Cemiterios Oitocentistas Portugueses Os Museus Da Morte

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FRANCISCO QUEIROZ

CEMITÉRIOS OITOCENTISTAS PORTUGUESES


OS MUSEUS DA MORTE

Separata da Revista MUSEU, IV Série, N.° 7


1998
1998, 7 ■ i i B p. 89-106

CEMITÉRIOS OITOCENTISTAS PORTUGUESES


OS MUSEUS DA MORTE

FRANCISCO QUEIROZ 1

Apresentação

ecentemente, os cemitérios oitocentistas portugueses têm sido estudados

R de forma mais intensiva, em especial no que se refere aos seus aspectos


socioartísticos. Mas, tratando-se de um tema tão vasto e promissor, não
existe ainda qualquer estudo generalista sobre a arte funerária portuguesa
no século XIX.
Nos últimos quatro anos, procuramos abrir novas perspectivas para o estudo
da arte funerária portuguesa do século XIX, seguindo as pisadas de alguns pionei­
ros na área. A pesquisa, efectuada em mais de 200 cemitérios portugueses, permi­
tiu evidenciar áreas estilísticas nacionais e valorizar muitos cemitérios até hoje injus­
tamente votados ao esquecimento.
É claro que este levantamento foi realizado apenas com o objectivo de com­
plementar uma Tese de Mestrado dirigida a uma temática bastante mais específica2.
No entanto, surgiram muitos dados marginais interessantes, alguns dos quais pro­
curaremos apresentar em seguida, de forma abreviada.

1 Historiador da Arte.
2 O ferro na arte funerária do Porto oitocentista. O Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, 1833-
-1900. Tese de Mestrado em História da Arte apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto
em 1997.

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o
Outras informações mais concretas sobre os cemitérios a abordar poderão ser
encontradas no quadro anexo. No entanto, em relação aos cemitérios municipais do
Porto, podemos indicar como posterior elemento de consulta os vários trabalhos de
Gonçalo Vasconcelos e Sousa3, bem como a nossa já referida Tese de Mestrado (esta
última, sobretudo para o caso do Cemitério da Lapa e para alguns outros impor­
tantes cemitérios do país).
A relação comentada que se segue, focando os cemitérios oitocentistas mais
importantes ou mais interessantes em Portugal, poderá servir de ponto de referên­
cia para outros investigadores que necessitem realizar estudos onde os cemitérios se
incluam, como extraordinária fonte de informação socioartística para o século XIX.
Note-se, no entanto, que alguns outros cemitérios nacionais podem ter sido injusta­
mente não mencionados. Pela lista dos cemitérios visitados se pode depreender que
apenas foram cobertas exaustivamente algumas zonas do país.

Os cemitérios de Lisboa e do Porto

Como seria de esperar, nestas duas cidades se encontram os maiores, mais


importantes e mais interessantes cemitérios oitocentistas nacionais.
Comecemos por Lisboa. O Cemitério dos Prazeres é o mais elitista. Durante o
século XIX, aqui se erigiram as construções funerárias mais interessantes e monu­
mentais da capital. Basta referir o fabuloso mausoléu Palmeia, a mais imponente
construção funerária oitocentista em Portugal, no qual se utilizou uma estética pro­
fundamente simbólica, sem paralelo no resto do país4.

3 SOUSA, Gonçalo de Vasconcelos e — Cemitérios Portuenses: História e arte. Seminário policopiado apresen­
tado no curso de Ciências Históricas (ramo de Património) da Universidade Portucalense. 6 tomos, 12 volu­
mes. Porto, 1994. Tendo como base este trabalho, foram publicados alguns seus artigos, dos quais referen­
ciamos: A transferência dos restos mortais de Francisco de Almada e Mendonça para 0 Cemitério do Prado
do Repouso. Porto, 1994 (separata de ‘O Tripeiro’ , 7a série, ano XIII, n ° 6); Ser e estar perante a morte no
Porto dos séculos XIX e XX: reflexos no património cemiterial. Lisboa, 1994 (separata de "Lusitânia Sacra”, 2S
série, n.9 6); Subsídios para uma iconografia da morte no Porto do século XIX (1). Arouca, 1994 (separata de
“Poligrafia", n.s 3, pp. 124-152); Subsídios para uma iconografia da morte no Porto do século X IX (II). Porto,
1995 (separata de “Hum anista e Teologia" n ° 16, fascículos 1-2, pp. 175-213).
4 Vd. FLORES, Francisco Moita - O jazigo da fam ília Palmeia. Uma simbólica do Antigo Regime e da Ordem
Maçónica. In “História" n.9 151, Lisboa, 1992, pp. 66-81 e IDEM et ai. - Cemitérios de Lisboa: entre 0 real e
0 imaginário. Lisboa. C.M.L., 1993-

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o
Possuindo igualmente muitos monumentos de elevado valor estético e impor­
tância socioartística, o Cemitério do Alto de S. João não se situa, porém, ao nível
dos Prazeres, embora a diferença não seja muita. Na maior parte dos casos, o
Cemitério dos Prazeres terá sido uma fonte de influência para o Alto de S. João, já
que este último cemitério é ligeiramente mais tardio em termos de primeiras cons­
truções T
Não sendo municipais (muito mais pequenos) e com um fluxo mais tardio de
construções, os cemitérios das várias freguesias periféricas pertencentes ao Concelho
de Lisboa não apresentam uma virtude artística minimamente comparável aos dois
grandes cemitérios da cidade, embora existam algumas pequenas excepções, nomea­
damente no Cemitério da Ajuda.
Tal como em Lisboa, também no Porto oitocentista foram implantados dois
cemitérios municipais, a oeste e a leste do centro da cidade. No entanto, o processo
de implantação dos mesmos assumiu contornos bem diferentes do caso lisboeta. Na
cidade Invicta foi um cemitério privativo - o Cemitério da Lapa - a ditar as estéti­
cas que viriam a ser utilizadas nos cemitérios municipais da cidade: o do Prado do
Repouso, primeiro, e o de Agramonte, mais tarde.
No entanto, após a reorganização do Cemitério de Agramonte (1869) e o con­
sequente fluxo de primeiras construções, este cemitério logo começou a suplantar o
anterior cemitério municipal e mesmo o próprio Cemitério da Lapa. Não só este
último definhava por manifesta falta de espaço físico", como também em Agramonte
outras prestigiadas “Ordens” da cidade implantavam os seus cemitérios privativos
(Carmo, Santíssima Trindade e S. Francisco), que rapidamente se encheram de belos
monumentos, [fig. 1]
Em conclusão, podemos atribuir a preponderância da Lapa como cemitério de
elite e como fulcro de uma estética portuense na arte funerária, seguindo-se-lhe
Agramonte, sobretudo a partir dos últimos anos do século XIX.

5 Embora oficialmente datem ambos da mesma época, como se perceberá pelo quadro anexo.
6 O espaço do Cemitério da Lapa que hoje se encontra ocupado por jazigos-capela e mausoléus estava já
quase totalmente preenchido em 1900. Este facto permite depreender que o cemitério terá tido um enorme
índice de demolições de antigos monumentos, para que pudesse ser encontrado espaço. Sendo assim, terá
sido muitíssimo mais rico em construções oitocentistas do que actualmente.
El
Dos cemitérios das freguesias periféricas da cidade, há a referir o de Campanhã
(pelo interesse dos seus jazigos-capela), o de Paranhos (pela dimensão e pelo inte­
resse de alguns dos seus monumentos) e mesmo o de Ramalde (onde existe um
curioso jazigo cuja fachada glosa um retábulo barroco).

As áreas estilísticas nacionais

Por circunstâncias complexas que não podemos aqui desenvolver 7, os princi­


pais cemitérios de Lisboa e Porto desenvolveram-se a partir de pressupostos dife­
rentes, criando áreas estilísticas mais ou menos bem definidas e díspares entre si.
A área de influência dos Prazeres (e cemitérios afins, em Lisboa) é fortíssima
em todo o centro e sul do país, especialmente a sul do Mondego. No entanto, a
sua influência estende-se a todo o território nacional, incluindo os cemitérios do
Porto, onde, apesar de tudo, a influência foi muito mais pequena do que fariam
supor algumas circunstâncias, como a massiva vinda para o Porto de canteiros lis­
boetas.
A área de influência do Cemitério da Lapa (e cemitérios afins, no Porto) res­
tringe-se ao Entre Douro e Minho. No entanto, de forma menos evidente, esta área
alarga-se até algumas zonas interiores e mais a sul, chegando mesmo a Viseu e
Coimbra. A sul do Mondego não vislumbramos, nos cemitérios visitados, qualquer
influência estética evidente vinda dos cemitérios portuenses.
Esta questão é bastante clara se tivermos em conta o importantíssimo factor
dos materiais de construção. Em Lisboa e em toda a zona sul do país não encon­
tramos qualquer monumento em granito (o material pétreo por excelência da área
do grande Porto), a não ser em alguns casos muito esporádicos. Mas, nestes casos,
nenhuma influência directa foi encontrada em relação à estética portuense.
Ao contrário, o mármore (material pétreo típico de Lisboa), por ser um mate­
rial considerado mais nobre e a cuja utilização se associou, desde o início, a arte
funerária oitocentista dos grandes centros difusores europeus (Père Lachaise,
Staglieno), pode ser encontrado facilmente em todo o norte do país, nos cemitérios
com alguma dimensão.

7 Consulte-se a nossa já citada Tese de Mestrado.

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o
Outros cemitérios importantes, à escala regional, lograram exercer alguma
influência estética em cemitérios mais pequenos dos arredores, sobretudo pela
seguinte trilogia de factores:

• materiais pétreos comuns,


• precocidade desses cemitérios em termos de construções,
• existência de oficinas nessas localidades (este último factor intimamente
ligado aos dois primeiros).

Neste patamar podemos incluir, desde logo, o Cemitério da Figueira da Foz,


bastante precoce em constaições, com alguns monumentos muito originais, utilizando
sobretudo materiais calcários da região.
Um pouco mais tardio, mas exercendo também alguma influência estética nos
cemitérios da região do Baixo Mondego, temos o Cemitério da Conchada (Municipal
de Coimbra). A disseminação das estéticas associadas à produção de jazigos neste
cemitério foi sobretudo maior no início do século XX, com a proliferação de ofici­
nas que trabalhavam o brando calcário da região. Pela grande ligação às interven­
ções de restauro então realizadas em monumentos tardimedievais / renascentistas da
cidade (e não só), estas oficinas (das quais destacamos a de João Machado), origi­
naram um gosto mimetista muito caro à herança de João de Ruão ou Hodarte. No
início do século XX, estas estéticas foram propagadas por alguns cemitérios nacio­
nais, encontrando-se exemplares bastante distantes de Coimbra (no Algarve, por exem­
plo, ou mesmo no Cemitério de Famalicão). [fig. 2]
Também numa região de pedra calcária muito branda (e, por essa razão, com
muitos valiosos monumentos funerários em estado de ruína), encontramos o Cemitério
de Leiria. Muitíssimo interessante, sobretudo pelas estéticas originais e anormalmente
monumentais dos seus jazigos-capela, este cemitério terá tido alguma influência em
redor, embora não tenhamos feito levantamentos que o possam provar, [fig. 31
Outra importante área estilística, que tem sobretudo razão de ser devido à ques­
tão dos materiais pétreos, é o eixo Estremoz — Borba — Vila Viçosa. Os cemité­
rios desta região não são particularmente interessantes, sobretudo porque terão sido
os canteiros de Lisboa quem primeiro aplicou o belo mármore da região à arte fune­
rária. Apesar de não serem muito tardios em termos de estabelecimento, cemitérios

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o
como os de Estremoz, Vila Viçosa, Eivas ou Borba só possuem monumentos de ofi­
cinas locais, erigidos com os materiais locais, nos finais do século XIX. Mas, mesmo
estes, glosam excessivamente a estética lisboeta.
Em Lamego encontramos a secção lateral de jazigos-capela mais interessante
de todo o país (exceptuando-se, evidentemente, os principais cemitérios do Porto8).
[fig. 4]
Uma menção especial ao Cemitério de Braga. Bastante tardio na construção
(tratando-se de uma cidade importante), recebeu um fluxo tão grande de monu­
mentos logo após a sua abertura que deu imediatamente origem a oficinas de már­
more locais. Estas oficinas imprimiram também o seu cunho próprio aos monumen­
tos aqui construídos e um exemplo concreto é a grande proliferação de monumentos
em mármore rosa que aqui podem ser encontrados. Alguns canteiros estabelecidos
no Porto montaram mesmo filiais em Braga, tal era o volume de encomendas. Se
exceptuarmos os principais cemitérios de Lisboa e Porto, o Cemitério de Braga será
talvez o mais importante cemitério português em número de construções ainda do
século XIX. Aqui podem ser encontrados inúmeros monumentos de qualidade supe­
rior, em especial os erigidos pelos muitos brasileiros naturais da região.
Para finalizar a questão das áreas estilísticas há que referenciar o eixo Aveiro-
-Ovar, tendo como fulcro o interessante Cemitério de Aveiro. Nesta região, a pedra
foi muitas vezes substituída por materiais menos nobres e encontramos até jazigos-
-capela totalmente em alvenaria e reboco, facto impensável em Lisboa (e mesmo no
Porto, onde o emprego desses materiais era até proibido pelos regulamentos, embora
nem sempre estes fossem cumpridos).

Em alguns outros cemitérios nacionais encontramos monumentos precoces,


construídos em materiais locais, que poderiam ter originado estéticas regionais pró­
prias. No entanto, estes cemitérios foram posteriormente inundados por construções
estereotipadas, à imagem do que se erigia então nos cemitérios de Lisboa, muito
mais baratas e cosmopolitas, [fig. 51 Consequentemente, essas estéticas regionais não
puderam desenvolver-se. Sucedeu este fenómeno nos cemitérios de Faro [fig. 6],
Castelo Branco ou Portalegre, por exemplo.

8 Não incluímos aqui Lisboa, porque a ideia de secção lateral nào se aplica à arte funerária da capital.

JL
n
Semelhante processo de estandardização sucedeu também em alguns cemité­
rios do norte do país, onde o despontar de estéticas próprias foi abafado pela avas­
saladora moda construtiva que vinha do Porto. No entanto, são casos mais raros e
não tão marcados, já que a própria estética funerária portuense era muito menos
estandardizada que a lisboeta.
No caso de Viseu, por exemplo, foram tanto as estéticas portuenses como as
lisboetas que ensombraram o surgir envergonhado de uma moda regional na arte
funerária.
Em Santarém, a estética miniatural lisboeta foi adoptada com variações regio­
nais bastante subtis e de algum interesse. No entanto, o cemitério dependeu mui­
tíssimo dos cânones construtivos dos Prazeres. [fig. 7]

Apesar de não possuírem particulares originalidades estilísticas, optamos por


referir mais alguns cemitérios que consideramos bastante interessantes, apontando as
justificações genéricas para cada caso:

• Viana do Castelo, Vila Real, Póvoa de Varzim, Penafiel, Matosinhos (cemité­


rio antigo), Rio Tinto, Gondomar, Águeda, Beja e Lagos — pelo número de
monumentos com valia estética;

• Évora e Setúbal — pela grandiosidade do cemitério e pelo número de monu­


mentos com valia estética;

• Covilhã e Régua — pelo número de monumentos com valia estética e pela


originalidade de alguns;

• Sto. António dos Olivais e Valongo — pelo curioso de alguns monumentos


e também pela importante percepção das várias fases de construção;

• Guimarães, Tomar e Barcelos — pelas tipologias muito próprias nos gra-


deamentos e portões de jazigos-capela e pelo próprio número de monu­
mentos com interesse;

• Ponte de Lima — pela sua curiosa planta centrada.


o
Conclusão

Cada cemitério oitocentista conta uma importante história ao nível local, de


mentalidades, de hierarquias sociais, de hábitos e estéticas. Qualquer um dos cemi­
térios anteriormente referidos mereciam, claramente, um estudo monográfico apro­
fundado.
Lançamos aqui um repto evidente ao seu estudo individualizado, que permiti­
ria certamente alertar consciências para as variadas formas de destruição a que estes
estão expostos. Afinal, os mais importantes cemitérios oitocentistas do país são ver­
dadeiros museus da morte e foram mesmo concebidos para o serem. Como espaços
museológicos abertos mereciam mecanismos de protecção patrimonial específica. Já
é tempo de recuperarmos o atraso e atentarmos na forma como outros povos euro­
peus têm protegido os seus cemitérios monumentais.

Quadro estatístico dos cemitérios portugueses visitados

Legenda:

COLUNA A — Nome do cemitério (e concelho a que pertence, no caso de pequenas localidades).


(Nlev) — Nào foi objecto de levantamento ou este foi apenas parcial.
( cp) — Cemitério privativo (não paroquial ou municipal) pertencente a uma confraria, ordem ou irmandade.

COLUNA B — Data de criação do cemitério:


1855 A — segundo epígrafe à entrada do cemitério (normalmente no portão ou no coroamento do portal de
entrada, embora possa também existir numa placa ou inscrição no muro).
c.1855 — segundo uma estimativa nossa.
1855 C — segundo a cruz central.
1855 E — ano dos primeiros enterramentos.
1855 V — segundo DIAS, Vítor Manuel Lopes — Cemitérios. Jazigos e sepulturas. Monografia. Porto, Editorial
Domingos Bandeira, 1963, p. 98.

COLUNA C — Período a p artir do qual o cem itério com eça a receber construções (capelas e/ou
mausoléus):
1855 D — a construção datada mais antiga é deste ano, podendo, no entanto, existir muitas outras construções
anteriores não datadas.
c.1855 — estimativa nossa.

JL
o
COLUNA D — Distância do cemitério à igreja, capela ou convento mais próximos:
A — contíguos.
B — área envolvente.
C — outro lado de uma rua.
D — afastado (n.8 de metros).
E — local ermo (na época em que o cemitério foi construído), embora possam existir casos em que o cemité­
rio tivesse sido criado em terrenos de urna antiga igreja, capela ou convento entretanto demolidos.

COLUNA E — Importância e dimensão do cemitério, tendo apenas em conta o número de monumentos


funerários do séc. XIX (ou construídos epigonalmente ainda em linguagem oitocentista, até finais da
primeira década do séc. XX).
A — cemitério pequeno ou de pouca importância (cemitério de aldeia).
B — cemitério de uma povoação populosa, com alguns monumentos.
C — cemitério de alguma relevância (normalmente, de uma vila importante ou de uma pequena cidade).
D — cemitério importante (normalmente, de uma cidade).
E — cemitério muito importante.
Interesse do cemitério em termos de originalidade, antiguidade e monumentalidade dos trabalhos em
ferro e pedra.
(-) — cemitério sem grande interesse, por possuir obras muito estereotipadas ou por não possuir quase nenhuma
obra do séc. XIX.
( ) — cemitério com algum interesse.
(+) — cemitério com grande interesse.

A B C D E

ABRAGÀO (Penafiel) 1882 A - - A-


ADAES (Barcelos) 1882 A - B A
AGRAMONTE - PORTO 1855 E c.1869 E E+
AGRAMONTE - ORDEM TERCEIRA DA SS.m TRINDADE (cp) 18729 / 187410 c.1875 E D+
AGRAMONTE - ORDEM TERCEIRA DE S. FRANCISCO ( cp) 187111 c.1873/4 E CD
AGRAMONTE - ORDEM TERCEIRA DO CARMO (cp) 186912 c.1871 E E+
AGRELA (Santo Tirso) 1888 A - B A-
AGUAS SANTAS (Maia) 1881 D B B+
AJUDA (Lisboa) 1786 V 13 - E CD+
ALCOBAÇA (cemitério antigo) - A AB+
ALCOBAÇA (cemitério novo) 1903 A E B-
ALFENA (Valongo) 1884 A 1885 D AB

9 Data do regulamento do cemitério.


10 Data da primeira concessão de terreno para jazigo.
11 Data da aquisição do terreno para a construção do cemitério.
12 A parte mais recente do cemitério foi inaugurada em 31 de Outubro de 1904 (segundo epígrafe no local).
13 A data apontada é a da origem remota, o cemitério oitocentista aí existente não possui vestígios de tal época.
19 Parte deste cemitério foi desmantelado. As minas ainda podem ser observadas junto à sacristia do Mosteiro
de Alcobaça.

-2Z.
n
ALTO DE S. JOÀO - LISBOA (M a) 183415 / 1841 A 1847 D E E+
AMARAME 1881 A E B
ARCOS DE VALDEVEZ 1856 A 1879 D B 16 BC
ARCOZELO (Caia) 1889 D C AB
ARCOZELO (Ponte de Lima) E A-
ARREIGADA (Paços de Ferreira) B A-
ARRIFANA (Sta. Maria da Feira) 1895 C D 100 A-
ÁRVORE (Vila do Conde) 1886 A 1888 D B AB+
AVEIRO 1838 V / 1860 A 1857 D D 150 D+
AVELEDA (Vila do Conde) 1897 A 1898 D B A+
AVINTES (Gaia) 1858 A B AB
BALAZAR (Póvoa de Varzim) 1914 - 1915 A 1926 D D 150 A-
BALTAR (Paredes) 1892 A D 150 A
BARCA (Maia) 1882 A B A
BARCELIXHOS (M a) 1882 A E At-
BARCELOS 1877 A E Cr-
BARRAIS (Marco de Canaveses) 1901 A E A-
BEIRE (Paredes) 1884 A E A-
BEJA 1871 A E C
BENFICA (Lisboa) 1869 V E C
BITARAES (Paredes) B A-
BONFIM (Porto) (cp) 1849 17 1877 D B C+
BORBA 1837 A E B
BRAGA 1870 E / 1870 A c. 187118 E DE+
BRAGA - SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE BRAGA (cp) E CD
BRAGANÇA 1839 19 / 1856 A 1868 D E BC
BUSTELO (Penafiel) - D 200 A-
CABEÇA SANTA - S. SALVADOR DA GÂNDARA (Penafiel) 1892 A D 200 A
CAÍDE DE REI (Lousada) 1885 A 1886 D C A
CALDAS DA RAINHA - E BC
CAMINHA - 1858 D AB BC+
CAMPANHÀ (Porto) 186720 1870 D B BC+

15 Data do primeiro termo de enterramento (Maio desse ano), embora já em 1833, aquando da mortífera epi­
demia de cholera morbus, os terrenos tenham sido utilizados para enterramentos.
16 Construído em frente à Igreja de S. Bento, na cerca da quinta pertencente aos frades Capuchinhos,
17 Segundo o projecto, publicado em SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e - Subsídios para uma iconografia da
morte... (I), p. 139-
18 Porque existem monumentos de oficinas que, em finais de 1872, já tinham desaparecido ( Emídio Amatucci
e Viúva Almeida Costa).
19 Segundo uma epígrafe existente no cemitério.
20 A data corresponde, quer à planta aprovada para a sua construção, quer à epígrafe no portal de entrada.
Cf. SILVA, Francisco Ribeiro da - 0 Concelho de Campanhã (1834-1837). Passos de uma vida efémera. In
“O Tripeiro'’, 7.a série, ano X, n.8 3, Porto, Março de 1991, pp. 79-85.

M
CAMPO (Valongo) 1878 A - C A-
CANELAS (Gaia) 1896 a - B A
CANÍDEO (Gaia) B A
CARAMOS (Felgueiras) 1887 A B A
CASTELO BRANCO 1860 A c.1875 E C+
CETE (Paredes) - B A-
CHAVES 1887 A (2I) E BC
COXCHADA - COIMBRA 1858/59/6022 1871 D E CD+
COVILHÃ 1881 A 1881 D E C+
CRESTUMA (Gaia) 1928 A - E A-
CR1STEL0S (Lousada) 1883 A - B A
CROCA (Penafiel) - - C A-
CUCUJÀES (Oliveira de Azeméis) 1880 A 1883 D B AB+
CUSTÓIAS (cemitério antigo)23 - 1865 D A AB+
ELVAS 1861 A 1870 D AB C
ESMORJZ (Espinho) 1875 A 1912 D D 80 AB-
ESPOSEXDE - E AB-
ESTELA (Póvoa de Varzim) (A'leu) - - B A-
ESTREMOZ (A7ít>) 1861 A - B B
EVORA 1840 V / 1844 A 1841 D B D+
FAMAUCAO 1910 A 21 E B-
FAXZERES (Gondomar) 185425 / 1874 A 1888 D A B+2(l
FAO - (Esposende) 1882 A 1886 D E B+
FARO 1864 A - D 50 C+
FELGUEIRAS 1865 A E B
FIGUEIRA DA FOZ 1840 A 1871 D B CD+
)
FOLGOSA (Maia) 1886 A B A
FONTELAS (Régua) 1879 A 27 c. 1879 E A
FOZ (Porto) 1881 28 / 1887 A - E AB+

21 Possui alguns monumentos certamente mais antigos do que a data assinalada no portão.
22 São as várias datas que se apresentam à entrada do cemitério.
23 Actualmente só possui capelas, estando parcialmente desactivado. Existe um outro cemitério, a 150 metros
do anterior, da segunda década do séc. XX.
24 Porque possui uma capela da oficina de Severiano João de Abreu (Lisboa), provavelmente o cemitério será
bastante anterior a 1893 (data de falecimento deste canteiro). A dita capela pode eventualmente também ter
sido trazida de um outro cemitério.
25 Data das primeiras obras. Cf. GOMES, Maria de Fátima Isidro Martins - Temendo a morte. Alguns aspectos de
vida em Gondomar, 1834-1893■ Freguesias de Fânzeres, S. Cosme, S. Pedro da Cova. Rio Tinto e Valbom. Tese
de Mestrado em História Moderna, policopiada, Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 1996,
p. 165.
26 No exterior do cemitério existe também um jazigo-capela interessante.
27 A mesma data também é referida, em epígrafe, na capela mortuária.
28 Data da vedação do cemitério, segundo o projecto publicado em SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e - Subsídios
para uma iconografia da morte... (I), p. 147.
o
FREAMUNDE (Paços de Ferreira)_________________________________1872 A___________ -____________ BC AB+
FUNDÃO 1875 A - E B
FUSETA (Olhào) 191ÓA - B AB
GALEGOS (Penafief) 1884 A - A-
GEMUNDE (Maia) 1868 A 1866 D AB AB+
GODIM (Régua) 1859 A - C AB+
GOIS - 1879 D A B
GONDO.MAR (S. COSME) 1858/3929/1862 A 1866 D 30 B B+
GRIJÓ (Gaia) 1900 A 1900 D D 100 AB
GUE1FÀES (Maia) - 1869 D AB B+
GUILHABREU (Vila do Conde) - 1873 D BC AB+
GU1LHUFE (Penafiel) - - C A-
GUIMARÃES - - E CD+31
GULPILHARES (Gaia) - - B AB
INGLESES (Porto) (cp) (Nlev) 1789 E 32/1813 V - AB AB33
JOV1M (Gondomar) 1873 A - B A
LAGOS - 1878 D E C+
LAMEGO 1852 A/1885 A 31 1860 D E C+
LANHAS (Vila Verde) (Xlev) - B A
LAPA (Porto) (cp) 183335 / 183736 c.1839 B E+
LEÇA DA PALMEIRA 1858 A 1867 D B B+
LEIRIA 187037 1888 D E C+
LEVER (Gaia) 1897 A 1910 D A-
UNDOSO (Ponte da Barca) 1919 A / 1924 A - E A-
LODARES (Lousada) 1891 A 1909 D - A
LORDELO (Paredes) 1890 A 1891 D C AB
LORDELO (Porto) 1872 V 1874 D D 250 B+
LOULE 1915 A 1906 D E B-
LOUREIRO (Régua) - - B A
LOUSÀ - 1875 D E B
LUZIM (Penafiel) 1911 A - B A-

29 Cf. GOMES, Maria de Fátima I. M. - Ob. cit, p. 165.


30 Os monumentos mais antigos são precisamente algumas capelas de grande volumetria,nitidamenteinfluen­
ciadas pelas capelas construídas, em finais dos anos 50 eprincípios dosanos 60, na secção lateral do
Cemitério da Lapa.
31 Os grandes motivos de interesse estão no trabalho do ferro.
32 Cf. SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e - Subsídios para uma iconografia da morte... (I), p. 132.
33 Pela sua natureza específica, não possui trabalho em ferro. É umcemitério de pequenas cruzes ecabeceiras.
34 Ambas as datas se encontram à entrada do cemitério.
35 Data de criação oficial.
36 Data de inauguração.
37 Data da criação oficial.

100
o
MADALENA (Gaia) 1891 38/1892 39 1892 B AB
MAFAMUDE (Gaia) 1855 ■
*0/T891 A 1864-“ B B
MA1A 1868 A - AB B
MARCO DE CANAVESES - 1889 D E B
MARECOS (Penafiel) - D A-
MARIZ (Barcelos) C A-
MATOSINHOS (cemitério antigo) 1856 A/ 1856 V 1863 D B C+
MEIXEDO (Lousada) - - D 300 A-
MIRANDA DO CORVO 1875 A - B B
MODIVAS (Vila do Conde) - - BC A-
MOREIRA (Maia) 1879 A c. 188142 D 300 B
MOSELOS (Sta. Maria da Feira) 1870 A 1883 D A AB+
MOSTEIRO (Sta. Maria da Feira) 1885 A B A
MOSTEIRO (Vila do Conde) 1872 A 1881 D B A+
MOURA (A M i 7 B B
NAZARE - PEDERNEIRA 1909 A 43 A B-
NEVOGILDE (Porto) 1840 V B A-
NOGUEIRA DA MAIA 1884 A A
NOVELAS (Penafiel) - E A-
OBIDOS - - B AB
OLDRÒES (Penafiel) 1908 A - - A-
OLHAO 1852 A * 1892 D E B
OLIVAL (Gaia) 1881 A 1903 D B AB
OLIVEIRA DO DOURO (Gaia) 1867 A B B
OVAR 1859 A - B BC+
PAÇO DE SOUSA (Penafiel) 1890 A 1874 D A A+
3AÇ0S DE BRANDAO (Sta. Maria da Feira) 1869 A 1902 D B AB-

38 A 9 de Outubro de 1891, foi dado como concluído. A data de 1891 surge também no portão de entrada.
Mais informações sobre este cemitério podem ser encontradas em Santa M aria Madalena de Fermucia.
Subsídios para uma Monografia. Madalena, Junta de Freguesia da Madalena. 1997 (vol. I), obra colectiva por
nós coordenada.
39 Data do regulamento. Cf. Regulamento do cemiterio parochial da freguezia de Santa Maria Magdalena do
concelho de Gaya. Gaya, Typographia Julio Batalha, 1892.
40 Setembro desse ano. Sobre este cemitério veja-se BORGES, Américo Augusto Moutinho - Tendências histó-
rico-artísticas do século XIX. Neogótico nos cemitérios do concelho de Vila Nova de Gaia. Trabalho de semi­
nário, 2 vols., s.I., Universidade Portucalense, s.d., vol. II, pp. 45-55.
41 Data da autorização dada a construções. IDEM - Ibidem.
42 A julgar pela epígrafe da maior capela do cemitério, construída na oficina de António Coelho de Sá 6 Fernando
Correia da Silva.
43 A data, à entrada, refere-se a um aumento efectuado no cemitério já existente.
44 Apesar da data de 1852, no portal de entrada, oficialmente o cemitério foi apenas aberto em 1 de Novembro
de 1853. No entanto, só a partir de 1875 existem livros de enterramentos. Devemos esta informação ao admi­
nistrador do cemitério, Sr. Vítor Manuel Mendes.

101
o
PAÇOS DE FERREIRA___________________________________________ 1897 A___________ -____________ E B-
PARAMOS (Espinho) - 1918 D B A-
PARANHOS (Porto) 1873 n / 1874 V 1875 D D 250 B+
PAREDES 1885 A 1891 D E B-
PEDROSO (cemitério antigo) (Gaia) 1869 A 1868 D C AB+
PEDROSO (cemitério novo) (Gaia) (Ma1
) 1912 A / 191916 7 D 150 A-
PEXAFIEL 187047 1879 D E C+
PENICHE 1875 A E B
PERAFITA (Matosinhos) 1872 D B B+
PEREIRA (Montemor-o-Velho) 1850 / 1865 A 1869 D E A
PERELHAL (Barcelos) 1887 A B A-
PEROSINHO (Gaia) 1891 A B A
PONTE DE LIMA48 E BC
PORTALEGRE 1878 A c. 185619 E BC+
POVOA DE VARZIM 1889 A / 1892 V (») E C+
PRADO DO REPOUSO - PORTO 1839 - E E+
PRADO DO REPOUSO - CONF. SS.M0 SACR0 DE STO. ILDEFOXSO (cp) 1868 V / 186931 - E AB-
PRADO DO REPOUSO - ORDEM DO TERÇO E DA CARIDADE (cp) 1871 V 32 / 187633 1876 D E B
PRADO DO REPOUSO - STA. CASA MISERICÓRDIA DO PORTO (cp) 186231 - E BC+
PRAZERES - LISBOA (Ma!) 183570 1836 D E E+
RAMALDE (Porto) 1862 V 1863 D B B+
RANS (Penaftel) (Aleu) 7 - 7 A-
RATES (Póvoa de Varzim) 1907 A - D 150 A-
REBORDOSA (Paredes) 1886 A 1876 D A AB+
REGUA 1849 A D 150 B+
RETORTA (Vila do Conde) 1907 D D 50 A-

v_/>

1864 D B BC+
oo

CC

RIO TINTO (Gondomar)

43 Data da vedação do cemitério. Cf. SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e — Subsídios para uma iconografia da
morte... (I), p. 146.
46 Epígrafe na capela mortuária.
47 Data da criação oficial. As catacumbas estão datadas de 1877.
48 Curioso cemitério em planta hexagonal radiada.
49 A julgar pela majestosa capela de Manuel Andrade Sousa (1788-1855), a primeira a ter sido construída no
cemitério.
,0 Muitos dos monumentos existentes neste cemitério foram deslocados do cemitério antigo (datado de 1866 e
ocupado com monumentos, pelo menos, desde 1870). entretanto desactivado por ser exíguo.
51 Cf. SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e — Subsídios para uma iconografia da morte... (I), p. 134.
52 A mesma data é apontada em SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e — Subsídios para uma iconografia damorte...
(I), p. 134.
33 Epígrafe da capela mortuária.
54 Cf. SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e — Subsídios para uma iconografia da morte... (I), p. 134.
55 A data do primeiro termo é de Janeiro de 1835, embora o cemitério tivesse sido oficialmente criadoem
1833, aquando da epidemia de cholera morbus.
36 Aquisição do terreno. Cf. GOMES, Maria de Fátima I. M. — Ob. cit., p. 165.

102
El

S. FELIX DA MARINHA (Gaia) 1892 A B A-


S. JOAO DA MADEIRA 1868 A 1885 D C BC
S. IOAO DE \TR (Sta. Maria da Feira) - 1905 D B AB
S. MAMEDE DE INFESTA 1855 A 1857 D C BC+
S. MAMEDE DO CORONADO (Santo Tirso) - D 100 A-
S. MARTINHO DE VALBOM (Vila Verde) (Afe) C A-
S. MARTINHO RECEZINHOS (Penafiel) - A A-
S. PEDRO (Bragança) f AB A-
S. ROMAO DO CORONADO (Santo Tirso) B A-
SANDIM (Gaia) 1907 A B A-
SANTA COMBA DAO E AB-
SANTA CRUZ DO BISPO 1867 D A AB+
SANTARÉM 1835 V AB D+
SANTO TIRSO 1886 V E BC
SERPA (Aleu) E BC
SERZEDO (Gaia) 1914 A 57 D 100 A-
SETÚBAL 1848 A B CD+
SILVALDE (Espinho) B AB-
SILVARES (Lousada) 1887 A B A
SOBRADO (Valongo) 1867 / 1889 A 58 B A+
STA. MARIA DA FEIRA 1853 A 1889 D B B
STA. ALARIA DE LAMAS (Sta. Maria da Feira) - 1877 D B AB
STA. MARINHA (Gaia) 1874 1875 D E C+
STA. MARTA (Penafiel) CYk) 5 A-
STO. ANTÓNIO DOS OLIVAIS (cemitério antigo) (Coimbra) 1856 / 1880 59 1869 D A A+
STO. ANTONIO DOS OLIVAIS (cemitério novo) (Coimbra) 1898 A60 1887 D B A
TAVIRA 1918 A E C
TERROSO (Póvoa de Varzim) (A'/«•) - D 300 A-
TOMAR 1872 E E C+
URRÔ (Penafiel) (.Yk) A-
VALADARES (Gaia) - 1876 D A B+
VALBOM (Gondomar) 1866 61 / 1866 A 1866 D B B+
VALENÇA (AtoO f E BC+
VALONGO (cemitério antigo)62 1863 A 1864 D A B+

17 Ao longo do gradeamento, pode ser observada a data de 1916, com a referência ao benfeitor que ofereceu
o gradeamento.
18 Fundado em 1867, pelo Visconde de Oliveira do Paço, e ampliado em 1889 (segundo epígrafe no portão).
,9 0 muro está datado de 1880 e foi mandado construir por Miguel Osório Cabral de Castro, titular de uma
capela, ali construída em 1879.
60 0 portão, devido ao benfeitor José Canas Júnior, indica a data de 1898, embora 0 cemitério seja muito mais
antigo. Já existia em 1874, pelo menos. Cf. BARROS, Paulo de — Questões de Hygiene e de agricultura.
Cemitério e incineração de cadáveres. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1874. p. 13.
61 Estava pronto neste ano. Cf. GOMES, Maria de Fátima I. M. — Ob. cit., p. 165.
62 Encostado à igreja, em cunha.

103
n
VALONGO (cemitério novo)63 1887 A - D 100 B-
VÁRZEA DE S. BENTO (Barcelos) 1886 A - C A
VENDAS NOVAS 1902 D E B-
VERMOIM (Maia) 1887 D AB AB+
VIANA DO CASTELO(>l 185565 1867 D AB C+
VILA BOA DE QUIRES (Marco de Canaveses) - 1876 D B A+
VILA COVA DA LIXA (Felgueiras) 1879 A E A-
VILA DO CONDE - - C BC
VILA DO CONDE - ORDEM TERCEIRA DE S. FRANCISCO (cp) 1888 A 1890 D C B

VILA FLOR 1875 A - - A


VILA REAL 1841 A / 1843 A66 1868 D A C+
VILA VIÇOSA - - A B
VILAR DE ANDOR1NHO (Gaia) 1892 A E 200 A
VILAR DO PARAÍSO (Gaia) 1889 67 / 1890 A 1882 D B BC
VILAR DO PINHEIRO 1879 A - C A+
VISEU 1856 A 68 E C+

Nota final

0 processo de levantamento socioartístico dos cemitérios oitocentistas portugueses tem


vindo a alargar-se progressivamente, prevendo-se para breve novas contribuições nossas sobre
este tema, onde se incluirão cemitérios que não constam ainda da relação anexa. Veja-se,
por exemplo, a série de artigos Contributo para a história dos Cemitérios de Gaia (em publi­
cação no “Boletim da Associação Cultural Amigos de Gaia”) e o trabalho Especifidades da
Arte Funerária Oitocentista na Região da Serra de S. Mamede (no âmbito do Programa
Nacional de Bolsas para Jovens Historiadores e Antropólogos, da Fundação da Juventude).

63 Este cemitério foi construído cerca de 100 metros atrás do anterior. O espaço entre estes dois cemitérios foi
posterionnente ocupado com construções funerárias.
64 Incluindo o Cemitério Privativo da Ordem Terceira de S. Francisco,contíguo ao Cemitério Municipal.
65 Ano da inauguração. Cf. FEIJÓ, Rui Graça / CABRAL, João Pina — Um conflito cie atitudes perante a morte.
A questão dos cemitérios no Portugal contemporâneo. In “A morte no Portugal contemporâneo. Aproximações
sociológicas, literárias e históricas". Lisboa, Editorial Querco, 1985, p. 197. A indicação surgida na obra é a
de 1885, mas trata-se certamente de uma gralha, uma vez que a referida epidemia de cólera deu-se em
1855.
66 Datas de início e fim da sua construção.
67 O Administrador do Concelho de Gaia mandou um ofício a pedir à Junta de Paróquia da .Madalena (fre­
guesia vizinha) que não enterrasse pessoas de Vilar do Paraíso no adro da sua igreja, já que estes possuíam
um cemitério, acabado de fazer. Cf. ARQUIVO DA .JUNTA DE FREGUESIA DA MADALENA, Livro de Actas,
1883-1899, fl. 131, de 7 de Julho de 1889.
68 Data do primeiro enterramento (3 de Abril desse ano).

104
El

fig. 1— Envolvidos pelos prédios da cidade, os cemitérios Eig. 2 — Cemitério da Conchada (Coimbra). Detalhe de um
municipais do Porto sâo museus ao ar livre, expostos a jazigo-capela construído por Joào Machado em finais do séc.
numerosas agressões atmosféricas. XIX. A notar a estética revivalista do Renascimento coimbrão.

fig. 3 — Cemitério de Leiria. Capela


n.° 1. Magnífico exemplo de jazigo-
-capela, sem paralelo no País.

101
n

Fig. 4 — Cemitério de Lamego. Pormenor da secção lateral. As duas capelas à


esquerda estão datadas de 1861 e 1884, respectivamente. A capela à direita
ostenta a data de 1875.
Fig. 5 — Cemitério do Alto de S. João.
Capela estereotipada do início do séc. XX.

Fig. 7 — Cemitério de Santarém. Duas capelas muito influen­


ciadas pela estética funerária de Lisboa. À esquerda, cons­
truída em 1893 na oficina de Marcolino Cesário Santos
Fig. 6 — Original capela no cemitério de Faro, construída (Rua do Cais de Santarém, em Lisboa). À direita, dos
com materiais da região. viscondes de Landal.

106

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