Analise de Risco Uma Abordagem Baseada Na ISO31000 Ergond
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ANÁLISE DE RISCOS – Uma Abordagem Baseada na ISO 31000
Rios de Janeiro
2016
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DEDICATÓRIA
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AGRADECIMENTOS
Meus sinceros agradecimentos a Deus em primeiro lugar, pois, sem Sua ajuda,
nada teria sido possível, e à minha família, pela confiança e pelo apoio.
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RESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar o processo de gestão de riscos corporativos
e identificar ferramentas e métodos de gestão que ajude o gestor de segurança
no desenvolvimento dos estudos de analises de riscos. A metodologia utilizada
para a elaboração deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica baseada na Norma
ABNT NBR ISO 31000:2009 e em obras de autores das área de Administração,
Marketing e Gestão de Segurança Corporativa. Os resultados obtidos através
deste trabalho foram satisfatórios, pois foram identificados ferramentas e
métodos de gestão que auxiliam no gerenciamento de riscos corporativos, que
é um instrumento de tomada e decisão da alta administração que visa melhorar
o desempenho da organização pela identificação de oportunidades de ganhos e
de redução de probabilidade ou impacto de perdas.
Palavras chave: Gestão; Risco; Segurança.
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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 9
1.1. Conceituação de Risco ........................................................................................... 9
1.2. Benefícios do Modelo de Gerenciamento de Risco ...................................... 10
2. PROCESSO ...................................................................................................................... 12
2.1. Generalidades ......................................................................................................... 12
2.2. Comunicação e consulta ...................................................................................... 13
2.3. Estabelecimento do contexto ............................................................................. 15
2.3.1. Generalidades ................................................................................................. 15
2.3.2. Construção de cenários ............................................................................... 16
2.4. Processo de avaliação de riscos ....................................................................... 21
2.4.1. Identificação de riscos .................................................................................. 21
2.4.2. Análise de riscos ............................................................................................ 31
2.4.3. Avaliação de riscos........................................................................................ 36
2.4.4. Tratamento de riscos .................................................................................... 39
2.4.5. Formatação do plano de segurança.......................................................... 44
2.5. Monitoramento e análise crítica ......................................................................... 46
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 48
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 49
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INTRODUÇÃO
As organizações de todos os seguimentos e porte enfrentam interferência de
fatores internos e externos que tornam incerto atingimento de seus objetivos. O
efeito que essa incerteza tem sobre os objetivos da organização é chamado de
"risco".
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Com base nos autores citados acima é possível entender que o risco é inerente
a qualquer atividade na vida pessoal, profissional ou nas organizações, e pode
envolver perdas, bem como oportunidades. Esta relação vale tanto para
investimentos financeiros como para os negócios.
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Além dos benefícios listados acima, o IBGC (2007) afirma que a implementação
de um modelo de GRCorp eficaz apresenta ainda vários outros resultados
positivos para a organização:
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Com base nos autores acima citados é possível concluir que o Gerenciamento
de Riscos preserva e agrega valor à organização, contribuindo para a realização
de seus objetivos e metas, facilita a adequação da organização aos
requerimentos legais e regulatórios, fatores críticos para sua perenidade.
2. PROCESSO
2.1. Generalidades
Segundo ABNT NBR ISO 31000:2009 o processo de gestão de riscos é a
aplicação sistemática de políticas, procedimentos e práticas de gestão para as
atividades de comunicação, consulta, estabelecimento do contexto, e na
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Disponível em: https://souza.xyz/produto/pgrisco/
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Em relação às Saídas teremos como resultado o registro do risco que irá conter
as características principais de cada um dos riscos identificados, incluindo sua
descrição, categoria, e causas. Este registro é atualizado nas demais fases do
gerenciamento de risco.
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Muitas vezes, a resposta para o primeiro “por que” irá pedir outro “porquê”, e a
resposta para o segundo “porque” irá pedir outro e assim por diante; daí o nome
estratégia dos 5 Porquês.
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Quando você está procurando resolver um problema, inicie pelo resultado final
e vá trabalhando para trás, de forma reversa (em direção a raiz), continuamente
perguntando: “Por quê?” Você terá que repetir isso mais e mais até que a causa
raiz do problema se torne aparente.
Exemplo:
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A estratégia dos 5 Porquês é uma ferramenta fácil e muitas vezes eficaz para
descobrir a raiz de um problema. Por ser simples, você pode adaptá-la
rapidamente e aplicá-la para qualquer problema.
Tenha em mente, no entanto que, se ela não fornecer uma resposta intuitiva,
você pode precisar aplicar outras técnicas de resolução de problemas.
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FORÇAS OPORTUNIDADES
Fator de Risco Gráu de infLuencia Fator de Risco Gráu de infLuencia
FRAQUEZAS AMEAÇAS
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Matriz SWOT - FOFA, que em inglês significa SWOT - Strengths - Weaknesses - Opportunities – Threats e em português – Força –
Oportunidade – Fraqueza - Ameaça.
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De acordo com o IBGC para se definir qual o tratamento que será dado a
determinado risco, o primeiro passo consiste em determinar o seu efeito
potencial, ou seja, o grau de exposição da organização àquele risco. Esse grau
leva em consideração pelo menos dois aspectos: a probabilidade de ocorrência
e o seu impacto (em geral medido pelo impacto no desempenho econômico-
financeiro do período). Deve-se incorporar também o impacto “intangível” à
análise.
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Nível de
ND Significado
Deficiência
Aceitável Não foram detectadas anomalias.
1
(A) O perigo está controlado.
Insuficiente Foram detectados factores de risco de menor importância.
2
(I) É de admitir que o dano possa ocorrer algumas vezes.
Foram detectados alguns factores de risco significativos.
Deficiente
6 O conjunto de medidas preventivas existentes tem a sua eficácia
(D)
reduzida de forma significativa.
Foram detectados factores de risco significativos.
Muito Deficiente
10 As medidas preventivas existentes são ineficazes.
(MD)
O dano ocorrerá na maior parte das circunstâncias.
Medidas preventivas inexistentes ou desadequadas.
Deficiência Total 14
São esperados danos na maior parte das situações.
O nível de exposição é uma medida que traduz a frequência com que se está
exposto ao risco.
Nível de
ND Significado
Exposição
Esporádica 1 Uma vez por ano ou menos e por pouco tempo (minutos).
Pouco Frequente 2 Algumas vezes por ano e por período de tempo determinado.
Pode ser expresso num produto de ambos os termos, apresentado nas tabelas
abaixo.
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Nível de Significado
NP
Severidade Danos Pessoais Danos Materiais
Insignificante 10 Não há danos pessoais. Pequenas perdas materiais nas empresas.
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Nível de Probabilidade
Muito Baixa
Muito Alta
Média
Baixa
Alta
[1;3] [4;6] [8;20] [24;30] [40;70]
Nível de Severidade
ANÁLISE DE RISCO
Nível de Nível de Nível de
Nível de Probabilidade Nível de Risco
ITEM RISCO Deficiência Exposição Severidade
ND NE NP NS NR
1 Risco 1 1 1 1 Muito Baixa 10 10 Irrelevante
2 Risco 2 2 2 4 Baixa 25 100 Baixa
3 Risco 3 6 3 18 Média 60 1080 Média
4 Risco 4 10 4 40 Muito Alta 90 3600 Muito Alta
5 Risco 5 14 5 70 Muito Alta 155 10850 Muito Alta
6 Risco 6 1 4 4 Baixa 90 360 Média
7 Risco 7 2 3 6 Baixa 60 360 Média
8 Risco 8 6 2 12 Média 25 300 Baixa
9 Risco 9 10 1 10 Média 10 100 Baixa
10 Risco 10 14 1 14 Média 10 140 Baixa
11 Risco 11 1 2 2 Muito Baixa 25 50 Irrelevante
12 Risco 12 2 3 6 Baixa 60 360 Média
13 Risco 13 6 4 24 Alta 90 2160 Alta
14 Risco 14 10 5 50 Muito Alta 155 7750 Muito Alta
15 Risco 15 14 4 56 Muito Alta 90 5040 Muito Alta
16 Risco 16 1 3 3 Muito Baixa 60 180 Baixa
17 Risco 17 2 2 4 Baixa 25 100 Baixa
18 Risco 18 6 1 6 Baixa 10 60 Irrelevante
19 Risco 19 10 1 10 Média 10 100 Baixa
20 Risco 20 14 2 28 Alta 25 700 Média
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Nível de Probabilidade
Muito Baixa
Muito Alta
Média
Baixa
Alta
Insignificante Risco 1 Risco 11 Risco 8
Risco 2
Risco 9
Leve Risco 10
Risco 17
Nível de Severidade
Risco 19
Risco 6
Grave Risco 20 Risco 13 Risco 4
Risco 7
Risco 5
Mortal ou Catastrófico Risco 15
Risco 14
NÍVEL DE CONTROLE
Nível de Risco Valor Ação a Ser Aplicada
Requer ação imediata.
Muito Alto De 3600 a 10850 Situação critica. Eventual paragem imediata. Isolar o perigo até serem
adoptadas medidas de controlo permanentes.
Requer ação de curto prazo.
Alto De 1240 a 3100 Situação a corrigir. Adoptar medidas de controlo enquanto a situação
perigosa não for eliminada ou reduzida.
Requer ação de médio a longo prazos.
Médio De 360 a 1080 Situação a melhorar. Deverão ser elaborados planos, programas ou
procedimentos documentados de intervenção.
Apenas o monitoramento e gestão.
Baixo De 90 a 300
Melhorar se possível justificando a intervenção.
Apenas o monitoramento e gestão.
Irrelevante De 10 a 80
Intervir apenas se uma analise mais pormenorizada o justificar.
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Para a ABNT NBR ISSO 31000:2009 as opções de tratamento de riscos não são
necessariamente mutuamente exclusivas ou adequadas em todas as
circunstâncias. As opções podem incluir os seguintes aspectos:
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Esta ferramenta é extremamente útil para as empresas, uma vez que elimina por
completo qualquer dúvida que possa surgir sobre um processo ou sua atividade.
Em um meio ágil e competitivo como é o ambiente corporativo, a ausência de
dúvidas agiliza e muito as atividades a serem desenvolvidas por colaboradores
de setores ou áreas diferentes. Afinal, um erro na transmissão de informações
pode acarretar diversos prejuízos à sua empresa, por isso é preciso ficar atento
à essas questões decisivas, e o 5W2H é excelente neste quesito!
O nome desta ferramenta foi assim estabelecido por juntar as primeiras letras
dos nomes (em inglês) das diretrizes utilizadas neste processo. Abaixo você
pode ver cada uma delas e o que elas representam:
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Verde - realizado;
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As causas de cada risco que foram identificadas na faze de análise dos riscos,
através da ferramenta 5 porquês, serão utilizadas nessa ferramenta (5W2H) na
coluna why (por que será feito), onde serão definidas ações estratégicas para
saná-las. É preciso também ter em conta os seguintes pontos:
Tenha certeza que suas ações não tenham qualquer efeito colateral, caso
contrário deverá tomar outras ações para eliminá-los;
O QUÊ? QUEM? QUANDO? ONDE? POR QUE? COMO? QUANTO R$? REALIZADO?
Mitigar os perigos
1. Implantar Gerente Até 25 de CPD de assalto,
Alugando o
Sistema CFTV (fator Segurança e março de Pavilhão sabotagem, fuga de R$ 9.500,00
sistema
de risco 1) Financeiro 2009 Comercial informação e desvio
interno
2. Implantar
Comprando R$
Sistema de Gerente Até 25 de Mitigar os perigos
Portarias o sistema 230.000,00
Controle de Segurança e maio de de assalto e fuga de
CPD financiado – Parcelar de
Acesso (Fator de Financeiro 2000 informação
em 10 vezes R$ 23.000,00
risco 2)
Mitigar os
3. Realizar
Empresa Treinamento perigos de
Treinamento Incluso no
Prestadora Até 23 de “in the job” assalto,
Operacional Por turno de preço da
de Vigilância janeiro de no próprio fuga de
Equipe de trabalho prestação de
Departamento 2009 posto de informação
Vigilância (Fator de serviço
de Segurança serviço e desvio
riscos 3)
interno
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1. INTRODUÇÃO
2. SUMÁRIO EXECUTIVO
É um resumo dom plano como um todo. Não deve ultrapassar cinco páginas.
Ressalta os pontos principais: Riscos, Análise de Riscos, Matriz de Riscos e
Plano de Ação. Deve possuir visão estratégica.
4. MAPAS DE LOCALIZAÇÃO
5. DEFINIÇÕES
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Nesta fase é levantado as origens de cada risco, ou seja, porque eles existem,
através da ferramenta dos 5 porquês.
7. ANÁLISE DE RISCOS
Nesta fase é elaborado os estudos, com base científica, das probabilidades que
cada riscos possuem de serem concretizados.
8. MATRIZ DE RISCOS
9. PLANO DE AÇÃO
10. CONCLUSÃO
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão de riscos é um processo interativo composto por etapas, que, quando
realizada sequencialmente possibilitam melhorias na tomada de decisão.
Esperamos que com essa técnica possamos facilitar a tomada de decisão dos
responsáveis pela gestão de riscos e auxiliar a implantação de medidas reais
preventivas.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACCARINI, David. Risk Management Australian Style – Theory vs. Practice. In:
Project Management Institute Annual Seminars & Symposium; 2001 Nov 1-10;
Nashville, Tennessee, USA.
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PAULUS, Paul B. Developing consensus about groupthink after all these years.
Organizational Behavior and Human Decision Processes, s.l., v. 73, n.2-3, p.
362-374, 1998.
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