na
disponibilidade do sujeito, e, no presente Caso, na disponibilidade do sujeito A, são
objecto de Negócio Jurídico na perspectiva da aquisição futura dessas características.
2. Prestação Infungível
A Prestação Infungível tem que ver com a espécie de prestação que apenas
o devedor pode realizar, não sendo permitida a realização por terceiros. Defendemos a
posição de que a prestação do Caso em análise é Infungível e não Fungível fruto de uma
Interpretação Extensiva da seguinte passagem: “Em vez das garafas de vinho, B poderia
aparecer por entregar a A 100 garrafões de azeite”. O presente Caso enuncia B e não
terceiro como aquele que deve realizar a prestação. Portanto, somos defensores que esta
é uma Prestação Infungível e não Fungível, visto que aqui a prestação não pode ser
realizada por outrem que não o devedor, neste caso, B. A Infungibilidade aqui é, portanto,
Convencional, pois, acordou-se que a prestação só pode ser realizada pelo devedor.
3. Prestação Instantânea
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5. Prestação Determinada
No presente Caso, a prestação é determinada visto que esta se encontra
completamente especificada no momento da constituição da Obrigação.
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1.ª Hipótese: Em 7 de Janeiro, A telefona a B dizendo-lhe que, afinal, optava pelo azeite,
sendo, porém, informada por este de que já destacara as garrafas de vinho e que, aliás,
vendera todo o azeite a um grossista.
Como mencionado acima, as Obrigações Alternativas são aquelas que pressupõem uma
escolha entre prestações, isto é, há duas prestações em alternativa e apenas uma é
concretizável através de uma Escolha. Esta consiste na determinação da prestação, que
pode ocorrer ou com a oferta real da prestação, ou anteriormente à oferta real da prestação
desde que declarada ao credor.
Segundo a Regra Geral consagrada no n.º 2 do Art. 543º CC, a Escolha pertence ao
Devedor. Já na Excepção consagrada no Art. 549º CC, a escolha pode pertencer ao Credor
ou a Terceiro. No âmbito do Hipótese em análise, constatou-se que a Escolha pertence ao
credor, nomeadamente, A, devido à passagem: “Em 7 de Janeiro, A telefona a B dizendo-
lhe que, afinal, OPTAVA pelo azeite”.
A palavra "optava" é uma forma conjugada do verbo "optar", no tempo verbal do pretérito
imperfeito do indicativo, na terceira pessoa do singular. No contexto geral, este termo
refere-se a escolher ou preferir algo. No contexto jurídico, "optava" mantém o mesmo
significado geral do verbo "optar", que é fazer uma escolha ou uma seleção entre duas ou
mais alternativas ou opções disponíveis para uma pessoa ou entidade em determinado
contexto jurídico.
Portanto, entende-se aqui que a Escolha pertence à A, o Credor, e não à B,o devedor.
Todavia, se a Escolha couber ao credor e ele não a fizer no prazo estipulado ou naquele
que para o efeito, for fixado pelo devedor, a Escolha passa imediatamente a competir ao
devedor, aplicando-se, nesta senda, o Regime Jurídico da Regra Geral, consagrada no Art.
543º n.º2 CC, e não mais a Regra Excepcional consagrada no Art. 549º CC.
Ora, B informara A que “já destacara as garrafas de vinho…”. Esta actuação é lícita a B
pois a Escolha de ora em adiante pertence a B e não mais a A.
Eis, portanto, aqui a resolução da Hipótese 1.
Pois bem, nesta Hipótese, estamos diante da Impossibilidade da Prestação quando esta se
verifica antes da escolha ter ocorrido. Porém, há aqui dois cenários:
Dir-se-ia que esta Impossibilidade é Causal, nos termos do Art. 545.º CC, se tivesse sido
causa por um facto jurídico involuntário e, consequentemente, não seria imputável a
nenhuma das partes, a princípio. Como as garrafas de vinho que B destacara foram
destruídas por um tractor agrícola em manobras, o risco de perecimento corre por conta
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do devedor. Nos termos do Art. 545.º CC, se uma ou algumas das prestações se tornarem
impossíveis por causa não imputável às partes, a obrigação considera-se limitada às
prestações que forem possíveis. Nestes termos, B deverá realizar a prestação que se
afigura possível. Neste Caso, os 100 garrafões de azeite, independentemente de ter
decidido guardá-lo para melhor oportunidade de negócio.
A despeito deste cenário, sendo que a Quinta pertence a B, como cita acima o Caso
Prático: “A, comerciante de Luanda, de visita à quinta de B, no município de Viana”, está
Impossibilidade pode ser sim Imputável ao devedor. E visto que a escolha lhe compete,
nos termos acima apresentados, ele deve efectuar uma das prestações possíveis, conforme
a primeira parte do Art. 546.º CC; Isto independentemente de ter decidido guardá-lo para
melhor oportunidade de negócio.
Como afirmamos acima, por A não fazer a Escolha no prazo estipulado ou naquele que
para o efeito, foi fixado pelo devedor, a Escolha passou imediatamente a competir ao
devedor, B, aplicando-se, nesta senda, o Regime Jurídico da Regra Geral, consagrada no
Art. 543º n.º2 CC, e não mais a Regra Excepcional consagrada no Art. 549º CC.
Por ser uma Prestação de Resultados, o devedor, B, vincula-se a obter um determinado
resultado, respondendo por incumprimento se esse resultado não for alcançado, daí
justificar-se a perplexidade de A em não ter recebido os garrafões de azeite. No entanto,
a Escolha compete ao devedor, B, e não à A, o credor. Daí que cabe a B escolher prestação
realizar, justificando-se o facto de ter vendido todo o azeite. Quanto às garrafas de vinho
que estavam embaladas desde a véspera à espera que A as fosse buscar, há aqui
Impossibilidade da Prestação imputável ao Credor, A. Como a Escolha pertence ao
devedor, a obrigação considera-se cumprida. A não ser que B prefira realizar a outra
prestação e ser indemnizado pelos danos que haja sofrido.
Aqui estaremos diante da constituição de uma Obrigação de Juros.
As Obrigações de Juros consistem em uma remuneração pela cedência ou deferimento da
entrega de Capital por um certo lapso de tempo. Mais uma vez, um intenso debate foi
aberto no seio do nosso Grupo durante a resolução deste Caso Prático, visando aferir se
os Juros aqui são Moratórios, Indemnizatórios ou Compensatórios, sob os seguintes
argumentos:
- Juros moratórios: têm natureza indemnizatória de danos causados pela mora, visando
recompensar o credor pelos prejuízos sofridos em função da mora.
- Juros compensatórios: destinam-se a proporcionar ao credor um pagamento que
compense uma temporária privação de capital, que ele não deveria ter suportado.
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Ora, para o presente Caso, os Juros são Moratórios pois preenchem a alínea a) do n.º2 do
Art 805.º CC, nomeadamente “a) Se a obrigação tiver prazo certo”, e visam recompensar
o credor pelos prejuízos sofridos em função da mora.
1ª Hipótese: Dias depois, A vendeu o carro a C, por 18 000 000 kzs, entregando-
lhe o veículo.
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Resolução:
O caso em questão remete-nos à matéria relactiva aos contratos como fonte da relação
obrigacional, mais especificamente em sede dos contratos com eficáia real na qual
encontramos a cláusula de reserva de propriedade que consitui o instituto jurídico
relevante subjacente ao respectivo caso.
Ora, a clásula de reserva de propriedade tal como escreve o professor Orlando Fernandes,
é uma cláusula que confere, ao alienante, a faculdade de manter na sua titularidade, a
propriedade da coisa até ao cumprimento, total ou parcial, da obrigação ou até a
verificação de uma prestação a favor de terceiro.
Essa cláusula, c. r. p., implica, assim, que, por acordo entre o vendedor e o comprador, a
transmissão da propriedade fique diferida para o momento do pagamento integral do
preço.
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1ª Hipótese: Dias depois, A vendeu o carro a C, por 18 000 000 kzs, entregando-
lhe o veículo.
A situação desta hipótese, isto é, da venda do automóvel por A a C, mesmo aquele tendo
acordado vender a B, é admissivel, todavida, como “toda acção tem uma reação”, esta
não foge à regra, pois como podemos verficar A ao vender o automóvel a C fere a
expectativa jurídica constituida, ab inito, na esfera de B o que deve dar lugar a uma
responsabilização de A. Rementendo-nos automaticamente ao instituto da
responsabilidade contractual.
Portanto, não obstante o contrato entre A e B, A tem a possibilidade de vender, isto é, pode
vender o automóvel a C, contudo, assume as consequencências do incumprimento
contratual – “responsabilidade contratual”, pois não se observou o disposto à luz do artigo
406.º C.C. que prescreve que os contratos devem ser pontualmente cumpridos, e só pode
modificar-se ou extiguir-se por mútuo consentimento dos cotraentes ou nos casos
admitidos na lei. Facto que não é o que se evidencia na respectiva hipótese.
Logo, A deverá indeminizar B por não ter cumprido o contrato, o que certamente resultou
em danos que incidiram especialmente nas expectativas jurídicas consituidas na esfera
jurídica de B.
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lhe atribui unicamente o poder de usar e fruir a coisa, estando vedada a possibilidade da
sua disposição pelo facto desta última ser incompatível com a função de garantia visada
com a concervação da propriedade no vendedor.
Nos termos do artigo 934.º A não pode resolver o contrato com fundamento na falta de
um prestação, uma vez que, como dispõe o texto do artigo em questão, não há lugar a
reslução do contrato de compra e venda em prestações, com inclusão de c. r. p., em que
se tenha faltado uma das prestações que não exceda a oitava parte do preço global. Nessa
situação, em particular, a oitava parte do preço global é de 2 000 000 kzs, e visto que se
convencionou o pagamento em 20 prestações do preço global de 16 000 000 kzs, uma
prestação corresponde a 800 000 kzs.
Ora, 800 000 kzs que é o valor de uma prestação não excede a oitava parte do preço global
que é 2 000 000 kzs. Logo, é de concluir que não pode, A, resolver o contrato por falta de
pagamento de uma prestação.
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CD’s, que B pretendia vir a instalar no veículo. Porém, passados apenas escassoes
dias, B vendeu o aparelho a E, por 6 000 000 kzs.
Nos contratos com inclusão da cláusula de reserva de propriedade, em virtude dos efeitos
daquela cláusula, e visto que o contrato de compra e venda do leitor de CD’s operou-se
sob as mesmas condições que o a venda do automóvel, é de salientar que B não pode
vender o leitor, porquanto B tem formada simplesmente uma expectativa real de
aquisição, expectativa essa que lhe atribui apenas o poder de usar e fruir a coisa, vedando-
se a possibilidade da sua disposição pelo facto de a disposição do bem ser incompatível
com a função de garantia visada com a concervação da propriedade no vendedor.
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Resolução:
Essa convenção, o contrato promessa, cria a obrigação de contratar ou, dito doutro modo,
a obrigação de emitir a declaração de vontade correspondente ao negócio prometido.
O regime do contrato promessa consta no Código Civil ao abrigos do art.º 410.º a 413.º
Esta hipótese traz a tona a questão da eficácia real da promessa. Ora, prima facere, o
contrato-promessa gera efeitos meramente obrigacionais, ou seja, a promessa gera aos
promitentes, vendedor e comprador, a obrigação de exarar a declaração negocial
correspondente ao contrato prometido. Porém, a promessa pode ainda produzir efeitos
perante a terceiros nos casos e termos especialmente previstos por lei (art.º 406.º) onde
podemos destacar o caso da constituição e transmissão de direitos reais sobre bens
imóveis ou móveis sugeitos a registo. Nesse último caso, em particular, a promessa, isto
é, o contrato promessa, pode ser dotada de eficácia real, contudo, torna-se necessário,
para o efeito, a verificação de três requisitos comulativamente: (i) a coisa ou bem deve
ser registável; (ii) deve, o respectivo contrato, revestir uma forma mais solene (escritura
pública ou um escrito particular autenticado), e; deve ser inscrito no registo.
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oponibilidade erga omnes. É, pois, nesta senda que voltamos à hipótese em análise e
podemos aqui deduzir algumas soluções possíveis...
A segunda solução possível tem que ver com o facto de o contrato promessa exibido por
C a B não se tratar de um contrato com eficácia real, isto é, não preencher todos os
requisitos necessários para que o contrato tenha eficácia real. Para essa situação, em
particular, celebra-se o contrato prometido que menos distante estiver de ser celebrado. E
como consequência haverá uma responsabilização de A àquele que pela impossibilidade
do comprimento da promessa ver o seu interesse lesado.
A solução para essa situção é a seguinte: nos termos do artigo 416.º o obrigado à
preferência tem o dever de notificar a quem tem o direito à preferência, isto é, ao
preferente sobre o projecto de venda e as cláusulas do respectivo contrato. Em
contrapartida o preferente tem o ônus de, dentro de oito dias, depois de notificado, exercer
o direito à preferência sob pena de caducidade.
Desta feita, partindo do princípio de que A notificou D sobre o projecto de venda do carro,
e passados 15 dias aquele não exerceu o seu direito, dentro do prazo que lhe se devia
fazer, ou seja, oitos dias, depois de notificado, é lícito concluir que o respectivo pacto já
tenha caducado, e uma vez caducado perde os efeitos que lhe eram inerentes e, por
consequência, o contrato promessa é válido e, por consequência, eficáz.
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E, por fim, importa frisar que a invocação da nulidade do contrato por falta de forma,
nessa hipótese não é admissível, porquanto ao contrato promessa aplica-se a regra geral
em matérias de forma que é o princípio da liberdade de forma, segundo a qual ao contrato
promessa não se exige uma forma especial, bastando-se com escrito particular.
Perante essa hipótese é de dizer que, por se tratar de uma promessa sinalizada, a recusa
da celebração por A dá lugar a um inadimplemento cujos efeitos consubstaciam-se
essencialmente com a restituição do sinal em dobro. O que, em síntese, significa estar
vedada a possbilidade de execução específica ou ainda de uma indeminização no valor
correspondente ao preço global da carro, 16 000 000 kzs.
À essa hipótese, pode até aceitar-se o facto de os 4 000 000 kzs terem um carácter
essencialmente de antecipação do pagamento, contudo, é importante considerar que não
obstante o facto de, via de regra, em matéria de incumprimento do contrato, ser-se
possível lançar mãos à execução específifca tal como estatui o art.º 830.º C.C., certo é
que, em determinadas situações, não é possível operar-se a execução específica: é o que
sucede, por exemplo, nas situações de impossibilidade definitiva de cumprimento como
o caso de o bem que se prometeu vender já ter sido alienado a um terceiro. E é justamente
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isso que afiguramos na situção apresentada pela hipótese em questão na qual podemos
ver que o carro não mais se encontra na esfera de A por este último ter alienado, mediante
uma venda a F, pelo que se torna definitivamente impossivel comprir o contrato.
É, pois, com esse entendimento que a propósito da hipótese em causa, concluimos que A
nos termos do artigo 405.º tem a faculdade “possibilidade” de recusar a celebração do
contrato preparado pelo advogado de B – liberdade de celebração ou liberdade de
contratar. Desse modo, não pode B impor a A a celebração do contrato preparado pelo seu
advogado tendo como fundamento a não entrega do automóvel reparado.
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Quais os prossupostos dos quais depende a aplicação do artigo 934º do CC? Qual a
relação entre essa regra, na parte em que se refere ao direito de resolução do contrato pelo
vendedor, e o artigo 886º?
R: Um dos primeiros pressuposto tem que ver com a traditio da coisa ao comprador –
de acordo o Professor Orlando Fernandes no seu livro de Direito das Obrigações
Introdução e Fontes, na pág. 99, refere que “ A entrega da coisa deve ser interpretada
no sentido de transferência da posse e por consequência do risco. A posse da coisa,
pelo adquirente, justifica que a assunção do risco passe a ocorrer por conta deste.”
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Quanto a relação com o artigo 886º, no que respeita ao direito de resolução do contrato
pelo vendedor. A relação entre ambos os artigos reside no sentido de afastar o direito
de resolução face a falta de pagamento de uma prestação e/ ou preço.
III.
No caso em análise, as prestações não pagas eram em número de quatro para
cada aquisição, pelo que o comprador já não estava tutelado pelo artigo 934 °,
que só o tutela se a falta de pagamento disser respeito a apenas uma prestação,
no entender da Doutrina quase unânime . Contudo, será que o direito de
resolução decorre imediatamente do atraso do comprador na liquidação das
prestações, ou é ainda necessário ao vendedor colocá-lo em incumprimento
definitivo para poder resolver? Compreenda e comente a resposta dada pelo
Tribunal a essa questão.
É claro, que ao abrigo da norma 934.º não se verifica uma recorrência directa ao direito
de resolução,sem que estejam antes preenchidos os pressupostos indicados na mesma
norma.
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O vendedor para se arrogar do exercício do direito de resolução deve seguir as regra geral:
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A nosso ver, o tribunal quer com a excerto enfatizar a ideia de que enquanto elevador
no seu todo ou parte ( componentes) não integrarem o bem imóvel ( prédio urbano),
poderá o seu fornecedor aliená-los. Porém com a coloção do elevador poderá decorrer
consequências jurídicas específicas. Que segundo o acordão, poderá ser a ineficácia
da claúsula de reserva de propriedade, uma vez que o bem tornando –se integrante o
dono do prédio torna –se o proprietário do bem.
Um primeiro caso ao abrigo do 409.º n.º 2, é que tratando –se de imóveis ou móveis
sujeitos a registo, só a clausula constante de registo é oponível a terceiros.
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De acordo o Professor Orlando Fernandes, no seu livro sobre Direito das obrigações
Introdução e Fontes, volume I, p. 97. Refere que nos demais casos, isto é, nas
hipóteses de móveis não sujeitos a registo, a claúsula é sempre oponível a terceiros.
Conclue o mesmo autor, nos casos de a claúsula ser aposta a um contrato que tenha
por objecto a transmissão de bens móveis não sujeitos a registo não será exigida
qualquer publicidade, para se puder opor a claúsula a terceiro, mesmo que este esteja
de boa –fé.
iv. A dada altura, o Tribunal questiona: que são, juridicamente, os elevadores? Como é
respondida essa questão?
Começando com a sua classificação.O elevador é uma coisa móvel, ao abrigo do 205.º
n.º 1 do cc., apresenta uma noção de exclusão de parte, ou seja, é coisa móvel, o que
for excluído da inumeração do artigo 204.º do cc.
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O artigo 1212.º n.º 2, vem tornar mais sólido o argumento de que os bens que irão de
integrar a superfície do dono da obra, ter –se –ão como seus, ainda que seja os
empreiteiros a fornecer os materiais.
vi. Considera a decisão do tribunal aceitável, do ponto de vista à tutela do titular da reserva
de propriedade? Ou considera que esse titular deveria pura e simplesmente ter encontrado
outros meios mais adequados de garantir o seu crédito do preço do que uma reserva de
propriedade de um bem que está, por sua natureza destinada a fazer parte integrante (ou
componente) de uma coisa imóvel? Quais são esses outros meios de garantia do crédito
do preço? Leia, nesta linha, o comentário de António MENEZES CORDEIRO, Venda
com reserva de propriedade: incorporação de elevadores: novo regime dos assentos:
Tribunal do Supremo Tribunal de Justiça de 31 de Janeiro de 1996, Separata da Revista
da Ordem dos Advogados, ano 56, n ° 1 (Janeiro 1996), Lisboa, 1996, pp. 291-329.
R: A nossa ver, o tribunal teve muito bem posicionado em relação à tutela da reserva
de propriedade. Soube apresentar os fundamentos de direito, não obstante se escusar
de determinar as consequências jurídicas do comprador ou adquirente. Mas que num
ponto de vista funcional e racional, esteve em altura da solução.
vii. O que sucederia, de acordo com o caminho argumentativo seguido pelo Tribunal, se
os elevadores fossem desligados do prédio? Relacione a resposta a esta questão com a
defesa, feita pelo Tribunal, de que a reserva de propriedade se torna ineficaz quando se
concretiza a instalação dos elevadores nos prédios. Consulte igualmente o texto de
MENEZES CORDEIRO referido no ponto anterior.
Por lapso seu, António entregou à Boncentrados de Bomate, SA., mais duas carradas
de tomate do que esta lhe havia comprado. Os administradores da BB aperceberam-
se da coisa, não tocaram no tomate a mais e deixaram-no nos depósitos à espera que
António aparecesse. É claro que, quando António deu pelo lapso, já o tomate se tinha
tornado imprestável para consumo. Naquela zona, as carradas de tomate vendem-se a
Kz. 100.900, mas António produ-las a menos de Kz. 100.000, por os seus terrenos
serem muito férteis. Quid juris?
R: O presente caso, remonta –nos ao instituto dos contartos, celebrador entre o Sr.
António e a empresa BONCENTRADOS de BOMATE, SA, de entrega de carradas
de tomates.
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O Sr. António está na posição passiva desta relação contratual por estar adstrito ou
obrigado a fazer a tradição da carrada de tomate.
Estamos num contrato em que existe uma relação entre o devedor e o credor, onde
suscita o problema da classificação do modo da prestação.
O que se verifica é que realmente o contrato foi cumprido. Porém o Sr. António
efectuou duas prestações do que enserido no contrato. O que não foi intencional, pois
a luz do texto foi um “lapso”. Percebe –se por lapso “ engano’. E os administradores
da BB, mesmo se apercebendo do ocorrido mantiveram os produtos nos seus
depósitos sem comunicar ao entregador, e como resultado desta abstênção em
comunicar as duas carradas de tomate a mais, estragaram ou tornou –se impróprio
para o consumo. O Sr. António só deu por conta mais tarde e foi mesmo tarde, pois os
tomates tornaram–se imprestáveis. As perguntas que se levantam são:
Adérito fotografou de avião o bonito palácio de Belmira. Gastou cerca de Kz. 400.000
com o voo e as fotografias, mas vendeu-as a uma revista por Kz. 2.000.000. Quid juris?
R: Este caso em concreto não levante problema que careça de solução de direito. Porque
o Adérito e a empresa não se encontram numa relação materialmente controvertida.
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O preço pelo qual foi vendido as fotografias que tem como conteúdo o retrato do bonita
palácio de Belmira integra todas as despesas envolvidas no processo de captura de
imagens, todo o conjunto relacionado com a fotografias.
Deve –se levar em conta o preço do vôo, e não só, como também o facto de que Adérito
deve ter optado por uma classe executiva que lhe desse mais conforto e uma visão
estratégica para capturar as imagens do palácio, tudo isto envolve custos daí que o preço
tenha sido de 2.000.000.
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Legalmente, recorremos ao Art. 535o no1cc, aos termos do qual determina-se que
“se a prestação for indivisível e vários devedores, só de todos os obrigados pode o credor
exigir o cumprimento da prestação”. Isto é, o credor não pode exigir a apenas um deles a
realização de uma parte da prestação, uma vez que essa situação implicaria a destruição
do objecto da obrigação.
Nos termos do Art. 536o cc; nesta situação “se a obrigação é indivisível se
extinguir apenas em relação a algum ou alguns dos devedores, não fica o credor inibido
de exigir a prestação aos restantes obrigados, contanto que lhes entregue os valores que
cabia as devedor ou devedores exonerados”. Determinação que no entendimento Almeida
Costa seria o mesmo que dizer o credor terá apenas de entregar-lhes o valor da parte que
cabia ao devedor exonerado.
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este se extingue o vínculo obrigacional, e após a entrega aos demais lhes é exigível a
execução da prestação por completo e de modo simultâneo.
Baseando-nos nos artigos consagrados pelo código civil e pela grande doutrinas
que aborda o assunto temos entendimentos que a afirmação está incorreta, por a mesma
impor o dever de indemnizar a todos os devedores, incluído os que nada se relacionam
com o facto perpetrante; por outro lado, simpatizamos com a afirmação, por ser um modo
de não subcarregar o devedor culpado, pois pode ter incumprido a prestação por uma
causa exterior ao seu arbítrio ou possa não ter as possibilidades financeiras para reparar
todos os danos que constituem a consequência do facto que procedeu.
Afirmação obejcta da nossa analise dita o regime geral, nos termos 538o no1 cc há
previsão de que “sendo vários os credores da prestação indivisível, qualquer deles tem o
direito de exigi-la por inteiro”. Portanto, há solidariedade activa pois só um dos credores
assumira a responsabilidade perante o devedor exigir o cumprimento integral da
obrigação, libertado este da dívida e da sujeição que passaria ao ser cobrado por cada
credor; por outra, excluir os cocredores de forçosamente coligarem-se para exigir o
cumprimento, o que equivaleria a tornar uns dependentes da inércia dos outros até o
momento em que se concluísse o modo de cumprimento e vários credores.
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solução é dada pelo Art. 538o no1 cc, segunda parte: “mais o devedor enquanto, não for
judicialmente citado, só é relativamente a todos, em conjunto, se pode exonerar”. Dito de
outro modo, só perante todos os cocredores o devedor deverá cumprir a prestação. Por
fim, o mesmo autor ainda afirma que esta regra paralela à solidariedade activa decorre
apenas da invisibilidade da prestação e tão-só enquanto essa indivisibilidade dura.
Em relação ao risco na venda, sob reserva de propriedade tem vindo a ser sustentado, com
base na sua pretensa configuração como uma condição suspensiva, que o vendedor
continuaria a suportar o risco pela perda ou deterioração da coisa, ainda que esta tivesse
sido entregue ao comprador. A solução de que o vendedor, na venda com serva de
propriedade suporta o risco de perda ou deterioração da coisa, mesma após a entrega ao
comprador é, no entanto, claramente inaceitável, uma vez que, a partir da entrega, o
comprador fica integralmente investido nos poderes de uso e fruição da coisa, servindo a
manutenção da propriedade no vendedor apenas para assegurar a manutenção do bem,
em caso de não pagamento do preço. Ora, devendo o risco ocorrer por conta de quem
beneficia de direito, parece claro, que a partir da entrega é por conta do comprador que o
risco deve correr, não fincando este exonerado do pagamento de preço em aso de perda
ou deterioração fortuita da coisa”.
[L. Menezes Leitão, Garantias das Obrigações, Almedina, Coimbra, 2006, 263-264].
A cláusula se reserva de propriedade tem raízes no direito romano, foi reconhecida pelo
direito comum, incluída no BGB e, a partir deste, incluído no código civil português. Tem
seu regime regulado nos termos do Art. 409o no1, no qual tal cláusula é definida como a
convenção pela qual alienante reserva para si a propriedade da coisa, até ao cumprimento
total ou parcial das obrigações da outra parte.
Esta é uma cláusula típica dos negócios jurídicos, em especial os contratos de compras e
vendas: vendas à espera do preço e vendas a prestações. Tem função de garantia e esta
garantia está relacionada com cumprimento de prestações emergente do contrato
celebrado, mormente com o pagamento do preço, configurando um meio de segurança
nas vendas a crédito.
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Uma cláusula frequentemente acordada e não obstante haver liberdade quanto ao seu
ajuste, só pode ser aposta após a celebração do contrato. De facto, como a propriedade se
transmite primeiro efeito do contrato, não pode, depois do celebrado negócio, estipular-
se a reserva de propriedade, porque a posse já se transferiu.
Pelos factos revelados no texto objeto da nossa apreciação, tém-se por obsoleta, legal e
doutrinalmente, a concepção de que ao vendedor incumbiria a responsabilidade de
suportar o risco pela perda ou deterioração da coisa, mesmo que se encontrasse nas fera
de uso e fruição do comprador. Deste modo, sempre que tenha havido a entrega da coisa
o risco também se transferiu. O risco relaciona-se com a titularidade das vantagens sobre
uma coisa atribuída a certa pessoa e, havendo tradição, essas vantagens são conferidas ao
comprador. O risco recai sobre o comprador do mesmo modo em que um empreiteiro é
responsável pela reparação dos danos causados aquando da edificação, manutenção ou
requalificação de uma obra sob sua condução.
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responsabilidade. Nos termos do nº 2 do Art. 796ºcc prevê-se que “se, porém a coisa tiver
continuado em poder do alienante em consequência de termo constituído ao seu favor, o
risco só se transferi com um vencimento ou a entrega da coisa”. Desta norma, extrai-se a
concepção de que, efectivamente, o facto do termo ter sido estabelecido a favor do
alienante significa que este não se pode considerar como mero depositado da coisa, mas
antes que se encontra a utilizá-la em seu próprio proveito, o que justifica que suporte o
risco pela sua perda ou deterioração. Por outra, se, apesar da transferência da propriedade,
o alienante ainda se encontra a tirar proveito da coisa, não faria sentido que a Lei fizesse
correr por conta do adquirente o risco pela sua perda ou deterioração. Assim, o risco só
se transfere para o adquirente, ou com o vencimento do termo (caso em que o alienante
deixa de beneficiar do prazo para a utilização da coisa, passando a funcionar como mero
depositário da coisa) ou com a entrega da coisa, são em que passa a ser o adquirente a
utilizar a coisa;
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A posição adoptada por Lima Pinheiro em relação ao pactum reservati dominii (pacto de
reserva de domínio) é aclamada e adoptada por autores como Antunes Varela, Ribeiro de
Faria ou mesmo Menezes Leitão.
Quando o autor refere “resolver o contrato” diz respeito a exigência de indemnização feita
pelo vendedor em virtude da desvalorização que o objecto material do contrato tenha
sofrido. Logo, a oponibilidade “erga omnes” da resolução diz respeito a faculdade de
terceiros poderem exigir o cumprimento de indemnização por lesão que tenham sofrido
em virtude de um contrato a que estariam, de algum modo, vinculados.
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Sobre sua concepção, Menezes Leitão diz que seus argumentos não convencem, mas dá-
lhe credito pela solução proposta. É muito criticado por, primeiro, referir um critério
diametralmente oposto ao que é previsto pela Lei; segundo, por entender que haveria
transmissão de coisa sem registo, embora susceptível a registo, pois nesse caso nem
sequer a própria transmissão dos bens móveis poderia ser oponível a terceiros.
A penhora consiste na apreensão dos bens do devedor e debatida com a clausula de reserva
de propriedade é bem demorada, pois até que se juntem todos os bens do devedores
afectos à garantia de obrigação, separei-nos entre penhoráveis e não penhoráveis, até que
se juntem os pressupostos para o levantamento de uma acção executiva, consumir-se-ia
muito tempo. Ao passo que munido pela clausula, mediante incumprimento do devedor,
o vendedor pode apenas exigir indemnização. Mas tal como referiu Vasco Xavier “não
se pode negar ao vendedor recorrer aos meios à disposição dos credores comuns.
Deste modo, a clausula de reserva de propriedade tem função de garantia muitos mais
prática e fácil por ser consensual entre as partes, mas em situação de insolvência do
comprador o vendedor mesmo conservado a propriedade da coisa, mediante seu
incumprimento, não deve executar os bens do devedor até ao pagamento do preço.
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É, portanto, óbvio que na venda com reserva de propriedade não se subordinam os efeitos
do negócio a um evento exterior ao mesmo, mas antes se faz depender um dos efeitos do
negócio do prévio cumprimento de uma obrigação por ele instituído, o que constitui, aliás,
um dos efeitos essenciais desse negócio. Não há, assim, na reserva de propriedade
qualquer condição, mas antes uma alteração da ordem de produção dos efeitos negociais.
Sem a reserva, a transmissão da propriedade ocorre antes do pagamento. Com a reserva,
ela passa a ocorrer posteriormente a ele. A qualificação da reserva de propriedade como
condição suspensiva deve, por isso, ser rejeitada”.
A propriedade seria logo transmitida para o comprador, mas a parir do momento em que
se verificasse o incumprimento do pagamento do preço, ocorreria a resolução dos efeitos
do negócio, com eficácia retroactiva, sendo assim recuperada a propriedade pelo
vendedor.
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sim o entendimento que se trata de uma titularidade abstracta, incompleta ou parcial, por
ser o comprador aquele que goza dos benefícios da coisa, em contrapartida, também
responsável por seus danos. O uso pertence ao comprador e o vendedor só mantém a
propriedade em termos legais, pois segundo Menezes Cordeiro, “o titular de direito de
propriedade, em termos de direito, tem uma proteção jurídica que perdura enquanto a
existência do seu direito não for posta em causa”. Logo, até ao cumprimento da prestação,
isto é, o pagamento do preço, o vendedor é proprietário do bem, mas de modo abstracto
por somente desempenhar o papel de periodicamente renovar o título o reconhecimento
legal de proprietário; o comprador tem direito de uso e fruição da coisa com “animus” e
“corpus”, pois em função do seu cumprimento possui a expectativa de aquisição de
propriedade sobre a coisa.
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Conclusão
No presente trabalho procedemos à resolução de casos práticos colocados a nossa
disposição. Analisámo-los legal, doutrinal e jurisprudencialmente procurando
fundamentos (princípios, conceitos e normas) que tornassem seus modos de aplicação na
vida real lógicos. Exemplificámos as possíveis maneiras de de resolução a um caso
concreto, fundamentando-nos em concepções de diferentes autores construímos
comentários lógico-críticos sobre diferentes situações, socorrendo-nos a vários acórdãos
procuramos esclarecer os modos de proferência de sentença aos casos concretos objecto
da resolução.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Jorge Leite Areias Ribeiro de Faria, Direito das Obrigações Vol.I, Coimbra, 1990.
Mario Júlio de Almeida Costa, Direito das Obrigações, 5ª edição, Coimbra, 2006.
João de Matos Antunes Varela, Das Obrigações em Geral Vol. I, 6ª edição, Almedina.
Pedro Romano Martinez e Pedro Fuzeta da Ponte, Garantias de Cumprimento, 5ª edição,
Almedina, Novembro/2006.
Pedro Romano Martinez, Direito das Obrigações-Parte Especial: Contratos, 2ª edição,
Almedina, Maio/2001.
Luís Manuel Teles de Menezes leitão, Garantias das Obrigações, 2ª edição, Almedina,
Janeiro/2008.
Luís Manuel Teles de Menezes leitão, Direito das Obrigações Vol.II, Transmissão e
Extinção das Obrigações, Não Cumprimento das Garantias de Crédito, 5ª edição,
Almedina.
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