Situacao - Fiscal - Pilotos - Exterior SNA
Situacao - Fiscal - Pilotos - Exterior SNA
Situacao - Fiscal - Pilotos - Exterior SNA
1. Introdução
2. Situação fiscal dos não residentes no Brasil
3. Acordos Internacionais e Reciprocidade de Tratamento
4. Procedimento a ser seguido pela pessoa que se retira em caráter permanente do Brasil
5. Hipótese de saída do país sem entrega da Declaração de Saída Definitiva
6. Hipóteses em que não é necessário declarar o IR
7. Pessoas consideradas como não-residentes
1. Introdução
Os aeronautas que moram fora do Brasil não precisam declarar Imposto de Renda, desde que
apresentem a declaração de saída definitiva do país em caso de permanecerem fora do país por
mais de 12 meses.
A lei brasileira determina que o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem
como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica. 1 Porém, o imposto
relativo aos rendimentos informados em Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Físicas
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Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato
gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso
anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição
jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento
em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos
tributáveis.
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e do Exterior na Declaração de Ajuste Anual pago nos países relacionados a seguir pode ser
compensado, desde que não sujeito à restituição ou compensação no país de origem,
observados os acordos internacionais entre o Brasil e cada país.
Em caso de o contribuinte ter investimentos no país, por exemplo, apesar de não precisar
declará-los, ele deve antes notificar as instituições financeiras sobre a sua futura condição de
não-residente no Brasil. Contudo, os rendimentos auferidos com bens ou investimentos, no
país, serão tributados.
De maneira geral, a pessoa física que não reside no Brasil não está obrigada a apresentar a
declaração de imposto de renda. Todavia, o processo de encerramento fiscal (entrega da
Comunicação e Declaração de Saída Definitiva do país) deve ter sido apresentado à Receita
Federal. Se a pessoa física permanecer fora do Brasil por período inferior a 12 meses (1 ano), o
processo de encerramento fiscal não deve ser apresentado e, durante esses 12 meses, todo o
rendimento auferido no exterior deve ser oferecido à tributação no Brasil via o cálculo e
recolhimento do carnê-leão.
Vale ressaltar que dependendo do país da fonte pagadora, eventuais impostos federais
pagos/retidos neste país poderão ser compensados com os impostos devidos no Brasil sobre os
mesmos rendimentos. Isso porque o Brasil mantém acordo internacional ou reciprocidade de
tratamento fiscal com vários países, com o intuito de evitar a dupla tributação do Imposto
sobre a Renda e, portanto, se a pessoa física que deixou o país por período inferior a 12 meses
receber algum rendimento no exterior, este estará sujeito à tributação no Brasil
(independentemente já ter ou sido tributado no exterior) e, se o país da fonte pagadora
mantiver o acordo com o Brasil, o eventual imposto pago lá poderá ser compensado contra o
imposto devido aqui.
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autenticada pela representação diplomática do Brasil naquele país, ou mediante declaração
desse órgão atestando a reciprocidade de tratamento tributário. Não é necessária a prova de
reciprocidade para a Alemanha, o Reino Unido e os Estados Unidos da América. A reciprocidade
de tratamento permite a compensação no Brasil do imposto pago nestes países, observado o
limite de compensação. Porém, o valor pago nos EUA é compensável apenas quando se tratar
de imposto federal2.
4. Procedimento a ser seguido pela pessoa que se retira em caráter permanente do Brasil
A pessoa física residente no Brasil que se retirar em caráter permanente do território nacional
no curso do ano-calendário deve:
I - apresentar, até a data da saída do Brasil, a Declaração de Saída Definitiva do País, relativa ao
período em que tenha permanecido na condição de residente no Brasil no ano-calendário da
saída, bem assim as declarações correspondentes a anos-calendário anteriores, se obrigatórias
e ainda não entregues;
II - recolher em quota única, até a data prevista para a entrega das declarações de que trata o
item I, o imposto nelas apurado e os demais créditos tributários ainda não quitados, cujos
prazos para pagamento são considerados vencidos nesta data, se prazo menor não estiver
estipulado na legislação tributária, sendo consideradas sem efeito suspensivo da cobrança as
reclamações contra imposto de renda lançado ou arrecadado na fonte, permitidos, todavia,
depósitos, em dinheiro, relativamente à parte objeto de reclamação.
As declarações de que trata o item I acima devem ser transmitidas pela Internet, ou entregues
em arquivo digital nas unidades da SRF.
2
Ato Declaratório SRF nº 28, de 26 de abril de 2000; Ato Declaratório SRF nº 48, de 27 de junho de 2000; Ato
Declaratório Interpretativo nº 16, de 22 de dezembro de 2005.
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Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/legislacao/acordos-internacionais/acordos-para-
evitar-a-dupla-tributacao/acordos-para-evitar-a-dupla-tributacao#alemanha> Acesso em 13/12/2016.
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número de meses em que o contribuinte tenha permanecido na condição de residente no
Brasil, no ano- calendário em questão.
Na hipótese de pleitear a restituição de imposto por meio da declaração, o sujeito passivo deve
indicar o banco, a agência e o número da conta corrente ou de poupança de sua titularidade
em que pretende seja efetuado o crédito.
De acordo com a Receita Federal, a pessoa física que se retira em caráter permanente do Brasil
sem entregar a Declaração de Saída Definitiva do País ou em caráter temporário é
considerada4:
I - como residente no Brasil, durante os primeiros 12 meses consecutivos de ausência, e, neste
caso, os rendimentos auferidos do exterior estarão sujeitos à tributação no Brasil via o cálculo e
recolhimento do carnê-leão, assim, deve declarar os rendimentos no país e também os
auferidos no exterior;
II - como não-residente, a partir do 13 º mês consecutivo de ausência.
Desse modo, é recomendável que o contribuinte que se ausentar do país por um período
superior a 12 meses (1 ano) entregue a Declaração de Saída, bem como a “Comunicação de
Saída Definitiva do País – primeira etapa do processo de encerramento fiscal”. O contribuinte
somente pode entregar a declaração de saída se o período de ausência for superior a 1 ano.
Caso o contribuinte tenha ficado menos de um ano fora do país ele deve então entregar a
declaração do IR, a não ser que seja isento, nos termos do previsto na legislação.
A pessoa física que mora fora do Brasil não precisa declarar o Imposto de Renda mesmo que:
I - Possua bens no país, independentemente do valor do bem, e caso tenha entregue a
Declaração de Saída Definitiva, somente os rendimentos estarão sujeitos à tributação, como
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IN SRF n º 208, de 2002, arts. 2 º , V, e 3 º , II e V.
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por exemplo, o rendimento de aluguel de imóvel no pais, que estará sujeito à tributação sob
uma alíquota fixa de 15% sobre o valor líquido recebido.
II - Tenha dinheiro aplicado em fundos de investimentos, mas as instituições financeiras
precisam ser notificadas previamente sobre a condição de não-residente para que os eventuais
impostos sejam recolhidos nos códigos e alíquotas aplicáveis aos não-residentes.
III - Tenha participação societária ou ações e quotas de uma empresa, exceto se o contribuinte
for o administrador responsável pelo CNPJ no Brasil. Neste caso, o processo de encerramento
fiscal não poderá ser apresentado à Receita Federal. A pessoa física que consta como
administrador em qualquer CNPJ de empresa brasileira não pode "deixar" o país em carácter
definitivo, ou seja, ele não pode tornar-se um não residente fiscal com a entrega do processo
de saída definitiva. Assim, essa pessoa precisa nomear outro administrador e, somente após o
registro da alteração do contrato social no órgão competente (em São Paulo é a JUCESP, por
exemplo), a pessoa pode caracterizar-se não residente fiscal no Brasil - desobrigado de
apresentar declarações à Receita.
Marcelo Ceriotti
Diretor – Secretaria Jurídica
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Rodrigo Spader
Presidente