NAMES e Identidade
NAMES e Identidade
NAMES e Identidade
Por
Maya Angelou
(1928 – 2014)
Os NOMES são uma coisa poderosa, sempre foram e sempre serão. Os NOMES podem causar
muitos tipos de emoções, raiva, ódio, felicidade, confusão e uma série de outras. Em I Know Why the
Caged Bird Sings, de Maya Angelou, há muitos nomes e apelidos que as pessoas têm. Esses apelidos,
embora às vezes inapropriados e irritantes, são uma parte importante deste romance.
Marguerite Johnson, também conhecida como Maya, é a personagem principal deste romance e
durante a história ela recebe alguns apelidos. O apelido de “Maya”, por exemplo, foi dado a ela por seu
irmão Bailey Jr.. Quando Bailey era mais novo, ele não conseguia pronunciar o nome de Marguerite,
então disse “Mya sister”, que mais tarde se transformou em “My” e depois em “Maya”.
Outro apelido que Maya tinha no romance era “Mary”. Ela obteve esse nome quando trabalhou
com a Sra. Cullinan. Quando a Sra. Cullinan convidou algumas outras mulheres, elas estavam falando
sobre Marguerite, uma das mulheres disse: “Bem, pode ser, mas o nome é muito longo. Eu nunca me
incomodaria. Eu a chamaria de Mary se fosse você” . Maya odiava tanto esse nome que quebrou
algumas das melhores porcelanas da Sra. Cullinan, só para poder ser demitida. A reação de Maya à
mudança de nome da Sra. Cullinan exemplifica as formas sutis de resistência disponíveis para os negros
americanos. Maya não podia exigir diretamente o reconhecimento da sua identidade, mas encontrou
uma forma subversiva de resistência. Esta resistência afetou fortemente a Sra. Cullinan, pelo que a
voltou a chamr pelo seu nome original. Ao voltar para Margaret, a Sra. Cullinan acredita que ela
reafirmou seu poder sobre Maya, bem como protegeu o santo nome de Maria contra manchas.
Essencialmente, ela abandonou o nome que era o seu símbolo de poder sobre Maya. Mary podia estar
sob seu controle, mas Margaret não. Maya recuperou seu nome e seu sentido de identidade.
O nosso nome identifica-nos de muitas maneiras. , o que nos conecta a quem somos e nos
conecta à nossa família. Neste conto ressalta a ideia de que os brancos tiveram o poder de expressar o
que melhor os identificava, enquanto os negros realmente nao tinham essa chance de vivenciar o que é
a identidade, a sua identidade, aquilo que os define e identifica. Essa Identidade parece que sempre foi
pré-arranjada para eles. Como o ponto principal desta passagem é sobre identidade, quebra-se o
silêncio dos negros, por assim dizer, os quais tambem tem o direito de assumir o controle e quebrar as
normas.
Nesta história, Margaret está zangada com o fato de Viola Cullinan chamá-la de ‘Mary’ apenas
para sua conveniência, pelas simples razao de que o nome “Margaret” é muito longo. O mesmo se
passou com Miss Glory - “Vinte anos. Eu não era muito mais velha que você. O meu nome costumava
ser Aleluia. Foi assim que a minha mae me chamou, mas a minha patroa me deu “Glória” e assim
ficou...Miss Glory”
Tudo isto mostra que os brancos tinham vantagens sobre os negros no que diz respeito à sua
identidade: os brancos tinham o poder de definir o que melhor os identificava, enquanto os negros
dtinham de aceitar identidade ditada pelos seus patroes.
“Todos nós, seres humanos, vivendo em sociedade, temos um nome próprio, que nos identifica
e distingue dos nossos semelhantes. Ele representa uma espécie de passaporte que carregamos conosco
como uma etiqueta pessoal, contendo nosso prenome e nosso sobrenome.
Em princípio, ele é imutável, indisponível e imprescritível, embora admita ser mudado, até
livremente, se o fizer até completar o primeiro ano da sua maioridade civil, ou, ainda, mesmo depois
disso, mas mediante razões fundadas, sem prejudicar, porém, o sobrenome de família.