A Formação Do Leitor Literário - Do Real Ao Possivel
A Formação Do Leitor Literário - Do Real Ao Possivel
A Formação Do Leitor Literário - Do Real Ao Possivel
http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/index
http://dx.doi.org/ 10.13102/cl.v20i2.4922
Resumo: Neste artigo, procuramos refletir sobre a presença da literatura nas salas de aula da educação básica,
bem como sua importância para a formação leitora, crítica e cidadã dos alunos, tomando como ponto de
partida as nossas experiências, acumuladas ao longo de anos de práticas pedagógicas com tímidos resultados
no despertamento do gosto pela leitura, numa constatação inequívoca da distândia entre o real e o possível.
Embasamos nossas reflexões em estudiosos do assunto como Cândido (2004), Cosson (2009) e Jouve (2002),
dentre outros, reconhecendo a urgente necessidade de promover o espaço escolar como meio favorável ao
desenvolvimento de competências leitoras, de escrita, de criticidade, de cidadania, de inserção cultural e
inclusão social. Para tanto, analisamos a importância do ato de ler, bem como se efetiva a presença da leitura
literária nas salas de aula, buscando encontrar meios que possibilitem práticas exitosas para a leitura literária,
consolidada no espaço escolar por adesão espontânea e espírito colaborativo. Concluímos nossas reflexões,
enfatizando o papel do professor como leitor-guia, a posição da escola como espaço favorável à promoção de
experiências leitoras exitosas e o despertar do gosto pela leitura como uma possibilidade ao alcance de nossas
propostas pedagógicas.
Abstract: In this article, we teu to reflect about the presence of literature in the basic education classrooms,
as well as its importance for the reading, critical and citizen education of students, taking, as a starting point,
our experiences accumulated over years of pedagogical practices, with shy results in the awakening of the will
for reading, an unambiguous observation of the distance between the real and the possible. We base our
reflections on theorists such as Cândido (2004), Cosson (2009) e Jouve (2002), among others, recognizing the
urgent need to promote the school space as a favorable way for the development of reading, writing,
criticality, citizenship, cultural insertion and social inclusion skills. Therefore, we analyze the importance of
the act of reading, as well as the presence of literary reading in the classroom, seeking to find ways to enable
successful practices for literary reading, consolidated in the school space by spontaneous adherence and
collaborative spirit. We conclude our reflections, emphasizing the teacher's role as a guide reader, the school's
position as a favorable space for the promotion of successful reading experiences and the awakening of the
will for reading as a possibility within the reach of our pedagogical proposals.
1 INTRODUÇÃO
[...] no momento em que busca apreender o que acontece ao seu redor, interagindo com o
Outro, o indivíduo estabelece ligações entre ele e o mundo. É quando passa a interpretar
indícios de toda sorte. Através da interpretação, portanto, o homem mistura-se ao texto-
mundo, situando-se em relação a si e aos demais, ao tempo e ao espaço, vendo, ouvindo,
enfim testando e avaliando o que pode lhe servir de orientação, informando-se sobre as
coordenadas dêiticas de pessoa, espaço e tempo, em suma, integrando-se ao ambiente em
que vive.
Vivemos numa sociedade letrada que cada vez mais exige dos indivíduos
competência para a tomada de posição e participação nas questões e relações pessoais e
sociais. Reconhecemos, pelo óbvio, que algumas ferramentas instrumentalizam estes
146
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
indivíduos para garantirem maior êxito nestas interações e, dentre elas, a competência
leitora é, indiscutivelmente, uma grande aliada.
Podemos considerar, então, que as leituras literárias, além de serem, em muitos
casos, uma representação da realidade, fomentando discussões e debates, são também
fonte de incentivo e valorização da imaginação e da criatividade, características
importantes para lidar com mais equilíbrio e leveza com os desafios do cotidiano.
O que queremos, enfim, é que nossos alunos tenham a oportunidade, durante os
anos de educação formal, de ter acesso a uma escola que lhes ofereça condições reais de
conviver eficiente e prazerosamente com a leitura, em especial, a literária, e que estas
experiências e convivências lhes rendam sabedoria e maturidade para viverem melhor
suas relações e sua atuação na sociedade.
Afinal,
[...] o texto literário veicula uma modalidade de conhecimento particular que não se
assemelha ao saber produzido pela ciência. Sendo, ao mesmo tempo, representação e
análise, a literatura possibilita o resgate da realidade. Essa modalidade de texto, por sua
natureza, possibilita a crítica e a contradição através de uma linguagem não linear, isto é,
distinta da linguagem comum. O autor aproveita o seu conhecimento de mundo, recria essa
experiência através dos recursos de seu imaginário e a expressa por meio da linguagem
artisticamente trabalhada. Uma vez que esse texto se relaciona com a realidade e a
experiência humana, desempenha uma função muito significativa no aspecto comunicativo,
pois auxilia o sujeito a emancipar-se na medida em que pode libertá-lo do processo de
massificação a que está submetido... (ZINANI; SANTOS, 2004, p. 65).
Que seja, então, libertadora a leitura para eles e que, com a liberdade
conquistada, tornem-se pessoas fortes em seu existir e sensíveis em seu agir e em seu
sentir.
Refletir sobre todo o processo formador que circunda a vida do estudante, por
intermédio das vivências e aprendizagens escolares, no momento atual, mais do que
nunca, ultrapassa a visão reducionista da aquisição de um limitado acervo de
conhecimentos e informações e, para tanto, um relevante mecanismo de
desenvolvimento das potencialidades a serem exploradas se converge em torno das
múltiplas experiências com a leitura.
Levando em consideração que ler é exercitar o pensamento e que a prática da
leitura constitui-se numa ação educativa libertadora, ideia há muito defendida pelo
eminente Paulo Freire (1989), entendemos que a escola tem o papel primordial de
promover o contato do aluno com os livros e outras múltiplas ferramentas de leitura,
como a internet, e a literatura será então, a grande porta de entrada para desenvolver
competências leitoras, de escrita, de criticidade, de cidadania, de inserção cultural e de
inclusão social, numa perspectiva muito bem representada pela leitura, já que esta resulta
em algum tipo de reflexão, na medida em que provoca em nós questionamentos que
resultam em diálogo e discussão internos.
147
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que
procede de alguém como pelo fato de que se dirige para alguém. (...) A palavra é uma
espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa
extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é o território comum
entre o locutor e o interlocutor.
148
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
[...] a evidência de que as línguas só existem para promover a interação entre as pessoas me
leva a admitir que somente uma concepção interacionista da linguagem, eminentemente
funcional e contextualizada, pode, de forma ampla e legítima, fundamentar um ensino de
língua que seja, individual e socialmente, produtivo e relevante. (ANTUNES, 2009, p. 41)
149
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
150
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
Esse, o nosso maior ensejo, essa, nossa incansável busca em meio aos encontros e
reencontros com a palavra, com o texto, com a pessoa humana representada, em cada
emoção e em cada rejeição, em cada adesão e em cada ausência que a leitura nos faz
sentir. Muito bom, muito rico.
151
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
alunos aos textos literários, mas também a sua adesão voluntária às múltiplas leituras,
uma vez que o permanente contato com estas práticas poderá contribuir, e muito, para o
seu amadurecimento diante das experiências da vida, fazendo a ponte entre o seu e o
mundo dos outros.
Partiremos, então, da Leitura Literária, aqui referindo-nos a todas as práticas que
envolvem a escrita literária, mais precisamente os textos ficcionais, para a formação do
leitor proficiente, com vistas à conquista da capacidade de compreender e interpretar de
forma autônoma os textos de modo geral. Para alcançar este intento, tomaremos como
inspiração basilar, os estudos de Isabel Solé (1999), que chamam a atenção para a
problemática de duas questões: o analfabetismo funcional e o baixo número de leitores
aficionados, no Brasil.
Segundo Solé (1999, p. 29):
[...] as frequentes referências da mídia aos poucos aficionados pela leitura existentes
em nosso país e a publicação de estatística de venda de livros e de jornais também
constituem um claro expoente de que não utilizamos a leitura tanto quanto
poderíamos e que, de qualquer forma, não lemos muito.
Um dos muitos desafios a ser enfrentado pela escola é o de fazer com que os
alunos aprendam a ler corretamente. Isso é lógico porque a aquisição da leitura é
imprescindível para agir com autonomia nas sociedades letradas, e ela provoca uma
desvantagem profunda nas pessoas que não conseguiram realizar esta
aprendizagem. (SOLÉ, 1999, p. 38)
Infelizmente sempre existiu uma distância significativa entre o leitor e o livro aqui
no Brasil. Muitas são as causas desta triste realidade. As nossas crianças crescem, em sua
maioria, sem nenhum ou com pouquíssimo contato com o livro, salvo raras exceções
para quem teve o privilégio de pertencer a uma família, não diria de médio ou alto poder
aquisitivo, mas, principalmente, que tenha motivado o hábito de ler ou proporcionado
condições de acesso à leitura.
152
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
Esta deveria ser, então, também função da escola, o que durante muito tempo não
correspondeu à realidade, tanto pelo descaso de políticas públicas de acesso aos livros,
como de formação do professor-leitor, já que este, geralmente, também não cultiva o
hábito da leitura, não cabendo aqui refletir sobre as causas.
De toda sorte, os especialistas reconhecem a importância do professor e por
extensão da escola na formação leitora, especialmente das crianças, quando o contato
inicial se dá em situações de diversão e prazer, porque:
Quando o professor possibilita a fruição dos seus alunos, ele está dando reais
condições para que estas crianças possam se desenvolver, baseados na liberdade de
expressão, independentemente do livro que lhes foi apresentado, pois a justificativa
que legitima o uso do livro na escola nasce, de um lado, da relação que estabelece
com seu leitor, convertendo-o num ser crítico perante sua circunstância; e, de
outro, do papel transformador que pode exercer dentro do ensino, trazendo-o para
a realidade do estudante e não submetendo este último a um ambiente rarefeito do
qual foi suprida toda a referência concreta. (ZILBERMAN, 2003, p. 18).
Quando Filipouski (2005, p.227) defende que a leitura literária permite ampliar o
horizonte de expectativas do aluno, tornando-o autônomo, ajudando-o a conviver com
respeito e solidariedade, dentre outros benefícios, ressalta que a “mediação de um
professor-leitor, dá consistência e continuidade a esse processo, daí ser importante
compromisso de formação e atualíssimo instrumento de humanização e convivência
social.”
Infelizmente observamos, a cada ano, o crescimento do número de alunos
desinteressados pela leitura, causado por motivos vários: equívocos na iniciação leitora,
inexistência ou inoperância de bibliotecas escolares e públicas, posição do livro na escala
de valores da sociedades e da tradição cultural, fácil acesso e massiva presença dos meios
de comunicação, e em especial, a didatização da Leitura Literária que tem favorecido
situações leitoras obsoletas, tediosas e autoritárias, já que impostas e sem primar pela
relevância do sentido que tem para além do conteúdo. Uma Leitura Literária que
privilegia a história da literatura, a interpretação textual e gramatical lógica e pontual não
corresponde ao que representa a rica experiência de ler.
Constata-se assim que, apesar da importância da prática da leitura na escola,
especialmente das propostas voltadas para a Leitura Literária, este espaço de ensino e
aprendizagem ainda busca encontrar, com a necessária eficiência, caminhos que
conduzam a experiências de leitura efetivamente exitosas, haja vista a falta de adesão da
maioria dos alunos, quando lhes apresentamos oportunidades de acesso à literatura, tida
muitas vezes, como um saber dispensável.
A Leitura Literária na escola sempre foi programada com vistas à avaliação de
conteúdos ou ao cumprimento da obrigatoriedade de sua presença, quase que
exclusivamente nas aulas de Língua Portuguesa, como pretexto para o exercício da
escrita ou para a apresentação de elementos de textualidade, de autores e de estéticas
literárias, sem de fato serem entendidas – leitura e escrita – em suas múltiplas práticas
escolares e sociais.
153
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
Na escola, a leitura literária tem a função de nos ajudar a ler melhor, não apenas
porque possibilita a criação dos hábitos de leitura ou porque seja prazerosa, mas
sim, e sobretudo, porque nos fornece, como nenhum outro tipo de leitura faz, os
instrumentos necessários para conhecer e articular com proficiência o mundo feito
de linguagem. (COSSON, 2009, p. 30)
154
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
extrapolam seus muros, permitem romper limites de tempo e espaço, repletas de saberes
sobre o homem e sobre o mundo.
Surge, então, a presença na escola do professor que, sendo um leitor guia, investe
em estratégias de formação do aluno-leitor, um professor que de fato reconheça que a
leitura proficiente de textos literários pode e deve ser ensinada na escola, evoluindo este
aluno-leitor da leitura inocente para a leitura experiente, conforme preconiza Jouve
(2002).
Estas reflexões reforçaram em mim o desejo de fazer valer o meu papel como
mediadora no surgimento, podemos mesmo assim dizer, de leitores literariamente
letrados e de percebermos – eu e eles – a literatura, como um bem incompressível, assim
como são incompressíveis “[...]a alimentação, a moradia, o vestuário, a saúde [...]”
(CÂNDIDO, Op. Cit., 177), portanto, um direito, “[...] uma necessidade universal, que
deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma
aos sentimentos e à visão do mundo ela nos organiza, nos liberta do caos e portanto nos
humaniza”. (CÂNDIDO, Op. cit., p. 188).
Filipouski (2005, p.227) chama a atenção para a riqueza da leitura como um
processo que contribui significativamente para o desenvolvimento da percepção da vida
e do reconhecimento do outro. A autora, então, reforça que a leitura literária aprimora a
aquisição de conhecimentos e saberes objetivos, mas acima de tudo torna o leitor mais
capaz de pensar e sentir.
Face a estas constatações fui provocada por inúmeros questionamentos, na
condição de professora de Língua Portuguesa, responsável por tornar o espaço da escola
um convite ao despertamento acerca da imprescindibilidade da Literatura na vida, lugar
onde esta evidenciação se manifesta mais sistematicamente.
Cândido, (Op. Cit, p.177) defende que:
155
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
agora. Daí o nosso desejo de que enterremos a escola que inibe e impõe a leitura, que
castra escolhas e define fria e tecnicamente o que, como e por que ler. O exercício
dialógico do texto não pode ser sufocado pela pura sistematização do ensino, o
dinamismo da literatura não pode ser abortado pelo marasmo do formalismo e a palavra
livremente tomada pelo texto não pode ser empobrecida pela ditadura do entendimento
previamente construído para ser aceito sem questionar, afinal:
Foi com esse desejo de sentir no olhar e de perceber na fala ou no silêncio dos
meus alunos o encantamento que a leitura literária pode dar de presente a quem se deixa
por ela seduzir, que dediquei um tempo do meu fazer e do meu pensar a estas reflexões.
Foi por acreditar que os meus alunos merecem e, acima de tudo, têm o direito de
conhecer a magia e a importância da leitura, aqui consubstanciada na literatura, que me
debruço sobre cada planejamento com compromisso e que a eles me dirijo, a cada
encontro, motivada por um afeto que ultrapassou os limites das atribuições profissionais
para se estender à minha entrega humana e essencial.
Gostaria que todos pudessem sentir o que sinto quando tomada por um texto, a
absorção, a reverência ou rejeição, o que fica e o que preferimos descartar, a graça ou o
temor, o arrepio ou o calor, enfim, gostaria que meus meninos e meninas
definitivamente compreendessem que:
Sem mais, porque daqui para frente será com cada um que conseguirmos
despertar para o mundo desafiador da leitura e sua relação íntima e única com o texto,
seja ele qual for.
156
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreendemos com esse estudo que a presença da literatura nas salas de aula da
educação básica é imprescindível para que os sujeitos em formação desenvolvam
aspectos importantes da linguagem. Para isso, questões como a importância da
formação leitora, crítica e cidadã dos estudantes em comparação com os saberes
docentes profissionais constituídos ao longo de anos de experiência, são essenciais. O
professor e a professora de Língua Portuguesa precisam atentar para a necessidade de
mediar no espaço escolar o desenvolvimento de competências leitoras, de práticas de
escrita, de inserção cultural e inclusão social. Para tanto, é preciso atentar para as formas
como se efetiva a presença da leitura literária nas salas de aula, promovendo práticas
exitosas de leitura literária, consolidada, como já dito, no espaço escolar por adesão
espontânea e espírito colaborativo.
Observamos que, mesmo com toda evolução nos estudos da área de linguagem e
da própria transformação nas práticas pedagógicas relacionadas ao ensino de língua
materna, ainda carecemos de resultados mais significativos quando estamos tratando do
gosto pela leitura, atestando com isso, a máxima de que há uma distância entre o real e o
possível no que tange a esse gosto.
Mas acreditamos que, se refletirmos sobre a importância do ato de ler sob
diversos prismas, desde o seu papel no aperfeiçoamento de competências linguísticas e
comunicativas, até sua participação na formação do ser e do cidadão que se educa para a
vida e para a sociedade, conseguiremos aproximar a formação do Leitor Literário crítico
e reflexivo até um ideal possível. Para isso, é preciso aprofundar estudos no campo da
importância do ato de ler, discutir a presença da leitura literária nas salas de aula da
educação básica e refletir sobre estratégias podem se apresentar como possibilidades de
formação do leitor literário.
Concluímos nossas reflexões, enfatizando o papel do professor como leitor-guia, a
posição da escola como espaço favorável à promoção de experiências leitoras exitosas e
o despertar do gosto pela leitura como uma possibilidade ao alcance de nossas propostas
pedagógicas.
REFERÊNCIAS
157
Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 145-158, outubro-dezembro, 2019
158