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CLOROFÓRMIO

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

ALÍCIA OLIVEIRA DE MELO 11171503615


AMANDA MARIA 11191502641
BIANCA RAPINI DE JESUS 11171101930
ISABELLE REPULLIO ALEXANDRE 11171102515
LAVÍNIA PALÁCIO PEREIRA 11171503268
VICTÓRIA SAYURI OLEJNIK 11171100999

PROJETO DE PROCESSO DO CLOROFÓRMIO

MOGI DAS CRUZES - SP


2021
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ALÍCIA OLIVEIRA DE MELO 11171503615
AMANDA MARIA 11191502641
BIANCA RAPINI DE JESUS 11171101930
ISABELLE REPULLIO ALEXANDRE 11171102515
LAVÍNIA PALÁCIO PEREIRA 11171503268
VICTÓRIA SAYURI OLEJNIK 11171100999

PROJETO DE PROCESSO DO CLOROFÓRMIO

Trabalho semestral apresentado como requisito


para avaliação da disciplina de Projetos de
Processos Químicos, curso de Engenharia
Química da Universidade de Mogi das Cruzes.

Prof. Orientador: Hernandes de Souza Brandão

MOGI DAS CRUZES - SP


2021
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5

1.1. DEFINIÇÃO DO COMPOSTO QUÍMICO ..................................................... 5

1.2. HISTÓRICO ..................................................................................................... 5

1.3. OCORRÊNCIA NA NATUREZA ................................................................... 6

1.4. OBTENÇÃO EM ESCALA DE LABORATÓRIO E EM ESCALA


INDUSTRIAL ........................................................................................................................ 7

1.4.1. Escala de Laboratório................................................................................. 7

1.4.2. Escala Industrial ......................................................................................... 7

1.5. PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS ................................................... 10

1.6. APLICAÇÕES ................................................................................................ 10

1.7. TOXICIDADE ................................................................................................ 11

1.8. IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................................................... 11

1.9. INDÚSTRIAS PRODUTORAS NO BRASIL E NO MUNDO ..................... 12

1.9.1. Fornecedores de Clorofórmio no Brasil ................................................... 12

1.9.2. Fornecedores de Clorofórmio no Mundo ................................................. 13

1.10. PREÇO MÉDIO DE MERCADO DO CLOROFÓRMIO .......................... 13

2. PROJETO DE PROCESSOS QUÍMICOS ........................................................ 14

2.1. PROJETO CONCEITUAL: ENGENHARIA DE DESENVOLVIMENTO DE


UM PROCESSO .................................................................................................................. 14

2.1.1. Pesquisa de Bancada ................................................................................ 14

2.1.2. Diagrama de Blocos do Processo Químico .............................................. 16

2.1.3. Balanço Material do Processo Químico ................................................... 17

2.1.4. Quantidades e Preços de matérias-primas ................................................ 21

2.1.5. Análises Químicas de matérias-primas, de Controle e de Produto


Acabado............................................................................................................................21

2.1.6. Tratamento de Resíduos Industriais ......................................................... 24


4

2.2. PROJETO BÁSICO: ENGENHARIA BÁSICA ............................................ 28

2.2.1. Seleção de Tipos de Equipamentos de Processos .................................... 28

2.2.2. Fluxograma de Processo (Process Flow Sheet) ....................................... 29

2.2.3. Descrição de Operação do Processo ........................................................ 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 31


5

1. INTRODUÇÃO

1.1. DEFINIÇÃO DO COMPOSTO QUÍMICO

O clorofórmio, ou triclorometano, é um hidrocarboneto halogenado de fórmula CHCl3.


É um líquido incombustível, incolor, solúvel em álcool e em éter, mais denso que a água e de
cheiro característico.
Devido à sua alta volatilidade, é um anestésico eficiente, pois absorve calor da pele, a
qual tem temperatura diminuída, fazendo com que os nervos sensitivos mandem as
informações ao cérebro e a sensação de dor é diminuída, no entanto, pode provocar danos no
fígado, razão pela qual foi substituído por outros hidrocarbonetos halogenados.
Muito utilizado como dissolvente orgânico, não miscível com a água. Além disso,
é utilizado como matéria prima para a produção de outros compostos.
Pode ser obtido a partir do etanol fazendo-o reagir com cal clorada ou com uma solução
de um hipoclorito alcalino e destilado. Pode também usar-se acetona ordinária em vez de
etanol.
É ainda possível obter clorofórmio por cloração de metano seguido da separação da
mistura dos produtos.
O clorofórmio decompõe-se lentamente por ação da luz e do oxigénio, transformando-se em
fosgénio, composto muito tóxico, pelo que deve ser conservado em frascos escuros, bem cheios.

1.2. HISTÓRICO

A inalação de vapores de substâncias químicas como incenso, óleos, resinas especiais e


perfumes com o fim de alterar a consciência ou como parte de cerimônias religiosas remonta
aos tempos antigos do Egito, Babilônia (o atual Iraque), Índia e China.
De acordo com alguns pesquisadores, a inalação de vapores de gases para alterar o
estado de consciência da pessoa era praticado pelas sacerdotisas do Oráculo de Delfos na Grécia
antiga. Sendo um destes o clorofórmio, que foi sintetizado de forma independente por vários
pesquisadores por volta de 1831.
Um farmacêutico alemão, Moldenhawer, parece ter produzido clorofórmio em 1830 ao
misturar cal clorada com etanol. No entanto, ele pensou erroneamente tratar-se de 1,2-
dicloroetano. Samuel Guthrie e Eugene Souberian, físicos norte-americanos, também parece ter
6

produzido clorofórmio com os mesmos reagentes em 1831, e a partir disso teve seu uso
principal como anestésico em cirurgias por meio de sua inalação. O primeiro a usá-lo com essa
finalidade foi o médico da Corte Inglesa, Sir James Young Simpson (1811-1870), em 1847. Ele
causou em si próprio um estado de narcose através desse composto químico.
Depois desse resultado narcótico, Simpson passou a usar o clorofórmio como anestésico
para diminuir as dores do parto e em cirurgias gerais. Isso representou um avanço para a
medicina, pois permitia que o cirurgião realizasse seu trabalho com mais tempo e reduzia o
choque do paciente.
No entanto, com o tempo, observou-se que o uso do clorofórmio como anestésico trazia
vários efeitos adversos, como o fato dele oxidar facilmente na presença de luz, produzindo o
cloreto de carbonila (fosgênio), que é um gás tóxico, o que já causou diversos acidentes fatais.
O clorofórmio pode causar necrose hepática e renal no paciente e também síncope do
clorofórmio, que é uma parada cardíaca súbita, logo no início da administração desse
anestésico.
Devido a esses fatores de alto risco para o paciente e com a descoberta de novos anestésicos
mais seguros, o uso do clorofórmio como anestésico foi abandonado. Hoje seu uso se restringe
a solvente orgânico.

1.3. OCORRÊNCIA NA NATUREZA

O clorofórmio pode ser liberado para o ar por processos diretos (uso, produção e
armazenamento) e ser formado como subproduto na cloração da água. Fábricas de papel e
celulose, estações de tratamento de esgotos, incineração de resíduos e indústrias químicas são
também fontes antropogênicas do composto. A meia-vida no ar está entre 55 e 620 dias. Estima-
se que a liberação total de clorofórmio para o ar é de 660.000 toneladas/ano e que 90% das
emissões são de origem natural.
O clorofórmio é o trihalometano (THM) mais comum e o principal subproduto do
processo de cloração da água potável. Os THM são formados na água potável como resultado
da interação do cloro com matéria orgânica, particularmente ácidos húmicos e fúlvicos
derivados de solos e da decomposição de plantas, presentes naturalmente em águas brutas. A
taxa e grau de formação dos THM aumentam em função da concentração de cloro e ácido
húmico, temperatura, pH e concentração de íons brometo.
7

1.4. OBTENÇÃO EM ESCALA DE LABORATÓRIO E EM ESCALA


INDUSTRIAL

1.4.1. Escala de Laboratório

A produção de clorofórmio em laboratório segue a reação descrita na imagem abaixo.

Figura 1 – Reação da obtenção de clorofórmio em laboratório

Fonte: livro química orgânica industrial (arrumar depois)

1.4.2. Escala Industrial

Industrialmente, o clorofórmio é produzido pela cloração do metano e esta reação ocorre


sob aquecimento a 400-500°C via mecanismo radicalar (WINDHOLZ et al., 1983). A formação
de cloro radicalar leva à cloração sucessiva do cloroalcano presente, dando origem a uma
mistura de cloroalcanos: diclorometano (M. M. 84,94g/mol; bp1atm 39,75°C), clorofórmio e
tetracloreto de carbono (M. M. 153,84g/mol; bp1atm 76,7°C) como descrito na figura abaixo.
8

Figura 2 - Reações de formação da mistura de cloroalcanos a partir do cloro gasoso e metano


sob aquecimento.

Fonte: NETO et. al, 2012.

A síntese industrial do diclorometano também produz triclorometano e pequenas


quantidades de tetraclorometano. Consequentemente, diclorometano e triclorometano são
preparados comercialmente nas mesmas instalações. A fim de alcançar um rendimento ideal
destes produtos e para garantir temperatura confiável de controle, é necessário trabalhar com
um grande excesso de metano e/ou monoclorometano. Por causa do excesso de componentes
contendo carbono, a operação normalmente é realizada em um modo de ciclo.
Um dos mais antigos métodos de produção é o Hoechst, uma reciclagem de cloração
que foi introduzida em 1923 e que, além de modificações que refletem a tecnologia de ponta,
continua essencialmente inalterado, mantendo sua importância original.
9

Figura 3 – Cloração de metano pelo método Hoechst (obtenção do diclorometano e


triclorometano)

Fonte: ROSSBERG, 2012.


a) Reator de loop; b) Resfriador de gás de processo; c) absorção de HCl; d) sistema de neutralização; e)
compressor; f) Primeira etapa de condensação (água); g) sistema de secagem de gás; h) segunda etapa de
condensação e recipiente de armazenamento do produto bruto (salmoura); i) colunas de destilação para CH 3Cl,
CH2Cl2 e CHCl3.

O gás que circula consiste em uma mistura de metano e monoclorometano. A essa


mistura é adicionado metano fresco e conforme apropriado, monoclorometano obtido da
hidrocloração do metanol. O cloro é então introduzido e a mistura passa para o reator. Depois,
tem-se um reator de circuito fechado, revestido com níquel ou liga de aço, em que a circulação
interna de gás é constantemente mantida por meio de um tubo de entrada coaxial e um sistema
de válvula.
A reação é conduzida adiabaticamente, sendo a temperatura necessária de 350 – 450°C
que é alcançada e mantida pela escolha adequada da razão de cloro por material de partida (CH4
+ CH3Cl) e/ou pré-aquecimento da mistura.
A mistura gasosa totalmente reagida é resfriada em um trocador de calor e passada
através de uma cascata de absorção na qual ácido clorídrico diluído e água lavam o cloreto de
hidrogênio resultante na forma de ácido clorídrico 31%.
Os últimos vestígios de ácido e cloro são removidos por lavagem com hidróxido de
sódio. Após isso, os gases são comprimidos, secos e resfriados e os produtos da reação são em
grande parte, condensados. Qualquer gás não condensado – metano e, em certa quantidade,
monoclorometano – é devolvido ao reator. O condensado liquefeito é separado por destilação
sob pressão em seus componentes puros: monoclorometano, diclorometano, triclorometano
10

(sendo os dois últimos os produtos principais) e pequenas quantidades de tetraclorometano. A


composição do produto é aproximadamente 70% em peso de diclorometano, 27% em peso de
triclorometano e 3% em peso de tetraclorometano.

1.5. PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS

Peso molecular Ponto de ebulição (∘C) Ponto de fusão (∘C)


119,39 61,2 -63,5
Temperatura crítica (∘C) Pressão crítica (atm) Densidade relativa do vapor
263,2 54 4,1
Densidade relativa do líquido Pressão de vapor Calor latente de
(ou sólido) 200 mm Hg A 25,9 °C vaporização (cal/g)
1,49 A 20 °C (líquido) 59,3
Calor de combustão (cal/g) Viscosidade (cP)
Não pertinente 0,55
Solubilidade na água pH
0,8 g/100 mL DE ÁGUA A 25 Não pertinente
°C
Reatividade química com água
Não reage.
Reatividade química com materiais comuns
Não reage.
Polimerização
Não ocorre.
Reatividade química com outros materiais
Incompatível com bases fortes, metais quimicamente ativos, tais como alumínio, pó de
magnésio, sódio e potássio.
Degradabilidade
Produto volátil. Dado de degradação não disponível.
Potencial de concentração na cadeia alimentar
Nenhum.
Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)
Nenhuma.
Neutralização e disposição final
O produto deve ser queimado na presença de igual volume de carbonato de sódio e hidróxido
de cálcio, em um incinerador químico, equipado com pós-queimador e lavador de gases.
Recomenda-se o acompanhamento por um especialista do órgão ambiental.

1.6. APLICAÇÕES

A reação mais importante do clorofórmio em termos de escala é a mistura com fluoreto


de hidrogênio, produzindo então o CFC-22, um precursor na produção de Teflon. E por causa
da sua ação anestésica que ocorre devido ao fato deste ser muito volátil, ele absorve calor da
11

pele, a qual tem temperatura diminuída, então os nervos sensitivos que mandam as informações
ao cérebro ficam inativos e a sensação de dor é diminuída.
Atualmente, sua principal aplicação é como solvente, analítico e industrial na extração
e purificação de alcaloides, antibióticos, vitaminas, óleos, borracha, resinas, gorduras, agentes
de polimento, graxas, entre outros.
Também é usado como matéria-prima para a produção de outros compostos, para
lavagens a seco para remoção de manchas, como condutor de calor em extintores de incêndio,
para a produção de corantes e pesticidas, agente propelente (substância capaz de efetuar a
propulsão de um corpo sólido).
Sendo um dos principais constituinte de alguns cosméticos e medicamentos e agente
fumigante (produto químico gasoso usado como desinfetante ou exterminante de pragas) na
armazenagem de cereais.

1.7. TOXICIDADE

A exposição ao clorofórmio pode dar-se por via ingestão, inalação e/ou contato dérmico.
A principal fonte de exposição é a água, que pode ter a formação do clorofórmio como
subproduto função da cloração mesmo em piscinas e até mesmo nos alimentos.
Ao ser inalado, o clorofórmio induz a depressão do sistema nervoso central, náuseas,
vômito, prostração, icterícia e coma devido à disfunção hepática. Esse composto já foi
empregado na medicina como anestésico, mas seu uso foi interrompido devido a mortes por
arritmia cardíaca e insuficiência respiratória.
Outras situações de exposição possíveis podem ser o banho, atividades de limpeza e
preparo de alimentos quando a água de torneira clorada contém concentrações elevadas de
clorofórmio.
Estudos com roedores foram realizados pela Agência a Internacional de Pesquisa em
Câncer (IARC), e o clorofórmio foi classificado como o possível cancerígeno humano (Grupo
2B), com base na presença de tumores malignos e benignos que se desenvolveram nos roedores
expostos por via oral e inalatória durante o estudo.

1.8. IMPACTOS AMBIENTAIS

O clorofórmio pode ser liberado no ar direta ou indiretamente e possui uma meia-vida


de 55 a 620 dias no ar, e como principais fontes emissoras podemos citar: fábricas de papel e
12

celulose, estações de tratamento de esgotos, incineração de resíduos e indústrias químicas no


geral. A estimativa de emissão anual de clorofórmio no ar é de 660.000 toneladas, sendo 90%
dessas emissões de origem natural.
Durante o processo de cloração da água ocorre a formação de clorofórmio como
subproduto. Essa formação ocorre em função da interação do cloro com a matéria orgânica
(ácidos húmicos e fúlvicos oriundos de solo e de processos naturais decomposição da vegetação
presente na água). Quanto maior a quantidade de cloro e de matéria orgânica, maior a taxa de
formação do clorofórmio.
Bem como outros solventes orgânicos, o clorofórmio pode ser absorvido pelo solo e
atingir águas subterrâneas, e as consequências podem ser graves. Alguns fenômenos como a
redução da fertilidade do solo, aumento da erosão, danos para a flora e a fauna, liberação de
gases poluentes e contaminação de alimentos são alguns dos exemplos dos impactos que esse
composto pode causar na natureza quando tratado/descartado corretamente.
Como forma de tratamento, o clorofórmio pode ser removido da água por meio da
volatilização, com meia-vida de 1,5 dias para rios e de 9-10 dias para lagos. Vale ressaltar que
o composto pode ser bastante persistente e que a degradação química é lenta em sedimentos e
solos, exceto sob condições anaeróbias metanogênicas.

1.9. INDÚSTRIAS PRODUTORAS NO BRASIL E NO MUNDO

1.9.1. Fornecedores de Clorofórmio no Brasil

• Neon Suzano (Suzano – SP)


• Quimesp Química LTDA (Guarulhos – SP)
• Cetesb (SP)
• Merck S/A (São Paulo – SP)
• Quimidrol Comércio Indústria Importação Ltda (Joinville – SC)
• Labsynth (Diadema – SP)
• Agro Química Maringá (Belo Horizonte – MG)
• Chemco Indústria e Comércio (Campinas – SP)
• Sigma-Aldrich Brasil Ltda (São Paulo – SP)
• Cosmoquimica Indústria e Comércio EIRELI (Barueri – SP)
• Quimica Moderna Ind. Com. Ltda (Barueri – SP)
13

1.9.2. Fornecedores de Clorofórmio no Mundo

• Puyer BioPharma Ltd (China)


• Leap Chem Co., Ltd (China)
• scienTEST - bioKEMIX GmbH (Alemanha)
• Sigma-Aldrich International GmbH (Suíça)
• CHEM 2004 B.V. (Países baixos)
• Shanghai Mintchem Development Co., Ltd. (China)
• ICC Chemical Corporation (EUA)
• CG Chem. GmbH & Co. KG (Alemanha)
• VMP Chemiekontor GmbH (Alemanha)
• Skyrun Industrial Co., Ltd. (China)
• Ralin B.V. (Países baixos)
• ICC Industries B.V (Países baixos)
• Serva Electrophoresis GmbH (Alemanha)
• Santa Cruz Biotechnology, Inc. (EUA)
• KRAKCHEMIA SA (Polônia)

1.10. PREÇO MÉDIO DE MERCADO DO CLOROFÓRMIO

TAMANHO DO PACOTE PREÇO


2.5 LT R$ 1500
200 LT R$ 110000
25 LT R$ 14000
500 ML R$ 300
14

2. PROJETO DE PROCESSOS QUÍMICOS

2.1. PROJETO CONCEITUAL: ENGENHARIA DE DESENVOLVIMENTO DE


UM PROCESSO

2.1.1. Pesquisa de Bancada

2.1.1.1 Roteiro de laboratório retirado do livro Química Orgânica Experimental

Fórmula: HCCl3.
Peso molecular: 119,39 g/mol.
Reagentes:
• 60,0g de hipoclorito de cálcio;
• 30,0g de óxido de cálcio;
• 10,0g de etanol a 95°GL.
Substâncias complementares:
• Hidróxido de cálcio, solução diluída;
• Cloreto de cálcio anidro.
Técnica:
Num gral, colocar 30,0 g de óxido de cálcio e adicionar, triturando, quantidade
suficiente de água para formar hidróxido de cálcio. A mistura resultante deverá apresentar
consistência pastosa.
Adicionar 60 g de hipoclorito de cálcio e 100 ml de água, agitando continuamente.
Transferir a mistura para um balão amplo de destilação, conectado a um refrigerante de
Liebig. Adicionar 10,0 g de etanol a 95°GL, e aquecer em banho-maria até 40°C.
Retirar a fonte de calor. Quando a reação já tiver arrefecido, voltar a aquecer, até
obtenção de um volume aproximado de 60 ml do destilado.
Transferir o destilado para um balão de destilação e redestilar, colhendo o produto que
passa entre 57-62°C.
Tratar o produto com solução diluída de hidróxido de sódio, dessecando-o, a seguir,
pelo cloreto de cálcio anidro.
Reação:
15

Figura 4 – Reação da obtenção de clorofórmio em laboratório

Fonte: Livro Química orgânica experimental, pg. 119 – 120.

Constantes físicas:
Líquido oleoso, incolor, não inflamável, volátil, sabor adocicado, odor característico;
PE = 61-62°C; 𝑑420 = 1,484; pouco solúvel em água, solúvel em álcool etílico, benzeno e éter
etílico.
16

2.1.2. Diagrama de Blocos do Processo Químico


17

2.1.3. Balanço Material do Processo Químico

Linhas (kg/sem) 1 2 3 4 5 6 7 8
Componentes
CaO 1899,79 - - - - - - -
H2O - 610,65 - - 6331,72 6331,72 12,58 3
Ca(OH)2 - - 2510,44 - - 2510,44 - 2
Ca(ClO)2 - - - 3798,52 - 3798,52 - 1298,77 1
C2H6O - - - - - - 155,15 -
CaCl2 - - - - - - - 746,73
HCCl3 - - - - - - - 800,53
(HCOO-)2Ca2+ - - - - - - - 435,49
H3C-COOH - - - - - - - 202,37
NaOH - - - - - - - -
H3C-COO-Na+ - - - - - - - -
CaCl2 . 2H2O - - - - - - - -
Total 1899,79 610,65 2510,44 3798,52 6331,72 12640,68 167,73 12808,41 8

Linhas (kg/sem) 11 12 13 14 15 16 17 18
Componentes
CaO - - - - - - - -
H2O 2872,08 123,24 1213,13 1397,34 1200,85 196,51 - -
Ca(OH)2 - - - - - - - -
Ca(ClO)2 - - - - - - - -
C2H6O - - - - - - - -
CaCl2 - - - - - - 606,05 -
HCCl3 - 800,53 - 799,99 - 799,99 - 799,99
(HCOO-)2Ca2+ - - - - - - - -
H3C-COOH - 202,78 - - - - - -
NaOH - - 134,79 - - - - -
H3C-COO-Na+ - - - 277,14 277,12 - - -
CaCl2 . 2H2O - - - - - - - 802,56
Total 2872,08 1126,55 1347,92 2474,48 1477,97 996,51 606,05 1602,56
18
19
20
21

2.1.4. Quantidades e Preços de matérias-primas

Quadro 1: Quantidades e preços de matérias primas


Preço (US$)/ Preço (US$)/
Composto Quantidade (kg)
tonelada quantidade
CaO 1899,79 100-300 $ 380,00
H₂O 6941,87 2,24 $ 16,00
Ca(ClO)₂ 3798,52 700-1200 $ 3.609,00
C₂H₆O 155,15 799-1149 $ 151,00
NaOH 134,79 255-340 $ 40,00
CaCl₂ 606,05 15-180 $ 59,00
TOTAL **** **** $ 4.255,00

Fonte: Acervo pessoal/Internet (2021)

Os valores utilizados foram baseados no Balanço de massa para obtenção de 800 kg de


clorofórmio.

2.1.5. Análises Químicas de matérias-primas, de Controle e de Produto


Acabado

O conceito de “análise química” refere-se à identificação e/ou quantificação de


substâncias, compostos de uma solução ou mistura e estruturas moleculares, através de ensaios
laboratoriais. Essas análises são muito amplas, compreendendo uma vasta variedade de técnicas
e procedimentos (manuais, químicos e instrumentais) (SCHIMIDELL, 2001).
Chamamos “Controle de Qualidade” o método para comparação entre o produto
desejado, seus requisitos substanciais (matérias-primas) e produtos obtidos durante o processo
produtivo (intermediários). Esse controle é realizado por laboratórios, que através da aplicação
de ensaios analíticos determinam se os insumos e produtos atendem a tolerância e requisitos de
qualidade necessários para comercialização (PEREIRA, 2015).
Para fins de qualidade adequadas, as matérias-primas empregadas na produção devem
atender as especificações estabelecidas. Logo, são realizadas análises qualitativas e
quantitativas para verificar-se a existência de possíveis impurezas presentes em cada insumo, a
fim de que não hajam surpresas indesejadas na obtenção do produto final (SCHIMIDELL,
2001).
O produto final obtido também é submetido ao controle de qualidade, para garantir-se
que os componentes principais que foram empregados estejam dentro das faixas de composição
22

necessárias as especificações do produto e que as eventuais impurezas não excedam os limites


de comercialização (SCHIMIDELL, 2001).
Os resultados obtidos através das análises de qualidade são estabelecidos através de
faixas de tolerância, uma vez que um parâmetro ideal dificilmente é alcançado na prática
(PEREIRA, 2015).
Logo, para um efetivo controle de qualidade no nosso projeto de produção, devem ser
considerados os seguintes fatores principais:
● Conhecimento preciso das necessidades do cliente;
● Qual é o nível de incerteza aceitável;
● Qual método correto de amostragem (representatividade da amostra);
● Qual o método analítico apropriado (validado anteriormente para a matriz da amostra
em estudo);
● Arquivamento dos dados (evitando alguma possibilidade de erro, ou de que as
determinações sejam perdidas, ou de que a amostra tenha sido identificada de forma
incorreta);
● Arquivamento do procedimento experimental completo (para que outra pessoa possa
repetir o trabalho no futuro);
● Informe claro para o cliente (o cliente deve ser capaz de compreender a linguagem
científica);
● Manutenção e inspeção dos equipamentos (ex.: calibração de balanças, pHmêtros, etc);
● Metodologia adequada para gravar os resultados (não devem ser guardados como notas
em folhas avulsas);
● Gestão profissional dos materiais de laboratório.
A síntese de clorofórmio em etapa industrial se dá pela cloração do gás metano, o que
corresponde a um processo com poucas matérias primas, porém com alta complexidade de
composição.

2.1.5.1 Análises químicas para controle de qualidade de matérias-primas

As matérias-primas empregadas na fabricação devem atender aos padrões desejáveis,


tendo suas características quantificadas e/ou qualificadas (PEREIRA, 2015).
Um processo produtivo compreende um conjunto de operações (químicas, físicas ou
bioquímicas) que visam transformar a matéria-prima no produto desejado, com economia
durante a produção e com o máximo de conversão possível (TOLENTINO, 2019).
23

Durante a etapa de análises de matérias-primas, uma das aplicabilidades desse tipo de


quantificação visa a determinação da quantidade de ingredientes que serão necessários na
produção bem como suas concentrações. Esse processo é chamado de dosagem, e dá uma noção
da conversão que podemos esperar do produto (SCHIMIDELL, 2001).
A escolha e análise da matéria-prima empregada no processo produtivo desenvolve um
papel de extrema importância uma vez que mesmo que a tecnologia aplicada no processo seja
de ponta, se as matérias-primas utilizadas forem de qualidade ruim, resultará em um produto
com qualidade final também ruim (PEREIRA, 2015).
Como principais matérias-primas empregadas na obtenção industrial do clorofórmio
temos:
● Gás Metano (CH4) – que é comercialmente vendido como gás natural,
apresentando em sua composição outros hidrocarbonetos, como etano, propano,
butano e outros gases em menores proporções.
● Gás cloro (Cl2) – obtido geralmente através da eletrólise de soluções salinas,
com rendimento elevado, não apresentando tanta impureza como o gás natural;
● Ácido Clorídrico (HCl) – utilizado para lavagem dos gases obtidos durante as
etapas de produção;
● Hidróxido de Sódio (NaOH) – utilizado para neutralização da lavagem dos gases
intermediários;
● Água (H2O) – utilizada junto com o Hidróxido de Sódio para neutralização após
a lavagem dos ácidos.
As análises das matérias-primas que serão empregadas no nosso processo visam
quantificar as concentrações desses compostos, determinando sua pureza.
Há uma grande preocupação com relação a pureza desses reagentes pois, grande parte
dessas matérias-primas possuem certo grau de impurezas, que não participam da reação química
de interesse.
Um teste em pequena escala pode ser realizado, reagindo-se uma massa qualquer, e
verificando-se diretamente o que foi utilizado vs o que foi produzido. Esse tipo de teste não é
economicamente viável pois acaba utilizando reagentes e se os mesmos estiverem fora de
especificação não fica claro com presença de evidências, portanto, acaba sendo pouco
praticado.
As matérias-primas utilizadas são submetidas a testes para determinar se suas
características atendem ao que foi solicitado e que está sendo informado pelo fabricante, caso
não estejam dentro desses aspectos, deve ser solicitada a substituição do lote.
24

Os principais métodos utilizados para caracterização dos reagentes solúveis, quanto a


sua concentração e composição são: volumetria, espectrofotometria e cromatografia gasosa
(para os insumos adquiridos em forma gasosa).
Quando uma matéria-prima é reprovada pelo controle de qualidade, o fornecedor deve
ser acionado para que as devidas providências sejam tomadas, e a qualidade do processo não
seja afetada.

2.1.5.2 Análises Químicas: controle de qualidade de processo e produto acabado

O cliente final exige que o produto esteja dentro do escopo técnico que confere a ele
bem como atendendo aos requisitos de qualidade esperados (COUTINHO, 2020). Logo, as
análises químicas são aplicadas para controle de qualidade do produto obtido a fim de verificar
se estão sendo atendidas às exigências especificadas pelo cliente/consumidor (PEREIRA,
2015).
O produto obtido no presente projeto trata-se de um dos subprodutos oriundos da
cloração do metano, logo sua quantificação é de extrema importância, uma vez que não é um
produto único obtido nesse processo.
Como se trata de uma planta para produção de gases, o método que pode ser empregado
é a cromatografia gasosa, trata-se de um método mais complexo, porém bem mais preciso e
assertivo para certificação da qualidade final dos produtos obtidos.
A etapa de análise química para fins de qualidade no produto final também define uma
série de problemas que podem ser evitados, como reclamações, devoluções de lote, exposição
da marca no mercado, etc.

2.1.6. Tratamento de Resíduos Industriais

2.1.6.1 Cloreto de Cálcio (CaCl2)

O cloreto de cálcio é um importante sal industrial para a síntese inorgânica, em sua


estrutura há um cátion bivalente, derivado do elemento químico cálcio, e um ânion
monovalente, derivado do elemento químico cloro, que faz ligação iônica pela transferência de
dois elétrons pelo elemento cálcio e aceite de cada por um átomo do elemento cloro, que confere
à molécula elevada hidrossolubilidade e solubilidade na maior parte dos solventes polares em
temperaturas brandas.
25

Abaixo serão listadas possíveis destinos para o resíduo em questão, por ordem de
relevância, no qual envolve o entendimento se o mesmo é viável e rentável.

2.6.1.1.1 1º Destino: Reaproveitamento no processo.

De acordo com a definição apresentada acima do cloreto de cálcio, e a partir das


propriedades físico-químicas, percebe-se que é possível a recuperação e reutilização deste
resíduo. No caso, no processo do clorofórmio, o mesmo será colocado como um reuso, onde o
CaCl2 que sai da corrente 9 (destilação), será realocado na parte da secagem como CaCl2 anidro.
Para tanto, se faz necessário prévio tratamento para retirada de água, pois sairá em forma
líquida. Dessa maneira, passa-se o mesmo por um aquecimento, proveniente de um gás
superaquecido ou por um forno. E posteriormente, por uma filtração, ou por um moinho. Para
tirar todo o resíduo de água deste.

2.6.1.1.2 2º Destino: Tratamento e purificação para utilização em outros processos


O cloreto de cálcio que sai do processo, possui pureza não certificada e por esse motivo,
para a venda e comercialização da mesma, é necessária uma purificação. Após purificado e
tratado, o cloreto de cálcio pode ser utilizado em:

➢ Salmouras para sistemas de refrigeração e sua incorporação no cimento,


promovendo maior viscosidade à massa e aumentando seu poder de cimentação, o
que se deve basicamente a sua elevada higroscopia.
➢ Em reações de precipitação e meios de eletrólise.
➢ Como secativo e afins.

2.6.1.1.3 3º Destino: Descarte dos Resíduos.

Sempre que possível o produto deve ser recuperado e quando não for, em último caso, será
necessário descartar como resíduo do produto em áreas de aterros oficialmente aprovados pelos
órgãos ambientais locais, é necessário recolher o produto e remover o solo contaminado,
colocando-o em tonéis ou containers para o seu reaproveitamento ou tratamento, que será
determinado a partir da viabilidade do reuso, ou mesma a partir da toxicidade do resíduo.
26

Apesar de em seu manuseio normalmente não ser considerado um produto toxico, mas
ele é considerado moderadamente toxico se for ingerido ou entrar em contato com a pele, e
quando entra em decomposição por aquecimento emite gases tóxicos, podendo se transformar
em hidróxido de cloro na presença de ácido sulfúrico, fosfórico ou em contato com a água em
altas temperaturas. Além do cloreto de cálcio possuir alto nível de contaminação em contato
com os corpos hídricos, alterando a fauna e flora.

Dessa forma, vê-se que o descarte inapropriado causaria danos ao meio ambiente, e se
faz necessário o descarte adequado, para tanto a deposição do cloreto de cálcio deverá ser feita
em áreas de aterros oficialmente aprovados pelos órgãos ambientais locais, que pode e deve ser
reciclado, assim como as suas embalagens que estão contaminadas.

2.1.6.2 Formiato de Cálcio Ca(HCOO)2

2.1.6.2.1 1° Destino: Incineração ou Processamento em Cimenteiras.


Não é recomendado descartar o formiato de cálcio diretamente no meio ambiente ou na
rede de esgoto pois a água de diluição proveniente do combate ao fogo pode causar poluição.
Para o descarte é recomendado manter os restos dos resíduos dentro de suas embalagens
originais, fechadas e dentro de tambores metálicos e conforme as recomendações para esse
produto recomenda-se o uso de cimenteiras (local para coincineração de resíduos industriais
que se transformam em cimento) e incineração (queima do lixo em fornos e usinas próprias).
No processo o formiato de sódio compoem a linha de fluxo 11 que sai da destilação 2.

2.1.6.2.2 2º destino: Tratamento para Utilização em Outros Processos.


Existem aplicações para o formiato de cálcio porem não existem estudos que indiquem
o reaproveitamento dos resíduos dele, mas o formiato de cálcio pode ser utilizado para
argamassas colantes, assentamento de porcelanatos, blocos de vidros, materiais pouco porosos
e argamassas de revestimento.

2.1.6.3 Formiato de Sódio (HCOONa)

Resíduo do processo de filtração (corrente 17), possui duas principais alternativas para
sua destinação:
27

2.1.6.3.1 1° Destino: Reaproveitamento para Outros Processos.

O Formiato de Sódio (HCOONa), também conhecido como Metanoato de Sódio, pode


ser utilizado na indústria química como produto intermediário na obtenção de ácido fórmico
(CH₂O₂), substância líquida incolor, cáustica, de cheiro forte e irritante. Entre suas principais
aplicações está o de mordente, ajudando a fixar as cores no momento do tingimento de tecidos,
como algodão, lã e linho, e como desinfetante medicinal.
Atualmente o ácido fórmico é obtido por meio da reação entre monóxido de carbono e
soda cáustica, tendo como produto intermediário o Formiato de Sódio, como descrito na reação
a seguir:

Além disso, Formiato de Sódio tem ainda aplicação ambiental, podendo ser utilizado
para neutralizar o Anidrido Sulforoso (SO2), também conhecido como Dióxido de Enxofre, dos
gases de chaminés.
A emissão do dióxido de enxofre na atmosfera está diretamente ligada à chuva ácida,
que afeta o meio ambiente de diversas formas: atrapalha a reprodução e crescimento das plantas;
afeta o pH da água dos rios, prejudicando, assim, o crescimento populacional dos peixes; além
de corroer materiais, afetando monumentos e edificações, nos centros urbanos. Pode ainda ter
efeitos à saúde humana, agindo no sistema respiratório e nos olhos, causando irritação e
sintomas como tosse, náuseas, irritação nos olhos e, em altas concentrações, queimaduras,
problemas cardíacos e respiratórios.
28

2.1.6.3.2 2° Destino: Descarte.

Para a realização do descarte de substâncias é importante que informações sobre


periculosidade (toxicidade, reatividade, inflamabilidade e compatibilidade de inúmeras
substâncias químicas) sejam bem conhecidas.
De acordo com sua Ficha de Segurança (FISPQ), o Formiato de Sódio é um produto
facilmente biodegradável e não considerado tóxico para o meio ambiente, com inflamabilidade
e reatividade classificadas como 0 (zero). Por isso, pode ser descartado sem necessidade de pré-
tratamento.

2.2. PROJETO BÁSICO: ENGENHARIA BÁSICA

2.2.1. Seleção de Tipos de Equipamentos de Processos

➢ Silo (Reservatório de estocagem ou abastecimento).


➢ Tanque atmosférico (Tanques utilizados para o armazenamento de líquidos com baixa
volatilidade).
➢ Tanque de teto flutuante (Com tanque com um teto que se movimenta sobre a superfície
do líquido armazenado que tem como objetivo acompanhar o nível do produto desde o
esvaziamento total até o seu enchimento).
➢ Misturador com resfriador (Misturador que tem como intuito resfriar o líquido que
contém no recipiente).
➢ Reator (Motor que se utiliza do ar ambiente como fonte de energia térmica de combustão
e funciona por reação direta).
➢ Trocador de calor casco tubo (Trocador de calor que possui em seu interior tubos que
passam fluído sobre eles. Ao fluído passar pelos tubos sua temperatura pode ser
modificada).
➢ Coluna de destilação de pratos (Permite um contato contínuo com as fases líquidas e
gasosas).
➢ Misturador (Tem como objetivo misturar os reagentes).
➢ Filtro rotativo (Sistema que tem por objetivo separar um sólido particulado de um
fluído).
29

2.2.2. Fluxograma de Processo (Process Flow Sheet)

2.2.3. Descrição de Operação do Processo

Um processo é caracterizado por um conjunto de operações que podem ser químicas,


físicas, ou biológicas, que tem como finalidade transformar uma matéria-prima em produto
desejado, de forma econômica e em grande escala. Todos os processos industriais podem ser
divididos em etapas que são chamadas de operações unitárias, que são caracterizadas por
reações químicas (transporte, moagem, mistura, separação mecânica, fragmentação, peneiração
etc.), operações de troca de calor (aquecimento, resfriamento de fluidos, condensação,
vaporação, ebulição) e operações de transferência de massa (destilação, extração, cristalização,
adsorção etc.). (TOLENTINO, 2015).
Para a produção do clorofórmio industrialmente, inicialmente é feito a hidratação do
cálcio no tanque de mistura onde entra o óxido de cálcio (CaO) e a água (H2O), sendo o produto
30

hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) que é enviado para o próximo tanque para que ocorra a pré-
oxidação, nesse parte do processo também é adicionado o clorito de cálcio (Ca(ClO)2) e etanol
(C2H6O). Em seguida, o produto que contém água, hidróxido de cálcio e hipoclorito de cálcio
são enviados ao reator, e o C2H6O oriundo do tanque 2 é adicionado também ao reator.
Após a eliminação intermolecular, o produto composto por hipoclorito de cálcio, cloreto
de cálcio, metanoato de cálcio, ácido etanoico e o clorofórmio, passam pelo trocador de calor
casco e tubo, e são conduzidos para a primeira destilação, são descartados alguns resíduos
provenientes do processo, e segue a água, o clorofórmio e o ácido etanoico para o próximo
trocador de calor casco e tubo. Os produtos provenientes são direcionados a segunda coluna de
destilação, nessa etapa o resíduo descartado é a água e os produtos são adicionados ao
misturador, onde ocorre a neutralização, que utiliza NaOH para formação do etanoato de sódio.
Na próxima etapa do processo que acontece no segundo misturador, entra o etanoato de
sódio, clorofórmio e a água para o decantador, para que os sólidos sedimentem no fundo e o
efluente livre possa ser encaminhado a etapa seguinte, que neste caso será o clorofórmio, sendo
assim, o etanoato de sódio é descartado com parte da água. O clorofórmio como ainda contém
parte da água que não foi eliminada totalmente no processo anterior é conduzida a secagem e
para ajudar nessa eliminação é adicionado o CaCl2 para absorver a umidade e purificar o
clorofórmio.
Para a última etapa do processo, o produto resultante da secagem, o clorofórmio, é
direcionado ao filtro lama, para separar o cloreto de sódio possibilitando o seu descarte. E então
é extraído o produto final do processo, o clorofórmio.
31

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