Estudo Da Embriologia 2
Estudo Da Embriologia 2
Estudo Da Embriologia 2
A meiose no testículo é diferente, ela ocorre todos os dias e gera milhares de gametas,
chamados de espermatozóides. Eles ficam armazenados no epidídimo, dentro da bolsa
escrotal, esperando para serem excretados do corpo pela ejaculação.
OVULAÇÃO
A ovulação é a liberação, pelo ovário, de um ovócito maduro, ou seja, de um ovócito que
já pode ser fecundado. Os eventos cíclicos que ocorrem no ovário e que incluem o
processo de ovulação fazem parte do chamado ciclo ovariano.
Esse ciclo apresenta relação direta com o ciclo uterino, sendo a ovulação observada em
um momento em que o revestimento do útero (endométrio) está preparado para a
implantação de um embrião caso ocorra uma gravidez. Percebemos então que o ciclo
reprodutivo da mulher envolve dois ciclos, o uterino e o ovariano
Ciclo ovariano
O ciclo ovariano é observado nos ovários e apresenta, como um de seus eventos
marcantes, a liberação do ovócito, ou seja, a ovulação. A cada ciclo, alguns folículos
(estrutura que contém o ovócito em desenvolvimento) começam a desenvolver-se,
entretanto, geralmente, apenas um deles atinge a maturidade plena.
Esse ciclo tem início com a liberação do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).
Esse hormônio é responsável por estimular a liberação de FSH (hormônio folículo
estimulante) e LH (hormônio luteinizante) pela adeno-hipófise. O FSH promove o
crescimento do folículo, sendo este auxiliado pelo LH.
À medida que as células do folículo crescem, observa-se a produção de estradiol. O
estradiol é liberado lentamente durante toda a fase folicular do ciclo ovariano. Essa fase
caracteriza-se pelo crescimento do folículo e pelo amadurecimento do ovócito.
Quando em baixas concentrações, o estradiol é responsável por inibir a ação dos
hormônios hipofisários, sendo responsável, portanto, por manter os níveis de FSH e LH
baixos. À medida que a secreção de estradiol aumenta, os níveis de FSH e LH aumentam
rapidamente.
O folículo que está em fase de amadurecimento aumenta-se, formando uma protuberância
na superfície do ovário. Nessa fase o folículo apresenta uma cavidade cheia de líquido.
Em decorrência da ação do FSH e do pico de LH, ele e a parede do ovário rompem-se,
levando à liberação do ovócito secundário. Essa liberação é a ovulação e ocorre por volta
da metade do ciclo menstrual.
Após a ovulação, inicia-se a chamada fase lútea do ciclo ovariano. Nela o hormônio LH
age estimulando o tecido folicular do folículo que se rompeu a formar o corpo lúteo. O
corpo lúteo é uma estrutura glandular que, sob o estímulo de LH, é responsável por
secretar progesterona e estradiol. Esses dois hormônios atuam reduzindo a secreção de
LH e FSH, ação que evita a liberação de outro ovócito.
Caso a mulher não fique grávida, no final da fase lútea, o corpo lúteo desintegra-se,
formando uma massa de tecido cicatricial chamada de corpo albicans. Com isso, ocorre
uma redução do estradiol e da progesterona. A redução desses dois hormônios faz com
que a hipófise comece a liberar FSH para que um novo ciclo ovariano inicie-se. A
ovulação é o momento em que o ovócito maduro é liberado. Como esse ovócito está apto
para a fecundação, o período próximo que antecede esse evento e o período que o sucede
são chamados de período fértil.
Geralmente se considera o período fértil como os cinco dias que antecedem a ovulação e
os dois dias que o sucedem. Esse período que antecede a ovulação é importante, pois,
embora o ovócito sobreviva por cerca de 24 horas, o espermatozoide pode permanecer
ativo por cerca de cinco dias.
Determinação do período fértil
Para realizar o cálculo do período fértil, é fundamental que a mulher anote, por, pelo
menos, seis meses, o padrão do seu ciclo menstrual. Para isso é necessário anotar, todos
os meses, a data em que se iniciou cada menstruação. Feito isso, a mulher deve observar
o número de dias de cada ciclo. Essa contagem inicia-se com o primeiro dia da
menstruação e finaliza-se no dia que antecede a menstruação seguinte.
Após anotar a duração dos ciclos, a mulher deve calcular a diferença entre o seu ciclo
mais longo e o mais curto. Imaginemos, por exemplo, que uma mulher possua seu ciclo
mais longo de 32 dias e o mais curto de 26. Subtraindo esses dois valores, temos que a
diferença entre eles é de seis dias. Caso a diferença seja maior que 10, a mulher não poderá
utilizar essa técnica para determinar o dia fértil.
Caso a mulher apresente a diferença entre os ciclos menor que 10, ela deverá seguir estes
passos:
Subtrair 18 do ciclo mais curto.
Subtrair 11 do ciclo mais longo.
Ao subtrair 18 do ciclo mais curto, ela terá o início do seu período fértil. Ao subtrair 11
do ciclo mais longo, ela terá o fim do seu período fértil.
Seguindo o exemplo anterior, temos:
Início do período fértil: 26 - 18 = 8
Fim do período fértil: 32 - 11 = 21
Com isso o período fértil dessa mulher compreende do 8º até o 21º dia do seu ciclo
menstrual.
SINTOMAS DA OVULAÇÃO
É comum que, durante a ovulação, a mulher sinta uma dor leve na parte inferior do
abdômen. Além disso, a temperatura basal aumenta, sendo essa característica utilizada
para determinar a ovulação e, consequentemente, a fertilidade. Pode-se notar ainda uma
mudança na textura do muco, a qual muda na medida em que o folículo ovariano
desenvolve-se.
A mudança no muco não indica o dia exato da ovulação, mas sim um período que se
estende de, aproximadamente, um dia antes até um dia depois da ovulação. O muco,
nesse momento, apresenta, como uma de suas principais características, a consistência
mais fluída e a cor clara. É quando a mulher tem uma sensação maior de lubrificação.
1.2.2 FECUNDAÇÃO
A fecundação é uma sequência complexa de eventos moleculares coordenados que se
inicia com o contato entre um espermatozoide, gameta masculino e um oócito, gameta
feminino e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos formando uma
célula diploide (zigoto) que na metáfase da primeira divisão mitótica transforma-se no
embrião unicelular.
Normalmente, o local da fecundação é a ampola da tuba uterina e caso o oócito não seja
fecundado na ampola, ele passa lentamente pela tuba e chega ao corpo do útero, onde se
degenera e é reabsorvido.
Embora a fecundação possa ocorrer em outras partes da tuba, ela não ocorre no corpo do
útero ou saco de DOUGLAS e leva aproximadamente 24 horas.
Sinais químicos (atrativos) secretados pelos oócitos e pelas células foliculares
circundantes guiam os espermatozoides capacitados (quimiotaxia dos espermatozoides)
para o oócito. Alterações em qualquer estágio na sequência desses eventos podem causar
a morte do zigoto.
Imagem: Representação esquemática geral da meiose. Fonte: Embriologia Básica – Moore – 8 ed.
Realoca os segmentos de cromossomos maternos e paternos por meio do crossingover
de segmentos cromossômicos, o que “embaralha” os genes e produz uma recombinação
do material genético.
ESPERMATOGÊNESE
A espermatogênese, que começa na puberdade, inclui todos os eventos que envolvem a
transformação de espermatogônias em espermatozoides. No nascimento, as células
germinativas no menino podem ser reconhecidas nos cordões seminíferos dos testículos
como células grandes, esbranquiçadas, cercadas por células de suporte. Estas, que são
derivadas do epitélio superficial dos testículos do mesmo modo que as células foliculares,
tornam-se células de sustentação ou células de Sertoli.
Pouco antes da puberdade, os cordões seminíferos adquirem um lúmen e se tornam
túbulos seminíferos. Por volta do mesmo período, as CGPs originam as células-tronco
espermatogoniais. Em intervalos regulares, células emergem dessa população de células-
tronco para formarem espermatogônias do tipo A, o que marca o início da
espermatogênese. As células do tipo A sofrem um número limitado de divisões mitóticas
para formar clones de células.
A última divisão celular produz espermatogônias do tipo B, que, em seguida, dividem-se
para formar espermatócitos primários. Os espermatócitos primários entram, então, em
uma prófase prolongada (22 dias), seguida pelo término rápido da meiose I e pela
formação de espermatócitos secundários.
Durante a segunda divisão meiótica, essas células começam imediatamente a formar
espermátides haploides. Ao longo dessa série de eventos, do momento em que as células
do tipo A deixam a população de células-tronco até a formação das espermátides, a
citocinese é incompleta, de modo que gerações sucessivas de células são unidas por
pontes citoplasmáticas.
Assim, a progênie de uma única espermatogônia do tipo A forma um clone de células
germinativas que mantêm contato ao longo da diferenciação. Além disso, as
espermatogônias e as espermátides permanecem nos profundos recessos das células de
Sertoli ao longo de seu desenvolvimento. Dessa maneira, as células de Sertoli sustentam
e protegem as células germinativas, participam de sua nutrição e ajudam na liberação de
espermatozoides maduros.
CONSULTE
Moore, Keith L. Embriologia clínica / Keith L. Moore, T.V.N (Vid) Persaud, Mark G.
Torchia ; tradução Adriana de Siqueira…[et al.]. – 10. ed. – Rio de Janeiro : Elsevier,
2016.