Rayanne Dos Santos Guimarães

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


CAMPUS TOMÉ-AÇU
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA

RAYANNE DOS SANTOS GUIMARÃES


ROSILANE CARVALHO DA CONCEIÇÃO

PROTÓTIPO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO


AUTOMATIZADO UTILIZANDO PLATAFORMA ARDUINO COM O USO DA
INTERNET DAS COISAS

TOMÉ-AÇU
2019
RAYANNE DOS SANTOS GUIMARÃES
ROSILANE CARVALHO DA CONCEIÇÃO

PROTÓTIPO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO


AUTOMATIZADO UTILIZANDO PLATAFORMA ARDUINO COM O USO DA
INTERNET DAS COISAS

Trabalho de conclusão de curso,


apresentado como requisito para
obtenção de título de Bacharel em
Engenharia Agrícola pela Universidade
Federal Rural da Amazônia – UFRA,
Campus Tomé-açu.
Orientador: Dr. José Felipe Souza de
Almeida

TOMÉ-AÇU
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia
Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

G963p Guimarães, Rayanne Dos Santos; Conceição, Rosilane Carvalho da.


PROTÓTIPO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO AUTOMATIZADO
UTILIZANDO PLATAFORMA ARDUINO COM O USO DA INTERNET DAS COISAS / Rayanne
Dos Santos Guimarães; Rosilane Carvalho Da Conceição - 2019.
51 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Engenharia Agrícola, Campus Universitário


de Tomé-Açu, Universidade Federal Rural da Amazônia, Tomé-Açu, 2019.
Orientador: Prof. Dr. José Felipe Souza de Almeida

1. Automação. 2. Arduino. 3. Internet das Coisas. 4. Irrigação. I. Almeida, José Felipe Souza de,
orient. II. Título

CDD 629.89
RAYANNE DOS SANTOS GUIMARÃES
ROSILANE CARVALHO DA CONCEIÇÃO

PROTÓTIPO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO


AUTOMATOZADO UTILIZANDO PLATAFORMA ARDUINO COM O USO
DA INTERNET DAS COISAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de


Bacharel em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA.

Aprovado em 13 de novembro de 2019

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. José Felipe Souza de Almeida


Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA

Orientador

Prof.ª Msc.ª Daniele Cristina de Brito Lima Soares


Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA
Membro 1

____________________________________________________
Prof. Msc. Philip Cooley Junior
Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA
Membro 2
Dedico este trabalho a minha inesquecível avó in
memory, por sonhar em me ver graduada bem
como por todo amor e carinho. A minha admirável
mãe por ser minha fonte inspiradora para vencer e
ao meu irmão por sonhar junto comigo e me apoiar
sempre.
Rosilane Carvalho da Conceição
Dedico este trabalho a minha mãe por acreditar em
mim e me apoiar em todos os momentos da minha
vida acadêmica. A minha família por me manter
forte e por me ajudar a superar todas as
dificuldades e a Deus que me deu sabedoria e
coragem para alcançar esse objetivo.
Rayanne Dos Santos Guimarães
AGRADECIMENTOS

Agradeço acima de tudo a Deus, que esteve ao meu lado nas adversidades, por ter segurado em
minhas mãos quando fraquejei, por me levantar e me dar forças para seguir em frente.

Agradeço a minha mãe, Rosângela Araújo de Carvalho por todo esforço e dificuldade que
enfrentou para me ver vencer. Pelo seu apoio e infinito amor, por ser minha inspiração para
lutar e por sempre acreditar nos meus sonhos.

Agradeço ao meu querido irmão, Rodrigo Alaercio de Carvalho da Conceição, por participar
de todos os momentos da minha vida, sempre ao meu lado, nos momentos de luta e vitórias.

A minha amada avó, Aracélia Araújo de Carvalho, que em vida, sempre me cobriu de amor e
carinho. Agradeço por sonhar comigo os meus sonhos, por me abençoar em toda a minha
caminhada e acreditar em dias melhores através da sua inabalável fé.

Aos meus tios e tias, primos e primas por todo o incentivo e orações. Agradeço aos amigos de
caminhada pelo companheirismo e amizade, Ederson, Michel, Geovana, Marcelly, Rennan,e
Nayanne. E a toda Família Guimarães, meus agradecimentos por ter me dado um lar e me
acolher com todo amor e carinho, em especial a minha mãe de coração, Francisca dos Santos
Guimarães.

Agradeço a minha incrível parceira, Rayanne dos Santos Guimarães, por fazer parte de todos
os momentos da minha vida desde quando cheguei em Tomé-açu. Por ter compartilhado comigo
infinitos trabalhos durante a graduação e por ter enfrentado ao meu lado os desafios na nossa
trajetória acadêmica assim como as dificuldades do dia-a-dia.

Agradeço a todos os professores que contribuíram com minha educação e com crescimento
acadêmico e profissional. Em especial ao meu querido Professor Philip cooley por ser um
exemplo para minha vida e por ter acreditado em mim como monitora.

Agradeço ao meu orientador José Felipe, por todo apoio e por acreditar em nós.

Agradeço a Universidade Federal Rural da Amazônia pela oportunidade, aprendizado,


crescimento intelectual e formação acadêmica.

A todos, minha eterna gratidão.

Rosilane Carvalho da Conceição


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus e a nossa senhora de Nazaré por ter me dado forças e me
mantido no caminho certo até o final deste projeto, me dando saúde, perseverança, ânimo, sendo
meu esteio, por não me deixar desistir, agradeço pelo dom da vida.

A minha mãe, Francisca Dos Santos Guimarães que amo tanto, por todo esforço, por cada
sacrifício, por cada vez que abdicou de seus desejos para que eu pudesse ter um futuro melhor,
por cada palavra de carinho, de amor, de esperança e por todo afeto que me proporcionou, amo-
te mãe és minha inspiração.

Aos meus irmãos, (Genivaldo, Eguinaldo, Rosiane, Rosimary, Reginaldo, Rosivaldo e Valdir),
por serem minhas inspirações e meu esteio, por estarem sempre ao meu lado me ajudando em
todos os momentos que precisei e a meu amado pai José Gonçalves Guimarães in memory, por
ter me amado e cuidado de mim até sua partida.

A toda minha família (avó, tios, tias, cunhado, cunhadas, sobrinhos, padrasto e primos), família
guerreira e batalhadora, que sempre esteve ao meu lado e nunca desistiu de me ajudar,
incentivar, dar amor e cuidar de mim, agradeço por toda dedicação, palavras de conforto e
conselhos que me deram para que eu pudesse chegar até o final de projeto.

Gratidão à família Carvalho, por todo amparo, por todo carinho, por ter me recebido de braços
abertos e por todo apoio durante esta caminhada.

A minha admirável parceira, Rosilane Carvalho da Conceição, por ter encarado esta luta junto
a mim, por toda força, dedicação e empenho para que este nosso objetivo pudesse ser alcançado,
e por todos os momentos que passamos durante estes 5 anos de convivência.

Aos meus amigos, em especial Ederson Rodrigues, Marcelly Priscyla, Nayanne Gonzaga,
Geovana Ferreira, Regina Patrício, Manoelly Costa, Renan Farias, Carol Chagas, Taty Almeida,
Edna Estumano e Renata Celeste por todo carinho durante anos de parceria, por toda ajuda,
toda dedicação e pelo companheirismo.

Aos meus amigos da turma de engenharia Agrícola 2015, por termos nos mantido unidos até o
fim, ajudando uns aos outros.
A todos os professores que contribuíram para minha formação acadêmica e profissional, em
especial a minha admirável professora Daniele Cristina, por todas as oportunidades que me
ofereceu e por toda força durante a jornada acadêmica.

Agradeço ao meu orientador José Felipe, pela confiança e oportunidade que nos deu, e ao amigo
caio castro por toda ajuda e dedicação.

A Universidade Federal Rural da Amazônia, pela oportunidade de ter cursado um curso incrível
e que me proporcionou muitos aprendizados e uma formação acadêmica.

A todos minha imensa gratidão!


Rayanne Dos Santos Guimarães.
RESUMO

Com o avanço da tecnologia, o uso da automação tem aumentado a eficiência dos serviços e a
produtividade no meio agrícola, pois este mecanismo vem sendo utilizado em plantações,
hortas, casas de vegetação e estufas, sobretudo nos sistemas de irrigação, com o intuito de
reduzir a mão de obra e aumentar a produtividade e qualidade do produto, racionalizando o
consumo de água e energia a fim de proporcionar economia ao produtor. Neste contexto, o
presente trabalho propôs automatizar um protótipo de um sistema de irrigação por gotejamento
através da plataforma arduino. Uma das aplicações deste sistema está na otimização das
atividades do grande, médio e pequeno agricultor, independentemente da cultura implementada.
Tal automatização foi realizada através da utilização de um sensor de umidade para o
monitoramento da umidade do solo e a utilização de uma válvula solenóide para o controle da
aplicação de água. Após testes realizados com o protótipo, observou-se que o Arduino
demonstrou boas respostas de monitoramento da umidade do solo com o auxílio do sensor de
umidade e acionamento da válvula solenóide, atuando com precisão na coleta de dados e
processamento de informações. Todas as informações foram armazenadas em um banco de
dados em tempo real e disponibilizadas para o usuário de maneira remota através de um
aplicativo móvel denominado blynk conectado à internet, utilizando da compreensão acerca da
Internet das Coisas (IoT) para o desenvolvimento do sistema. Portanto com o avanço da
tecnologia no campo, é de grande valia o pequeno produtor adotar práticas de automação como
esta apresentada, com o intuito de otimizar tempo, reduzir os custos e desperdícios de recursos.
Palavras-chave: Arduino. Automação. Irrigação. Internet das Coisas.
ABSTRACT

With the advancement of technology, the use of automation has increased the efficiency of
services and productivity in the agricultural environment, as this mechanism has been used in
plantations, vegetable gardens, greenhouses and hothouses, especially in irrigation systems,
with the aim of reduce labor and increase productivity and product quality, rationalizing water
and energy consumption in order to provide savings to the producer. In this contexto, the present
work proposed to automate a prototype of a drip irrigation system through the arduino platform.
One of the applications of this system is in the optimization of the activities of the large, medium
and small farmer independent of the implemented crop. Such automation was accomplished
through the use of a humidity sensor for soil moisture monitoring and the use of a solenoid
valve to control water application. After testing with the prototype, it was observed that Arduino
demonstrated good soil moisture monitoring responses with the aid of humidity sensor and
solenoid valve activation, acting with precision in data collection and information processing.
All information was stored in a real-time database and made available to the user remotely
through a mobile application called blynk connected to the internet, utilizing understanding of
the Internet of Things (IoT) for system development. So with the advancement of technology
in the field, it is very useful for the small producer to adopt automation practices like the one
presented, for optimize time, reduce costs and avoid waste.
Keywords: Arduino. Automation. Irrigation. Internet of Things.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Irrigação por sulco .................................................................................................. 19


Figura 2 – Irrigação por inundação ......................................................................................... 20
Figura 3 – Irrigação por gotejamento ...................................................................................... 21
Figura 4 – Irrigação por microaspersão... ................................................................................ 22
Figura 5 – Irrigação por aspersão convencional ...................................................................... 24
Figura 6 – Irrigação por pivô central ....................................................................................... 25
Figura 7 – Irrigação por autopropelido .................................................................................... 25
Figura 8 – Irrigação subterrânea .............................................................................................. 26
Figura 9 – Placa Arduino Mega 2560 ..................................................................................... 31
Figura 10 – Sensor de umidade do solo .................................................................................. 33
Figura 11 - Ethernet shield ...................................................................................................... 34
Figura 12 - Fonte chaveada ..................................................................................................... 34
Figura 13 – Jumpers e Protoboard ........................................................................................... 35
Figura 14 – Módulo Relé......................................................................................................... 36
Figura 15 – Válvula Solenóide ................................................................................................ 37
Figura 16 – Partes da válvula solenóide .................................................................................. 38
Figura 17 - Interface do aplicativo Blynk................................................................................ 38
Figura 18 - Interface da criação do projeto no aplicativo ....................................................... 39
Figura 19 – IDE Arduino......................................................................................................... 40
Figura 20 - Sistema do protótipo. ............................................................................................ 40
Figura 21 – Fluxograma do esquema de funcionamento do protótipo.....................................41
Figura 22 – Conexões entre os componentes do sistema ........................................................ 42
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15

2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 17

2.1 Geral ............................................................................................................................... 17

2.2 Específicos...................................................................................................................... 17

3. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 18

3.1 Técnicas de Irrigação.................................................................................................... 18

3.1.1 Método de Irrigação Superficial ............................................................................... 18

3.1.1.1 Irrigação por Sulco ............................................................................................ 18

3.1.1.2 Irrigação por Inundação ..................................................................................... 19

3.1.2 Método de Irrigação Localizada ............................................................................... 20

3.1.2.1 Irrigação Localizada por Gotejamento .............................................................. 21

3.1.2.2 Irrigação Localizada por Microaspersão ........................................................... 22

3.1.3 Método de Irrigação por Aspersão ........................................................................... 23

3.1.3.1 Irrigação por Aspersão Convencional ............................................................... 23

3.1.3.2 Irrigação por Aspersão Mecanizada .................................................................. 24

3.1.4 Método de Irrigação Subterrânea ........................................................................... 26

3.2 A Internet das Coisas (IoT) .......................................................................................... 26

3.2.1 A Internet das Coisas (IoT) no Contexto da Agricultura ......................................... 27

3.3 Plataforma Arduino ...................................................................................................... 28

3.3.1 Automação de sistemas de irrigação utilizando arduino .......................................... 29

4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 31

4.1 Placa Utilizada............................................................................................................... 31

4.2 Componentes Físicos..................................................................................................... 32

4.2.1 Sensor de Umidade do Solo ..................................................................................... 32

4.2.2 Ethernet Shield ......................................................................................................... 33


4.2.3 Fonte Chaveada ........................................................................................................ 34

4.2.4 Jumpers e Protoboard ............................................................................................... 35

4.2.5 Módulo Relé ............................................................................................................. 36

4.2.6 Válvula Solenóide .................................................................................................... 36

4.3 Aplicativo Blynk ............................................................................................................ 38

4.4 Ambiente de Desenvolvimento (IDE) e Programação ............................................... 39

5 RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................................... 41

5.1 Funcionamento do Protótipo ....................................................................................... 41

5.2 Acionamento da Válvula Solenóide ............................................................................. 42

5.3 Monitoramento das Condições da Umidade do Solo ................................................. 43

6 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 47

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 48
15

1 INTRODUÇÃO

A técnica da irrigação vem sendo utilizada há muitos anos, desde os primórdios até hoje
em dia, segundo Testezlaf et al. (2017) a irrigação é um conjunto de técnicas, formas ou meios
utilizados para fornecer água às plantas de maneira artificial para suprir suas necessidades,
visando alcançar a produção ideal para seus usuários. A técnica de irrigação pode ser dividida
em alguns métodos como por aspersão, microirrigação ou irrigação localizada, irrigação por
superfície e irrigação subterrânea (FRIZZONE, 2017).
A irrigação possui papel de grande importância quando relacionada à atividades
agrícolas, pois a mesma garante que ocorra produção mesmo em lugares onde há necessidade
hídrica, aumentando a produtividade das culturas implementadas, melhorando a qualidade do
produto final, utilizando os recursos de maneira adequada através da aplicação de água
uniforme, de forma eficiente e proporcionando ao agricultor uma ascensão em sua renda com
as atividades agrícolas. Aumentar a eficiência do uso da água na irrigação evitaria um
desperdício médio de 20% da água (CAMARGO, 2016).
Ainda existem produtores que utilizam as técnicas de irrigação de maneira empírica
determinando quanto e quando devem irrigar. Portanto, com a finalidade de otimizar os
sistemas de irrigação vem sendo adotado por muitos produtores o uso da automação para obter
maior produtividade, redução dos custos de produção, melhor utilização dos recursos naturais
e maior capacidade de controle e supervisão a fim de aumentar a eficácia do sistema.
Com o avanço da tecnologia, o uso da automação tem aumentado a eficiência dos
serviços e a produtividade no meio agrícola, pois este mecanismo vem sendo utilizado em
plantações, hortas, casas de vegetação, estufas entre outras, com o intuito de reduzir a mão de
obra, diminuir o trabalho manual, aumentar a produtividade e a qualidade do produto,
proporcionar economia e racionalizar o consumo de água e energia. Nesse processo de
automação, o Arduíno é uma ferramenta que garante o controle total do ambiente. Segundo
Júnior e Silva (2017), o Arduíno é uma plataforma baseada em microcontroladores, que
possibilitam que esse dispositivo possa interagir com o ambiente e ter controle sobre atuadores
no mesmo, este dispõe de praticamente tudo que precisa para operar de forma autônoma,
interligando as interfaces com o meio e programando com as funções desejadas.
Geralmente o agricultor necessita se deslocar até o local onde a cultura está sendo
produzida para realizar procedimentos como: acionar uma bomba ou ligar/desligar uma válvula,
o que demanda tempo e esforços repetitivos. Portanto, uma forma de amenizar esse problema
é utilizar da compreensão acerca da Internet das Coisas (IoT) juntamente, por exemplo, com o
16

aplicativo móvel blynk, para monitorar as atividades remotamente, auxiliando o agricultor na


tomada de decisões e oferecendo uma ideia de um processo automatizado, vantajoso e
inteligente.
A utilização do aplicativo móvel blynk, além de permitir o monitoramento da irrigação,
pode proporcionar ao agricultor praticidade, comodidade e facilidade na execução das tarefas
com um melhor custo benefício. Esse último é de fundamental importância, pois permite a
inserção do pequeno agricultor, principal público alvo deste trabalho, em atividades que
utilizam de alguma ferramenta tecnológica.
A Internet das Coisas ou, do inglês, internet of things (IoT) é uma rede de sistema,
plataformas e aplicativos com tecnologia embarcada para comunicar, sentir e interagir com
ambiente internos e externos (FIRJAN, 2016). Segundo Ferreira et al. (2010) citada por
Galegale et al. (2016), ao conectar os sensores a outros instrumentos, esses tornam-se
inteligentes, capazes de receber e fornecer informações em tempo real que podem ser utilizadas
para otimizar a adaptação às alterações ambientais.
Desta maneira, é fundamental desenvolver a automação de um protótipo do sistema de
irrigação por gotejamento a partir do monitoramento e controle com o uso de Internet das Coisas
(IoT), a fim de registrar dados coletados por meio de sensores de umidade do solo, afinal a IoT
irá relacionar objetos inteligentes com objetos do mundo físico, a fim de manter uma ligação
entre a máquina e o usuário.
Com o propósito de otimizar o tempo nas atividades que o agricultor executa, melhorar
sua produtividade e rendimento, minimizar seu deslocamento à área de cultivo e inserir,
principalmente, o pequeno produtor ao meio tecnológico, este trabalho utilizou uma plataforma
Arduino para receber informações através de sensores e enviá-las a um aplicativo móvel para
monitorar em tempo real os dados obtidos, utilizando dispositivos eletrônicos via wifi.
17

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Automatizar um protótipo de um sistema de irrigação por gotejamento utilizando a


plataforma Arduino vinculada a comunicação via Internet das Coisas (IoT) para o
monitoramento e controle do sistema.

2.2 Específicos

 Controlar a aplicação de água e coletar dados sobre a umidade do solo através da


plataforma arduino;
 Utilizar um aplicativo móvel Blynk para receber e enviar informações;
 Utilizar o Blynk para fornecer ao usuário informações a respeito do funcionamento
do protótipo do sistema de irrigação de baixo custo;
 Gerar gráficos com a representação da umidade do solo durante o período de teste.
18

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Técnicas de Irrigação

Segundo Dantas (2016), as técnicas de irrigação “são utilizadas por agricultores como
solução para contornar a escassez da água e como meio de determinar a quantidade de água
necessária para a cultura, assim chegando a um aumento na produtividade”. Essa técnica dispõe,
basicamente, de quatro métodos de irrigação: superficial, localizada, aspersão e subsuperficial,
onde cada método é representado por dois ou mais sistemas de irrigação que podem ser
empregados de acordo com o solo, clima, culturas, disponibilidade de energia e condições
socioeconômicas (HAGUENAUER, 2016).

3.1.1 Método de Irrigação Superficial

Para Frizzone (2017, p. 12) a irrigação por superfície:

Têm como principal característica distribuir a água na área irrigada utilizando


a superfície do solo para o escoamento gravitacional, permitindo um
escoamento contínuo, sem causar erosão. Essa condição pode ser conseguida
por sistematização do terreno ou por simples uniformização da superfície.
Estes sistemas, em geral, são os de menor custo por unidade de área.

A irrigação superficial tem como principais vantagens: baixo custo fixo e operacional,
demanda equipamentos simples, o vento não intervém no funcionamento deste método de
irrigação, quando comparado com o método de aspersão requer baixo consumo de energia e
não interfere no manejo das culturas. Em relação as desvantagens, destaca-se a influência das
condições topográficas para um bom funcionamento, requer o nivelamento do terreno, as
práticas de manejo das irrigações são mais complexas e necessitam de contínuos testes de
campo para verificar o seu desempenho, visto que o mau planejamento pode acarretar ao
sistema uma baixa eficiência de distribuição de água (XAVIER, 2016).

3.1.1.1 Irrigação por Sulco

O sistema de irrigação por sulco (figura 1), segundo Marouelli et al. (2017), é o sistema
que requer menor investimento, no entanto, dispõe de menor eficiência de irrigação e maior
demanda de água e mão de obra em sua construção, não é recomendado instalar este sistema
em terrenos acidentados ou íngremes e em solos com alta taxa de infiltração e baixa retenção
de água, pois a eficiência do sistema reduzirá. Para que haja melhor desempenho do sistema é
19

importante realizar testes de campo periodicamente para determinar de maneira correta o


comprimento e declividade dos sulcos, bem como a sua vazão de água, fatores estes que estão
relacionados diretamente a taxa de infiltração de água no solo e sua textura, pois quanto mais
fina a textura e/ou maior a infiltração, maiores serão os fatores anteriormente mencionados.

Figura 1 - Irrigação por sulco

Fonte: Marouelli (2017)

3.1.1.2 Irrigação por Inundação

Para Figueirêdo (2017) no sistema de irrigação por inundação:

A água é aplicada na superfície do solo por meio da energia potencial (força


da gravidade) dentro de áreas contornadas por diques ou grandes camalhões
(taipas) sendo chamadas de tabuleiros ou bacias de irrigação. O terreno se
divide nestes tabuleiros, dentro dos quais se aplica uma vazão superior à
velocidade de infiltração, ficando a água estancada até que se penetra no solo.

Esse sistema necessita de nivelamento mais exigente do terreno, criação de redes de


canais de distribuição de água e um sistema de drenagem eficaz para conter a salinização do
solo (PEREIRA, et al., 2010). O sistema de irrigação por inundação (figura 2), apresenta
diversas vantagens como, baixo desperdício de água por escoamento superficial e menor
utilização de mão de obra.
20

Figura 2 – Irrigação por inundação

Fonte: Embrapa (2018)

3.1.2 Método de Irrigação Localizada

Segundo Biscaro (2014) no método de irrigação localizada:

A aplicação de água visa molhar especificamente a área de solo na qual se


encontra o sistema radicular da cultura. Por meio de tubulações a água é
conduzida sob baixa pressão, sendo fornecida para a região do solo próxima
ao pé da planta por meio de emissores (que variam conforme o sistema
utilizado). A umidade do solo é mantida próxima à capacidade de campo,
caracterizando assim uma irrigação de alta frequência.

Ainda segundo o autor, são diversas as vantagens que podem existir na utilização desse
método como menores custos com mão de obra, durabilidade na utilização do equipamento,
aplicação de água e de produtos químicos de maneira uniforme e com baixos custos, adaptação
a diferentes solos declivosos, poucas perdas por percolação, evaporação e deriva, economia
com energia elétrica ou combustível, possibilita o controle de plantas daninhas e apresenta
eficiência elevada na aplicação. Por outro lado, seu custo inicial é elevado, requer um sistema
de filtragem mais aperfeiçoado, apresenta maiores riscos de entupimento devido aos pequenos
orifícios para o fluxo de água.
21

3.1.2.1 Irrigação Localizada por Gotejamento

Nesse tipo de sistema de irrigação a água é aplicada em menor volume, através de gotas
com frequência e diretamente na raiz das plantas. Esse sistema propõe facilidade na realização
do processo de fertirrigação, que visa a utilização de biofertilizantes via água possibilitando o
uso correto dos nutrientes e aumento de sua eficiência, proporciona redução de mão de obra
assim como dos gastos de energia do sistema de irrigação (GALLON et al., 2015).
O sistema de irrigação por gotejamento (figura 3), também apresenta vantagens como
maior controle e eficácia da utilização da água a ser oferecida à planta, expansão da
produtividade, torna-se possível o sistema operar em tempo integral, melhor controle de ervas
daninhas, facilidade de automação, se adequa a diferentes topografias e reduz o risco de
encharcamentos e erosões (SOUSA et al., 2014).
Segundo Fernandes e Lima (2013), como desvantagens esse sistema apresenta alto custo
de implementação; riscos de entupimento dos emissores se utilizados de maneira inadequada;
condensação das raízes em parte do solo, onde se constitui a parte molhada pelo gotejador e
eventuais danos em linhas laterais causadas por mão de obra com objetos cortantes ou através
de animais (roedores).

Figura 3 – Irrigação por gotejamento

Fonte: Costa (2018)


22

3.1.2.2 Irrigação Localizada por Microaspersão

Esse sistema utiliza microaspersores que arremessam água em gotas simulando uma
chuva em uma área pequena em forma de um círculo. Os microaspersores apresentam raios de
ação que variam de acordo com a vazão e a pressão na tubulação, quanto maior for a vazão
maior será o raio do microaspersor e quanto menor a vazão menor seu raio de alcance de água.
É indicada a utilização de microaspersores com vazão acima de 40 l/hora (COELHO, et al.,
2014).
O sistema de microaspersão (figura 4), apresenta diversas vantagens como fácil
observação da distribuição de água na superfície do solo, proporciona baixo risco de
entupimento quando relacionado ao sistema de gotejamento por possuir emissores com maior
diâmetro para saída de água, esse sistema necessita de menor filtração e exige pouca
manutenção se comparado ao sistema de gotejamento. Por outro lado, pode facilitar o
surgimento de doenças pelo fato de propiciar que parte da planta seja molhada, o sistema pode
demonstrar perdas de água por deriva e também por evaporação em locais que apresentem altas
temperaturas e baixa umidade (TESTEZLAF, 2017).

Figura 4 – Irrigação por microaspersão

Fonte: Testezlaf (2017)


23

3.1.3 Método de Irrigação por Aspersão

A irrigação por aspersão é um conjunto de procedimentos que propõe compor a


necessidade hídrica de variadas culturas através da segmentação de um jato de água em gotas
arremessadas sobre a extensão do terreno, imitando uma chuva abundante e uniforme (SILVA,
2012).
O método de irrigação por aspersão possui diversos benefícios como: não necessita de
regularização do terreno, viabilizando menores custos de implementação e utilização de
extensões com topografias oscilantes. É um sistema propício para a maior parte das culturas e
solos, pois possibilita o comando da precipitação dos aspersores e do grau de fragmentação do
jato de água, evidencia baixas perdas por evaporação e por infiltração, uma vez que a água é
conduzida por tubulações, com o manuseio correto do sistema pode minimizar os riscos de
erosão pelo uso excessivo da água e possibilita a utilização do sistema para outros fins, como
por exemplo a fertirrigação. Esse método também apresenta limitações como alto investimento
inicial quando comparado a outros métodos, demanda cuidados maiores de manutenção, a ação
do vento pode afetar significativamente a uniformidade e a eficiência de aplicação de água do
sistema e quando manuseado em altas temperaturas pode haver perdas por evaporação
(TESTEZTAF, 2014).

3.1.3.1 Irrigação por Aspersão Convencional

Segundo Pereira (2014), o sistema de aspersão convencional (figura 5), é aquele em que
as modificações de posicionamento do aspersor são efetuadas manualmente, de maneira não
mecanizada, desta forma, então necessitam de maior mão de obra quando comparados à
sistemas mecanizados, os sistemas convencionais podem ser subdivididos em sistemas fixos,
semi-fixos e móveis.
Ainda segundo o autor, no sistema convencional fixo todo o conjunto de tubagem, kit
moto bomba e os aspersores encontram-se fixos, fazendo-se necessário unicamente a abertura
e fechamento de registros, dessa maneira o trabalho é diminuído, porém o investimento será
maior uma vez que a tubulação deverá ser instalada em toda a área a ser irrigada.
No sistema convencional semi-fixo toda linha transportadora de água, linhas de
fornecimento de água e o conjunto moto bomba encontram-se fixos e as linhas onde estão os
aspersores são móveis e podem ser manuseadas em outras posições, assim sendo, intensifica-
se a necessidade de mão de obra, contudo ocorre a redução do investimento inicial. O sistema
convencional móvel é aquele onde toda a tubulação pode ser desmontada e transferida para
24

diversos lugares, deve-se atentar para os cuidados com o deslocamento dos componentes, uma
vez que se danificado precisará de manutenção, o que ocasionará aumento nos custos, este é o
sistema de aspersão convencional que mais faz o uso de mão de obra (PEREIRA, 2014).

Figura 5 – Irrigação por aspersão convencional

Fonte: Marouelli (2017)

3.1.3.2 Irrigação por Aspersão Mecanizada

Segundo Testezlaf et al. (2017) sistemas por aspersão mecanizados:


São sistemas onde os aspersores ou sprays são montados em estruturas
metálicas que se movem ao longo da área para efetuar a irrigação. Estes
sistemas podem se movimentar com o auxílio de um trator, ou de sistemas
automatizados com movimentos linear ou circular, com a operação elétrica ou
com a utilização da pressão existente na tubulação. Enquadram-se no sistema
mecanizado, o pivô central, um dos mais conhecidos no Brasil, e o carretel
enrolador (autopropelido).

O sistema de irrigação via pivô central (figura 6), se adequa a variados tipos de culturas
anuais, algumas perenes de baixo porte e hortaliças, tem melhor funcionalidade em superfícies
planas, mas toleram terrenos com até 15% de declividade, atendem variadas condições de clima,
solo e cultura, geralmente se utiliza aspersores do tipo spray com uniformidade de distribuição
superior a 90% e reguladores de pressão que são essenciais para o bom funcionamento do
sistema (SENAR, 2019).
25

Figura 6 – Irrigação por pivô central

Fonte: Agrosmart (2017)

O sistema de irrigação por autopropelido é um sistema mecanizado propício para


extensões retangulares com declividade de até 20%, para solos com alta infiltração de água, é
muito utilizado para aplicações de irrigação complementares, faz o uso de muita energia em sua
operação, contudo, se comparado a aspersão convencional demonstra baixo emprego de mão
de obra e possui grande relevância por viabilizar a irrigação de diversas áreas com somente um
equipamento (SENAR,2019).

Figura 7 – Irrigação por autopropelido

Fonte: Preveduto (2017)


26

3.1.4 Método de Irrigação Subterrânea

O método de irrigação subterrânea também é conhecido como subirrigação ou drenagem


controlada (figura 8), representa a aplicação de água de modo direto abaixo da superfície do
solo por meio da constituição, aperfeiçoamento e comando de lençóis de água artificiais ou
naturais, conservando-o a uma profundidade apropriada a fim de assegurar a umidade essencial
ás raízes das plantas (ROBBINS; VINCHESI, 2011).
Esse método apresenta benefícios como menores custos iniciais de instalação e
operação, tem boa adaptabilidade a diversas taxas de infiltração e não sofre perdas por deriva
no processo de irrigação. Como pontos negativos, destacam-se a possibilidade de salinização
do solo caso haja negligência no processo de irrigação, exige alto grau de nivelamento do
terreno e o mesmo deve ser impermeável, necessita de um sistema de drenagem e água em
abundância (SOUSA; BUSSON, 2016)

Figura 8 – Irrigação subterrânea

Fonte: Ehmke (2014)

3.2 A Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas ou, do inglês, internet of things (IoT) é considerada uma evolução
da internet e representa um novo paradigma tecnológico, social, cultural e digital. A IoT
possibilita que os objetos físicos e virtuais conectem a sociedade ao meio ambiente diminuindo
27

as barreiras de interação entre os mesmos tênues (LACERDA; LIMA-MARQUES, 2015). Essa


conexão possibilita que os objetos físicos e virtuais ao serem acessados tornem-se objetos
inteligentes, devido sua capacidade de comunicação através de sensores que podem ser
controlados remotamente (MANCINI, 2018).
Esses sensores são capazes de receber informações do mundo real, como temperatura,
umidade e presença, e fornecê-las a dispositivos que utilizarão essas informações de forma
inteligente, a fim de permitir a interação dos objetos, pessoas, dados e ambientes virtuais
(MAGRANI, 2018).
A internet das coisas IoT possui um tripé chamado de três Cs que são: comunicação,
controle e automação e custos reduzidos. Na comunicação a IoT difunde informações tanto aos
sistemas quanto às pessoas, informações essas como a condição e as circunstâncias que
determinado equipamento se encontra e dados de sensores para monitoramento e controle de
diversas variáveis. O controle e automação possibilita maior visibilidade ao usuário a respeito
de situações em que se encontram os dispositivos e por diversas vezes o usuário poderá
controlar seus equipamentos remotamente com atividades como ligar e desligar aparelhos,
regular temperaturas de ambientes específicos, fornecer informações acerca de possíveis
problemas no sistema e possivelmente obter uma resposta (RESEARCH, 2013).
Nos custos reduzidos a IoT é utilizado como meio de economia para os usuários, uma
vez que faz uso de dados de funcionamento e integridade reais dos equipamentos ao invés de
demonstrar suposições, processo este que evitará erros que poderiam acarretar prejuízos aos
usuários e consequentemente permitirá que empresas possam colocar em prática as
manutenções necessárias, medidores inteligentes também fazem mensuração de variáveis como
energia, água, combustível entre outros, o que pode auxiliar as pessoas a entender os custos e
encontrar oportunidades de os reduzir ( RESEARCH, 2013).
A IoT pode ser aplicada em diversas áreas do cotidiano, uma delas é na gestão da
agricultura e dos recursos naturais desempenhando funções de monitoramento ambiental para
produção e cultivo, gerenciamento no processo de produção e utilização de recursos para a
agricultura. Nesse sentido, a Internet das Coisas vem surgindo como um grande desafio,
conceitual e tecnológico, pois são várias tecnologias que compõe um único sistema (DIAS,
2016).

3.2.1 A Internet das Coisas (IoT) no Contexto da Agricultura


28

A IoT tem um papel indispensável no ramo agrícola por interagir de variadas formas e
meios, tornando as atividades no campo mais viáveis e com maior praticidade. Com a utilização
de sensores de umidade, temperatura e mapeamento de campos através de drones que se
conectam à internet, por exemplo, é possível demonstrar quadros de produção e produtividade
de grandes áreas agrícolas (MUXITO, 2018).
A Internet das Coisas auxilia na obtenção das informações que antes eram feitas de
forma manual e agora passam a ser obtidas de forma mais precisa, vem colaborando com bancos
de dados os tornando mais acessíveis, e atua de maneira autônoma e inteligente em sistemas de
irrigação e controle de doenças (BARBOSA, 2017).
Segundo Rosa (2016) a IoT é um dos métodos que mais tem colaborado para o
desenvolvimento da agricultura de precisão, pois possibilita uma amplificação da agricultura
tradicional por intermédio de técnicas que permitem viabilizar aos produtores procedimentos e
dados que auxiliam na tomada de decisão, e que agregam mais rendimento por meio de
dispositivos e ferramentas de análise das informações, assim prevendo circunstâncias como
por exemplo um ataque de pragas, contratempo favorecidos por chuvas ou irrigação
inapropriada, podendo desta forma reparar os erros, diminuir riscos e prevenir prejuízos, além
de tomar a decisão mais adequada para a situação (ROSA, 2016).
Na ambiência da agricultura de precisão, a IoT proporciona também por exemplo em
sistemas de irrigação, a comunicação entre os sensores meteorológicos, o acionamento e
desligamento de sensores de umidade do solo conforme sua carência, e além disso podem
analisar a qualidade do solo buscando suprir qualquer que seja a necessidade de algum nutriente
ou a proteção para algum plantio (MORAES, 2017).
Ainda segundo o mesmo autor, a irrigação através do uso da IoT em conjunto com outros
dispositivos promove uma agricultura sustentável, e ao mesmo tempo se mostra um mecanismo
fundamental para o agricultor que almeja boas práticas sustentáveis, desenvolvimento
econômico, otimização de tempo através de decisões corretas e diminuição dos riscos de
prejuízos.

3.3 Plataforma Arduino

O conceito Arduino surgiu na Itália em 2005, a partir da necessidade de tornar mais


acessível a criação de projetos e protótipos envolvendo eletrônica e programação. Arduino é
uma plataforma de computação física baseado nas linhas de microcontroladores da ATMEL,
29

consiste em uma placa única estruturada com entradas analógicas e entrada/saída digital e
possui recursos de hardware controlados pela programação C/C++ (MOURÃO, 2018).
Esses microcontroladores são unidades de processamento com diversos periféricos
internos, que possibilitam a interação e o controle do dispositivo com o ambiente, por possuir
em seu interior, uma unidade central de processamento, periféricos, comunicação serial,
conversores analógico-digitais, entre outros. Um microcontrolador é praticamente autônomo,
interligando as interfaces com o meio e programando com as funções desejadas (JÚNIOR;
SILVA, 2017).
A placa arduíno consiste em um hardware, é onde acontece a constituição dos projetos,
é o componente físico do arduíno, e a outra parte é chamada de IDE do arduíno, que consiste
em um software utilizado no computador, que executa funções de programação no arduíno onde
são redigidos os códigos em uma linguagem que o arduíno entende (RODRIGUES et al., 2012).
Como qualquer computador, o Arduino precisa de um software para executar comandos,
comandos esses que são realizados através do Integrated Development Environment (IDE) que
é um programa executado para permitir a criação de sketches para a placa Arduino em uma
linguagem simples, modelada a partir da linguagem Processing, assim, o Arduino simplifica ao
máximo as complexidades intrínsecas à programação de microcontroladores (BANZI, 2012).
São inúmeras as funcionalidades que o Arduino pode proporcionar, dentre elas servir de
auxílio na inserção de sensores para monitorar variáveis como temperatura, umidade do ar,
umidade do solo, tempo de irrigação, entre outras. Os sensores irão captar as informações do
ambiente e as transformar em sinais elétricos que podem ser interpretados pelo Arduino com o
intuito de otimizar a adaptação às alterações ambientais (FERNANDES et al., 2017).

3.3.1 Automação de sistemas de irrigação utilizando arduino

Atualmente no Brasil a utilização dos sistemas de irrigação automatizados vem sendo


cada vez mais implantados, sobretudo devido ao surgimento de procedimentos adequados que
seguem a evolução da agricultura moderna e que somam na abertura das importações
brasileiras, principalmente na área da irrigação localizada, diversos fatores como busca pela
otimização, competitividade, aumento da produtividade, e diminuição dos custos tem
impulsionado o emprego de novas tecnologias aos métodos de irrigação, assim a automação se
torna viável tanto pela redução dos custos com trabalho quanto por necessidades operacionais
como irrigação noturna de grandes áreas (REIS, 2015).
30

Ainda segundo Reis (2015), a automação de um sistema de irrigação possui inúmeras


vantagens que levam a otimização de uma produção, dentre elas a redução da mão de obra,
acompanhamento desta irrigação 24 horas por dia sem precisar observar de maneira presencial,
acionamento realizado a partir de comandos provenientes da utilização de sensores, maior
precisão de aplicação da água e redução de custos devido a economia de recursos hídricos e
energia elétrica.
A implantação de um sistema automatizado com a utilização do Arduino torna-se
eficiente no controle e monitoramento de sistemas de irrigação, uma vez que é capaz de conter
o desperdício de água na irrigação, de energia, na produção e, principalmente, otimizar o tempo
nas atividades que o agricultor executa (CUNHA; ROCHA, 2015).
Medeiros (2018), ressalta que o Arduino pode ser utilizado na automação de um sistema
de irrigação baseado em temporizadores ou sem unidades temporizadoras. No primeiro caso a
automação permite a aplicação de água em intervalos de tempo fixos, porém esse tipo de
automação pode realizar uma irrigação desnecessária quando o solo ainda está úmido em partes
mais próximas às raízes, além disso o excesso de água no solo pode ocasionar doenças para as
plantas.
Por outro lado, a automação de um sistema de irrigação utilizando unidades
temporizadoras permite que haja um controle baseado na utilização de sensores que identifica
o momento ideal para irrigar, bem como a quantidade necessária de água. A aplicação de
sensores possibilita um monitoramento em tempo real da situação do solo, que permite saber
onde, quando e quanto irrigar, desta forma, o sistema torna-se eficiente na utilização de recursos
hídricos (DURSON; OZDEN, 2011).
31

4 MATERIAL E MÉTODOS

Para a realização deste trabalho, foi desenvolvido no Laboratório de eletrônica aplicada


da Universidade Federal Rural de Amazônia/Belém-Pará um protótipo de um sistema de
irrigação por gotejamento automatizado utilizando plataforma arduino com o uso de internet
das coisas IoT para monitorar e controlar a aplicação de água do sistema através de sensores,
de um aplicativo móvel denominado Blynk e outros componentes que serão apresentados
posteriormente.

4.1 Placa Utilizada

Para realização deste trabalho foi utilizada uma placa Arduino Mega R3 2560 (figura9),
que possui um controlador ATmega2560, esta placa foi escolhida pelo seu baixo custo e por
apresentar alta integração com diversos dispositivos, além de ser uma placa muito versátil e que
possui maior número de portas de entrada e saída em relação a outros modelos de Arduino.

Figura 9 – Placa Arduino Mega 2560

Fonte: Autores (2019)

São diversas as versões do Arduino disponíveis no mercado, cada uma com suas
peculiaridades. A partir dos avanços das versões do Arduino foi possível obter a placa Arduino
MEGA 2560 que possui mais pinos, maior capacidade de processamento e memória e é
32

indicado para projetos maiores. Essa placa é composta por um microcontrolador ATMEL
ATMEGA 2560, 8 bits, 54 portas digitais, 15 portas PWM, 16 portas analógicas e a alimentação
do Arduino MEGA opera a uma tensão de 5 V sendo realizada pela conexão externa específica
(de 7 a 12 V) ou através da porta serial USB (JÚNIOR; SILVA, 2017).
É uma placa que possui pinos de alimentação que podem ser o VIN, que representa a
tensão de entrada para a placa Arduino, o 5v, pino este que produz uma tensão de 5v regulada
pela placa, o 3,3v, que fornece essa tensão a circuitos ou shields que operem com este valor e
o GND que são pinos negativos (ARDUINO.cc, s.d.).

4.2 Componentes Físicos

Além do Arduino MEGA, outros componentes foram utilizados para a eficiência do


funcionamento do protótipo, como sensor de umidade do solo, Shield wifi, fonte chaveada,
módulo relé, protoboard, jumpears, e uma válvula solenoide.
4.2.1 Sensor de Umidade do Solo

O sensor de umidade de solo utilizado foi o Higrômetro (figura 10) com a finalidade de
detectar as condições do solo em relação a umidade. Esse dispositivo possui duas partes: uma
composta por duas sondas responsáveis em medir a umidade do solo através da condutividade
elétrica e a outra parte é um mini potenciômetro ajustável (trimpot) que irá regular a
sensibilidade, estas partes podem ser identificadas de acordo com a figura 2. O sensor apresenta
uma saída digital (D0), no qual trabalha com o valor 0 ou 1 que pode estimar se o solo está seco
ou úmido, neste caso há necessidade de regular a sensibilidade do potenciômetro a fim de
ajustar a condição da umidade do solo e uma saída analógica (A0) com maior precisão, pela
qual recebemos valores reais em uma escala de 0 a 1023.
As sondas do sensor são utilizadas para transmitir corrente elétrica através do solo para
posteriormente obter a resistência do solo que varia de 0 a 1.023 e identificar o seu nível de
umidade. Quanto maior a resistência do solo registrada, menor será a condução da eletricidade
o que caracteriza um solo seco, havendo a necessidade de irrigar, e quanto menor a resistência
do solo maior será a condução da eletricidade devido a uma significativa quantidade de água
no solo.
Quando o sensor está em contato com o solo e conectado ao Arduino, este sensor envia
valores que variam de 0 a 1023 que podem ser transformados em porcentagem para representar
a resistência e facilitar a leitura da condição do solo. Considerando, hipoteticamente, que o
valor observado foi 600, utiliza-se a seguinte fórmula para transformar o valor em porcentagem:
33

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜 𝑋 100


Resistência do solo (%) =
o maior valor do sensor
600 𝑥 100
Resistência do solo (%) = ≈ 59%
1023

Figura 10 – Sensor de umidade do solo

Fonte: Autores (2019)

4.2.2 Ethernet Shield

Na confecção desde protótipo, foi utilizado um Ethernet shield (figura 11) que foi
empregado com o intuito de conectar o Arduino à internet e destinar informações via internet a
respeito da umidade do solo para o aplicativo móvel Blink, possibilitando o monitoramento dos
dados em tempo real e remotamente ao usuário.
O Ethernet shield é um dispositivo utilizado para fornecer uma conexão de internet para
o Arduino por meio de um cabo conectado entre o shield e uma fonte de internet, essa placa se
mantem acoplada ao Arduino e pode ser manuseada em modelos de Arduino como UNO E
MEGA. É uma placa que possui um controlador chamado W5100 e é por meio deste que ocorre
a conexão do Arduino com a internet, além de possuir uma entrada para cartão micro-SD que
pode ser utilizada para armazenar informações e arquivos.
34

Figura 11 - Ethernet shield

Fonte: Autores (2019)

4.2.3 Fonte Chaveada

Levando em consideração que a válvula solenoide utilizada no protótipo não apresenta


tensão compatível com a rede elétrica normal, foi feito uso de uma fonte de alimentação de
modelo S25-12 de 12volts e 2 amperes (figura 12) para estabelecer o controle de saída da tensão,
esta fonte possui um controlador interno que é capaz de converter a corrente alternada em
corrente contínua, assim estabilizando a tensão de saída para 12 volts, viabilizando o
funcionamento da válvula solenoide.

Figura 12 - Fonte chaveada

Fonte: Autores (2019)


35

4.2.4 Jumpers e Protoboard

Para realizar as conexões entre os componentes do circuito do protótipo foram utilizados


elementos como protoboard e jumpers (figura 13). Jumpers são pequenos cabos de plástico com
a parte interna em metal que possuem pontas ajustadas com diversas formas e diferentes
comprimentos que são utilizadas de acordo com o que será feito em determinado projeto. Os
jumpers podem ser Macho-Macho, Fêmea-Fêmea e Macho-Fêmea, cada tipo é definido de
acordo com seus pinos e sua utilização, no protótipo em questão foram usados jumpers macho-
macho e macho-fêmea.
A protoboard é uma placa utilizada em testes e ensaios, possui diversos pontos onde são
feitos os encaixes dos jumpers mantendo a conexão entre os componentes para que se monte o
circuito. É muito usual em protótipos pelo fato de possibilitar flexibilidade nos ajustes uma vez
que não requer soldagem e é encontrada de diversos tamanhos de acordo com o número de
pontos ou furos. Essa possui uma área de disseminação da alimentação elétrica composta por
duas colunas nas laterais, uma é usada para a condução de tensão positiva (linha vermelha) e a
outra é usada para a condução negativa ou terra (linha azul). Neste protótipo foi utilizada uma
protoboard de 400 pontos para auxiliar na conexão dos componentes, sendo usadas tanto as
linhas para condução da tensão positiva quanto as linhas para condução negativa.

Figura 13 – Jumpers e Protoboard

Fonte: Autores (2019)


36

4.2.5 Módulo Relé


No trabalho em questão, o relé (figura 14) foi utilizado como uma ferramenta para ligar
ou desligar um equipamento a válvula solenoide, através de comandos que garantem controlar
grandes tensões a partir de pequenas tensões, um relé pode ser ativado com uma pequena tensão
de 5v por exemplo, vinda do Arduino, e controlar a válvula solenoide que opera em uma tensão
maior.
Um módulo relé pode possuir diversos canais, existem módulos com até 16 canais, o
trabalho em questão foi executado com um módulo relé de 4 canais, porém apenas um canal foi
utilizado, sendo este composto por 3 pinos que são: o Vcc que é o pino de alimentação 5v, o
GND que é o pino para terra 0v e o pino IN que é o pino de comando do módulo, responsável
por ligar e desligar o relé, todos esses pinos foram conectados ao Arduino através da protoboard
e de jumpers.
Segundo Conceição (2016) Os relés podem ter algumas configurações referentes aos
seus contatos:

Eles podem ser NA (normalmente aberto), NF (normalmente fechado) ou


ambos. Os contatos NA são os que estão abertos enquanto a bobina do relé
não está energizada e que fecham, quando a bobina recebe corrente. Os NF
abrem-se quando a bobina recebe corrente, ao contrário dos NA. O contato
central ou C é o comum, ou seja, quando o contato NA fecha é com o C que
se estabelece a condução e o contrário com o NF.

Figura 14 – Módulo Relé

Fonte: Autores (2019)

4.2.6 Válvula Solenóide


37

A válvula solenoide (figura 15) foi um equipamento de grande importância, utilizada


para controlar o fluxo de água do sistema de irrigação por gotejamento do protótipo de maneira
remota. Esta válvula recebeu comandos elétricos do módulo relé que energizou a bobina em
seu interior, formando um campo magnético que contribuiu no movimento de um êmbolo para
fechar o orifício e impedir a passagem da água para a fita gotejadora, da mesma maneira,
quando a bobina não era energizada, criou-se um campo magnético responsável por levantar o
êmbolo e permitir a passagem da água.
Essa válvula possui tensão de alimentação de 12V e é dividida em duas partes (figura
16), o corpo que possui um dispositivo que permitiu a passagem ou não de água, e a bobina por
onde passou a corrente elétrica que proporcionou a abertura ou fechamento do êmbolo.

Figura 15 – Válvula Solenóide

Fonte: Autores (2019)


38

Figura 16 – Partes da válvula solenóide

Fonte: Master (2019)

4.3 Aplicativo Blynk

No presente trabalho o aplicativo Blynk (figura 17) foi utilizado com o intuito de
integrar aplicações criadas pelos autores com a plataforma arduino através da conexão desta, à
internet, para que assim fossem geradas informações a respeito da umidade do solo, permitindo
monitorar e controlar remotamente todo o sistema de irrigação por gotejamento e enviar estas
informações ao usuário em tempo real, assim otimizando o tempo e reduzindo os custos de mão
de obra e outras atividades do utilizador do serviço.

Figura 17 - Interface do aplicativo Blynk

Fonte: Autores (2019)


39

No aplicativo Blink foi criado um campo com o nome do projeto (figura 18), chamado
de “umidade do solo”, em seguida foi escolhida a placa que foi utilizada no projeto, que foi a
placa Arduino Mega e, por fim, selecionado o tipo de conexão utilizada, nesse caso, via wi-fi,
desta maneira o projeto foi criado no aplicativo e a partir disso esteve pronto para obter, arquivar
e apresentar os dados de umidade gerados e representados através de gráficos.

Figura 18 - Interface da criação do projeto no aplicativo

Fonte: Autores (2019)

4.4 Ambiente de Desenvolvimento (IDE) e Programação

O software utilizado para criar a programação (sketch) da placa Arduino, foi o IDE
(Integrated Development Environment) (figura 19), que é um software gratuito que se conecta
ao hardware através do USB para carregar o código desenvolvido pelo usuário para que seja
realizado tudo o que foi planejado para o projeto.
40

Figura 19 – IDE Arduino

Fonte: Autores (2019).

Para o desenvolvimento da programação usada neste trabalho, primeiramente a placa


Arduino foi conectada via USB ao notebook, em seguida o código da programação foi escrito
para que o programa pudesse funcionar, e posteriormente foi efetuado o carregamento do
código para o Arduino via conexão USB e assim que este recebeu as informações da
programação, ocorreu a execução do sketch, proporcionando assim a leitura dos dados dos
dispositivos que interagem com o Arduino.
Algumas etapas foram estabelecidas para o correto funcionamento do protótipo, para
coletar a umidade do solo, o sensor de umidade foi conectado à porta analógica A5 e em seguida
essa informação foi enviada para a placa Arduino no intervalo de 1 segundo, posteriormente,
ao obter os dados do sensor o Arduino executou a programação pré-estabelecida e foi enviado
para o aplicativo Blynk em tempo real o valor da resistência do solo presente naquele momento,
para que assim em seguida a umidade fosse detectada.
De acordo com os valores estabelecidos, se este valor se encontra igual ou acima de 682
como mostra a programação, o módulo relé que está conectado à porta 12 do Arduino, recebe
um sinal para que a válvula solenoide seja ativada, acionando assim o sistema de irrigação e
molhando o solo, após o início da irrigação a válvula solenoide só será desativada quando o
sistema apresentar valores de resistência abaixo de 682, valor este também estipulado na
programação, de acordo com dados obtidos através do sensor, o que indicará que o solo está na
faixa de umidade ideal.
41

5 RESULTADO E DISCUSSÃO

5.1 Funcionamento do Protótipo

Os testes realizados no laboratório mostraram que o sistema do protótipo (figura 20)


apresentou resultados positivos e demonstrou de forma correta a umidade do solo e o
acionamento da válvula solenóide, assim como, a eficiência do ambiente de programação e a
precisão de informações obtidas através do sensor de umidade do solo. Além disso, a interação
entre a plataforma arduino e o aplicativo móvel Blink foi satisfatória, pois permitiu ao usuário
monitorar a condição de umidade do solo (solo seco ou úmido) de maneira remota e em tempo
real por meio de dispositivos móveis com comunicação via IoT.
Os testes responderam positivamente para a automação do sistema de irrigação por
gotejamento utilizando a ferramentas Arduino e IoT seja para diversos tipos de cultivo, o que
corrobora a ideia de Alvarenga et al. (2014), onde ele afirma que um sistema de irrigação
automatizado pode controlar adequadamente a irrigação e as variáveis dentro de um cultivo, o
que pode diminuir déficits e minimizar o consumo de energia, água no processo de irrigação.

Figura 20 - Sistema do protótipo. A. sistema do protótipo em funcionamento B. ligações dos


componentes do protótipo C. componentes do sistema ligados ao sensor de umidade

B C
Fonte: Autores (2019)
42

5.2 Acionamento da Válvula Solenoide

A válvula solenoide recebeu os comandos do módulo relé para que seu sistema de
acionamento (normalmente fechado ou normalmente aberto) pudesse ser estabelecido de
acordo com as condições do solo, ou seja, quando o sensor identificou a condição do solo como
solo úmido, o módulo relé recebeu essas informações e enviou comandos para permanecer com
a válvula normalmente fechada, em contrapartida, quando o sensor identificou a condição do
solo como seco, o módulo relé enviou comandos para acionar a abertura da válvula e iniciar o
processo de irrigação por gotejamento.
O fluxograma abaixo (figura 21) esquematiza o funcionamento do protótipo em que o
sistema de irrigação por gotejamento automatizado baseou-se, principalmente, na utilização de
um sensor de umidade que captou todas as informações a respeito do solo, e na utilização do
Arduino capaz de processar todas as informações adquiridas. Determinou-se que, quando a
resistência do solo apresentada foi maior ou igual a 682 a válvula solenoide foi acionada para
abrir e permitir a passagem da água, por outro lado, quando o sensor indicava resistência menor
que 682, a válvula era acionada para fechamento impedindo a irrigação.

Figura 21 – Fluxograma do esquema de funcionamento do protótipo

Fonte: Autores (2019)


43

5.3 Monitoramento das Condições da Umidade do Solo

Através do Arduino foi possível controlar o sistema por meio da programação realizada
no ambiente de desenvolvimento (Arduino IDE) que permitiu a conexão entre todos os
componentes do sistema (figura 22) através de comandos, além de receber e enviar informações
a respeito da umidade do solo. Enquanto que o aplicativo móvel Blynk foi responsável por
reportar dados do Arduino para o usuário, permitindo o monitoramento remotamente e em
tempo real através de gráficos que representaram a condição da umidade do solo de acordo com
o nível de condutividade pré determinado. A importância do monitoramento da umidade do
solo na agricultura é defendida por Banderalli (2019) onde ele afirma que:

Ao conhecer a quantidade de água disponível no solo, o produtor rural pode irrigar


somente quando for necessário. Mais importante ainda do que isso, é que ele terá a
possibilidade de ter um estudo diferenciando das áreas dentro de sua propriedade,
mostrando quais tem maior facilidade ou dificuldade de reter água. Este
acompanhamento evita a incidência de doenças na plantação, decorrente da
quantidade de água aplicada na plantação.

Figura 22 – Conexões entre os componentes do sistema


MóduloRelé Válvula Solenóide

Arduíno Protoboard

Fonte chaveada

Sensor de umidade

Fonte: Autores (2019)


44

O sensor de umidade coletou diversos dados a respeito da condição do solo em relação


à umidade e disponibilizou estes através de entradas analógicas para o Arduíno, dessa forma o
sensor forneceu dados necessários para determinar o valor analógico que ativou o relé para que
ele pudesse efetuar a ligação da válvula solenoide de acordo com a condição do solo. Desta
maneira o sensor realizou a leitura da condição do solo acerca da umidade e determinou as
faixas de umidade em que o solo se encontrava, ou seja, quando o sensor identificava uma faixa
de condutividade baixa (≥ 682), logo confirmou-se a necessidade de irrigar, por outro lado,
quando o solo apresentou condutividade alta (< 682) não houve a necessidade de acionamento
do sistema de irrigação.
Os gráficos 1 e 2 representam o monitoramento da irrigação por gotejamento por meio
do aplicativo móvel Blynk. No gráfico 1 é possível observar que a condição do solo estava em
uma faixa de resistência de 723 a 730, valores estes maiores que 682, ou seja, o solo estava
seco, com baixa condutividade e precisou ser irrigado. Diante da necessidade de aplicação de
água, a válvula solenoide foi acionada para abertura do sistema permitindo que houvesse o
processo de irrigação. Posteriormente é possível observar que o gráfico 2 representa bem este
processo, nota-se que o gráfico apesar de mostrar uma pequena oscilação, a faixa de resistência
esteve sempre no valor de 504 ou abaixo deste valor, o que caracterizou uma faixa menor que
682, ou seja, a irrigação sucedeu-se de forma eficaz.

Gráfico 1 – Faixa de umidade solo seco

Fonte: Autores (2019


45

Gráfico 2 – Faixa de umidade solo úmido

Fonte: Autores (2019)

As tabelas 1 e 2 mostram de maneira esquematizada a interpretação da condição do solo


quanto a sua umidade, de acordo com o gráfico gerado no aplicativo Blynk. e com a fórmula
descrita no item 4.2.1.

Tabela 1- Condição da umidade do solo seco


SOLO SECO
VALOR OBSERVADO RESISTÊNCIA DO SOLO UMIDADE DO SOLO (%)
(%)
730 71,36 % 28,64 %
728 71,16 % 28,84 %
727 71,07 % 28,93 %
725 70,87 % 29,13 %
723 70,67 % 29,33 %
MÉDIA= 726.6 MÉDIA= 71 % MÉDIA= 29%
Fonte: Autores (2019)
46

Tabela 2- Condição da umidade do solo úmido


SOLO ÚMIDO
VALOR OBSERVADO RESISTÊNCIA DO SOLO UMIDADE DO SOLO (%)
(%)
504 49,27 % 50,73 %
252 24,63 % 75,37 %
MÉDIA= 378 MÉDIA= 36,95 % MÉDIA= 63,05 %
Fonte: Autores (2019)

A intensificação da agricultura de precisão vem contribuindo para o aumento do uso de


tecnologias no campo visando obter informações com precisão e auxiliando na tomada de
decisões, um exemplo disso é a utilização do Arduino juntamente com outros dispositivos como
os utilizados na construção do protótipo em questão. O protótipo mostra que a utilização dessa
tecnologia na irrigação por gotejamento é um mecanismo fundamental para o agricultor que
almeja otimizar a sua produção, reduzir desperdícios de recursos naturais e diminuir custos
como mão de obra e custos operacionais, além disso, é uma tecnologia de baixo custo, de fácil
acesso e com alta capacidade de controle. É uma maneira de inserir não só o grande ou médio
produtor, mas também o pequeno produtor no universo da agricultura de precisão.
Todos os equipamentos utilizados na confecção do protótipo são de baixo custo e podem
ser usados em diversas plantações, hortas, casas de vegetação, estufas entre outros, compondo
um sistema de irrigação que opera de forma automatizada. Vale ressaltar que o sensor de
umidade do solo utilizado no protótipo foi um sensor para avaliação de testes, não sendo
recomendado para experimentos a longo prazo, pois este sensor em contato direto com o solo
úmido está sujeito à corrosões, porém, há outros sensores de umidade de fácil aquisição e com
maior durabilidade que são mais indicados para estas ocasiões.
47

6 CONCLUSÃO

Com a realização deste trabalho foi possível automatizar um sistema de irrigação por
gotejamento de forma eficiente, por meio da utilização de IoT e da plataforma arduino, o
trabalho demonstrou de forma eficaz o controle do sistema de irrigação através de dados
coletados pelo sensor de umidade do solo e a IoT viabilizou a obtenção de informações acerca
do funcionamento do protótipo por meio do aplicativo móvel Blynk, possibilitando ao usuário
receber estas remotamente e em tempo real, acompanhando os gráficos da umidade do solo
gerados pelo mesmo.

Com o protótipo construído demonstrou-se que é possível minimizar os desperdícios de


água durante o processo de irrigação pelo fato de o sensor fornecer as informações adequadas
de umidade para que se possa irrigar na hora exata, na quantidade correta e de acordo com as
necessidades do solo, reduzindo o desperdício de água, consequentemente se reduz o consumo
de energia, pois o sistema passa a ser acionado apenas quando há necessidade de irrigação.

O sistema proposto obteve respostas positivas em relação aos custos, uma vez que todas
os elementos físicos utilizadas foram de baixo custo, alta eficiência e montagem simplificada,
o que permite ao pequeno produtor ingresso no meio tecnológico através da utilização da
automação no meio agrícola, além disso o funcionamento do sistema proporcionou a otimização
do tempo nas atividades do usuário, pois as informações foram disponibilizadas remotamente
sem a necessidade de ir até o sistema para verificações manuais frequentes.

Cada vez mais a tecnologia vem ganhando espaço no campo e no dia a dia dos
produtores, visto que a produção agrícola também cresce de acordo com a implementação
dessas tecnologias. É de grande valia que o pequeno produtor adote práticas de automação como
essa apresentada neste trabalho, que é uma automação de baixo custo, que viabiliza as
atividades do produtor, economiza recursos como a água e energia utilizada no processo de
irrigação, além de ser uma maneira de apresentar o processo de maneira simplificada para o
pequeno produtor, buscando meios para auxiliar da melhor forma a tomada de decisão no meio
agrícola.
48

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