Apocalipse 19
Apocalipse 19
Apocalipse 19
“...[Em Apoc. 19,] os livros de Daniel e Apocalipse, com seus numerosos aspectos proféticos,
atingem o clímax. As esperanças do povo de Deus, que às vezes têm sido débeis, serão
recompensadas. Por exemplo, a promessa de Daniel 2:44: ‘Nos dias destes reis, o Deus do Céu
suscitará um reino que não será jamais destruído’, cumprir-se-á finalmente. O reino será dado ‘ao
povo dos santos do Altíssimo; o Seu reino será reino eterno’ (Dan. 7:27). Quando Cristo vier
estabelecer esse reino, ‘todo olho O verá... E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele’
(Apoc. 1:7).
“Apocalipse 19 fala de júbilo e de lamentação. Anjos e santos, e mesmo uma voz procedente do
trono, regozijam-se ao terminar o juízo que precede o Segundo Advento e ao serem postas em
execução do tribunal celeste. Será destruída toda apostasia e todos os apóstatas dos últimos dias.
Deus será vindicado ao executar Suas decisões finais, com base nas escolhas que as pessoas
fizeram no tocante à lealdade e adoração. Ele realizou tudo que era possível para salvar toda
pessoa que já viveu neste mundo. Enviou Seu Filho – o Cordeiro de Deus – que então voltará
“Você é convidado para a ceia. As duas ceias de que fala Apocalipse 19 representam o destino
final das duas classes de pessoas que vivem sobre a Terra. Todo ser humano tem nesta vida a
“Em realidade, no Apocalipse se fala de duas ceias: uma é a grande ceia de Deus, que se refere
ao castigo dos ímpios, e a outra é a ceia do Cordeiro, que se refere à recompensa dos fiéis.” –
SRA/EP, p. 134.
“Apocalipse 19 apresenta dois destinos possíveis para os habitantes da terra. Se o destino dos
perdidos parece ser severo, devemos lembrar-nos de que eles o escolheram. A oposição a Deus
não poderá prosseguir indefinidamente. O dilúvio do tempo de Noé nos diz isto. Em Seu amor
Deus salva; em Seu amor Ele destrói. Visto que ‘Deus é amor’, todos ainda são convidados para
19:1 Depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma imensa multidão, que
Depois destas coisas – “O capítulo 19 começa com as palavras: ‘Depois destas coisas.’
Após a visão relatada nos dois capítulos anteriores, João ouviu cânticos de regozijo no Céu
depois do julgamento da meretriz e dos que haviam participado nos seus enganos e aceito suas
falsas doutrinas. A primeira parte do capítulo é o clímax do que o apóstolo acabara de ver. Ele
também deve ter prorrompido em cânticos naquela solitária ilha de Patmos ao ouvir a gloriosa
duas palavras. A primeira significa ‘louvar’, e a segunda é uma forma abreviada de ‘Yaweh’.
Este é o único lugar em que essa palavra aparece no Novo Testamento. O Universo inteiro se une
em aclamar o direito de Deus à soberania universal.’ – SDABC, vol. 7, pág. 871. ‘Está para
sempre terminada a obra de ruína de Satanás.’ – O Grande Conflito, pág. 679.” – LES893, p.
150.
19:2 porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia
corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
Verdadeiros e justo são os Seus juízos – “Por ocasião da Segunda Vinda, os verdadeiros e justos
juízos de Deus serão vistos claramente por todo o Universo. E serão vistos mais claramente ainda
depois do exame dos registros dos ímpios durante o Milênio e após o testemunho pessoal que
Satanás dará da justiça de Deus, fora da Nova Jerusalém, no fim do Milênio. (Ver O Grande
Conflito, pág. 677.) Por toda a eternidade serão cantadas antífonas de louvor a Deus. Todos
estarão plenamente convictos de que Deus é tudo que Sua Palavra declara que Ele é.” – LES893,
p. 151.
“Querendo ou não, fazemos parte do reino de Deus. Alguns estão em estado de rebelião, outros
são cooperadores. Nosso envolvimento pessoal e coletivo nas tarefas do reino fica registrado nas
crônicas do santuário celestial. Como o árbitro moral do Universo, Deus tem o direito de nos
avaliar e julgar, baseado nos registros. É claro que Ele não necessita dos registros, mas os seres
de Seu reino cósmico deles necessitam para poder louvar a Deus pelos Seus justos juízos (Apoc.
Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a
Terra?’ Apoc. 6:10. O seu julgamento ocorreu então no Céu. Enquanto ainda se achavam na
sepultura, ‘a cada um deles foi dada uma vestidura branca’ (verso 11). Só podem ser dadas
vestiduras brancas a pessoas falecidas no sentido de serem declaradas justas em virtude de sua
relação com Cristo por ocasião da morte. A concessão das vestiduras aos mártires muitos anos
depois de sua morte representa o julgamento dos mortos que precede o Segundo Advento.
“A segunda parte da oração dos mártires só será atendida quando Deus vingar a morte deles. Ao
julgar e punir ‘Babilônia’ (Apocalipse 17 e 18), o Senhor vingará a morte dos mártires. Por esta
razão, o júbilo relatado em Apocalipse 19:2 menciona o completo cumprimento da oração dos
mártires. ‘Pois julgou a grande meretriz... , e das mãos dela vingou o sangue dos Seus servos.’
“Apocalipse 19 foi escrito do ponto de vista da conclusão do juízo que precede o Segundo
Advento. Olhando para trás, santos e anjos louvam ao Senhor pelas decisões do tribunal celestial
Ap. 19:3 E outra vez disseram: Aleluia. E a fumaça dela sobe pelos séculos dos séculos.
Fumaça...pelos séculos dos séculos - “A expressão de que ‘a sua fumaça sobre pelos séculos dos
séculos’ (Apoc. 19:3) é extraída da profecia de Isaías sobre a destruição de Edom (Isa. 34:10).
Indica o total extermínio dos ímpios. Isto é confirmado pelo fato de que os elementos que
compõem a ‘cidade’ da Grande Babilônia são punidos e destruídos aqui na Terra, a mesma Terra
que Deus irá recriar (II S. Ped. 3:12 e 13). Ver também Apoc. 20:14 e 15; Prov. 11:31; S. Judas
19:5 E saiu do trono uma voz, dizendo: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós
19:6 Também ouvi uma voz como a de grande multidão, como a voz de muitas águas, e como a
voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso.
dois responsos: 1)Nos versos 1 a 3, uma grande voz no Céu introduz o tema do cântico,
atribuindo honra e justiça a Deus por haver punido Babilônia. 2) No verso 4, os ‘seres viventes’ e
os ‘anciãos’ respondem de modo afirmativo. 3) No verso 5 uma voz procedente do trono convida
todos os súditos leais, por todo o Universo, a reconhecerem em conjunto a verdade do tema. 4)
Nos versos 6 e 7, o Universo inteiro se une em aclamar o direito de Deus à soberania universal.
Este hino de louvor está em acentuado contraste com o canto fúnebre no capítulo 18, versos 10-
“Nem todos os eruditos concordam com isso. Alguns acham que a unidade que expressa
agradecimentos pela destruição da Grande Babilônia está contida nos versos 1 a 5; outros
do Cordeiro”.
“Louvor pela redenção. A ênfase não está nos remidos louvando a Deus por punir
pessoas iníquas, como se o sofrimento dos ímpios lhes desse prazer. O Criador não tem prazer na
morte dos ímpios (Ezeq. 33:11; 18:30-32), nem as hostes angélicas e os remidos. A passagem
não chama nossa atenção para indivíduos, mas para todo o sistema do mal e da apostasia que
‘corrompia a Terra’. Além disso, a passagem relembra o apelo de milhões de mártires que foram
cruelmente destruídos, embora não fossem culpados de nenhum crime. (Ver Apoc. 6:10.)
“A idéia central desses ‘Aleluias’ é que por fim foi executada a justiça divina e os culpados
uma alegria espetacular com aleluias e louvores ao Cordeiro, que venceu e recuperou todos os
poderes usurpados pelo inimigo; acabou com as artimanhas e instrumentos de Satanás e, havendo
reivindicado a Deus perante o Universo, vem ao encontro de Sua igreja, com quem haverá de
unir-Se para sempre. Então nos levará à casa do Pai, onde terá lugar a grande ceia das bodas do
Cordeiro. Sem dúvida será a maior e mais emocionante festa havida no Universo. Pensando neste
dia Jesus declarou: ‘E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até
aquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Meu Pai’ (São Mateus 26:29).” – SRA/EP,
p. 137.
Bodas do Cordeiro: juízo – “As bodas do Cordeiro são o juízo que precede o Segundo
nos ajudará muito na compreensão desta figura profética o termos alguma noção de como eram
compromisso matrimonial, que tinha muito mais seriedade do que tem hoje no Ocidente; 2) o
durante o qual o noivo preparava o lar; 4) a cerimônia das bodas, que não se realizava na igreja,
como o fazemos hoje. Consistia em uma cerimônia simples, quando o noivo dava seu
reconhecimento público do pedido de casamento, punha sua capa nos ombros da noiva, enquanto
o cortejo se encaminhava para o lugar da festa; 5) a festa, normalmente na casa do pai do noivo.”
– SRA/EP, p. 135.
Testamento as bodas foram anunciadas. Mas foi quando Jesus Se encarnou que se concretizou o
Bodas do Cordeiro no futuro – “A relação de Cristo com Seu povo é representada na Bíblia pela
união matrimonial (ver Isa. 54:5; Jer. 3:14; II Cor. 11:2). Por que, então, o livro do Apocalipse
apresenta o casamento do Cordeiro como estando no futuro (Cap. 19:7)? É evidente que um
símbolo pode ser adaptado a circunstâncias diferentes, e deve ser interpretado em harmonia com
“Provavelmente a razão para esse novo casamento entre Cristo e Seu povo é a de que em
Apocalipse 19 a ênfase está na condição restaurada e na nova relação na eternidade sem pecado
prestes a começar.
“O fato de que a Nova Jerusalém é retratada como a noiva ou esposa do Cordeiro (Apoc.
21:9 e 10) denota que o Seu ‘casamento’ realizar-se-á no Céu, na conclusão do juízo que precede
o Advento, pois será então que Cristo receberá Seu reino e domínio eterno (Dan. 7:14),
povos, nações e línguas’, que nesse juízo foram considerados dignos de fazer parte do Seu reino
eterno (Dan. 12:1; Mal. 3:16-18). Ver O Grande Conflito, págs. 426 e 427.” – LES893, p. 153.
Noiva – “Declara-se que a noiva é a cidade santa, A Nova Jerusalém, porque essa cidade
constitui o lar dos remidos. A idéia de uma ‘cidade’ ou ‘igreja’ só pode ser significativa se
convidados são o povo de Deus. Noutra parte é declarado que os santos constituem a esposa do
O casamento que precede o Segundo Advento – “A proclamação: ‘Aí vem o Esposo!’, feita no
verão de 1844, levou milhares a esperar o imediato advento do Senhor. No tempo indicado o
Esposo veio, não para a Terra, como o povo esperava, mas ao Ancião de dias, no Céu, às bodas,
à recepção de Seu reino. ‘As que estavam preparadas entraram com Ele para as bodas e fechou-
se a porta.’ Elas não deveriam estar presentes, em pessoa, nas bodas; pois que elas ocorrem no
Céu, ao passo que elas estão na Terra. Os seguidores de Cristo devem esperar ‘o seu Senhor,
quando Houver de voltar das bodas’. S. Lucas 12:36. Mas devem compreender o trabalho de
Cristo e segui-Lo, pela fé, ao ir Ele perante Deus. É neste sentido que se diz irem elas às bodas.”
representadas pelas cinco virgens prudentes entraram com Cristo, pela fé, na cerimônia de
casamento – o juízo que precede o Segundo Advento. A mesma parábola se aplica à Segunda
Vinda de Jesus, quando os que estiverem preparados (as cinco virgens prudentes) serão levados
19:8 e foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as
mesmo período das ‘bodas do Cordeiro’. O tempo do verbo grego pode referir-se ao processo de
preparação como um todo, ou ao resultado final desse processo. A dádiva do ‘linho finíssimo’
preparação é o significado da passagem. ‘Os atos de justiça dos santos’ constituem o resultado de
sua aceitação da dádiva da justiça de Cristo. (ver I S. João 2:29; 3:7; Rom. 8:28 e 29.)” –
LES893, p. 152.
“...embora a justificação inclua o perdão, é mais que isso. Por exemplo, suponhamos que roubo
um automóvel, devolvo-o, peço perdão e o dono me perdoa. Mas na mente dele e na minha fica a
lembrança. Justificação é mais que perdão. Se eu aceito a Cristo e aceito o valor de Seus méritos
em meu lugar, Deus me dá a justiça de Cristo e me considera como se eu acabasse de nascer. Sou
considerado justo perante Deus pela aceitação dos méritos de Cristo. Por isso é que João viu que
à esposa de Cristo ser-lhe-á concedido ‘vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro’.” –
SRA/EP, p. 137.
Linho fino e puro: obras justas dos santos – “Os atos de justiça dos santos... são considerados por
nosso autor como a manifestação da vida interior e como praticamente idênticos ao caráter – o
caráter que a pessoa leva consigo ao deixar esta vida.” – R. H. Charles, The Revelation of St.
“O linho puro representa as boas ações do dedicado povo de Deus. Isto significa que é o caráter
que constitui a vestimenta que adorna a Noiva de Cristo.” – William Barclay, The Revelation of
John (Filadélfia:Westminster Press, 1960), vol. 2, p. 224, citado em LES893, p. 152 e 153.
“Em todo o Apocalipse os redimidos são descritos como vestidos de branco. Os vinte e quatro
anciãos estão ‘vestidos de branco’ (4:4). Os que fazem parte da multidão que se achava ante o
trono de Deus estavam ‘vestidos de vestiduras brancas’ (7:9). E nas bodas do Cordeiro, à igreja
‘lhe foi dado o vestir-se de finíssimo linho, resplandecente e branco’ (19:8, Versão Figueiredo).”
– SRA/EP, p. 135.
“Conquanto a veste nupcial seja uma dádiva divina, isto não é algo arbitrário e formal, mas
dinâmico. Os santos que são convidados para a festa do Cordeiro são os que manifestaram firme
14:12).” – G. E. Ladd, A Commentary of the Revelation of John (Grand Rapids, Mich.: Wm. B.
“O povo de Deus constitui a glória da Nova Jerusalém. O simbolismo em Apoc. 19:7 e 8 parece
ter sido extraído de Isaías 52:1, onde Deus exorta os cativos judeus em Babilônia a deixarem a
terra do exílio e retornarem à Palestina. Neste caso, a figura das ‘roupagens formosas’ designa as
pessoas justas que se tornaram humildes e penitentes pela disciplina do cativeiro e que se haviam
unido a Deus por meio de arrependimento e confissão de seus pecados.”
“Semelhantemente, os justos de todas as épocas que confiam em Deus constituem a glória e o
regozijo da Nova Jerusalém. ‘o belo traje desta cidade, por assim dizer, consiste nas hostes dos
remidos e seres imortais que andam em suas áureas ruas.’ – Uriah Smith, As Profecias do
Apocalipse, p. 347, citado em LES893, p. 154.
19:9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas
então ela precisa ser usada por toda pessoa convidada. (Ver Isa. 61:10; Zac. 3:3 e 4; Apoc. 3:5 e
18.)
“’Pelas bodas é representada a união da humanidade com a divindade; a veste nupcial simboliza
o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado hóspede digno para as
bodas.’ – Parábolas de Jesus, p. 307 (Ver também p. 310.)
“Essa parábola não somente realça o fato de que é necessário possuir verdadeiro caráter cristão,
mas salienta também que haverá um exame ou investigação de cada convidado, antes da festa de
casamento. A aceitação ou a rejeição será efetuada com base na qualidade do caráter possuído
por toda pessoa. Então virá o ‘regozijo daquele dia em que [Jesus] levará Sua esposa para o lar
do Pai, e os remidos juntamente com o Redentor se assentarão para a ceia das bodas do Cordeiro’
“Sendo que haverá uma ressurreição dos justos (S. João 5:29) por ocasião da volta de Jesus, e os
justos vivos serão ‘arrebatados juntamente com eles, ...para o encontro do Senhor’ (I Tess. 4:16 e
17), os convidados para a ceia das bodas do Cordeiro virão de todas as épocas, desde o tempo de
Adão e Eva.” – LES893, p. 155.
19:10 Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal: sou
conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho
Sou conservo teu – “A palavra conservo denota que os seres humanos têm o privilégio
de ser cooperadores e companheiros, na terra, de santos anjos. (ver Zac. 3:7; comparar com Heb.
1:14.).
“O Espírito de Profecia – O anjo declarou: ‘Sou conservo teu e dos teus irmãos que têm o
testemunho de Jesus.’ Apoc. 19:10. A passagem paralela, Apocalipse 22:9, relata estas palavras
do anjo: ‘Eu sou conservo ... dos teus irmãos, os profetas.’ João era profeta. Através da História,
seus irmãos, ‘os profetas’, foram os que receberam revelações especiais de Deus para transmiti-
las ao mundo. Cristo falou por meio dos instrumentos escolhidos por Ele, tanto nos tempos do
Antigo como do Novo Testamento. Eles deram à humanidade o ‘testemunho’ de Cristo, o qual o
Céu lhes comunicou de várias maneiras diretas. (ver I S. Ped. 1:10 e 11; II S. Ped. 1:21.) A
expressão Espírito de Profecia se refere à especial revelação divina, seja qual for a ocasião em
que se tenha manifestado na história terrestre. (ver I Cor. 12:10.) O Senhor achou conveniente
dar este dom ao ‘remanescente’, como meio adicional de convidar as pessoas deste tempo para a
“João devia adorar a Deus, e não ao anjo, porque este último ao dar testemunho de Jesus, era
19:11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e
Céu aberto – “Na seqüência profética que começa em Apoc. 4:1, João viu uma ‘porta
aberta’ no próprio Céu. Agora, em Apoc. 19:11, ele vê ‘o Céu aberto’. Começa a seqüência final
dos acontecimentos, à medida que Deus vai agindo para libertar Sua Igreja militante. Cristo e os
exércitos do Céu se dispõem para a batalha. A partir daí, podem ser delineados sete eventos na
Armagedom. Este é o ‘grande dia do Deus Todo-poderoso’ (Apoc. 16:14; comparar com o verso
19; 14:17-20).
“’A providência Divina tem uma parte a desempenhar na batalha do Armagedom. Quando a
Terra for iluminada com a glória do anjo de Apocalipse dezoito, os elementos religiosos, bons e
maus, despertarão do sono, e os exércitos do Deus vivo entrarão em campo.’ – Ellen G. White,
“’Em breve travar-se-á a batalha do Armagedom. Aquele em cujo manto está inscrito o
nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores, em breve irá à frente dos exércitos do Céu montando
cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro... . [Citação de Apocalipse
19:12 Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos
diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.
19:13 Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo
de Deus.
Manto salpicado de sangue - “Cristo nos liberta em duas etapas. Na cruz do Calvário
pagou completamente o preço de nosso resgate, com a qual nos liberta da culpa de nosso
pecados, e quando se derramar a última tormenta do conflito dos séculos, virá buscar-nos para
nos libertar completa e definitivamente, pois destruirá Satanás e seu sistema de rebelião.” –
SRA/EP, p. 110.
19:14 Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho
19:15 Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com
vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
(Apoc. 1:12-20) e o simbolismo de Cristo como Rei-Guerreiro (Apoc. 19:11-16). Quais são as
semelhanças e as diferenças?
“Cristo enfrenta Seus inimigos. Em geral, admite-se que as figuras de Apoc. 19:11-16 são
extraídas de Isaías 63:1-6, que apresenta o Messias como ‘poderoso para salvar’ Seu povo e
diferenças. Em vez das suntuosas vestes sacerdotais, o Rei-Guerreiro usa ‘um manto tinto de
sangue’; está montado num cavalo branco, à frente de um conjunto de cavalarianos. Em Apoc. 1
a 3, Cristo, como Sacerdote, defronta Suas igrejas; ao passo que em Apoc. 19, como Guerreiro,
“Em ambos os lugares, o caráter de Cristo é retratado como ‘fiel e verdadeiro’ (Apoc. 1:5; 3:14;
19:11). Seus olhos são ‘como chama de fogo’ (Apoc. 1:14; 19:12) e ‘da boca saía-Lhe uma
espada afiada (Apoc. 1:16; 19:15), o que provavelmente constitui uma referência à autorizada
palavra proferida por Ele, que pode significar vida ou morte. (Comparar com Isa. 11:4; II Tess.
com a espada que tem na boca. Esta figura é explicada noutras partes da Bíblia: ‘Com o sopro
dos Seus lábios matará o perverso.’ Isa. 11:4. ‘Então será de fato revelado o iníquo, a quem o
Senhor Jesus matará com o sopro de Sua boca.” II Tess. 2:8.” – LES893, p. 158.
Ele as regerá com vara de ferro – “Nesse contexto, a figura de um pastor regendo com ‘vara de
ferro’ significa que ele destrói tudo o que ataca o Seu rebanho. (Comparar com Apoc. 2:27; 12:5;
“’O antigo cajado do pastor tinha dupla função. A parte arqueada servia para ajudar e guiar as
ovelhas, ao passo que a pesada ponteira de ferro na extremidade também fazia dele uma arma de
ataque. Esta era usada para proteção do rebanho, a fim de repelir e matar animais selvagens que
quisessem dispersa-lo e destruí-lo. Chegou o tempo de o Bom Pastor usar a ‘vara de ferro’ contra
as nações, para o livramento de Seu assediado rebanho na Terra. O ato de reger ou ferir as nações
com vara de ferro resulta no seu extermínio, e não no seu governo durante o milênio, segundo
afirmam alguns.’ – SDABC, vol. 7, págs. 874 e 875.” – LES893, p. 158.
Ver Apêndice: “Pós-milenismo/arrebatamento secreto”.
19:16 No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos
senhores.
Rei dos reis e Senhor dos senhores – “Nosso Rei vindouro merece todo nome e homenagem
nessa passagem. Homens pecaminosos e até dirigentes de igreja blasfemaram dEle. Apocalipse
1:7 diz que alguns deles ressuscitarão para ver Sua vinda. (Comparar com Dan. 12:2.)” –
LES893, p. 157.
Cristo virá como Messias real para livrar Seu povo na última guerra do mundo [armagedom]
contra Deus.” – Hans. K. La Rondelle, Chariots of Salvation (Hagerstown, MD.: Review &
Ver ainda comentário sobre Apoc. 5:5 e Apêndice: “Quatro principais apresentações simbólicas
de Cristo no Apocalipse.”
19:17 E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam
A ceia das aves – “A grande ceia das aves (Apoc. 19:17, 18 e 21) também simboliza a
destruição dos inimigos do Céu quando Cristo voltar. (Comparar com Sal. 79:2; I Sam. 17:44 e
“Esta ‘ceia das aves’ afeta o mesmo grupo descrito em Apocalipse 6:15-17, o qual não pode
resistir à presença do Senhor por não haver aceito a salvação em Cristo e conseqüentemente não
haver-se preparado para recebe-Lo. No final do milênio, serão destruídos definitivamente pela
19:18 para comerdes carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de
cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e
grandes.
19:19 E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra
19:20 E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que
enganou os que receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram
Ped. 3:10, bem como Apocalipse 19:20. Tiago White expressou a opinião de que haverá ‘dois
lagos de fogo’ (Review and Herald, 21 de janeiro de 1862): um por ocasião da Segunda Vinda, e
o outro no fim do Milênio. Na Segunda Vinda serão consumidas as forças terrestres do mal. No
fim do Milênio, Satanás e seus anjos também serão incluídos (Apoc. 20:20).” – LES893, p. 157
“A confederação político-religiosa que é simbolizada pela besta, o falso profeta e os reis da terra
‘com seus exércitos’ será lançada no lago de fogo (Apoc. 19:19 e 20). Essa linguagem simbólica
torna evidente que o Segundo Advento trará livramento aos remidos, seguido de regozijo na
grande ceia das bodas do Cordeiro, mas causará a destruição mundial de todos os inimigos de
Deus e Seu povo. Apoc. 19:20 e 20:9 e 14 demonstram que haverá duas ocorrências chamadas
“Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios serão eliminados da face de toda a Terra: consumidos
pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para
19:21 E os demais foram mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado no
Os demais foram mortos – “Os incrédulos serão destruídos por ocasião da volta de Jesus.
A ênfase dessa cena de guerra (Apoc. 19:11-21) é a destruição total dos inimigos de Deus. 1) a
espada que sai da boca de Cristo destrói as nações (Apoc. 19:15 e 21; comparar com Isa. 11:4; II
Tess. 2:8); 2) Ele as despedaça com ‘vara de ferro’ (Apoc. 19:15; comparar com Sal. 2:9; Apoc.
2:27) 3) Os poderes organizados que se levantam contra Cristo (‘a besta’ e ‘o falso profeta’) são
lançados no lago de fogo (Apoc. 19:19 e 20); 4) as aves do firmamento são convidadas a
banquetear-se com ‘as carnes’ de todos os que foram mortos, ‘quer livres, quer escravos, assim
Volta de Jesus: destino dos homens e anjos caídos – “Quando Jesus vier, com Suas hostes
de anjos, permanecerá no céu, acima da Terra. Os salvos irão ‘para o encontro com o Senhor nos
ares’ (I Tess. 4:17). Jesus não irá andar pela Terra como fez em Sua primeira vinda. Por esse
motivo a personificação de Cristo executada por Satanás, antes do advento, não irá enganar o
“Os que nem creram em Cristo nem ensinaram Sua verdade conforme está na Bíblia
serão destruídos pela glória de Sua presença. Os que O crucificaram, e foram ressuscitados
pouco antes de Sua volta, serão destruídos como as hostes de perdidos que receberam a marca da
besta. Os anteriormente mortos em pecado permanecerão nas sepulturas por mais mil anos.
“Quando as trombetas soarem, os que, em todos os tempos, morreram fiéis a Jesus Cristo
saem dos sepulcros e vão encontrar o Senhor nos ares. Então os santos vivos se juntarão a eles. E
não voltarão para a Terra; serão levados para o Céu para estar com Cristo e os anjos por mil
“Satanás e seus demônios ficarão retidos na desolação da Terra (Apoc. 20:1). A Terra
terá sido completamente devastada. Todos os salvos estarão no Céu e os perdidos ainda nas
Bibliografia:
Anderson, Roy A., O Apocalipse Revelado, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
LES892 – Battistone, Joseph J. – Lições da Escola Sabatina, 2º Trimestre de 1989, nº 374, Casa
Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
LES893 – Coffman, Carl – Lições da Escola Sabatina, 3º Trimestre de 1989, nº 375, Casa
Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
White, Ellen G., Primeiros Escritos, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP,., 1987.
Seventh Day Adventist Bible Commentary.
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