03 - Eu Creio, Nós Cremos

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Aprofundamentos

sobre Catecismo da
Igreja Católica
Catequese da Paróquia Nossa Senhora do
Porto da Eterna Salvação
Andrelândia/MG

Encontro 03:
Eu creio, nós cremos
Introduzindo
A vontade de Deus é que Ele seja acolhido, em relação
de amizade e de comunhão, por todas as pessoas. E
acolhido livremente, pois Ele está à porta e bate, à
espera que alguém o acolha para sentar-se à mesa e
tomar a refeição (cf. Ap 3, 20).

E como o homem pode responder esse desejo de


Deus? Como ele pode abrir as portas para Ele? Qual o
caminho? O caminho é a obediência da fé. A fé é a
resposta do homem ao Deus que vem ao seu
encontro.

Parágrafo 142 do CIC


1. O que é a obediência da fé?

• Significa acreditar plenamente em Deus


e acolher a sua verdade de maneira livre,
se apoiando, como única segurança, no
fato de ser uma vontade de Deus.

• A Carta ao Hebreus afirma:


“A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que
não se veem” (Hb 11, 1).
1.1 A fé de Abraão

1. Abraão: (Hb 11, 8): pela fé, acolheu


o chamado de Deus e viveu como
estrangeiro e como peregrinho na
Terra Prometida (Gn 12, 1-4a) e
ofereceu seu filho único em sacrificio
(Gn 22, 1-19).
1.2 A fé de Maria
• Virgem Maria: em Maria se realiza de modo exemplar
a fé do cristão que confia em Deus. Maria confiou
completamente nas palavras do anjo Gabriel, aceitando
ser a mãe de Jesus. Por isso, Isbael proclama: «Feliz
aquela que acreditou no cumprimento de quanto lhe foi
dito da parte do Senhor» (Lc 1, 45).

“Durante toda a sua vida e até à última provação,


quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, a sua fé jamais
vacilou. Maria nunca deixou de crer «no cumprimento»
da Palavra de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria
a mais pura realização da fé” (CIC, p. 149).
2. Algumas características da fé segundo
o CIC:)

1. A fé é graça, um dom gratuito de Deus.


2. A fé é tarefa. Há a possibilidade de se perder a fé...
“A fé á um dom gratuito de Deus ao homem. Mas nós podemos perder este dom
inestimável. Paulo adverte Timóteo a respeito dessa possibilidade: «Combate o bom
combate, guardando a fé e a boa consciência; por se afastarem desse princípio é que
muitos naufragaram na fé» (1 Tm 1, 18-19). Para viver, crescer e perseverar até ao fim
na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-
la aumente (37); ela deve «agir pela caridade» (Gl 5, 6) (38), ser sustentada pela
esperança (39) e permanecer enraizada na fé da Igreja” (CIC, p. 162).
3. A fé é uma antecipação da vida eterna: nesta vida terrena, não podemos ver Deus
“face a face”. Todavia, a fé antecipa já desde agora aquilo que um dia se verá na visão
beatífica, e por isso pode-se dizer que se vive uma antecipação da vida eterna. Nos
momentos em que a nossa vida é posta à prova, ajuda-nos os exemplos de Abraão e de
Maria.
3. A fé a ciência:

• “Fé e ciência. «Muito embora a fé esteja acima da razão, nunca


pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: o mesmo Deus,
que revela os mistérios e comunica a fé, também acendeu no
espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-Se a
Si próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade»
(30). «É por isso que a busca metódica, em todos os domínios
do saber, se for conduzida de modo verdadeiramente
científico e segundo as normas da moral, jamais estará em
oposição à fé: as realidades profanas e as da fé encontram a sua
origem num só e mesmo Deus. Mais ainda: aquele que se
esforça, com perseverança e humildade, por penetrar no
segredo das coisas, é como que conduzido pela mão de Deus,
que sustenta todos os seres e faz que eles sejam o que são,
mesmo que não tenha consciência disso» (31)” (CIC, p. 149).
4. Eu creio, nós cremos (CIC,
parágrafos 166-197)
• Nenhuma pessoa pode viver sozinha e, portanto,
também o ato de fé não resume a algo de unicamente
pessoal. A fé é sim um ato pessoal, mas deve ser
vivido dentro da comunidade dos crentes. A fé vem
recebida por pessoas e deve ser transmitida a outras
pessoas. Desse modo, a fé de cada um sustentada pela
do outro.

• A fé vem expressa por formulas, mas o cristão não crê nas fórmulas, e sim no
conteúdo delas. A Igreja tem a tarefa de conservar a fé que foi transmitida aos crentes
uma vez por todas (cf. Jd 1,3). A Igreja guarda a memória das palavras pronunciadas por
Cristo aos Apóstolos e as transmite exatamente como uma mãe. Na verdade, a Igreja
ensina a falar e a compreender a todos os seus filhos viventes e a cada povo e nação.
7.Os símbolos da fé (185-197)

• “Desde a origem, a Igreja apostólica exprimiu


Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
e transmitiu a sua própria fé em fórmulas de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor,
breves e normativas para todos. Mas bem Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos:
cedo a Igreja quis também recolher o Deus de Deus, luz da luz,
essencial da sua fé em resumos orgânicos e Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado,
articulados, destinados sobretudo aos consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E, por
candidatos ao Baptismo. ” (CIC, par. 185 e nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus: e encarnou
pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
186). Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi
. Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra e em Jesus sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; E
Cristo, seu único Filho, nosso Senhor que foi concebido pelo poder do subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai.
Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos;
crucificado, morto e sepultado; e o seu reino não terá fim.
desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do
Céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a Filho; e com o Pai e o Filho
julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na santa Igreja é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na
Católica; na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para
ressurreição da carne; remissão dos pecados. Espero a ressurreição dos mortos; E a vida do
e na vida eterna. Amém. mundo que há de vir. Amém..
Bibliografia:

• Catecismo da Igreja Católica. São Paulo:


Edições Loyola, 2000.
• Bíblia Sagrada. Tradução Oficial da
CNBB. Brasília: Edições CNBB, 2019.
• Symbolum: Percursos e aprofundamentos
sobre o Catecismo da Igreja Católica.
Brasília: Edições CNBB, 2014.
• Youcat: Catecismo jovem da Igreja
Católica. Lisboa: Paulus, 2011.

Jeferson Djalma Coimbra – Seminarista


Paróquia Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação - Andrelândia, MG
17 de junho de 2023

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