Atividade de Direito Processual Civil V
Atividade de Direito Processual Civil V
Atividade de Direito Processual Civil V
CASO CONCRETO:
R- Sim. Existe a servidão de passagem que dá direito real ao Pedro, e lhe permite que se utilize da
área do imóvel do José para ter acesso a outra rua, pois havia um acordo, devidamente assinado em
Cartório de Registro de Imóveis, antes da compra efetuada por José.
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio
serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos
proprietários, ou por testamento, e subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Nesse sentido, está fundamentado no art. 108 do Código Civil, nesse caso de instituição por
contrato entre as partes:
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos
negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais
sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
Nesse caso o imóvel tinha valor superior a 30 salários-mínimos, razão pela qual foi feita escritura
pública pelas partes em ofício de notas. Pois, conforme a Lei, “seja feita por contrato particular (se
possível) ou por escritura pública, a servidão de passagem deverá ser levada à registro junto ao
registro de imóveis competentes”.
R - Pedro preenche todos os requisitos do art. 554, do CPC, pois houve a formalização que a
servidão de passagem requer, de forma escrita, através de Escritura Pública de Cessão de Servidão
de Passagem, a qual foi firmada no Cartório de Registro de Imóveis.
§1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas,
serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação
por edital dos demais, determinando-se, ainda, a in mação do Ministério Público e, se
envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
§2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de jus ça procurará os ocupantes
no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados.
§3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista
no § 1º e dos respec vos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios
em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros
meios.
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse,
demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação
ou do esbulho come do pelo autor.
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu,
propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face
de terceira pessoa.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não
perdendo, contudo, o caráter possessório.
Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente man do ou
reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência,
responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer
caução, real ou fidejussória, sob pena de ser depositada a coisa li giosa, ressalvada a
impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
6 – Cabe pedido de liminar, com fundamento no art. 554 e seguintes?
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R – Sim. Pois, ao requerer a concessão de liminar, pede-se a imediata desobstrução do acesso,
mantendo-se assim a servidão de passagem existente, com a consequente utilização da área de
passagem. No mérito, pode-se pedir a manutenção da servidão de passagem e até a condenação do
vizinho por perdas e danos, se houver geração de prejuízos em decorrência dessa proibição
repentina.
Para concessão de liminar em ações possessórias, incumbe ao requerente provar a sua posse,
o esbulho praticado pelo réu, a data do esbulho e a perda da posse, conforme artigo 561 do CPC .
Ausente qualquer dos requisitos, o indeferimento da liminar é medida impositiva.
Sim. Cabe, pois os pedidos cominatórios são aqueles que tenham por objetivo fixar uma medida
judicial que force o réu a cumprir a sentença.
Essa possibilidade está prevista no art. 287 do CPC:
Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar
alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer cominação de pena pecuniária
para o caso de descumprimento da sentença ou da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4o,
e 461-A).
Nesse caso, o autor Pedro, deverá, primeiramente, fazer seu pedido principal, como, por exemplo, a
condenação do réu, e pedir, além disso, em caso de descumprimento, que seja aplicada pena
pecuniária, ou seja, estipulação de um valor em dinheiro a ser pago diariamente pelo réu.