Andryele Soares

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RESUMO DO MERCADO CAMBIAL

O mercado cambial no contexto brasileiro, é um segmento essencial para a economia do


país, pois facilita as transações entre diferentes moedas e permite a negociação do real
com outras moedas estrangeiras, como o dólar, euro, yen, entre outras. A autora
descreve o mercado cambial como uma parte crucial do sistema financeiro, que envolve
tanto operações comerciais quanto especulativas. O mercado é composto por transações
realizadas em várias modalidades, como operações à vista (spot), a termo, e contratos
futuros de câmbio. A regulamentação desse mercado é feita pelo Banco Central do
Brasil (Bacen), que controla a política cambial, além de estabelecer normas que
garantem a transparência e a estabilidade da taxa de câmbio.

Explica que o mercado cambial brasileiro tem evoluído ao longo das décadas,
influenciado por diversos fatores, como mudanças políticas internas, crises econômicas,
variações na balança comercial, fluxos de investimentos estrangeiros e alterações nas
taxas de juros internacionais. A autora também destaca a importância do mercado
cambial para a formação da taxa de câmbio, que pode ser flutuante ou atrelada a um
regime de controle, conforme as estratégias adotadas pelo governo brasileiro ao longo
do tempo.

Outro ponto relevante abordado no livro é o papel das instituições financeiras nesse
mercado, como bancos comerciais, corretoras de câmbio e outros intermediários, que
realizam as transações em nome de clientes ou no mercado interbancário. Essas
operações afetam diretamente a liquidez do mercado, o valor da moeda e, por
consequência, a competitividade das exportações e importações brasileiras. A autora
também enfatiza a importância da política cambial como um instrumento de controle da
inflação e de estabilidade econômica, sendo uma das ferramentas do governo brasileiro
para influenciar o comércio exterior e o equilíbrio das contas públicas.

Conceitos de Mercado Cambial

O mercado cambial pode ser definido como o espaço onde ocorre a negociação de
moedas estrangeiras. É o mercado que viabiliza as transações de troca entre a moeda
nacional (o real) e outras moedas, como o dólar, o euro, o yen, entre outras. A autora
explica que, no Brasil, o mercado cambial é composto por diversas operações que
envolvem diferentes agentes econômicos, incluindo o governo, empresas, bancos e
investidores. Ele se caracteriza pela troca de moedas com a finalidade de financiar o
comércio internacional, realizar investimentos ou especulação financeira.

O conceito central abordado envolve a taxa de câmbio, que é o preço da moeda nacional
em relação a uma moeda estrangeira. Essa taxa pode ser determinada por diversos
fatores, como a oferta e demanda por uma moeda, a política monetária adotada pelo
governo, entre outros.

Abrangência do Mercado Cambial

A abrangência do mercado cambial no Brasil é descrita pela autora como bastante


ampla, abrangendo diferentes tipos de operações e modalidades de transações, que
podem ser categorizadas da seguinte forma:
1. Operações à vista (Spot): Essas transações envolvem a troca imediata de
moedas, geralmente com liquidação em dois dias úteis. Elas são utilizadas
principalmente para a realização de pagamentos internacionais e transações
comerciais, onde a liquidação do pagamento acontece de maneira rápida.
2. Operações a termo: São contratos de compra e venda de moeda para uma data
futura, onde o valor da moeda é fixado no momento da negociação, mas o
pagamento e a liquidação ocorrem em uma data pré-estabelecida. Isso permite às
empresas e investidores se protegerem contra a volatilidade das taxas de câmbio.
3. Operações de swap cambial: Essas transações são acordos entre duas partes
para trocar fluxos de caixa denominados em diferentes moedas. O swap cambial
pode ser utilizado como uma ferramenta de hedge, permitindo aos investidores
ou empresas se protegerem contra o risco cambial.
4. Mercado de futuros: Carrete também menciona os contratos futuros de câmbio,
que permitem a negociação de taxas de câmbio para uma data futura. Esses
contratos são amplamente utilizados por especuladores e investidores para tentar
lucrar com a variação das taxas de câmbio, além de oferecer uma forma de
proteção para empresas que lidam com a volatilidade cambial.

Características e Participantes

A autora destaca que o mercado cambial é descentralizado, ou seja, não existe um local
físico único onde as transações acontecem, como em outros mercados financeiros. As
transações cambiais são realizadas principalmente em plataformas eletrônicas e sistemas
de negociação de bancos e corretoras.

Os principais participantes do mercado cambial incluem:

• Bancos Comerciais: Atuam como intermediários entre os clientes e o mercado,


comprando e vendendo moedas no mercado interbancário.
• Instituições Financeiras: Corretoras e distribuidoras de valores, que realizam
transações para clientes, incluindo empresas e investidores.
• Empresas: Empresas importadoras e exportadoras, que compram e vendem moedas
para realizar pagamentos ou receber receitas.
• Bacen (Banco Central do Brasil): O Banco Central tem um papel regulador importante,
controlando a política cambial e intervindo no mercado quando necessário para
estabilizar a taxa de câmbio.
• Investidores e Especuladores: Atuando principalmente no mercado de futuros e
opções, os investidores buscam se beneficiar das flutuações cambiais.

Influências Externas e Internas

O mercado cambial brasileiro, é amplamente influenciado por fatores externos (como a


política monetária internacional, mudanças nas taxas de juros globais e eventos
econômicos mundiais) e internos (como a política fiscal, inflação, balança comercial e a
gestão da dívida pública).

A taxa de câmbio flutuante é o regime predominante no Brasil, ou seja, o valor da


moeda brasileira é determinado pelas forças do mercado, embora o Banco Central possa
intervir ocasionalmente para evitar flutuações extremas que possam prejudicar a
economia.
Funcionamento do Mercado Cambial

1. Oferta e Demanda de Moeda

O mercado cambial, de acordo com Carrete, funciona com base na lei da oferta e
da demanda. A taxa de câmbio, que é o preço de uma moeda em relação a outra,
é determinada pela interação entre a oferta de moeda estrangeira e a demanda
por essa moeda. Quando a demanda por uma moeda estrangeira é maior do que a
oferta, o valor dessa moeda tende a aumentar, e vice-versa.

A demanda por moedas estrangeiras no Brasil pode ser influenciada por diversos
fatores, como:

o Importações: Empresas brasileiras compram dólares ou outras moedas


para pagar por bens e serviços importados.
o Investimentos estrangeiros: A entrada de capital estrangeiro no Brasil
aumenta a demanda por reais, o que pode afetar a taxa de câmbio.
o Turismo e viagens internacionais: A necessidade de câmbio também
cresce com a demanda de turistas brasileiros indo para o exterior e
turistas estrangeiros vindo para o Brasil.

A oferta de moeda estrangeira, por outro lado, é influenciada principalmente


pelas exportações brasileiras e pelo fluxo de investimentos estrangeiros no país.

2. Intervenção do Banco Central (Bacen)

No livro, Liliam explica que o Banco Central do Brasil (Bacen) tem um papel
fundamental no funcionamento do mercado cambial. Através de política
cambial, o Bacen pode intervir diretamente no mercado para estabilizar ou
influenciar a taxa de câmbio, de forma a evitar flutuações extremas que possam
prejudicar a economia.

O Bacen pode atuar de várias maneiras:

o Compras e vendas de dólares: O Banco Central pode comprar ou


vender dólares no mercado à vista para regular a oferta de moeda
estrangeira e influenciar a cotação do real.
o Reservas cambiais: O Bacen mantém reservas internacionais para
utilizar em momentos de alta volatilidade cambial, podendo vender essas
reservas para aumentar a oferta de dólares ou comprar para reduzir a
oferta.
o Operações de swap cambial: O Banco Central também pode realizar
swaps cambiais, que são acordos para troca de fluxos de caixa em
diferentes moedas, com o objetivo de fornecer liquidez ao mercado sem
alterar diretamente as reservas internacionais.
3. Mercado Interbancário e Instituições Participantes

O mercado cambial brasileiro, é essencialmente descentralizado, o que significa


que as transações não acontecem em um único local físico, mas sim entre
diferentes instituições financeiras. Os principais participantes do mercado
cambial são:

o Bancos comerciais: São os principais intermediários entre os clientes


(empresas, pessoas físicas, governos) e o mercado. Eles realizam
transações de câmbio, tanto para clientes quanto no mercado
interbancário.
o Corretoras de câmbio: Trabalham realizando transações em nome de
seus clientes, facilitando a compra e venda de moedas estrangeiras.
o Bancos de investimento e fundos de pensão: Participam do mercado
cambial, principalmente através de operações no mercado de futuros ou
em transações mais complexas, como swaps cambiais.
o Investidores estrangeiros: Os fluxos de capital externo (investimentos
estrangeiros diretos e indiretos) podem influenciar diretamente o
mercado cambial, afetando a demanda e oferta de moeda no Brasil.

4. Flutuação e Regimes Cambiais

O regime cambial brasileiro é predominantemente flutuante, ou seja, a taxa de


câmbio é determinada pelas forças do mercado, sem intervenção direta constante
do governo. No entanto, o Banco Central pode realizar intervenções quando há
volatilidade excessiva no mercado.

Além disso, ao longo dos anos, o Brasil adotou diferentes regimes cambiais,
desde o regime de câmbio fixo (onde a moeda estava atrelada a outra moeda,
como o dólar) até o regime de câmbio flutuante atual, com períodos de
intervenções mais intensas, como na época das crises

A autora explora os principais produtos cambiais, como o câmbio à vista, os contratos


de futuros cambiais, as opções de câmbio, os swaps cambiais e os contratos a prazo
(forwards), destacando como cada um deles é utilizado tanto para proteção (hedge)
quanto para especulação. Esses instrumentos são fundamentais para empresas e
investidores que buscam se proteger contra a volatilidade das taxas de câmbio, além de
oferecerem oportunidades de especulação para aqueles dispostos a assumir o risco
cambial. O capítulo também discute a evolução do mercado cambial no Brasil, com
ênfase no modelo de câmbio flutuante adotado após a liberalização econômica. Esse
regime, que permite que o valor das moedas seja determinado pela oferta e demanda,
contribui para a maior flexibilidade das políticas cambiais, mas também aumenta a
volatilidade das taxas de câmbio, especialmente em tempos de crise econômica ou
instabilidade financeira.
Em resumo, o capítulo de mercado cambial do livro de Lílian Sanchez proporciona uma
visão abrangente e didática sobre o tema, destacando a importância do mercado cambial
para a economia brasileira e a diversidade de instrumentos disponíveis para a gestão de
riscos e para a maximização de ganhos no mercado financeiro. O entendimento do
funcionamento deste mercado é essencial para empresas, investidores e para a
formulação de políticas econômicas eficazes no Brasil.

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