Trabalho Finanças Internacional

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 13

Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de

Moçambique
Curso: Contabilidade e Finanças

Turma: 1

3º Ano

Cadeira: Finanças Internacionais

Tema: Mercados Cambiais Internacionais

3º Grupo

Elementos do Grupo:

António Massango

Zalmura da Conceição

Docente:

Msc. Valentim Macuácua

Maputo, 16 de Agosto de 2023


Índice
I. INTRODUÇÃO.........................................................................................................2

1.1. Introdução...............................................................................................................2

1.2. Objectivos...............................................................................................................3

1.2.1. Geral....................................................................................................................3

1.2.2. Específicos..........................................................................................................3

II. MERCADOS CAMBIAIS INTERNACIONAIS......................................................4

2.1. Mercados Cambiais................................................................................................4

2.1.1. Enquadramento...................................................................................................4

2.1.2. Características do Mercado Cambial..................................................................5

2.1.3. Funções do Mercado Cambial............................................................................6

2.1.4. Intervenientes do Mercado Cambial...................................................................6

2.2. Regimes cambiais...................................................................................................8

2.2.1. Tipo dos regimes cambiais, vantagens e desvantagens......................................8

1- Câmbio Fluente..........................................................................................................8

2- Câmbio fixo................................................................................................................9

3- Banda Cambial...........................................................................................................9

III. CONCLUSÃO......................................................................................................11

3.1. Conclusão.............................................................................................................11

3.2. Referencias:..........................................................................................................12

1
I. INTRODUÇÃO

I.1. Introdução
Como verdadeiros estudantes de Contabilidade e Finanças, foi nos colocado o desafio
de na cadeira de Finanças Internacionais, de trazer um tema de interesse fundamental
para o nosso dia-a-dia como futuros profissionais de financeiros, e no presente trabalho
de pesquisa iremos abordar sobre o tema: Mercados Cambiais Internacionais.

Quando se fala em regimes cambiais é importante conhecer outra expressão comum no


dia-a-dia das operações internacionais: taxa cambial.

A taxa de câmbio, ou simplesmente, taxa cambial, consiste na relação existente entre


moedas de dois países e que resulta no preço de uma delas em relação à outra.

Além de expressar, de forma quantitativa, a condição de troca de duas moedas, ela


também expressa as relações que são mantidas entre os dois países.

Nas negociações internacionais e operações de comércio exterior, os regimes cambiais e


a taxa de câmbio são extremamente importantes. Afinal, o câmbio está relacionado a
utilização da moeda na operação e vai fazer toda a diferença no custo total da
negociação mantida entre importador e exportador.

Os profissionais de comércio exterior devem ter conhecimento sobre o fechamento de


câmbio em suas negociações internacionais, desde a etapa de contratação, até a
negociação e liquidação do contrato

2
I.2. Objectivos

I.2.1. Geral:
o Compreender os Mercados Cambiais Internacionais.

I.2.2. Específicos:
o Abordar sobre os Mercados Cambiais;
o Falar dos Regimes Cambias;
o Debruxar sobre os tipos, as vantagens e as desvantagens dos regimes cambiais.

3
II. MERCADOS CAMBIAIS INTERNACIONAIS

II.1. Mercados Cambiais

II.1.1. Enquadramento
O mercado cambial, também designado por FOREX ou FX market (Foreign Exchange
Market) é o mercado financeiro onde se realizam todas as operações de compra e venda
de moedas estrageiras, ficando a sua existência ligada ao comércio internacional. As
principais moedas transacionadas no mercado cambial são: o dólar, euro e a libra
esterlina (Silva et al, 2013).

O mercado cambial não é um espaço físico, mas sim um conceito abstrato utilizado
sempre que existe uma compra e/ou venda de divisas. A aquisição de divisas
estrangeiras além da sua função comercial, podem ser obtidas para atividades de
cobertura (hedging), de especulação ou de arbitragem.

O câmbio ou taxa de câmbio exprime a relação quantitativa entre duas moedas de que
resulta o preço de uma destas em relação à outra. A posição de uma empresa
relativamente a uma moeda específica consiste no seu saldo contabilístico num dado
momento, sendo calculada individualmente para cada moeda ou numa posição global
por cada período de tempo. Assim, segundo ISGB (2005) e Bastardo (2011) existem
três tipos de posições em que a empresa pode encontrar-se: posição longa, posição curta
e posição fechada ou quadrada.

Na posição longa diz-se que a empresa se encontra numa posição compradora ou


credora, ou seja, os seus créditos e disponibilidades numa moeda são superiores aos
débitos ou responsabilidades nessa moeda. Uma posição curta significa que os seus
passivos ultrapassam os créditos nessa moeda, encontrando-se a empresa numa posição
vendedora ou devedora. No caso em que os créditos são iguais aos débitos então a
posição está fechada ou quadrada. As empresas, exceto quando a posição é fechada,
encontram-se expostas ao risco cambial.

4
II.1.2. Características do Mercado Cambial

Segundo Bastardo (2011) o mercado cambial pode ser dividido em mercado de balcão
(Over-the-Counter- OTC) ou em mercado de câmbios oficiais (mercado de bolsa):

O mercado OTC é um mercado não regulamentado onde os contratos apresentam uma


grande flexibilidade sendo realizados diretamente pelos intervenientes mediante os seus
interesses, nomeadamente sobre os montantes, prazos e ativos negociáveis. O principal
risco no mercado OTC é o risco de contraparte devido à não existência da entidade
reguladora.

Segundo ISGB (2005), Bastardo (2011) e Silva et al. (2013), O mercado cambial
apresenta como principais características a sua dimensão mundial, o funcionamento
contínuo e a sua elevada liquidez.

Dimensão Mundial: Em todo o Mundo existem operações financeiras com transações


de dívisas em qualquer altura do dia, com as cotações a alterarem-se. A dimensão
mundial resulta da conjugação de alguns factores, entre eles a perfeita divulgação da
informação (informação online), mobilidade internacional do capital e a existência de
arbitragem cambial

Continuidade: A dimensão mundial faz que funcionem 24h por dia (útil) devido a sua

Diversificação em diversas bolsas no Mundo. Começa em Sidney, passa por Tóquio,


Hong Kong e Singapura, Frankfurt, Londres e Paris, Nova Iorque, Chicago, terminando
em São Francisco e Los Angeles e voltando a Sidney novamente.

A continuidade das operações apesar de ser uma vantagem, também origina a


possibilidade de alterações permanentes nas taxas de câmbio, aumentando o risco
cambial, sendo fundamental uma ótima qualidade da informação.

Liquidez Elevada: O mercado cambial apresenta como principal característica a sua


liquidez, que resulta da laboração global e continua. O período de maior liquidez é no
início da tarde europeu, quando a Europa e a costa leste dos EUA estão abertos, sendo
neste período realizadas as operações de maior valor. O período de menor liquidez
ocorre na costa oeste do EUA, quando as bolas europeias estão fechadas e o mercado

5
asiático ainda está no começo, sendo este período utilizado para intervenções cambiais
dos bancos centrais.

II.1.3. Funções do Mercado Cambial

O mercado cambial permite satisfazer algumas necessidades importantes da economia.

Entre as suas funções evidenciam-se: o incentivo às trocas comerciais internacionais, a


utilização como instrumento de crédito ou proporcionar a cobertura do risco cambial
(Silva et al., 2013).

A primeira função do mercado cambial é incentivar as trocas comerciais realizadas com


agentes económicos de países com moedas diferentes, possibilitando que as moedas
possam ser convenientemente convertíveis através do mercado cambial. As transações
comerciais de mercadorias entre países podem levar semanas a serem concluídas, como
por exemplo as que usam os transportes marítimos. Durante este período é necessário
financiar umas das partes, existindo vários instrumentos de crédito especializados para
estas situações.

Quando se realizam operações comerciais com moedas diferentes, as partes envolvidas


não querem correr riscos das variações da taxa de câmbio. O mercado cambial fornece
operações de cobertura de risco, que permitem realizar uma cobertura de risco (hedge)
eficaz.

II.1.4. Intervenientes do Mercado Cambial

Como descrito por ISGB (2005), Bastardo (2011) e Silva et al. (2013) o mercado
cambial envolve diversos intervenientes, contudo, existem cinco grupos principais:
bancos centrais, bancos comerciais, corretores, empresas e particulares e especuladores
e arbitragistas.

1. Bancos Centrais: São instituições de supervisão que têm como funções a


política monetária da sua moeda, a defesa do regime cambial em vigor, com a
compra e venda das suas reservas cambiais garantindo um fixing cambial. As

6
intervenções no mercado não são realizadas com o objetivo de obter lucros, mas
sim para influenciarem o câmbio da sua moeda.

2. Bancos Comerciais: São instituições financeiras que operam nos mercados e


com os seus clientes. Assumem uma posição mais ativa negociando em seu
nome, ou de uma forma mais passiva, respondendo as solicitações dos seus
clientes agindo como um intermediário.

3. Corretores (Brokers): São agentes que tem como função intermediar a oferta e
a procura no mercado, sem se envolverem diretamente nas transações, cobrando
comissões pelo serviço. A sua posição no mercado envolve um enorme
conhecimento, ou seja, sabem exatamente quem está disposto a comprar e
vender evitando assim grandes perdas de tempo.
São muito utilizados por bancos devido a confidencialidade sobre as identidades
envolvidas na operação.

4. Particulares e Empresas: Os particulares são essencialmente os turistas que


realizam operações nos balcões dos bancos, tendo uma expressão quase nula
neste mercado, enquanto as empresas utilizam o mercado cambial para pagarem
as operações comerciais, cobrirem o risco cambial ou em caso muito específicos
realizar atividades especulativas.

5. Especuladores e Arbitragistas: São agentes que utilizam o mercado para o seu


próprio interesse com o objetivo da obtenção de lucros através das alterações na
taxa de câmbio (no caso dos especuladores) ou através de diferenças simultâneas
nas taxas em diferentes mercados (no caso dos arbitragistas). Os maiores
especuladores no mercado são os Hedge Funds.

II.2. Regimes cambiais

7
Considera-se regimes cambiais o conjunto de regras e acordos que estabelecem como
serão realizadas as transações financeiras entre países. Sendo que o regime cambial
pode ser exercido pelas próprias autoridades que regulam a actividade financeira.

Por sua vez, o sistema cambial pode ser compreendido como a maneira pela qual a taxa
de câmbio é formada. Em suma, a taxa de câmbio também conhecida como taxa
cambial é a relação existente entre moedas de dois países que resulta no preço pelo qual
uma pode ser adquirida.

Os regimes cambiais e a taxa de câmbio são muito importantes nas negociações


internacionais. Isso porque o câmbio está ligado ao uso da moeda na operação e faz
diferença no custo total da negociação entre o importador e o exportador.

II.2.1. Tipo dos regimes cambiais, vantagens e desvantagens

Existem três tipos de regimes cambiais, que se diferem principalmente em relação ao


nível de intervenção do governo.

1- Câmbio Fluente
Neste regime, as cotações das moedas são determinadas de acordo com a lei da oferta e
demanda, neste caso, o país que adopta o câmbio flutuam deixa as moedas oscilarem
livremente sem nenhuma intervenção do grupo.

 Vantagem:

O governo não precisa utilizar as reservas financeiras do país para controlar cotação da
moeda, isso faz com que a nação tenha uma maior proteção económica para os cofres do
Estado.

 Desvantagem:

Temos a incerteza no comércio e a alta volatilidade, isso corre, pois a cotação das
moedas muda diariamente segundo a oferta e da demanda.

8
2- Câmbio fixo
O câmbio fixo é um regime cambial que define um valor fixo para a moeda. Isso quer
dizer que o governo estabelece que o câmbio estará vinculado a uma determinada
moeda estrangeira com critérios pré-estabelecidos.

Este regime visa criar uma estabilidade cambial é o que faz com que esse regime seja
considerado anti-inflacionário, ou seja combate a inflação.

Uma vez que o Governo precisa manter a paridade estabelecida, ele utiliza as reservas
financeiras do país para controlar o valor da moeda, isso faz com que o país fique mais
vulnerável às ameaças externas.

Geralmente, o câmbio fixo é adotado como medida de controlo inflacionário em países


que tem uma economia com características de subdesenvolvimento.

Vantagem:

 Ela estimula a economia do País, tornando-o mais atraente aos investidores


estrangeiros, pois eles já sabem quanto vale a moeda, e não precisam se importar
em se proteger das oscilações da moeda no mercado internacional.

Desvantagens:

 É muito dispendioso manter essa política, por parte do Governo, visto que terá
que se sacrificar para equilibrar a moeda.
 Ela pode causar uma inflação, na medida que o Banco Central vai emitindo
grandes quantidades de dinheiro em circulação, como forma de manter as taxas
fixas e estimular o mercado financeiro e monetário.

3- Banda Cambial

A banda cambial é o regime cambial no qual a autoridade monetária de cada país define
quais serão os limites de flutuação de uma determinada moeda durante um determinado
período de tempo.

9
Desta forma, assim como acontece com o câmbio fixo, a banda cambial também
representa um instrumento artificial de câmbio, pois é da competência das autoridades
regular o seu funcionamento, indicando aquilo que devem ser os limite

Na prática, toda vez que as taxas de câmbio saírem dos limites estabelecidos pelo
governo como valor mínimo e máximo, o órgão responsável precisa intervir. Nesse
caso, o seu papel será de comprar ou vender a moeda estrangeira, como forma de
garantir que as taxas festejem dentro dos parâmetros por Eles determinados.

Vantagens:

 Proporcionam uma alta previabilidade para o mercado financeiro, com relação


as possíveis taxas de câmbio durante um período;
 As variações cambiais elas são revistas periodicamente;

Desvantagem:

 É um regime cambial artificial que pode impactar as empresas com sede nesse
País, uma vez que estão cheios de incertezas.

10
III. CONCLUSÃO

III.1. Conclusão
A taxa de câmbio, ou simplesmente, taxa cambial, consiste na relação existente entre
moedas de dois países e que resulta no preço de uma delas em relação à outra.

Além de expressar, de forma quantitativa, a condição de troca de duas moedas, ela


também expressa as relações que são mantidas entre os dois países.

Nas negociações internacionais e operações de comércio exterior, os regimes cambiais e


a taxa de câmbio são extremamente importantes. Afinal, o câmbio está relacionado a
utilização da moeda na operação e vai fazer toda a diferença no custo total da
negociação mantida entre importador e exportador.

Os profissionais de comércio exterior devem ter conhecimento sobre o fechamento de


câmbio em suas negociações internacionais, desde a etapa de contratação, até a
negociação e liquidação do contrato

O câmbio flutuante é baseado na relação entre oferta e demanda. Isso significa que o
governo do país que adota o câmbio flutuante, deixa as moedas oscilarem livremente.

Neste caso, o governo poderá, quando julgar necessário, realizar pequenas intervenções,
comprando ou vendendo papel. Trata-se da política adotada no Brasil atualmente.

Diferente do câmbio fixo e da moeda cambial, ele é considerado o regime que melhor
reflete a realidade do valor de uma determinada moeda.

Desta forma, como o governo realiza pouca interferência nas variações da moeda,
sempre que o câmbio dispara, ele pode adotar outras medidas para o controle da
inflação, sem a necessidade de intervir diretamente no câmbio.

No câmbio flutuante o mercado atua livremente, sem a intervenção do governo e com


base na oferta e demanda; No câmbio fixo é o governo que estabelece critérios para
garantir a paridade entre as moedas;

Na banca cambial, o governo faz intervenções comprando e vendendo moeda com o


objetivo de garantir a oscilação dentro dos limites mínimos e máximos.

11
III.2. Referencias:

 Manuais:

ISGB. (2005). Introdução aos Mercados Financeiros.Lisboa: IFB.

Bastardo, C. (2011). Gestão de Activos Financeiros - Back to Basis.Lisboa: Escolar


Editora

Silva, Eduardo Sá e, Mota, Carlos, Queirós, Mário, & Pereira, Adalmiro. (2013).
Finanças e gestão de riscos internacionais.Vida Económica.

 Website:

https://investidorsardinha.r7.com/aprender/regimes-cambiais/.

12

Você também pode gostar