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AULA 2

Como driblar o modo evitativo


e superar a resistência à técnica
de cadeiras.
2.1 O que a casa oferece?
O objetivo desta aula é te dar recursos para você aprender
como driblar o modo evitativo e superar a resistência à técnica de
cadeiras.
Afinal, por que o cliente levanta resistência? Do que ele tem
medo? Quais são os erros mais comuns que cometemos com esse
perfil de cliente? Como usar o ritmo da fala, o tom de voz e como
saber o tipo de intervenção necessária para driblar a barreira da
racionalidade?

2.1 Como a curiosidade pode te ajudar


a ser um terapeuta melhor?

“Só se é curioso na proporção


de quanto se é instruído.”
Rousseau

Você não precisa ter todas as respostas, e sim pode


aprender a usar a sua insegurança a seu favor. Um bom
caminho é a curiosidade somada ao seu interesse genuíno em
compreender o cliente.

2.3 Método simples para entender o


circuito esquemático do João

Segue o Circuito de Esquemas no seu material de apoio.


2.4 Afinal, por que o cliente levanta
resistência?
Nós não buscamos a felicidade ou o bem-estar, buscamos
segurança e estabilidade, o que é conhecido para nós.
A psicoterapia é uma ameaça à nossa coerência cognitiva. Nosso
senso de preservação nos impulsiona a resistir ao novo.

Algumas perguntas pertinentes diante da resistência do


cliente (Leahy, 2009):

• Qual a perspectiva dessa “mudança” para o universo do cliente?


• O que ele precisa mudar em si ou abandonar para acolher essa mudança?
• Como ele se sente em relação a essas perdas ou mudança?
• Que emoções elas despertam?
• Que modos elas despertam?
• Que dores de outros tempos elas suscitam.

Ouvir é muito importante. Ouvir o não dito também.


Quando o cliente apresenta uma resistência gosto de pensá-la
como um mensageiro que vem comunicar algo que precisa ser
compreendido e acolhido para ser superado.

A Terapia do Esquema tende a seguir essa ordem (Young,


Klosko, & Weishaar, 2008):

Cognitivo Vivencial Comportamental

TERAPIA DO ESQUEMA
A Pirâmide das Necessidades de Maslow
pode nos ajudar a compreender a resistência:

Estão relacionandas com a


Auto realização do próprio potencial e
realização autodesenvolvimento contínuo.

Autoconfiança, autoestima,
Estima aprovação social, respeito dos
demais, status e outros

Amizade, aceitação por


Sociais companheiros, troca de afeto,
amor e outros.

Segurança Física, segurança no


Segurança emprego, proteção de ameaças,
segurança da família e outros.

Alimentação (fome e sede), sono,


Fisiológicas repouso, abrigo, desejo sexual e
outros.

SUGESTÃO DE LEITURA:
Leahy, R. L. (2009). Superando a resistência em terapia cognitiva.

2.5 Como driblar a resistência?


Você não consegue empatizar realmente com o que você
não entende. Você não conseguirá driblar a resistência com
delicadeza se você não for realmente empático.

Vamos recapitular: em muitos casos o evitativo de hoje


foi a criança que tentou diferentes formas de se conectar e não
conseguiu. Houve o desejo de conexão que encontrou uma
resposta intrusiva ou desdenhosa. Para lidar com essa dor,
aprenderam a hipoativar o sistema de apego.

“Se eu me expressar, posso piorar as coisas. Então vou


recolher minhas emoções entendendo que o que de
melhor eu posso fazer para me conectar, é comparecer
de uma forma que agrade.”
Em resumo: Eles têm medo da emoção, não do vínculo. Os
evitativos começam a pensar porque essa e a melhor forma de
manter a emoção baixa é pensar e distrair.

Sugestão de manejo clínico: Vá devagar! Esteja na defesa


até que haja segurança na sessão e a defesa comece a cair.
Corregule o pensamento, para que ele não tenha mais que
pensar sozinho. Pergunte-se: como esse pensamento pode trazê-
los de volta para a conexão?

“Tartarugas conhecem as estradas melhor do que os coelhos.”


- Khalil Gibran

2.6 E como chegar na emoção?


D – Disponibilidade: “Estou disposta a ver as suas emoções”
R – Responsividade: “Sintonizo e respondo diante da
necessidade de apoio”
E – Envolvimento: “Com minha presença e ação reasseguro que
você é especial e importante”

P – Palavras do cliente
R – Repetir
I – Imagens
S - Simples
S – Suave
L – Lento

Emoções reativas: Emoções reativas: Raiva/enfado/ira,


Frustração, Decepção, Moléstia, Mágoa, Desesperança, Culpa,
Confusão.

Emoções vulneráveis: Tristeza, Medo, Vergonha, Dor/sofrimento,


Solidão, Angústia, Felicidade, Surpresa.
Por que a técnica de cadeiras?
Ela oferece uma distância segura que é facilitadora do
engajamento para técnicas vivenciais. Além de ser uma técnica
maravilhosa para tornar o modo egodistônico.

E diante da resistência?
Acolha e contorne para avançar, respeitando a janela de
tolerância do cliente.

Quando usar esta técnica?


Diante de pontos cegos e que o cliente não os reconhece por
seguir funcionando em um modo de enfrentamento.

O que queremos?
Que o cliente perceba a existência dos modos através da
mudança de perspectiva.

2.7 Role play completo


2.8 Costurando tudo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Leahy, R. L. (2009). Superando a resistência em terapia cognitiva.


LMP.

Young, J. E., Klosko, J. S., & Weishaar, M. E. (2008). Terapia


do esquema: guia de técnicas cognitivo-comportamentais
inovadoras. Porto Alegre: Artmed

Muito Obrigada!!

Meu melhor abraço,


Ana Rizzon

@anarizzonpsicologia

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