Debate 2 - Uberização
Debate 2 - Uberização
Debate 2 - Uberização
Bruna Ignácio
O que é?
A economia do compartilhamento >> define uma relação de trabalho
contemporânea em que se “vende” um serviço para alguém de forma
independente, sem intermediação de empresas, em geral via internet.
Guilherme Balza. “Brasil já tem mais de 5 milhões trabalhando para aplicativos”. https://cbn.globoradio.globo.com, 05.06.2019. Adaptado.
texto iII
As empresas responsáveis pelos aplicativos afirmam que apenas fazem a “ponte” entre as
partes, as quais trabalham de forma autônoma e com liberdade de acordo com sua
disposição e necessidades — um argumento frequente em tempos de “uberização” do
trabalho. Mas, para especialistas, não é bem assim. “Este modelo de trabalho se apoia no
discurso do empreendedorismo, na ideia de você não ter patrão e poder fazer o seu
próprio horário”, afirma Selma Venco, socióloga do Trabalho e professora da Unicamp.
Segundo ela, este “discurso neoliberal camufla a real situação, que é a de precarização
não apenas nas relações de trabalho, mas também nas condições de vida. Há uma
superexploração do trabalhador, pois ele terá que trabalhar uma jornada de 14 ou 15 horas
para ter um ganho mínimo, ou seja, irá além dos limites físicos para poder sobreviver. E sem
nenhuma proteção, nenhum direito associado a isso.”
Gil Alessi. “Jornada maior que 24 horas e um salário menor que o mínimo, a vida dos ciclistas de aplicativo em SP”. https://brasil.elpais.com, 13.08.2019. Adaptado.