Proposta 10 - Uberização do trabalho
Proposta 10 - Uberização do trabalho
Proposta 10 - Uberização do trabalho
Apesar de o termo ter sido “emprestado” de uma das plataformas mais famosas, a
uberização do trabalho não se restringe apenas aos motoristas de aplicativos e nem
surgiu com o Uber.
No Brasil, para ser mais específico, o termo surgiu junto à chegada da empresa Uber,
em 2014, mas o tema só começou a ganhar força entre 2017 e 2018, enquanto o país
atravessava uma crise econômica e os empregos informais só aumentavam.
Consequentemente, a mídia passou a dar mais notoriedade às questões relacionadas
à precarização do trabalho na era digital.
Isso faz com que cada vez mais pessoas busquem serviços com alta demanda, como
é o caso dos aplicativos de entregas e transportes, e se submetam às condições
propostas pela empresa parceira. Dessa forma, a precificação do trabalho desse
profissional fica a cargo da plataforma e é extremamente volátil, outra característica
da uberização do trabalho.
1. Remuneração;
2. Condições de trabalho;
3. Contratos;
4. Gestão;
5. Representação.
Parte disso é causado pela falta de uma regulamentação para o setor. Há, no entanto,
a intenção do governo em regulamentar o trabalho por aplicativo. A proposta prevê
a contribuição para o INSS, mas deixa claro não haver vínculo empregatício entre
os prestadores de serviços e as plataformas digitais.
Porém, somente a regulamentação dessa categoria não resolve todas as questões
relacionadas às consequências da uberização do trabalho, como a remuneração
desproporcional e a falta de uma representação eficaz para a classe, por exemplo.
Benefícios:
- Alternativa para o desemprego;
- Liberdade para escolher horários e tarefas;
- Flexibilidade;
- O trabalhador é o seu próprio chefe;
- Foco em resultados;
- Possibilidade de aumentar a renda;
- Mais tempo para a vida pessoal.
Desvantagens:
- Falta de estabilidade;
- Sem salário fixo;
- Depende do esforço ativo do trabalhador;
- Perda de garantias trabalhistas da CLT;
- Falta de legislação;
- Possível precarização do trabalho;
- Falta de remuneração por hora extra.
Segundo: delimitam o que será feito, seja uma entrega, um deslocamento, uma
tradução, uma limpeza, etc. Os/as trabalhadores/as não podem prestar serviços não
contemplados pelas plataformas e aplicativos.
Quarto: delimitam como as atividades serão efetuadas. Isso ocorre nos mínimos
detalhes, seja o trajeto, condições dos veículos, controlando até mesmo o
comportamento do/as trabalhadores/as frente aos clientes.
Nono: pressionam os/as trabalhadores/as a ficar mais tempo à disposição, por meio
do uso de incentivos. Como relatado por todos os entrevistados, são comuns as
promoções, que atuam como metas com horários a serem cumpridos pelos
entregadores/as, para incitar que trabalhem por mais tempo.