Ficha de Exercícios Hidra
Ficha de Exercícios Hidra
Ficha de Exercícios Hidra
Código: 708203397
1.1. Contextualização.................................................................................................4
1.2. Problematização......................................................................................................4
1.3. Delimitação do tema...............................................................................................5
Questões de Pesquisa.....................................................................................................6
1.4. Objectivos...............................................................................................................6
1.4.1. Objectivo Geral...............................................................................................6
1.5. Hipóteses.................................................................................................................6
1.6. Justificativa.............................................................................................................7
1.7. Relevância do estudo (motivação e contributo)......................................................7
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA...............................................................9
2.1.3. Desflorestamento.............................................................................................9
0
2.10.1. Fraca difusão de legislação de exploração florestal....................................23
2.11.2. Socioeconómicos.........................................................................................26
6.Referências Bibliográficas............................................................................................35
1
ĺndice de figuras
2
ĺndice de tabelas
3
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
As crises socio ambientais que têm afectado o mundo actual colocam em pauta, em
diversas conferências, congressos e encontros nacionais e internacionais, a necessidade
de repensar o modelo de crescimento convencional que dilapidou com os recursos
naturais e degradou parte substancial da natureza. Conforme se pode perceber, a
localidade de Maqueze também não foge a regra, por isso que o presente trabalho visa
analisar o contributo da Educação Ambiental na Exploração sustentável dos recursos
florestais.
Para a recolha de informações a presente pesquisa conta com uma série de métodos e
técnicas descritos na parte da metodologia do trabalho, dentre os quais salientamos a
técnica de pesquisa bibliográfica, a entrevista e a observação directa sendo que foi com
base nestes métodos e técnicas que foi possível colher dados que constituíram a presente
pesquisa.
Desta forma, serão identificadas as principais causas das perdas de energia eléctrica na
região, bem como serão propostas estratégias para a mitigação das mesmas.
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1.1. Contextualização
1.2. Problematização
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Em todos os encontros internacionais, promovidos devido a crescente preocupação
ambiental, reforçou-se a ideia de que a educação para o ambiente deve ser uma
estratégia e uma prática social, não só por causa das ameaças que vem sofrendo o
planeta, mas também pela necessidade de preservar os recursos naturais para as
gerações futuras, tendo também a capacidade de análise das actuais tendências de
produção e consumo características do sistema económico dominante.
Questões de Pesquisa
1.4. Objectivos
1.5. Hipóteses
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Possivelmente a Educação Ambiental se sirva para consciencializar a
comunidade de Maqueze sobre o uso sustentável dos recursos naturais,
contribuindo deste modo para o desenvolvimento sustentável; e
Provavelmente a falta de consciência ambiental na comunidade de Maqueze,
seja a principal causa da degradação ambiental que se verifica no local.
1.6. Justificativa
O autor por ser nativo do distrito onde está inserida a localidade em estudo, tem
observado o cenário das actividades feitas pelos exploradores florestais, e é de lamentar
que estes recursos estão no processo de extinção pois, é pouco notável a reposição das
espécies, o que implica a insustentabilidade da população local e até mesmo do distrito.
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trazer vários problemas ligados aos fenómenos naturais tais como: ciclones,
aquecimento global, erosão entre outros. Neste âmbito, o trabalho que pretende-se
desenvolver permitirá constatações mais acertadas na concernente a contribuição da
educação ambiental na exploração sustentável dos recursos florestais na comunidade de
Maqueze. A pesquisa será igualmente relevante ao nível social e científico pois
permitirá com que haja uma explicação dos factores que motivam a iniciação na
contribuição da educação ambiental na exploração sustentável dos recursos florestais. O
estudo permitirá ainda uma observação e posterior análise do contexto das actividades
quotidianas da comunidade, a frequência de abate das árvores para a produção do
carvão para o uso doméstico e para a comercialização e as diversas consequências que
advêm do abete das árvores para a geração vindoura tanto para o meio ambiente.
2.1.1. Floresta
De acordo com Dntf (2007) e Guambe (2013) sustentam que floresta é a cobertura
vegetal capaz de fornecer madeira ou produtos vegetais, albergar a fauna e exercer um
efeito directo ou indirecto sobre o solo, clima ou regime hídrico.
Para Knapic (1996) e Manusso (2011), salientam que a floresta é o conjunto de sistemas
biológicos, físicos e sociais.
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Em conformidade com Riem (2010) apud Guambe (2013), a exploração florestal
implica a retirada de material vegetal do local indicado.
Não concordo com Riem pelo facto dele só se limitar em dizer que a exploração
florestal é a retirada do material no local, isto é, não explica exactamente o que acontece
nessa retirada. Portanto, o meu voto vai para (Knapic) por ter ido para mais além
designando as formas de extracção. Neste sentido, um indivíduo que encontra ramo de
uma árvore no chão e levar consigo podemos dizer também que extraiu, todavia, é
preciso que coloquemos balizas no que pretendemos.
2.1.3. Desflorestamento
Dias (1994) refere que a educação ambiental foi definida como uma dimensão dada ao
conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos
do meio ambiente através de enfoques interdisciplinares e de uma participação activa e
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responsável de cada indivíduo e da colectividade. Essa definição é adoptada no Brasil e
pela maioria dos países membros da Organização das Nações Unidas-ONU (p.123).
Atendendo a que a Educação Ambiental é um direito que assiste a cada um de nós, cabe
assim a cada Estado criar as condições necessárias para uma apropriada implementação,
no sentido de não ignorar as potencialidades da EA bem como a própria renovação
curricular.
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No entanto, podemos constatar que essa implementação tem ficado aquém da
expectativa, pois as escolas tratam a EA como um tópico isolado e marginal na
escolaridade, independentemente dos acordos internacionais que atrás destacámos, bem
como o discurso dos governos (Almeida, 2007).
1968 – Conferência da Biosfera (Paris) foi uma das primeiras reuniões internacionais
sobre o ambiente. Fundou-se o Clube de Roma, uma organização independente sem fins
lucrativos em que participaram cientistas, políticos e empresários com o objectivo de
discutir e analisar os imites do crescimento económico as custas do uso crescente dos
recursos naturais.
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opinião pública e dar aos indivíduos, às empresas e às colectividades o
sentido das suas responsabilidades no que respeita à protecção e
melhoria do ambiente, em toda a sua dimensão humana.”
Nesta Conferência foi decidida a criação do Programa de Ambiente das Nações Unidas
(UNEP) Alves, (1998) e Alberto (2001), para informar e formar os responsáveis pela
gestão ambiental.
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3. Atitudes – adquirir valores sociais relativos ao ambiente, motivação para participar na
sua protecção e na sua melhoria, assim como na gestão racional dos seus recursos.
4. Competências – adquirir competências necessárias para a procura de soluções para os
problemas do ambiente.
5. Avaliação – adquirir capacidades para avaliar as medidas em matéria de ambiente,
em função de factores ecológicos, políticos, económicos, sociais e estéticos.
6. Participação – desenvolver o sentido da responsabilidade e promover o
envolvimento activo na implementação de medidas apropriadas para resolver os
problemas do ambiente.
1980 – A UICN trouxe a público The World Conservation Strategy (Estratégia Mundial
para a Conservação), onde além do levantamento dos principais problemas ambientais,
se aponta para uma Educação Ambiental como indispensável para a mudança de
comportamentos da Humanidade para com a natureza, de acordo com uma nova ética
relativamente às plantas, aos animais e à própria Humanidade (Esteves, 1998).
1987 – Conferência de Moscovo também conhecido por Tbilissi PlusTen (Dez anos
após Tbilissi), defendia que a EA deveria preocupar-se tanto com a promoção da
consciencialização e transmissão de informações, como com o desenvolvimento de
hábitos e habilidades, promoção de valores, estabelecimento de critérios e padrões e
orientações para a resolução de problemas e tomada de decisões (Pedrini, 1997).
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Ainda neste ano foi lançado o relatório Brundtland O nosso futuro comum pela
Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento, criada e presidida pela
primeira ministra da Noruega Gró Harlem Brundtland. Este relatório engloba um
conjunto de preocupações, desafios e esforços relacionados com a implementação de
um desenvolvimento sustentável que e aquele que atende as necessidades do presente
sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas
necessidades. O objectivo deste relatório consistia em (Brundtland, 1997):
Esta visão deixa claro que não existe um limite mínimo para o bem-estar da sociedade,
mas que há também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais de modo
que sejam a preservados.
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A Rio+20 teve dois temas principais: A economia verde no contexto do
Desenvolvimento Sustentável e a erradicação da pobreza e a estrutura institucional para
o Desenvolvimento sustentável (Janis Elisa Ruppenthal).
2005 – Protocolo de Quioto (Japão), assinado por 115 Países, (com excepção dos
EUA), e cujo objectivo é lutar contra as alterações climáticas através de uma acção
internacional de redução das emissões de determinados gases com efeito de estufa
responsáveis pelo aquecimento global (Machado, 2006).
Mueller foi um dos primeiros autores a focalizar a questão do meio ambiente. Num
primeiro trabalho, “As contas nacionais e os custos ambientais da actividade
económica” (Mueller, 1995), debate a questão do meio ambiente em relação ao sistema
de contas nacionais. Num trabalho posterior, "Economia ambiental na perspectiva do
mundo industrializado: uma avaliação da economia ambiental neoclássica”, Mueller
sugere uma versão estilizada e simplificada de como o desenvolvimento deve se
apresentar para ser sustentável económica, social e ambientalmente.
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A abordagem de Mueller sobre o desenvolvimento sustentável por meio da teoria
neoclássica enfoca principalmente os problemas ambientais decorrentes do crescimento
económico e, dessa forma, discute como preservar esses recursos para que os mesmos
sejam sustentáveis. Quanto às questões sociais, na conclusão do seu estudo, Mueller
argumenta que "essa é uma questão resolvida há muito tempo pelo pensamento
neoclássico.
O autor afirma que para os membros radicais da escola neoclássica, a economia deve
concentrar-se no estudo da eficiência na alocação de recursos, pois os problemas de
distribuição de renda e riqueza são províncias de outras disciplinas. Para Mueller, essa
teoria prioriza, implicitamente, o requisito da manutenção ou da ampliação do bem-estar
da geração presente que habita as economias de mercado do primeiro mundo.
Segundo Mueller (1999) a ideia de que a qualidade do meio ambiente vai assumir
importância quando a população atingir um padrão de vida mais elevado pode ser
rejeitada, baseando-se no que Arrow acreditava: ainda que o crescimento econômico
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possa estar associado a melhorias em alguns indicadores ambientais, isso não garante
uma melhoria ambiental generalizada, não impede o efeito de seus impactos no meio,
além do facto de que não existe base de recursos no globo terrestre capaz de sustenta-lo
indefinidamente.
O forte crescimento económico, que mediou o período entre a Segunda Guerra Mundial
e os anos sessenta, alicerçou-se num contínuo e crescente consumo de energia e
matérias-primas. Até então poucos duvidaram se as reservas de alguns recursos-chave
do desenvolvimento permitiriam ou não sustentar, no futuro, os padrões de crescimento.
Esta questão começa a surgir e toma visibilidade com o denominado Clube de Roma,
em 1970. Este grupo, ainda antes do choque petrolífero, colocou o problema do rápido
depauperamento dos recursos naturais, que a curto prazo comprometeria o crescimento
económico.
Em 1972, a publicação da obra Thelimits to growth, defende esta tese e faz um alerta
especial para os recursos energéticos e para o facto dos próprios recursos renováveis se
poderem tornar esgotáveis, para além de um determinado limite de utilização (Faucheux
e Noël, 1995). Nesta década, as previsões feitas, conjugadas com as sucessivas subidas
do preço do petróleo, que mergulharam o Mundo numa crise energética com graves
consequências económicas, demonstraram a fragilidade e mesmo a possibilidade de
colapso do sistema económico, em situações de dificuldade de abastecimento dos
mercados.
Saliente-se, ainda, que o sistema económico, que nos proporciona todos os bens e
serviços, é suportado pelos sistemas ecológicos. Por conseguinte, além de preservar os
recursos é urgente assegurar a manutenção do regular funcionamento da biosfera. Tal
implica ter em conta que a própria extracção dos recursos e os processos industriais que
os transformam em bens de consumo, pressupõem a libertação de inúmeros poluentes.
Estes bens, no fim do seu ciclo de vida útil, são restituídos ao ambiente sob a forma de
resíduos.
O fabrico e deposição destes produtos interferem com a biosfera e os seus efeitos podem
originar a destruição de ecossistemas detentores de grande valia em termos de
biodiversidade, comprometer a sustentabilidade ambiental e mesmo a qualidade de vida
das populações. Também a capacidade de carga dos sistemas naturais, em termos de
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poluentes, tem um limite que não deve ser ultrapassado, sob pena de pôr em causa a
própria sobrevivência do Homem na Terra.
Segundo Oliveira (1991), sustenta que, assim no caso vertente dos recursos florestais, a
conservação são práticas locais, que podem funcionar com base nos arranjos
institucionais e práticas de intervenção a nível do ecossistema florestal. Em instituições
locais correspondem a um conjunto de normas e costumes acreditadas e bem definidas
pelas comunidades locais e envolvem um conjunto de conhecimentos e experiência em
regras tradicionais de acesso, uso e maneio dos recursos florestais enquanto as práticas
de intervenção do ecossistema florestal (p.36).
As florestas são uma fonte infinita de recursos para o homem. Possuem uma série de
produtos que muitas vezes não são percebidos por nós, seres humanos. Esses produtos
são divididos em importantes benefícios directos e indirectos. Os benefícios directos são
considerados bens e se dividem em: Produtos madeireiros, Produtos não madeireiros,
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Recreação e Turismo, Fontes de plantas medicinais, Áreas de pesquisa e Educação e,
Fonte de recursos genéticos.
Segundo Seling (2002), argumenta que com a produção de madeira (produção de bens
materiais), a floresta produz bens imateriais, que são conceituados como benefícios
indirectos. Alguns destes benefícios indirectos são: manutenção da fertilidade do solo e
reciclagem de nutrientes, protecção de bacias hidrográficas, redução da poluição do ar,
regulações climáticas, fixações de carbono e manutenção da biodiversidade (p.23).
Ao abordar esta questão, Beck (1998) alerta que o desequilíbrio ambiental foi uma
construção do século XIX, em que o homem teve como finalidade dominar a natureza.
Naquele contexto, ela foi vista como um fenómeno externo e como uma fonte de
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recursos inesgotáveis. Entretanto, no final do século XX, ocorreu uma mudança nessa
visão, porque a própria natureza passou a apresentar sinais de esgotamento. Sendo
assim, a natureza explorada passou a ser vista, sobretudo pelos educadores ambientais
como um fenómeno produzido pelas acções dos próprios homens.
Sendo assim, a noção de “Sociedade de riscos” elaborada pelo autor, permite entender
que o contexto actual está marcado por uma natureza contaminada industrialmente,
deixando os seres vivos ameaçados e quase sem protecção. Tais ameaças decorrem de
um estilo de vida de uma época em que não foram respeitados os limites da natureza,
conduzindo os perigos produzidos pelas indústrias a se deslocarem por meio do vento e
da água, afectando os elementos naturais que são extremamente necessários à existência
de vida no planeta.
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Colchester, (2000), sustentam que, o envolvimento das comunidades locais na gestão
dos recursos florestais contribui não só para a sua conservação, mas também para a
protecção da fauna neles existentes. Em última análise, as comunidades beneficiam da
exploração sustentável dos seus recursos e assumem um papel privilegiado para ter
apoio quer do estado quer das ONG`s, o que poderá concorrer para a melhoria da
qualidade de vida das mesmas.
Serra (2006) explica que, as razões que explicam o fraco sucesso de implementação de
modelos de gestão dos recursos florestais têm sido de natureza diversa, mas que podem
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ser sintetizadas em termos da situação política, económica e social desses países. Por
outro lado, a falta de conhecimentos sobre o funcionamento e os processos que ocorrem
nos ecossistemas tropicais torna mais difícil a elaboração de modelos mais adequados
para o uso dos recursos florestais. Assim podem se sintetizar os factores de gestão dos
recursos florestais em: Fraca consciência ambiental e da função ecológica dos recursos
florestais; etc (p.37).
Segundo Serra (2008), explica que, a fraca disseminação da lei das Florestas e Fauna
Bravia, confirma a existência de lacunas no seio dos membros comunitários na gestão e
conservação dos recursos florestais; para a afirmação de atitudes e procedimentos legais
durante a realização das actividades. Esta situação constitui um factor de risco para o
sucesso das actividades de gestão. Este facto justifica-se pelo facto de a legislação é que
dita toda a forma de actuação e funções na gestão dos Recursos Naturais, ainda que se
admita a utilização de normas e práticas costumeiras na gestão, (p.363).
O fraco envolvimento das comunidades constitui um factor que agrega diversos factores
subsequentes no processo de gestão de recursos florestais tais como: descentralização
das responsabilidades, insuficiência de conhecimento e educação ambiental para além
de outros que mais adiante são mencionados e explicados.
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Cunha e Almeida (20021), afiram que, como resultado da exploração excessiva dos
recursos florestais, extensas áreas ficam devastadas e desmatadas, reduzindo-se a
cobertura vegetal e consequentemente desertificação. Ainda de acordo com estes
autores, o desflorestamento que surge da exploração dos recursos florestais, tem
contribuído para privar o mundo de inúmeras espécies, destruindo o capital de
biodiversidade, e perdendo espécies com potenciais usos na medicina, agricultura e
indústria (p.19).
De acordo com a FAO (1995) o estudo da gestão local de florestas é indispensável para
a manutenção de qualquer projeto de sustentabilidade de florestas comunitárias. O
conhecimento tradicional do uso e gestão dos recursos florestais varia de lugar para
lugar, havendo necessidades de estudar o sistema de gestão destes recursos, (p.72).
2.11.1. Ambientais
Para Ferrara (2009) a exploração dos recursos florestais envolve uma mudança drástica
nos microclimas. Por exemplo, se os arbustos e árvores são cortados, o sol do meio-dia
incidirá directamente no solo até agora com sombra; o solo tornar-se-á mais quente e
seco, os organismos que vivem no solo deslocam-se para evitar as condições mais
severas. Os impactos climáticos da desflorestação à escala local, meso-escala, e em
larga escala ficam demonstrados (p.13).
Para Cunha e Almeida (200) sustentam que, a erosão do solo tornou-se uma questão
importante, pois causa a lixiviação dos nutrientes, a possibilidade de desastres naturais
durante períodos de chuva intensa, ou até desertificação (p.21).
2.11.2. Socioeconómicos
De acordo com Silva (1989), todas estas mudanças microclimáticas também trazem
mudanças ecológicas. O ecossistema está a ser alterado, na maioria dos casos,
adversamente. A partir dai, estes processos resultam não só, numa perda de
produtividade biológica, mas também, na degradação dos microclimas de superfície.
Fenómenos tais como o aquecimento global e o efeito de estufa, que têm a sua origem
na desflorestação e desertificação, entre muitas outras causas, são mais sérios, globais
em alcance, e, portanto, potencialmente mais ameaçadores.
Clima
Para Dos Muchangos (2005) a localidade de Maqueze é caracterizada por um clima
tropical húmido, com cerca 660 mm de precipitação média anual, tendo um período
seco no inverno que vai de Março a Outubro. Caracteriza-se ainda por registar
grandes variações pluviométricas ao longo do ano e a época chuvosa ocorre de
Novembro a Abril e constitui o período principal para a produção agrícola. Possui
temperaturas médias anuais de 23,5°C.
Vegetação
Relevo e Solos
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De acordo com a caracterização de Dos Muchangos (2005), a localidade de Maqueze
enquadra-se na classificação dos solos cinzentos-pardos e arenosos, são solos fáceis de
trabalhar, de cultivo intenso, principalmente para culturas muito resistentes, como a
mandioca. É uma área que não tem melhores condições de humidade, isto é, o solo tem
característica de fraca retenção de água facto que contribui bastante para maior
permeabilidade do solo (p.234).
Este facto provoca, por conseguinte, uma rápida humidade do solo, por infiltração e
elevada porosidade acelerando desta forma a evaporação, o que faz com que a
cobertura vegetal se torne sensível á estiagem. A área em estudo encontra-se num
relevo plano mas em alguns casos pode-se verificar áreas predominadas por dunas com
altitudes inferiores a 200m.
População
Em conformidade com o CENSO 2007 a localidade de Maqueze é constituída por cerca
de 8.220 habitantes, tendo, por conseguinte, uma densidade populacional de 21
habitantes por km². Na localidade de Maqueze a questão demográfica constitui um
aspecto importante para a formulação de políticas e programas sociais e económicas. As
estruturas económicas adoptadas ao longo tempo, assim como as diferentes estratégias
de desenvolvimento e dos factores políticos, influenciaram de forma preponderante no
tamanho e na composição da população local.
Agricultura
A maioria da população desta localidade se dedica a agricultura, constituindo assim o
maior potencial para as famílias apesar de apresentar baixa produtividade devido ao
baixo nível de conhecimentos técnicos, ausência de fornecimento de insumos agrícolas
melhorados, uso de tecnologias rudimentares, incidência de pragas e doenças nas
culturas, baixa fertilidade dos solos, escassez da chuva e as queimadas em suas
machambas. As principais culturas são a castanha, feijão nhemba, amendoim e a
mandioca.
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Pecuária
A criação de animais é um prestígio para as famílias, mas com pouco significado
comercial, visto que a criação é feita pelo sector familiar sendo o gado suíno e bovino.
Este último é destinado para a tração animal. Em muitas famílias os animais são usados
em momentos festivos, lobolo e missas a venda destes animais constitui último recurso
para os criadores, pois a produção é de baixa produtividade devido a falta de técnica de
produção.
Comércio
No que concerne ao comércio, em épocas diferentes nota-se variados produtos ao longo
da estrada e de forma ambulatório como carvão, lenha (comércio permanente), mangas,
castanhas (partidas e a grosso), feijão Nhemba e Mafurra.
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CAPÍTULO III: ASPECTOS METODOLÓGICOS
O distrito de Chibuto tem uma superfície de 5 878 km² e uma população recenseada em
2017 de 222. 774 Habitantes, tendo como resultado uma densidade populacional de 29,3
habitantes/Km² e correspondendo a um aumento de 19,3% em relação aos 197.214
habitantes registados no Censo de 2007.
Para o desenvolvimento deste trabalho será usado o método com a linha de abordagem
indutiva. Segundo Lakatos e Marconi (2017), indução é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-
se uma verdade geral ou universal.
Este método será útil para o desenvolvimento deste trabalho porque segue etapas que
serão uteis na elaboração do mesmo, dentre elas:
Colhidos os dados acima passa para a reunião, organização sistemática e racional dos
dados recolhidos, seguindo-se assim a formulação de hipóteses segundo a análise dos
dados recolhidos e por final por meio de cálculos e simulações do sistema, fazer a
comprovação das hipóteses levantadas.
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3.2.1. Tipo de pesquisa
Contudo, optou-se em usar o método descritivo, visto que ele parte da ideia de que as
rádios enlaces já são conhecidas, porém, o pesquisador vai descrever o objecto de forma
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a ter uma nova versão na realidade da citação; e exploratório, porque visa fazer uma
sondagem e se familiarizar com o tema de estudo em apreço.
Método de Observação
É um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Por
outro lado, pode ser considerado como o mais primitivo, e consequentemente o mais
impreciso. (Gil, 1999). Ora, este método permitiu uma observação directa da actual
situação das florestas na comunidade de Maqueze, a forma como as árvores estão a ser
exploradas e a finalidade dessa exploração, elementos estes que foram ilustrados sob
forma de imagens fotográficas que foram captadas no local em estudo.
Esta técnica foi usada para obter-se informações sobre a gestão dos recursos florestais,
onde mais do que ouvir entraremos em contacto directo com os entrevistados da área do
desflorestamento. Para Alves, Mazzotti (1999), Marconi e Lacatos (2009), a entrevista
pode ser de natureza interactiva, permite tratar de temas complexos, que dificilmente
poderiam ser investigados adequadamente através do questionário, explorando-os em
profundidade
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mereceram uma maior atenção e que devem ser mais valorizados pelos gestores
ambientais em benefício da população local
Sub-total 20 1 1
Total 22
33
CAPÍTULO: IV CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES
Actividade Mês
Junho Julho Agosto Setembro Outubro
Revisão Bibliográfica
Redação do projecto preliminar
Redação do projecto final
Elaboração dos instrumentos de
recolha de dados
Recolha dos dados
Análise dos dados
Redação do Trabalho final
Tabela 2:Cronograma das actividades.
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5.Considerações Finais
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6.Referências Bibliográficas
Marconi, M., & Lakatos, E. (2007). Fundamentos da metodologia científica. 3. ed. São
Paulo: Atlas.
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