Rel Metodologia
Rel Metodologia
Rel Metodologia
Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro
DIRETOR GERAL
Antônio Leite dos Santos Filho
1. APRESENTAÇÃO .....................................................................................................................8
2. ATUALIZAÇÃO DO PROSEFER...........................................................................................9
Processo de Seleção dos Empreendimentos no Programa .............................................10
Etapa 1 – Levantamento de Informações. .......................................................................13
2.2.1 Atualização dos dados relativos ao volume de veículos ................................14
2.2.2 Atualização de dados relativos ao volume de trens ........................................19
2.2.3 Levantamento das características da travessia ...............................................22
Etapa 2 – Planejamento .....................................................................................................27
2.3.1 Custos de empreendimentos do PROSEFER 2009 ........................................27
2.3.2 Atualização dos custos referenciais ................................................................28
2.3.3 Custos médios de empreendimentos ferroviários ...........................................29
2.3.4 Custos totais dos empreendimentos ferroviários ............................................30
2.3.5 Definição do parâmetro de seleção ................................................................32
2.3.6 Avaliação do parâmetro de seleção ................................................................39
2.3.7 Proposta de alteração da metodologia de priorização ....................................39
Etapa 3 – Execução ............................................................................................................42
2.4.1 Seleção dos empreendimentos........................................................................43
2.4.2 Parâmetros de priorização - conceito e metodologia ......................................43
2.4.3 Estrutura de cálculo do Índice de Priorização dos Empreendimentos (IPP) ..84
2.4.4 Metodologia AHP...........................................................................................87
2.4.5 Índice de Priorização dos Empreendimentos .................................................96
2.4.6 Cálculo dos IPP dos Empreendimentos ........................................................114
2.4.7 Classificação dos Empreendimentos ............................................................115
3. CONSIDERAÇÕES ...............................................................................................................116
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
1. APRESENTAÇÃO
O PROSEFER 2009 foi idealizado com o desígnio de realizar estudos e pesquisas, para
definir ações e intervenções em trechos ferroviários com interferências em áreas urbanas e rodovias.
Os estudos foram elaborados por município, com levantamento de informações para cada um dos
cruzamentos, até a identificação dos locais críticos que necessitavam de intervenções - dentro de
critérios definidos no trabalho. A partir daí, foi sugerida uma intervenção adequada e possível para
resolver o problema detectado.
Foram propostas alterações de critérios e metodologias para determinar, dentre a relação dos
empreendimentos com indicações de intervenção, qual a ordem de prioridade. A metodologia de
atualização do Programa é explanada ao longo do desenvolvimento do presente relatório.
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2. ATUALIZAÇÃO DO PROSEFER
Objetivando atualizar os dados projetados pelo PROSEFER 2009, com a conjuntura atual
das cargas ferroviárias que transitam entre pátios e com a projeção dos veículos que trafegam nas
Passagens em Nível (PN), foi necessário o levantamento de dados relativos ao crescimento da frota
de veículos e a evolução do volume de cargas que circulam em cada município.
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Dando prosseguimento à atualização, procedeu-se à definição dos conceitos de cada um dos
parâmetros concernentes as áreas de priorização e a metodologia para a obtenção dos seus valores,
foi escolhida a estrutura da tabela para o cálculo do índice de priorização do PROSEFER (IPP) e o
método de análise utilizado para a obtenção dos pesos das áreas de priorização (Método de Análise
Hierárquica AHP), apresentada a relação dos empreendimentos contemplados pelo Programa após
selecionados por meio do parâmetro Grau de Importância (GI), conforme norma NBR7613/2019,
exibida a metodologia para o cálculo do IPP e, afinal, a classificação dos empreendimentos em ordem
decrescente de priorização.
Por fim, foi concluída a metodologia de apuração do ganho operacional potencial, decorrente
de uma futura implantação dos empreendimentos nos municípios, para cada tipo de solução de
intervenção proposta pelo PROSEFER e a relação de classificação dos empreendimentos com
indicação de intervenção pelo PROSEFER, após as adequações realizadas na atualização do
Programa.
O indicador escolhido para classificar quais passagens em nível são críticas, ou seja,
necessitam de ações de intervenções por parte da DIF, foi retirado da Norma ABNT NBR 7613:2019
que trata de Travessias Rodoviárias através de via férrea, cujo parâmetro adotado foi o Grau de
Importância (GI).
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No PROSEFER 2009 foram apresentadas 122 indicações de empreendimentos a serem
implementados pela DIF. Na atualização do Programa, após serem excluídos os empreendimentos já
realizados pela DIF, os empreendimentos que, após atualização dos tráfegos ferroviários e
rodoviários, apresentaram GI<50.000 e aqueles sem tráfego de carga ou, ainda, cuja via foi
erradicada, restaram 83.
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Para a atualização do Programa foi elaborado plano de trabalho dividido em cinco etapas,
como segue:
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Etapa 1 – Levantamento de Informações.
Nessa etapa foi realizado o levantamento das informações constantes no estudo PROSEFER
2009, foram relacionados todos os Municípios com indicação de intervenção, apresentando a
discrição das soluções bem como as ações já efetuadas pela DIF como elaboração de Termo de
Referência, EVTEA, Projeto Básico, Projeto Executivo e Execução da Obra.
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2.2.1 Atualização dos dados relativos ao volume de veículos
Para o cálculo do volume de veículos que transitam nas passagens em nível, foi priorizado a
utilização dos dados apresentados nos Estudos e Projetos elaborados pela DIF, na inexistência desses,
foram retirados das contagens em campo realizadas no PROSEFER 2009.
A atualização dos volumes de veículos foi realizada através da obtenção de taxas de ajustes
para cada tipo de veículo e pedestres, considerando que o aumento do volume de tráfego nas PN`s é
proporcional ao aumento de frota e população municipal. O mês de referência da atualização foi
setembro/2018.
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2º Passo: Acesso à aba “Relatórios Estatísticos”:
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4º Passo: Seleção dos anos desejados (ano da contagem original e ano de referência para taxa
de ajuste):
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Taxa de Ajuste Pedestres
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3º Passo: Acesso à aba “Downloads” e seleção dos anos desejados (ano contagem original e
ano de referência para taxa de ajuste):
Obtidos os dados dos anos desejados, obtém-se o coeficiente de taxa de ajuste aplicando-se
a expressão:
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Calculadas as taxas de ajustes, multiplica-se pelos valores apurados nas contagens a serem
atualizadas:
A quantidade de trens que trafegam pelas PN`s foi apurada através da Declaração de rede da
ANTT, que é de livre consulta no site da Agência:
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2º Passo: Acesso à aba “DECLARAÇÃO DE REDE”:
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4º Passo: Download da Declaração de Rede em arquivo formato xls correspondente à
Concessionária responsável pelo trecho ferroviário onde a PN em estudo está inserida:
5º Passo: Localiza-se a linha e intervalo “Entre Pátios” onde a PN em estudo está inserida:
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2.2.3 Levantamento das características da travessia
a) Visibilidade
Foi considerado a distância de visibilidade mínima da passagem em nível.
Exemplo de visibilidade.
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c) Velocidade máxima autorizada (VMA) do trem
Assim como a quantidade de trens, a VMA do trem foi obtida através de consulta à
Declaração de Rede da ANTT:
f) Condições do pavimento
Foram observadas a situação atual da pavimentação das vias nas PN`s, classificando-se
a condição do pavimento conforme descrito a seguir:
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Regular: pavimento não apresenta nenhuma patologia, está em perfeito estado de
conservação:
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Inexistente: nenhum tipo de pavimento na via.
g) Iluminação
Foram observadas a iluminação nas PN’s, classificando-se cada condição de iluminação
conforme descrito a seguir:
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Insuficiente: iluminação satisfatória apenas para a visualização parcial da PN.
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Etapa 2 – Planejamento
Planejamento – Etapa 2.
Para levantar os custos dos empreendimentos o PROSEFER 2009 estimou o valor de cada
obra indicada pelo Programa, como possível intervenção necessária à solução de conflitos ferroviários
em área urbana, por meio da utilização de custos paramétricos para execução de determinadas obras-
tipo.
Como algumas das características geométricas das soluções apresentadas no Programa não
são usuais nos atuais projetos da DIF (PS e PI de pista simples e PP com quase 100 m de extensão),
para a realização da atividade de atualização dos custos referenciais foram relacionados os projetos e
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obras já desenvolvidos por essa Diretoria, afim de possibilitar a obtenção do custo médio para a
execuções de projetos e obras a serem aplicados na atualização dos valores apresentados pelo
PROSEFER 2009.
Como alguns dos projetos previam o desenvolvimento de mais de uma OAE, para a
obtenção do valor médio, o valor total foi transformado para a Unidade Custo por
Transposição (R$/Transposição) afim de representar a elaboração do Projeto Executivo
por unidade de OAE.
Para a obtenção do valor médio, o valor total foi transformado para a Unidade Custo por
Quilometro (R$/km). Cabe salientar que esse valor pode ser aplicado também a Variantes
Ferroviárias.
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c) Obras de transposições ferroviárias
Foram levantados 9 (nove) projetos de obras de transposição da DIF, cuja largura média
das obras é da ordem de 12 m (doze metros). As informações foram extraídas dos
projetos de contornos ferroviários, aprovados pela DIF e os custos de construção foram
especialmente relacionados às obras de transposição. Os valores dos referidos projetos
foram atualizados por meio do Índice de Obras de Arte Especiais apresentado na tabela
de reajustamento de obras do DNIT, a data-base adotada foi nov./2017.
Para a obtenção do valor médio, o valor total foi transformado para a Unidade Custo por
Extensão de Obra (R$/m) afim de representar a elaboração do Projeto Executivo por
unidade de OAE. Cabe salientar que o referido valor abrange apenas as obras civis para
a implantação do empreendimento.
Para a obtenção do valor médio, o valor total foi transformado para a Unidade Custo por
Extensão de Obra (R$/km) afim de representar o custo médio para a construção de um
contorno ferroviário ou variante na unidade de extensão
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utilizando-se a tabela de reajustamento de obras do DNIT, por meio do Índice de Obras de Arte
Especiais.
Para realizar a priorização dos empreendimentos indicados pelo PROSEFER, uma das
variáveis necessárias a ser levantada foi a estimativa do Custo do Empreendimento, ou seja, o valor
total pra a implantação de cada obra ou conjunto de obras, apresentadas como indicação de solução
dos conflitos estudados, bem como, alguns custos indiretos para essa execução. Na metodologia
utilizada pelo Programa os valores totais para implantação dos empreendimentos foram estimados,
tomando como base os seguintes custos: Projeto; Obra; Desapropriação; Supervisão de Obras e
Gestão Ambiental.
No levantamento dos custos dos empreendimentos foram utilizados dois métodos diferentes:
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Método 2: Utilizado com custos médio gerenciais, obtidos através de médias e
análises de empreendimentos já executados pelo DNIT, conforme apresentados na
tabela a seguir.
a. Valor da obra (Custo Gerencial). De acordo com o tipo de solução indicada,
adotou-se os valores apresentados na tabela dos custos médios dos
empreendimentos, exibida no item 2.3.3, do presente relatório.
b. Supervisão: 5% da obra;
c. Gestão ambiental: 5% da obra;
d. Desapropriação: Para alguns empreendimentos foi adotada a informação
indicada pelo PROSEFER 2009, seguida da devida atualização monetária.
Em outros casos, o valor foi estimado através de pesquisa do valor médio do
custo da área rural da região onde será implementado o empreendimento.
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2.3.5 Definição do parâmetro de seleção
𝐺𝐼 = 𝑓 𝑥 𝑇𝑥 𝑉
Onde:
A seguir, será apresentada a metodologia para obtenção dos valores necessários para o
cálculo do GI:
Nota-se que a equação do GI não faz distinção quanto ao tipo de veículo (automóvel,
caminhão, ônibus, moto etc.). A norma ABNT NBR 7613/2019, em seu “Anexo D –
Fatores de equivalência”, apresenta metodologia para a determinação de veículos
equivalentes.
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Veículos equivalentes
Por não haver indicação sobre qual dos índices a serem utilizados como fator de
equivalência, na referida Norma, o PROSEFER adotou a média dos valores
apresentados por órgãos e manuais da área, conforme tabela acima. Para
motocicletas, a norma não apresenta nenhuma indicação, o Programa adotou o
fator de 0,5.
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Volume de tráfego diário
Na obtenção do volume diário, utiliza-se o volume de hora de pico, uma vez que,
neste período, a via recebe maior valor de tráfego ao longo do dia, podendo
atingir sua capacidade plena.
O volume de hora de pico não é uniforme. Para esta hora são separados quatro
intervalos de 15 minutos consecutivos, sendo escolhido o período dentre a
amostra com maior valor para o cálculo referido (V15max).
O volume é composto por tráfego misto, dessa forma, os veículos devem ser
convertidos para a mesma unidade, denominada de veículo equivalente ou fator
de equivalência (conforme exibido no item anterior).
𝑉15𝑚𝑎𝑥 ⇒ 𝐶 ∗ 𝑓𝑐 + 𝑂 ∗ 𝑓𝑜 + 𝐴 ∗ 𝑓𝑎 + 𝑀 ∗ 𝑓𝑚
Onde:
C - Quantidade de caminhões
O - Quantidade de ônibus
A - Quantidade de automóveis
M - Quantidade de motos
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Na equivalência de veículo a norma não utiliza os valores da contagem de
pedestres. A seguir é dado o exemplo de tabela preenchida com suas respectivas
equações:
Município :
Local : Código:
Coordenadas :
Data: Dia da semana:
Hora Caminhões fc Ônibus fo Automóveis fa Motos fm V15
7:00 às 7:15 103 1,5625 36 2,125 995 1,00 132 0,5 1.298
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Por fim, o volume diário de tráfego na PN será calculado através da equação:
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Exemplo do cálculo percentual do Trânsito de Pedestres.
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O modelo de avaliação matricial multicritérios foi baseado no método de análise hierárquica
AHP, desmembrado em áreas de priorização, divididas em itens de avaliação com seus respectivos
critérios e pesos. O fluxo da avaliação multicritérios está representado a seguir.
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Áreas de priorização indicadas pelo PROSEFER.
Para tanto, foi necessário o levantamento dos dados relativos aos itens de avaliação de cada
área de priorização, os dados que já estavam disponíveis no Prosefer 2019, e necessários na nova
metodologia de priorização foram atualizados.
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Etapa 3 – Execução
Nessa etapa foi definida a relação dos empreendimentos contemplados pelo Programa após
selecionados por meio do parâmetro Grau de Importância (GI), definidos os conceitos de cada um
dos parâmetros concernentes as áreas de priorização e a metodologia para a obtenção dos seus valores,
determinada a estrutura da tabela para o cálculo do índice de priorização do PROSEFER (IPP) e o
método de análise utilizado para a obtenção dos pesos das áreas de priorização (Método de Análise
Hierárquica AHP), exibida a metodologia para o cálculo do IPP e, por fim, apresentada a classificação
dos empreendimentos em ordem decrescente de priorização.
Execução – Etapa 3
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2.4.1 Seleção dos empreendimentos
Como premissa inicial das atividades para atualização do PROSEFER, definiu-se que, a
relação anterior do IPP dos empreendimentos seria mantida e, assim que estabelecida a nova
metodologia de priorização, essa lista seria revisada de forma a apresentar a classificação de
priorização atualizada.
Para cada área foram definidos os conceitos e os itens de avaliação dos indicadores, de forma
a considerar a importância que as variáveis representam, com os respectivos critérios de avaliação.
Área de priorização.
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a) Grau de Importância Total (GIT)
Calculada conforme demonstrado anteriormente, é a linha de corte do PROSEFER
(somente PN’s com GI >50.000).
b) Transporte de passageiros
Visa verificar se a via férrea a ser estudada possui fluxo de composições de transporte
urbano.
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c) Transporte de produtos perigosos
Seguindo a mesma lógica dos trens de passageiros, dá-se maior prioridade à
empreendimentos que eliminarão PN’s onde circulam trens transportando produtos
perigosos (produtos químicos e nocivos à segurança).
d) Invasões
Trata-se de um potencial causador de acidentes. Áreas de invasões na faixa de domínio
geram grandes prejuízos à segurança da linha férrea, além de prejuízos operacionais.
Visando a eliminação deste problema comum nas ferrovias brasileiras, dá-se maior
prioridade a empreendimentos que afetam diretamente áreas invadidas.
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Área de priorização.
Metrópoles - conjunto de cidades conurbadas e que tem uma cidade principal, onde
há ligação entre esta cidade e as outras através do fluxo de pessoas e da influência
econômica sobre estas e sobre a região.
Capital regional - Correspondem às cidades de grande e médio porte que exercem
influência sobre um vasto número de municípios à sua volta. Apesar do nome,
podem não ser capitais de estado.
Centro sub-regional - Compreende cidades que exercem influência preponderante
sobre os demais centros próximos, por se distinguir em bens, serviços, movimentos
culturais, movimentos políticos etc. São cidades médias que oferecem bens e
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serviços às cidades menores à sua volta; são menores que as metrópoles nacionais
ou regionais.
Centro de zona - Municípios ou cidades que apresentam importância regional,
limitando-se as imediações/redondezas, exercendo funções elementares de gestão.
Centro local - centros urbanos que exercem influência apenas sobre a área de seu
município.
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2º Passo: Acesso à aba “REGIC – Regiões de Influência das Cidades”
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O tempo de obstrução pode ser obtido através de medições em campo ou calculado
através das seguintes variáveis:
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Frequência da passagem de composições ferroviárias no município – Número
obtido na etapa 1 através dos dados referentes à capacidade vinculada.
Tempo de uma composição percorrendo uma PN - É o tempo, em segundos, que
uma composição demora a passar pela PN. É dado pela equação:
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜(𝑚)
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜( )/3,6
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interrupções desse fluxo devido a operações de composições ferroviárias, ou segmentos
dessas, em manobras realizadas nessas instalações.
Área de priorização.
Capacidade Inst. Decrescente (Ano Anterior) Capacidade Instalada Crescente Capacidade Instalada Decrescente Capacidade Vinculada Crescente
13,36 12,77 12,77 0
2,92 32,72 32,72 2,64
2,92 19,13 19,13 2,64
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A taxa de ocupação da linha é obtida através da divisão entre a quantidade de trens por
dia e a capacidade máxima de trens que a linha suporta diariamente de acordo com a
equação a seguir:
b) Carga transportada
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2º Passo: Acesso ao campo “Anuário Estatístico”:
4º Passo: Análise da coluna “TU” no ano desejado. É importante ter ciência da localização
da PN dentro da malha ferroviária afim de saber quais produtos transitam no trecho em análise, pois
o arquivo indica apenas os pontos de origem e destino das mercadorias. Após a filtragem das
mercadorias que transitam na ferrovia, soma-se os valores indicados na coluna “TU” Tonelada Útil.
d) Curva ferroviária
Também obtida na Declaração de Rede da ANTT, esta variável informa o raio mínimo
horizontal, em metros, existente no trecho da linha principal em estudo:
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2º Passo: Na coluna “Raio Mín. de Curva”:
e) Rampa ferroviária
Também obtida na Declaração de Rede da ANTT, esta variável informa o valor da rampa
com maior declividade existente no trecho em estudo, em percentual, existente no trecho
da linha principal em estudo:
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2.4.2.4 Avaliação estratégica
É o indicador relacionado à implantação do empreendimento, em sua essência, com variáveis
econômicas advindas da solução indicada e a logística de transportes.
Área de priorização.
a) Custo de implantação
Os métodos adotados para o levantamento dos custos de implantação dos
empreendimentos já foram explanados na Etapa – 2, itens 2.3.1 a 2.3.4 do presente
relatório.
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Variante Ferroviária – Alteração de traçado ferroviário em atendimento a dois ou
mais municípios;
Rebaixamento – Rebaixamento da linha férrea sem alteração do traçado original.
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(I) Benefício com redução do custo operacional rodoviário
Em termos práticos, as reduções dos custos operacionais podem ser citadas como
benefício direto, devido à redução das distâncias e dos tempos de viagem, como
o aumento da capacidade do trecho, que reflete no custo de transporte daquela
parcela de tráfego específica.
Para o cálculo dos custos operacionais dos veículos (e), adotou-se os valores dos
custos de consumo de combustível, apresentados no PROSEFR 2009, conforme
tabela a seguir.
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(II) Benefício com redução dos gases poluentes por grupo de veículos
Em termos práticos, a redução dos custos também pode ser citada como benefício
direto, devido à redução das distâncias e dos tempos de viagem, que reflete na
localidade afetada para cada grupo de veículos.
Para o cálculo dos custos dos gases poluentes (e), adotou-se os valores dos custos de
emissão de gases, apresentados no PROSEFR 2009, conforme tabela abaixo.
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(III) Benefício com redução de tempo de viagem
Valor/hora(R$)
PIB per-capita
R$ 34.923,82
(a)
Valor hora
R$ 15,26
(b) = (a)/286/8
Dispêndio
R$ 0,114
(0,750%)
Fator econômico 0,92
Valor/hora
R$ 13,94
(g) = (b – [b * Dispêndio] * fator econômico)
64
65
(IV) Benefício da redução do custo operacional ferroviário
Para a velocidade futura (f), adotou-se a velocidade de 50 km/h, que é a média das
velocidades apresentadas na declaração de rede da ANTT, dos trechos ferroviários
com melhor traçado, ou seja, com as características geometrias que propiciem menor
deslocamento das composições.
66
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(V) Benefício com venda de sucata da via erradicada
Para o cálculo do peso dos trilhos inservíveis (d), considerou-se que 70% dos
trilhos não poderão ser aproveitados.
Para o cálculo do peso dos trilhos aproveitáveis (e), considerou-se que 30% dos
trilhos poderão ser aproveitados.
Para o preço dos trilhos inservíveis (f), foi adotado o valor de R$ 160,00 por kg,
por meio de pesquisa de mercado. De forma análoga, para o preço dos trilhos
aproveitáveis (g), foi adotado o valor de R$ 480,00 por kg e, para o preço de
venda de sucata (m), foi adotado o valor de R$ 740,00.
68
69
(VI) Benefício com venda de área remanescente
O benefício com venda de área remanescente corresponde a venda das áreas ocupada
pela ferrovia atual, que não terá mais utilidade, podendo ser alienada para terceiros,
tornado assim receita para a sociedade.
Para o cálculo da área urbana disponível para venda (d), o estudo considerou que 40%
da faixa de domino é destinado para equipamentos públicos, restando 60% da área
disponível para vendas. Esse percentual foi adotado com base na Lei de Parcelamento
do solo, com uma margem de segurança de 5%
Para o cálculo da área rural disponível para venda (e), o estudo considerou que 40%
da faixa de domino é destinado para equipamentos públicos e áreas de curso d’águas,
restando 60% da área disponível para vendas.
Para o cálculo do valor de área urbana não edificada (f), o valor teve como referência
o custo de R$ 202,71/m², apresentado para o empreendimento do município de
Camaçari-BA, EVTEA elaborado pela equipe técnica da DIF. Nas demais
localidades, o custo é proporcional ao valor do PIB per capita de 2016 em relação ao
PIB de Camaçari (R$ 75.103,90).
O valor de área rural não edificada (g), teve como referência o custo de R$ 40,54/m²
(Camaçari-BA) e para as demais localidades o custo é proporcional ao valor do PIB
per-capita, assim como no item anterior.
70
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.
71
(VII) Cálculo do benefício com valorização de imóveis adjacentes
Para o cálculo da área urbana útil considerada na valorização (d) e para a área rural
útil considerada na valorização (e), foram adotados os mesmos percentuais utilizados
para o cálculo do benefício com venda de área remanescente, item VI (d) e (e).
Para o cálculo da área urbana edificada (f), adotou-se que 50% da área útil urbana
está edificada. Para a área rural edificada (g), foi considerado que 5% da área útil rural
está edificada.
Os valores de área urbana edificada (j) e da área rural edificada (l), teve como
referência o custo de R$ 1.100,00/m², apresentado para o empreendimento de
Camaçari-BA, EVTEA elaborado pela equipe técnica da DIF, e, nas demais
localidades o custo é proporcional ao valor do PIB per-capita de 2016 em relação ao
PIB de Camaçari (R$ 75.103,90).
Para o cálculo dos valores da área urbana sem edificação (k) e da área rural sem
edificação (m), utilizou-se a mesma premissa explanada pra o cálculo do benefício
com área renascente, itens VI (f) e (g), respectivamente.
72
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.
73
(VIII) Cálculo do custo socioeconômico do empreendimento
74
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d) Ganho operacional potencial
Essa variável indica as vantagens operacionais na via, os potenciais ganhos operacionais
calculados atrás da melhoria da condição da via, do aumento de velocidade e da carga
transportada. Através dessa informação pode-se levantar os empreendimentos mais
beneficiados com a implantação da solução proposta.
O método para a obtenção desse ganho considerou as velocidades praticadas pelos trens
nos perímetros urbanos (informadas pelas concessionárias e publicadas pela ANTT),
aqui denominada de velocidade média comercial atual, considerou ainda o acréscimo de
velocidade que poderá ocorrer quando da total eliminação do conflito rodoferroviário,
indicado pelo PROSEFER, ou seja a completa implantação do empreendimento no
município atravessado pelo trecho em estudo.
É importante ressaltar que nos municípios onde o projeto indica que não serão eliminadas
todas as PN’s não há ganho operacional, pois a velocidade média comercial permanecerá
inalterada.
75
Com essas informações, a seguir serão apresentadas as metodologias de apuração do
Ganho Operacional Potencial para cada tipo de solução de intervenção proposta pelo
PROSEFER.
Contorno
+ + +
𝐺 = 𝐶𝑔 ∗ (𝐷1𝑏 + 𝐷2 + 𝐷3 + 𝐷4𝑎) ∗ − 1 + (𝐷1𝑏 + 𝐷2 + 𝐷3 + 𝐷4𝑎 − 𝐷𝑐)
Onde:
Cg - Carga em Tonelada Útil (tu) - Carga anual que transita pelo trecho
ferroviário constante do SAFF-ANTT
76
Dc – Distância do contorno
Variante
77
Metodologia para Ganho Operacional Potencial - Alternativa Variante.
+ + +
𝐺 = 𝐶𝑔 ∗ (𝐷1𝑏 + 𝐷2 + 𝐷3 + 𝐷4𝑎) ∗ − 1 + (𝐷1𝑏 + 𝐷2 + 𝐷3 + 𝐷4𝑎 − 𝐷𝑣)
Onde:
Dv – Distância da variante
Solução Integrada
Nos casos em que a distância entre pátios for superior a 12 km o estudo considera
a apropriação do ganho operacional em 12 km, por se entender que a influência
operacional acima dessa margem não se altera.
Metodologia para Ganho Operacional Potencial – Solução integrada - “Situação que apropria ganho Operacional”.
79
𝐺 = 𝐶𝑔 ∗ (𝐷1) ∗ −1
Onde:
A figura a seguir ilustra a situação de uma solução integrada em que não são
eliminadas todas as PN’s entre pátios, o estudo considera que não apropria o ganho
operacional potencial devido as condições operacionais permanecerem inalteradas,
ocasionadas pela permanência das PN’s remanescentes.
Metodologia para Ganho Operacional Potencial – Solução Integrada “Situação que não apropria ganho Operacional”
80
Transposição Simples
Nos casos em que a distância entre pátios for superior a 12 km o estudo considera
a apropriação do ganho operacional em 12 km, por se entender que a influência
operacional acima dessa margem não se altera.
Metodologia para Ganho Operacional Potencial – Transposição - “Situação que apropria ganho Operacional”.
𝑫𝟏
𝑽𝟏
𝐺 = 𝑪𝒈 ∗ (𝑫𝟏) ∗ 𝑫𝟏
−𝟏
𝑽𝒑
Onde:
81
D1 – Distância entre os pátios
Metodologia para Ganho Operacional Potencial – Transposição “Situação que não apropria ganho Operacional”
Rebaixamento
82
Nos casos em que a distância entre pátios for superior a 12 km o estudo considera
a apropriação do ganho operacional em 12 km, por se entender que a influência
operacional acima margem não se altera.
𝐺 = 𝐶𝑔 ∗ (𝐷1) ∗ −1
Onde:
83
V1 – Velocidade comercial entre pátios indicada na declaração de rede publicada
anualmente pela ANTT.
f) Distância do porto
Variável que relaciona o nível de proximidade do local de implantação de um
empreendimento com uma área de escoamento portuário. O Programa considera 100 km
como a distância máxima de influência na acessibilidade aos portos.
Distância do Porto.
A estrutura para o cálculo do IPP, definida pelo PROSEFER 2009, foi mantida. Para cada
área foram definidos itens e atribuídos pesos, a essas foram estabelecidos critérios, que também se
atribui pesos. Ao produto dos pesos das áreas, itens e critérios obtém-se um resultado, cujo valor é
84
denominado de Índice de Priorização Prosefer (IPP). O IPP assumirá valores entre 0,000 e 1,000,
respectivamente mínimo e máximo.
De acordo com os conceitos de cada item referente as áreas de priorização, o quadro a seguir,
demonstra em que circunstância o valor desses itens resultarão em um Maior Valor Equivalente, ou
seja, será 1 ou próximo de 1. De forma análoga, a situação inversa dos valores dos itens obterá valor
equivalente a 0 (zero) ou próximo desse.
85
Relação entre os valores do item e o valor equivalente
Para a aplicação da tabela do IPP, foi necessária a obtenção das informações relativas aos
pesos de cada um dos itens de cada área de priorização ( e ), assim como das próprias áreas
de priorização (Pn).
Dessa forma, foi utilizado o método de análise hierárquica (Analytic Hierarchy Process –
AHP), desenvolvido por Thomas Saaty.
86
2.4.4 Metodologia AHP
A grande vantagem oferecida pela metodologia AHP, em relação à simples adoção de pesos
em um sistema de suporte à decisão, é a possibilidade de dividir a tomada de decisão em blocos e em
níveis hierárquicos de acordo com diferentes benefícios. Em uma analogia simples, a especificação
da arquitetura AHP permite, por exemplo, que as variáveis de uma área de priorização específica não
interfiram na avaliação de outras áreas, e que o resultado final indique o correspondente valor do peso
que cada parâmetro de avaliação deverá representar.
Incremento Valores intermediários na graduação mais Usados para graduações mais finas das
0.1 fina de 0.1. opiniões.
87
A avaliação reflete as respostas de duas perguntas: qual dos dois elementos é mais
importante com respeito a um critério de nível superior, e com que intensidade, usando a escala de 1
a 9.
Matriz de julgamentos.
Nota-se que o elemento mais importante da comparação é sempre usado como um valor
inteiro da escala, e o menos importante, como o inverso dessa unidade. Se o elemento-linha é menos
importante do que o elemento-coluna da matriz, entra-se com o valor recíproco na posição
correspondente da matriz.
No caso da Matriz A, observa-se pela parte superior direita que todos os elementos-linha
eram mais dominantes do que os elementos-coluna, pois todas as posições estão com números
maiores que 1. Lê-se: A é 5 vezes mais dominante do que B e 6 vezes mais dominante do que C.
O método de análise hierárquica permite ainda verificar a consistência dos julgamentos dos
pesos adotados na comparação dos critérios, obtendo-se maior transparência no processo AHP.
A consistência da matriz deve ser garantida, a partir de uma quantidade básica de dados,
todos os outros podem ser logicamente deduzidos. Se A é 5 vezes mais dominante do que B, e A é 6
vezes mais dominante que C, então A=5B e A=6C. Logo, B/C=6/5= posição (B, C). Portanto, se o
julgamento da posição (B, C) for diferente de 6/5, então a matriz é inconsistente, como ocorre na
Matriz A.
Como regra geral, se o índice de consistência for menor do que 0,10 (10%), então há
consistência para prosseguir com os cálculos do AHP. Se for maior do que 0,10 (10%) recomenda-se
que julgamentos sejam refeitos (por exemplo, reescrevendo questões do questionário ou alterando as
categorias dos elementos) até que a consistência aumente.
88
2.4.4.1 Matrizes AHP
Visando atingir um resultado que represente a opinião dos entes que atuam no setor
ferroviário, a DIF solicitou a colaboração das Concessionárias MRS, FTC, VLi e RUMO, assim
como, da ANTT e Ministério da Infraestrutura.
Ao total foram elaboradas 5 (cinco) matrizes para julgamento, a seguir são apresentadas as
informações incluídas na planilha Excel utilizada para os julgamentos.
89
Modelo de Planilha de Julgamentos das Áreas de Priorização.
De posse das matrizes elaboradas, foi realizada a atividade para consolidação dessas com a
finalidade da obtenção de uma matriz resultante que indique os devidos Pesos para as áreas de
priorização e seus respectivos Itens de Avaliação.
90
Cada um dos entes envolvidos (DIF, ANTT e Concessionárias), apresentou 5 (cinco)
matrizes resultantes:
Tabela IPP.
91
De posse das matrizes elaboradas, foi realizada a atividade para consolidação dessas com a
finalidade da obtenção de uma matriz resultante para cada um dos entes envolvidos.
92
Uma vez consolidadas as matrizes, executou-se a consolidação final, resultando na matriz
que permitiu a obtenção dos pesos adotados na tabela de cálculo do Índice de Priorização do
PROSEFER.
93
Matriz da Mobilidade Urbana.
95
2.4.5 Índice de Priorização dos Empreendimentos
Dessa forma, a planilha utilizada para a determinação do IPP ficou conforme a estrutura
abaixo
96
Acontece que os elementos da amostra não se encontram distribuídos de maneira uniforme
entre esses limites, visto que poucas ocorrências são observadas nas extremidades da escala linear,
ficando a maioria localizada próxima à mediana e entre os limites inferior e superior.
Assim, para definir esses limites de corte, considerou-se a ideia do princípio de Pareto para
definição de Curvas ABC, em que os elementos com maiores valores estarão alocados em A e os de
menores em C.
Curva ABC.
O princípio indica que em 20% do total das unidades da amostra, se encontram 80% do valor
total acumulado das amostras. Como, o que se pretende nesse estudo, é a obtenção de uma faixa com
uma distribuição linear, porém bem representativa, a adoção direta desses percentuais, implicaria em
uma redução drástica da amostra, o que prejudicará o resultado da interpolação pretendida.
97
Distribuição após a aplicação do método.
Em resumo, os valores representativos e com variação uniforme estarão situados entre 30%
e 95% do total da amostra. Ressalta-se que, para alguns casos, um dos limites poderá ser definido
com base em critérios fundamentados por normas ou características físicas, econômicas ou
operacionais, assim como, poderão haver redefinições de limites de corte ao longo da execução da
atividade, de forma a manter a distribuição mais uniforme possível.
De forma a se obter a nota final de cada item de avaliação, foi necessário estabelecer uma
metodologia para uniformizar as diversas variáveis para uma mesma base. Como os resultados
máximo e mínimo do IPP serão, respectivamente, 1 (um) e 0 (zero), foi definido que os valores dos
itens de avaliação, de cada empreendimento, deveriam assumir um valor equivalente de 1 a 0, porém,
obedecendo o padrão de interpolação conforme os limites considerados.
98
A seguir serão apresentados os limites de cortes considerados e as regras de normalização
de valores empregadas para cada item de avaliação.
a) Potencialidade de acidente
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
99
Para obtenção de valores equivalentes para números variando entre os limites,
usar a seguinte expressão de interpolação:
( . )
Valor Equivalente = . .
Para valores abaixo de 50.000 o equivalente será 0, assim como, para os acima
de 3.100.000 o equivalente será 1.
Transporte de passageiros
Invasões
100
b) Mobilidade urbana
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
(𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 − 1)
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 =
20
101
Hierarquia do centro urbano
Tempo de obstrução
102
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( , )
Valor Equivalente =
Para valores abaixo de 0,50 horas/dia o equivalente será 0, assim como, para os
acima de 3,50 horas/dia o equivalente será 1.
103
c) Operação ferroviária
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( %)
Valor Equivalente = %
Para valores abaixo de 24% o equivalente será 0, assim como, para os acima de
73% o equivalente será 1.
104
Carga transportada
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( . . )
Valor Equivalente = . .
105
Velocidade média comercial – VMC
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( )
Valor Equivalente =
Para valores abaixo de 12 km/h o equivalente será 1, assim como, para os acima
de 31 km/h o equivalente será 0.
106
Curva ferroviária
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( )
Valor Equivalente =
Para valores abaixo de 350 m o equivalente será 1, assim como, para os acima de
780 m o equivalente será 0.
107
Rampa ferroviária
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( , )
Valor Equivalente = ,
Para valores abaixo de 0,50% o equivalente será 0, assim como, para os acima de
1,80% o equivalente será 1.
108
d) Avaliação estratégica
Custo de implantação
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( . . )
Valor Equivalente = . .
109
Para valores abaixo de R$ 6.800.000 o equivalente será 1, assim como, para os
acima de R$ 714.150.000 o equivalente será 0.
110
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( , )
Valor Equivalente = ,
Para valores abaixo de 0,50 o equivalente será 0, assim como, para os acima de
12,50 o equivalente será 1.
111
Distribuição dos valores do ganho operacional.
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
( . . )
Valor Equivalente = . .
Para valores abaixo de 63.800.000 TKU o equivalente será 0, assim como, para
os acima de 497.450.000 TKU o equivalente será 1.
112
Fase de implantação do empreendimento
Distância do porto
A relação dos valores equivalentes com os valores absolutos para esse item está
apresentada a seguir:
Para valores abaixo de 2km o equivalente será 1, assim como, para os acima de
93km o equivalente será 0.
113
2.4.6 Cálculo dos IPP dos Empreendimentos
Após o cálculo do valor equivalente, calcula-se a nota do item, que consiste na multiplicação
entre o peso Grupo (a), o peso do item (b) e o valor equivalente (c), conforme formula a seguir:
A nota do IPP é obtida através do somatório dos itens que a compõem. Como exemplificado
na tabela a seguir.
114
2.4.7 Classificação dos Empreendimentos
115
3. CONSIDERAÇÕES
Dessa forma, as metodologias aqui apresentadas poderão ser alteradas e/ou substituídas a
medida que o Programa for aprimorado.
116