NAMES e Identidade

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NAMES

Por
Maya Angelou
(1928 – 2014)

Nascida Marguerite Ann Johnson em 4 de abril de


1928, Maya foi uma autora e poetisa americana que
foi chamada de “a autobiógrafa negra mais visível
da América”. Ela é mais conhecida por sua série de seis volumes autobiográficos, que se ficam
nas suas experiências de infância e início da vida adulta. O primeiro e mais aclamado, I Know
Why the Caged Bird Sings (1969), trouxe-lhe reconhecimento internacional e foi indicado ao
National Book Award. Ela recebeu mais de 30 títulos honorários e foi indicada ao Prêmio
Pulitzer por seu volume de poesia de 1971, Just Give Me a Cool Drink of Water ‘Fore I Diiie.

NAMES ou My Name is Margaret- Uma


de suas muitas histórias sobre a sua
infância concentra-se no período em
que ela viveu com sua avó materna em
Stamps, Arkansas, uma típica cidade do
sul, no final da década de 1930, onde os
negros eram tolerados como fonte de mão de obra barata destinada a fazer durar a dominação
branca tanto quanto possível.

Os NOMES são uma coisa poderosa, sempre foram e sempre serão. Os NOMES podem causar
muitos tipos de emoções, raiva, ódio, felicidade, confusão e uma série de outras. Em I Know Why the
Caged Bird Sings, de Maya Angelou, há muitos nomes e apelidos que as pessoas têm. Esses apelidos,
embora às vezes inapropriados e irritantes, são uma parte importante deste romance.
Marguerite Johnson, também conhecida como Maya, é a personagem principal deste romance e
durante a história ela recebe alguns apelidos. O apelido de “Maya”, por exemplo, foi dado a ela por seu
irmão Bailey Jr.. Quando Bailey era mais novo, ele não conseguia pronunciar o nome de Marguerite,
então disse “Mya sister”, que mais tarde se transformou em “My” e depois em “Maya”.
Outro apelido que Maya tinha no romance era “Mary”. Ela obteve esse nome quando trabalhou
com a Sra. Cullinan. Quando a Sra. Cullinan convidou algumas outras mulheres, elas estavam falando
sobre Marguerite, uma das mulheres disse: “Bem, pode ser, mas o nome é muito longo. Eu nunca me
incomodaria. Eu a chamaria de Mary se fosse você” . Maya odiava tanto esse nome que quebrou
algumas das melhores porcelanas da Sra. Cullinan, só para poder ser demitida. A reação de Maya à
mudança de nome da Sra. Cullinan exemplifica as formas sutis de resistência disponíveis para os negros
americanos. Maya não podia exigir diretamente o reconhecimento da sua identidade, mas encontrou
uma forma subversiva de resistência. Esta resistência afetou fortemente a Sra. Cullinan, pelo que a
voltou a chamr pelo seu nome original. Ao voltar para Margaret, a Sra. Cullinan acredita que ela
reafirmou seu poder sobre Maya, bem como protegeu o santo nome de Maria contra manchas.
Essencialmente, ela abandonou o nome que era o seu símbolo de poder sobre Maya. Mary podia estar
sob seu controle, mas Margaret não. Maya recuperou seu nome e seu sentido de identidade.

O nosso nome identifica-nos de muitas maneiras. , o que nos conecta a quem somos e nos
conecta à nossa família. Neste conto ressalta a ideia de que os brancos tiveram o poder de expressar o
que melhor os identificava, enquanto os negros realmente nao tinham essa chance de vivenciar o que é
a identidade, a sua identidade, aquilo que os define e identifica. Essa Identidade parece que sempre foi
pré-arranjada para eles. Como o ponto principal desta passagem é sobre identidade, quebra-se o
silêncio dos negros, por assim dizer, os quais tambem tem o direito de assumir o controle e quebrar as
normas.
Nesta história, Margaret está zangada com o fato de Viola Cullinan chamá-la de ‘Mary’ apenas
para sua conveniência, pelas simples razao de que o nome “Margaret” é muito longo. O mesmo se
passou com Miss Glory - “Vinte anos. Eu não era muito mais velha que você. O meu nome costumava
ser Aleluia. Foi assim que a minha mae me chamou, mas a minha patroa me deu “Glória” e assim
ficou...Miss Glory”
Tudo isto mostra que os brancos tinham vantagens sobre os negros no que diz respeito à sua
identidade: os brancos tinham o poder de definir o que melhor os identificava, enquanto os negros
dtinham de aceitar identidade ditada pelos seus patroes.

“Todos nós, seres humanos, vivendo em sociedade, temos um nome próprio, que nos identifica
e distingue dos nossos semelhantes. Ele representa uma espécie de passaporte que carregamos conosco
como uma etiqueta pessoal, contendo nosso prenome e nosso sobrenome.

Em princípio, ele é imutável, indisponível e imprescritível, embora admita ser mudado, até
livremente, se o fizer até completar o primeiro ano da sua maioridade civil, ou, ainda, mesmo depois
disso, mas mediante razões fundadas, sem prejudicar, porém, o sobrenome de família.

Ele é assim um patrimônio pessoal, que


não só distingue e individualiza você diante dos
outros, como constitui também um legado
familiar...” In http://academiaparanaensedeletras.com.br/portfolio/a-
importancia-do-nome-proprio/

Podemos dizer que, O NOME TE


INDIVIDUALIZA E O SOBRENOME IDENTIFICA a tua
ORIGEM. O nome de uma pessoa traz uma
história, traz páginas escritas e também valores e

crenças e, isso pode ser transformado e


ressignificando da mesma forma como é
possível alterar a nossa realidade através do
pensamento. Os nossos nomes podem
revelar detalhes sobre nossa etnia ou outros
aspectos de nossa origem.

O nome é uma identidade e não um


rótulo, por isso é importante se conectar
com ele. O nome é um reconhecimento, ou
seja, uma identificação. Além disso, seu nome não é só uma junção de letras, é a maneira como você
será projetado para o mundo. E um elemento de individualização da pessoa na sociedade, um direito de
personalidade, algo íntimo.

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