Aula 1 - Direito Tributário - Parte Geral I

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Questao 1

Sobre o que estudamos acerca do tema fontes do direito tributário, isto é, sobre os pontos de onde partem,
assinale a alternativa correta.

a)
As fontes formais primárias do direito tributário se subdividem em atos normativos primários (a nível de lei),
como leis e tratados internacionais e secundários (abaixo da lei, ou “infralegais”), como os decretos e a
Constituição Federal.

b)
Fontes do direito tributário são a causa para a criação das normas jurídicas tributárias, e se dividem em
fontes primárias e secundárias, de acordo com seu grau de importância (se principais ou
complementares). Também se dividem em fontes formais e materiais, sendo as fontes materiais os fatos
do mundo real sobre os quais há incidência tributária e, as fontes formais, os documentos pelos quais o
direito tributário se expressa, tais como a Constituição Federal, as leis, decretos, resoluções, tratados,
medidas provisórias, atos normativos, decisões com eficácia normativa, costumes, convênios etc.
CORRETA

c)
São fontes formais secundárias os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; quaisquer
decisões dadas pelos órgãos administrativos de julgamento; costumes; convênios que entre si celebram a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; doutrina; jurisprudência.

d)
Fontes do direito tributário são a causa para a criação das normas jurídicas tributárias e se dividem em fontes
primárias e secundárias, de acordo com seu grau de importância (se principais ou complementares). Também se
dividem em fontes formais e materiais, sendo as fontes formais os fatos do mundo real sobre os quais há
incidência tributária e, as fontes materiais, os documentos pelos quais o direito tributário se expressa, tais como
a Constituição Federal, as leis, decretos, resoluções, tratados, medidas provisórias, atos normativos, decisões
com eficácia normativa, costumes, convênios etc.

Observação do professor:
Alternativa incorreta. Em verdade, fontes materiais são os fatos do mundo real sobre os quais há incidência
tributária e, fontes formais, os meios pelos quais as normas tributárias se expressam.
e)
São fontes formais primárias a Constituição Federal, a Emenda à Constituição, a Lei complementar, a Lei
ordinária, o Decreto, a Lei delegada, a Medida provisória, o Decreto legislativo, a Resolução e os Convênios,
tão-somente.

Questao 2

Acerca do tema vigência, aplicação, interpretação e integração da legislação tributária, NÃO é possível afirmar
que:

a)
Algumas normas tributárias possuem prazos próprios e diferentes para a entrada em vigor: atos
administrativos (como portarias e instruções normativas) entram em vigor 30 dias após a data de sua
publicação; decisões de órgãos singulares ou colegiados produzem efeitos normativos na data da sua
publicação; convênios celebrados entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entram
em vigor imediatamente; no caso de normas referentes a impostos sobre patrimônio ou renda, entrarão
em vigor no primeiro dia do exercício seguinte à publicação nos casos em que instituir ou majorar
impostos, definir novas hipóteses em que ele irá incidir, ou extinguir ou reduzir isenções concedidas por
prazo determinado e em função de algumas condições, salvo se a norma for mais tributária ao cidadão,
ao sujeito passivo. CORRETA

b)
Leis de relevante impacto devem sempre indicar o período de vacatio legis e algumas, de menor repercussão,
podem inclusive entrar em vigor a partir da data de sua publicação.

Observação do professor:
Você errou! O que se afirma nesta alternativa C é verdadeiro, conforme explanamos no item “3.1.” da Aula 1.
c)
É possível que, mesmo não estando mais vigente, uma lei possa continuar a produzir efeitos.

d)
Via de regra, a norma tributária é aplicada a acontecimentos futuros e pendentes, sendo estes os que se
iniciaram, mas ainda não foram concluídos. Excepcionalmente, poderá ser aplicada a fatos passados.

e)
A interpretação da lei tem por objetivo reconhecer, por meio de um ou mais métodos específicos, o sentido, os
objetivos, a abrangência da norma abstrata e é fundamental à sua aplicação a um determinado fato concreto. No
entanto, pode ser que as normas tragam, em seu texto, omissões e lacunas, pelo que são utilizados outros
instrumentos de interpretação denominados “critérios de integração”. Sobre estes, de acordo com o Código
Tributário Nacional, devem ser aplicados sucessivamente e na seguinte ordem: analogia, princípios gerais de
direito tributário, princípios gerais de direito público e equidade.

3 - Acerca do tópico imunidades e isenções, assinale a alternativa incorreta:

a)
As imunidades e as isenções, conferidas por leis de mesma natureza, diferenciam-se pelo fato de que,
quanto às primeiras, as pessoas (físicas ou jurídicas) ficam imunes à tributação, isto é, não podem ser
tributadas, de tal forma que a lei não poderá atribuir incidência tributária sobre aquilo que é imune. Já
com relação às isenções, há incidência tributária, mas há, também, uma exclusão da tributação, ou seja,
a dispensa do pagamento de tributos. CORRETA

b)
São exemplos de imunidades, respeitadas as exceções e requisitos legais: imunidade recíproca; imunidade
relativa a templos de qualquer culto; imunidade a livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão;
a patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores,
das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos (já que não visam lucro); imunidades
quanto à incidência de contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico sobre receitas de
exportação.

Observação do professor:
Você errou! O enunciado pede que você assinale a alternativa na qual conste alguma inconsistência. No caso, o
que se afirma está correto, conforme vimos em aula.
c)
É o próprio poder público competente para exigir o tributo que tem o poder de isentar. A União, por exemplo,
não pode isentar tributos que sejam de competência dos estados.

d)
Maria é presidente de uma entidade de assistência social, que não distribui seu patrimônio ou suas rendas a
qualquer título e cumpre a obrigação de aplicar integralmente os recursos recebidos na manutenção das
atividades sociais realizadas. No entanto, a escrituração de todas as receitas e despesas nos livros contábeis não
tem sido feita como determina a lei. Podemos dizer, portanto, que a entidade da qual Maria é presidente poderá
perder sua imunidade tributária.

e)
Supondo que você não aufere renda, não possui imóvel na zona urbana de seu Município e que sua empresa
não circula mercadorias, não deverá pagar, portanto Imposto de Renda, IPTU e ICMS, respectivamente. Neste
caso, não estamos falando de isenção ou imunidade, e sim de não-incidência tributária.

Questao 4

Acerca do que estudamos sobre tributação e o papel do Direito Tributário neste contexto, apenas uma das
afirmações abaixo está correta. Assinale-a:

a)
O Estado sempre exerceu seu poder de império de forma irrestrita.

b)
O poder de tributar é exercido de forma ilegítima pelo Estado.

c)
O direito tributário regula as relações entre Estado (sujeito ativo) e particular (sujeito passivo), tendo em vista o
pagamento e o recebimento do tributo.

Observação do professor:
Parabéns, você acertou! Como estudamos, o Estado busca recursos para o financiamento de atividades em prol
do interesse público; e uma importante fonte de arrecadação são os tributos. No entanto, seus poderes de
fiscalização e cobrança devem ser limitados, sob pena de serem cometidos abusos. Assim também, devem ser
regrados os comportamentos dos particulares. Assim, o direito tributário é o campo da ciência jurídica que
estuda as relações entre o Estado e o contribuinte, dentro deste contexto da tributação.
d)
O Direito Tributário surge das normas tributárias como leis, decretos, medidas provisórias.

e)
Atualmente, a tributação constitui a única fonte de renda do Estado, destinada à sua remuneração e a de seus
agentes, pelos serviços prestados à sociedade.

Questao 5

A Constituição Federal impõe limites ao poder do Estado de criar, modificar e cobrar tributos, limites estes que
fundamentam os princípios constitucionais do direito tributário. Sobre eles, é possível afirmar que:

a)
O princípio da anterioridade se divide em anterioridade anual e anterioridade nonagesimal. De acordo
com a anterioridade anual, os tributos, via de regra, não podem ser cobrados no mesmo exercício
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Já de acordo com o princípio
da anterioridade nonagesimal, também chamada de noventena, os entes públicos devem observar o
prazo de 90 (noventa) dias da data da publicação da Lei que criou, ou majorou o tributo, para poderem
dar-lhe efeito. Ambos, no entanto, admitem exceções, isto é, há tributos que podem ser cobrados antes
dos períodos indicados por estes princípios, tais como II, IE, IPI, IOF, Impostos Extraordinários de
Guerra, Empréstimos Compulsórios, entre outros. CORRETA

b)
Além dos princípios da isonomia, da legalidade, da irretroatividade, da anterioridade (anual e nonagesimal), da
vedação ao confisco e da liberdade de tráfego, podemos elencar os seguintes: I) imunidades; II) isenções; III)
vedação à instituição de tributo, pela União, que não seja uniforme em todo o território, ou que implique em
distinção ou preferência em relação a uma unidade federativa em detrimento de outra (permitindo-se, no
entanto, a concessão de incentivos fiscais para a promoção do desenvolvimento socioeconômico entre as
diferentes regiões do país); IV) vedação à tributação, pela União, da renda das obrigações da dívida pública dos
demais entes federativos (estados, DF e Municípios), bem como a remuneração e os proventos dos respectivos
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes); V) vedação à
instituição, pela União, de isenções de tributos que sejam de competência de outros entes da federação); VI)
vedação aos outros entes (Estados, DF e Municípios) quanto ao estabelecimento de diferença entre bens e
serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Observação do professor:
Você errou! Dentre os itens “I” e “VI”, apenas o item “II” não se enquadra como limitação constitucional ao
poder de tributar.
c)
De acordo com os princípios da isonomia, vedação ao confisco, liberdade de tráfego, respectivamente, é
vedado instituir tratamento desigual entre os sujeitos que se encontrem em situações equivalentes; o tributo não
pode ser excessivamente oneroso e desproporcional, nem ter efeito de penalidade para o cidadão, exceto quanto
às multas tributárias; os entes públicos, ao tributar operações entre estados e municípios, não podem inibir ou
limitar o tráfego de pessoas por meio do tributo, com o intuito de privilegiar ou proteger determinado território.

d)
Se o Presidente da República deseja instituir novo tributo a nível federal, poderá fazê-lo por meio de Decreto.

e)
A lei não pode cobrar tributos sobre uma situação anterior, referentemente a um fato gerador ocorrido antes do
início de sua vigência, tampouco aumentar tributos já criados, retroagindo a situações passadas, podendo ser
aplicada a fatos anteriores quando interpretativa, quando se tratar de ato não definitivamente julgado, ou
quando aplicar penalidade menos severa ao infrator, ou quando der tratamento mais benéfico que a lei anterior,
entre outros. É o que determina o princípio da anterioridade.

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