Capitulo Extra Logica

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Guia de Estudo – Preparar os Testes – Filosofia 10.

º ano | Capítulo Extra de Lógica

CAPÍTULO EXTRA – LÓGICA PROPOSICIONAL


Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar

De acordo com as APRENDIZAGENS ESSENCIAIS para o 10.º ano

Introdução

Lê atentamente o seguinte texto:

Considerem-se as seguintes inferências:

1. Se o ladrão tivesse entrado pela janela da cozinha, haveria pegadas lá fora; mas
não há pegadas lá fora; logo o ladrão não entrou pela janela da cozinha.
2. O João tem os dedos manchados de nicotina; logo o João é um fumador.
(...) A primeira inferência é muito clara. Se as premissas forem verdadeiras,
também a conclusão o terá de ser. Ou, para colocar as coisas de outra forma, as
premissas não podem ser verdadeiras sem que a conclusão também o seja. Os
lógicos chamam às inferências deste tipo dedutivamente válidas.
A inferência número dois é um pouco diferente. A premissa fornece claramente
uma boa razão a favor da conclusão, mas não é completamente conclusiva. Afinal
de contas, o João podia simplesmente ter manchado as mãos para fazer as pessoas
achar que ele era fumador. Logo, a inferência não é dedutivamente válida. É
costume dizer-se que as inferências deste tipo são indutivamente válidas.
Graham Priest (2002), Lógica: para começar, Lisboa, Temas e Debates

O texto que acabaste de ler refere-se a uma distinção fundamental que se faz
no domínio da lógica, entre os argumentos dedutivos e os não-dedutivos. Desta
distinção resulta uma outra, uma vez que existe uma área da lógica que trata
somente do primeiro tipo de argumentos: a lógica formal, que se distingue da
lógica informal.

Começamos pela lógica formal, de acordo com a qual ao argumentar, desde que
se cumpram todas as regras nela estabelecidas, se é obrigado, “sem apelo nem
agravo”, a aceitar a conclusão de um argumento. Na lógica formal, tal como a
sua designação indica, a forma dos argumentos determina a sua validade, sendo
o conteúdo dos mesmos irrelevante para a aceitação de uma conclusão. É o que
acontece com o primeiro exemplo dado no texto, referente às inferências
dedutivamente válidas. Se mantivermos a mesma forma mas apresentarmos
qualquer outro conteúdo o argumento continuará a ser válido.

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Inversamente, na lógica informal o conteúdo dos argumentos já conta para a


sua avaliação. A verdade das premissas não determina a verdade da conclusão
num argumento válido, como acontecia na lógica formal, mas apenas a
probabilidade dessa conclusão ser verdadeira. Apesar disso, como o texto
refere, nem sempre temos de ter argumentos dedutivamente válidos para
termos bons argumentos. Por outras palavras, há razões que, não sendo
completamente conclusivas, são ainda assim boas razões. Veremos adiante
como.

Ao longo deste caderno analisaremos vários tipos de inferência válidos e as


respetivas falácias formais e informais. Começamos pela lógica formal, que é
aquela que compreende a primeira inferência do texto citado.

1. Formas de inferência válida – lógica


proposicional

Uma inferência equivale a um raciocínio ou argumento. Efetuar uma inferência


é extrair uma proposição a partir de outra(s). Nada nos garante que, sem uma
cuidada construção da inferência, se chegue validamente a uma conclusão. Daí
que haja regras para avaliar argumentos. Veremos agora quais são.

A nossa abordagem centrar-se-á na lógica proposicional (clássica), também


conhecida como cálculo proposicional.

1.1. Conectivas proposicionais


Comecemos por distinguir as proposições simples das proposições complexas.
As primeiras são proposições que não contêm nenhuma das cinco conectivas
que analisaremos em seguida. “Descartes é filósofo” é um exemplo de uma
proposição simples. “Descartes é filósofo e matemático” é uma proposição
complexa, uma vez que, em rigor, é constituída por duas proposições,
“Descartes é filósofo” e “Descartes é matemático”, ligadas por uma conectiva:
a conectiva proposicional “e”. Só a negação, como veremos, não liga duas
proposições, e, precisamente por isso, ao contrário das restantes conectivas,
que são binárias, é unária.

Há cinco conectivas, representadas pelos seguintes símbolos:

1. Conjunção [“e”] = ⋀;
2. Disjunção (inclusiva) [“ou”] = V; e disjunção exclusiva [“ou… ou”] = ⩒;
3. Condicional [“se…, então”] = →;
4. Bicondicional [“se e só se”] = ↔;
5. Negação [“não”] = ¬.

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Cada proposição pode representar-se com as letras P, Q, R, etc., às quais se dá


o nome de variáveis proposicionais. Podemos agora resumir esta informação
no quadro que se segue, adotando como exemplos de proposições simples as
seguintes: “Descartes é filósofo” = P, e “Descartes é matemático” = Q.

Operação lógica Proposição Formalização


Negação Descartes não é filósofo. ¬P
Conjunção Descartes é filósofo e P⋀Q
matemático.
Disjunção (inclusiva) Descartes é filósofo ou PVQ
matemático.
Disjunção exclusiva Ou Descartes é filósofo ou P⩒Q
matemático.
Condicional Se Descartes é filósofo, P→Q
então é matemático.
Bicondicional Descartes é filósofo se e P↔Q
só se for matemático.

1.2. Operações lógicas


Comecemos pelas seguintes conectivas: a conjunção e a disjunção. Analisemos,
em primeiro lugar, a conjunção, tomando como exemplo o seguinte dicionário:

P = John Rawls é um filósofo.

Q = Stephen Hawking é um físico.

CONJUNÇÃO Partindo destas proposições simples podemos construir a conjunção “John


Rawls é um filósofo e Stephen Hawking é um físico”, que se formaliza nos
seguintes termos: P ⋀ Q. Para sabermos se esta conjunção é verdadeira, temos
de saber quais os valores de verdade de P e de Q. Se P for falsa e Q também, P
⋀ Q é falsa. Se P for falsa, mas Q for verdadeira, P ⋀ Q continua a ser falsa. Se P
afinal for verdadeira, e Q for falsa, P ⋀ Q ainda é falsa. P ⋀ Q só é verdadeira se
P for verdadeira e Q também. Aplica-se a este caso a seguinte regra: a conjunção
só é verdadeira se as suas conjuntas forem ambas verdadeiras.

Vamos recorrer agora a uma tabela de verdade para aí vermos aquelas


combinações. Na coluna à esquerda, “V” significa verdadeira e “F” falsa, e aí são
efetuadas todas as combinações possíveis entre os valores de verdade das
conjuntas.

P Q P⋀Q
V V V
V F F
F V F
F F F

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Vejamos agora a disjunção (inclusiva). Podemos desde já apresentar a respetiva


DISJUNÇÃO
regra: uma disjunção só é falsa se as suas disjuntas forem ambas falsas.
Recorrendo à sua tabela de verdade:

P Q PVQ
V V V
V F V
F V V
F F F

P V Q formaliza uma disjunção (inclusiva).

Existe, no entanto, um outro tipo de disjunção, a disjunção exclusiva: P ⩒ Q.


Esta disjunção só é verdadeira quando P e Q possuem valores de verdade
distintos (P é verdadeira e Q é falsa, ou vice-versa), pelo que sempre que P e Q
tiverem o mesmo valor de verdade (as disjuntas serem ambas falsas ou serem
ambas verdadeiras), ela será falsa.

Neste caso, recorrendo-se à respetiva tabela de verdade:

P Q P⩒Q
V V F
V F V
F V V
F F F

NEGAÇÃO Observemos agora a negação. Sendo um operador proposicional unário, opera


apenas sobre uma proposição e não duas. Assim, partindo, por exemplo, da
proposição “Camões escreveu Os Lusíadas” (P), teremos como negação
A dupla negação (ou “Camões não escreveu Os Lusíadas”, e a respetiva fórmula será ¬ P. E neste
negação de negação),
que se pode
caso, como facilmente se depreende, se for verdade que “Camões escreveu Os
representar por ¬ ¬ P, Lusíadas”, será falsa a afirmação de que “Camões não escreveu Os Lusíadas”.
corresponde a uma
afirmação. Inversamente, se for falsa a afirmação de que “Camões escreveu Os Lusíadas”,
então será verdade que “Camões não escreveu Os Lusíadas”.

P ¬P
V F
F V

Do que se extrai a seguinte regra: se P é verdadeira, ¬ P é falsa; se P é falsa, ¬


P é verdadeira.

Por último, temos as proposições condicionais e as bicondicionais. As


CONDICIONAL
proposições condicionais têm uma (proposição) antecedente e uma
(proposição) consequente, e sobre elas há a registar esta regra: P → Q só é falsa
se P é verdadeira e Q é falsa, do que se segue que será verdadeira em todas as
outras circunstâncias. Observando a respetiva tabela de verdade:

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P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V

BICONDICIONAL Para as proposições bicondicionais, a que também se dá o nome de


equivalências, a regra é que uma bicondicional só é verdadeira se ambas as
proposições tiverem o mesmo valor de verdade, pelo que, se em P ↔ Q, P for
verdadeira e Q falsa, ou vice-versa, a proposição será falsa. Assim:

P Q P↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V

1.3. Âmbito das conectivas


Se tivermos bem presentes as regras que fomos referindo para cada uma das
conectivas, haverá muitas situações em que não é necessário fazermos tabelas
de verdade para determinar as condições em que uma dada proposição é
verdadeira ou falsa. Há, no entanto, proposições que são bastante mais
complexas do que as que foram apresentadas, e nesses casos o recurso às
tabelas de verdade é importante.

Determinar o âmbito de uma conectiva é, para tal efeito, uma tarefa crucial. O
âmbito de uma conectiva é a parte da respetiva fórmula a que ela se aplica. A
conectiva principal será a que tiver maior âmbito.

Comecemos pela seguinte fórmula: P V ¬ Q.

Neste caso, temos duas conectivas: uma negação, ¬ Q, e uma disjunção, P V ¬Q.
A conectiva principal é a disjunção porque abrange toda a fórmula, ao contrário
da negação que se aplica apenas a uma parte. Vejamos agora uma outra fórmula,
um pouco mais complexa: ¬ P → ¬ Q. Agora temos duas negações e uma
condicional. A condicional é a conectiva principal, sendo que cada uma das
negações tem igual âmbito, que é menor que o da condicional.

Saber formular uma proposição complexa é uma tarefa fundamental para evitar
casos em que não se consiga determinar qual das conectivas tem maior âmbito.
A fórmula P → Q V R, por exemplo, está incorretamente formulada, uma vez
que nela não se consegue determinar qual é a conectiva principal. Para a
formular corretamente, temos de recorrer a parêntesis. Assim, uma das
formulações corretas possíveis seria P → (Q V R). E neste caso, a conectiva
principal é a condicional.

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1.4. Tabelas de verdade


A construção de tabelas de verdade para fórmulas com mais de uma conectiva
obedece a algumas regras, que vamos agora precisar. Os valores de verdade de
cada conectiva devem ser calculados ordenadamente, começando pela
conectiva com menor âmbito. A conectiva principal é a última a ser calculada.
Vamos construir uma tabela de verdade para a fórmula (P V Q) → R.

P Q R (P V Q) → R
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

A primeira diferença face às tabelas que vimos anteriormente é, na coluna da


esquerda, o acréscimo de combinações possíveis. A negação tinha só uma
proposição (P), pelo que só havia 2 valores de verdade possíveis a considerar.
As restantes conectivas, como já ligavam duas proposições (P e Q), implicavam
4 combinações. Ora, nesta fórmula temos três proposições (P, Q e R), a que se
aplicam, portanto, 8 combinações possíveis. Cada nova proposição introduzida
(e simbolizada por uma nova letra) duplica o número de combinações possíveis.

Passemos agora ao cálculo das várias conectivas. Começamos pela disjunção, (P


V Q), que é o conector de menor âmbito. E assim teremos:

P Q R (P V Q) → R
V V V V
V V F V
V F V V
V F F V
F V V V
F V F V
F F V F
F F F F

E seguidamente calculamos a condicional, que é a conectiva principal. Para o


fazer partimos dos valores de verdade obtidos no cálculo da disjunção, que

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correspondem à antecedente da proposição complexa, e consideramos R a


proposição consequente. Assim:

P Q R (P V Q) → R
V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F V

1.5. Inspetor de circunstâncias


O inspetor de circunstâncias é um método usado para, através de tabelas de
verdade, testar a validade de argumentos. Já sabemos que num argumento
dedutivo válido é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão
falsa conjuntamente. Assim, depois de construirmos uma tabela que nos
indicará os valores de verdade das premissas e da conclusão, restar-nos-á
verificar se existe alguma circunstância (ou “linha”) em que todas as premissas
sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Caso isso se verifique, o argumento será
inválido.

Vejamos um exemplo:

O símbolo “\“ lê-se P→Q


“logo”. Corresponde a
um indicador de
P
conclusão. \Q

A tabela deste argumento será a seguinte:

P Q P→Q P \Q
V V V V V
V F F V F
F V V F V
F F V F F

Da análise desta tabela depreende-se que o argumento é válido, uma vez que
na única circunstância (representada na primeira linha) em que todas as
premissas são verdadeiras, a conclusão também é verdadeira.

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1.6. Formas de inferência válida


Vamos ver agora algumas das formas de inferência válida mais comuns: modus
ponens, modus tollens, silogismo hipotético, Leis de De Morgan, contraposição
e silogismo disjuntivo.

Modus ponens
Começamos pelo modus ponens e pelo modus tollens.
e modus tollens
Modus ponens Modus tollens
P→Q P→Q
P ¬Q
\Q \¬ P

Um exemplo de modus ponens pode ser o seguinte: Se tenho carta de condução,


então posso conduzir. Tenho carta de condução. Logo, posso conduzir.

Para exemplificar um argumento modus tollens, pode referir-se: Se já tiver 18


anos de idade, então posso votar. Não posso votar. Logo, não tenho 18 anos de
idade.

A contraposição pode ser expressa de dois modos:


Contraposição

Contraposição
P→Q ¬Q→¬P
ou
\¬ Q → ¬ P \P → Q

Para exemplificar a primeira forma lógica: Se tenho um cão, então sou feliz.
Logo, se não sou feliz, então não tenho um cão.

E como exemplo da segunda forma: Se não sou feliz, então não tenho um cão.
Logo, se tenho um cão, então sou feliz.

Silogismo disjuntivo No que se refere ao silogismo disjuntivo, podemos formulá-lo nos seguintes
termos:

Silogismo disjuntivo
PVQ PVQ
¬P ou ¬Q
\Q \P

Para exemplificar a forma silogística à esquerda, pode dizer-se: Vou à piscina


ou vou à praia. Não vou à piscina. Logo, vou à praia.

E à direita: Vou à piscina ou vou à praia. Não vou à praia. Logo, vou à piscina.
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O silogismo hipotético pode ser expresso desta forma:


Silogismo hipotético

Silogismo hipotético
P→Q
Q→R
\P → R

Um exemplo desta forma de silogismo é: Se ingerir um antibiótico, então fico


curado. Se fico curado, então já posso praticar desporto. Logo, se ingerir um
antibiótico, então já posso praticar desporto.

Leis de De Morgan Observemos agora as Leis de De Morgan.

Para a negação da conjunção:

Negação da conjunção
¬ (P ⋀ Q) ¬PV¬Q
ou
\¬ P V ¬ Q \¬ (P ⋀ Q)

Vejamos um primeiro exemplo: Não é verdade que estou acordado toda a noite
e que consigo estudar. Logo, não estou acordado toda a noite ou não consigo
estudar. E um segundo exemplo: Não estou acordado toda a noite ou não
consigo estudar. Logo, não é verdade que estou acordado toda a noite e que
consigo estudar.

Para a negação da disjunção:

Negação da disjunção
¬ (P V Q) ¬P⋀¬Q
ou
\¬ P ⋀ ¬ Q \¬ (P V Q)

Observemos um primeiro exemplo: Não é verdade que tenho um cão ou um


gato. Logo, não tenho um cão e não tenho um gato. Um segundo exemplo: Não
tenho um cão e não tenho um gato. Logo, não é verdade que tenho um cão ou
um gato.

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2. Principais falácias formais

Concluiremos esta secção de lógica formal apresentando duas formas de


inferência inválidas, duas falácias formais. As falácias são formas argumentativas
que parecem válidas, mas que não são. As duas falácias seguintes, têm formas
semelhantes ao modus ponens e ao modus tollens, respetivamente, mas são
formas de inferência inválidas.

Afirmação do consequente Negação do antecedente


P→Q P→Q
Q ¬P
\P \¬ Q

Como exemplo da primeira falácia temos: Se estou em Viana do Castelo, então


estou no Minho. Estou no Minho. Logo, estou em Viana do Castelo.

E a exemplificar a negação do antecedente: Se estou em Viana do Castelo, então


estou no Minho. Não estou em Viana do Castelo. Logo, não estou no

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Exercícios Orientados

PARTE 1

1.
1. Classifica cada uma das seguintes afirmações de acordo com a sua
Faz uma revisão geral
de todos os tópicos da veracidade (V) ou falsidade (F).
lógica formal antes de
responderes a esta
questão. Afirmações V F

1. “Claude Bernard é médico e filósofo” é uma proposição simples.


2. Uma disjunção (inclusiva) só é verdadeira se as suas disjuntas forem ambas
verdadeiras.
3. Uma bicondicional só é verdadeira se ambas as proposições tiverem o mesmo
valor de verdade.
4. A fórmula (P → ¬ Q) → (¬ R ⋀ S) tem como conectiva principal a disjunção.
5. Uma proposição condicional é formalizada com o símbolo →.

6. Uma dupla negação corresponde a uma afirmação.

7. P V Q → R é uma proposição corretamente formulada.

8. O modus ponens é uma forma de inferência válida.

2. 2. Estabelece correspondências entre a coluna A e a coluna B, preenchendo


Repara que esta questão
tem somente por objeto os espaços da coluna A com o número adequado da coluna B.
formas de inferência
válidas. Coluna A Coluna B

a) Compro um telemóvel ou compro umas


sapatilhas. Não compro umas sapatilhas. Compro
um telemóvel. 1. Negação da conjunção.

b) Não é verdade que estou na aula e a


faltar à aula. Logo, não estou na aula ou não estou 2. Silogismo hipotético.
a faltar à aula.

c) Se for sempre aos treinos, tornar-me-ei o 3. Silogismo disjuntivo.


melhor atleta que conseguir ser. Se me tornar o
melhor atleta que conseguir, mais tarde ou mais
cedo o treinador vai olhar para mim e pôr-me a 4. Contraposição.
jogar. Logo, se for sempre aos treinos, mais tarde
ou mais cedo o treinador vai olhar para mim e pôr-
me a jogar.

d) Se namoro com alguém obsessivo, sou


controlado(a) a toda a hora, equivale a se não sou
controlado(a) a toda a hora, não namoro com
alguém obsessivo.

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3. Avalia a validade e identifica a forma de inferência de cada um dos


argumentos seguintes:

a) Se a Lassie é um cão, então é um mamífero. A Lassie é um mamífero. Logo, é um cão.


b) Se os Depeche Mode são uma banda synth-pop, então têm na eletrónica a essência do seu som.
Os Depeche Mode não têm na eletrónica a essência do seu som. Logo, não são uma banda synth-
pop.
c) Se o despertador tocasse, então eu chegaria pontualmente às aulas. Mas o despertador não toca.
Logo, eu não chego pontualmente às aulas.
d) Avisei-te que, se me ligasses em agosto, estaria de férias. Ligaste-me em agosto. Logo, estava de
férias.

4. Formaliza cada uma das seguintes proposições:


4.
O objetivo é reduzir à
respetiva forma lógica a) Os ornitorrincos são mamíferos e ovíparos.
o que cada uma das b) Ou jogo ou sou substituído.
proposições exprime c) Os seres humanos não são naturalmente egoístas.
em linguagem natural. d) Uma extensão de terra é uma península se e somente se é cercada de água por todos os lados
menos por um.

5. Testa a validade de cada um dos seguintes argumentos recorrendo ao


5.
Antes de efetuares inspetor de circunstâncias.
este exercício, começa
por rever as regras a
que as conectivas 5.1. P → Q, ¬ P → ¬ Q, ¬ P \ ¬ Q
obedecem, e certifica-
te de que sabes como
é que o inspetor de
circunstâncias deteta a
(in)validade de um
argumento.

5.2. Q → P, P → (R ⋀ Q), R \ P

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