Filosofia Da Religião

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Filosofia da Religião

Problemas filosóficos:

● Será que Deus existe mesmo?


● Será mais plausível a posição dos ateus, ao dizerem que Deus não existe?
● Será mais plausível a posição dos agnósticos, que não afirmam nem negam a
existência de Deus?

Relevância do problema:
Contribui para compreender melhor alguns problemas atuais e desenvolver tolerância e
respeito.

A existência de Deus é um dos temas mais estudados na Filosofia da religião.


Muitas pessoas têm fé em Deus e não procuram justificações para a sua fé, já na filosofia
procura-se justificações e debate-se as mesmas.

Diversidade religiosa

Religiões politeístas:
● têm crenças distintas;
● têm rituais e normas muito diferentes.

Ex: Grécia Antiga e antigo Egito.

Religiões monoteístas:
● Um único Deus.

Ex:Judaísmo, Cristianismo, Islamismo.

A maioria dos crentes monoteístas tem uma conceção de Deus conhecida como teísmo:
● Deus é o criador do universo;
● É um ser todo bom;
● Sabe tudo;
● Sumamente bom;
● Tem consciência e vontade, tal como nós;
● Muito superior, sem imperfeições.

Também existem crentes monoteístas que têm uma conceção de Deus conhecida por
deísmo:
● Deus criou o universo mas não intervém nele;
● Deus deixa as coisas ocorrerem de acordo com as leis da natureza.
Argumento Cosmológico - Tomás de Aquino

Pretende provar a existência de Deus e tenta fazê-lo a partir de um facto


constatável:existem coisas no universo.

1. Existem seres sensíveis.


2. Todos os seres sensíveis têm causas.
3. Nenhum ser sensível é causa de si próprio.
4. A cadeia de causas dos seres sensíveis não pode regredir até ao infinito.
5. Logo, tem de existir uma primeira causa - que é Deus.

Objeções:

Qual é a causa de Deus? Ter uma natureza diferente das coisas do universo não explica o
porquê de Deus não ter uma causa.

Criou-se a si mesmo? Para isso teria de ter existido antes de si próprio.

Explicar a existência do universo recorrendo a Deus também leva a uma regressão infinita.

A causa primeira pode não ser Deus teísta, poderia ser um Deus deísta, ou nem sequer ser
um ser divino.

Argumento Teológico - Tomás de Aquino

Tem várias versões mas estudamos a de Tomás de Aquino.

Teológico significa:
● Dirigido a um objetivo ou finalidade;
● Feito com um desígnio;
● Feito com um propósito.

Objetos teológicos: Concebidos para desempenharem uma função. Ex: sapatos, carros.
Coisas naturais também são objetos teológicos.

1. As coisas naturais, mesmo sem inteligência, atuam para atingir


certas finalidades devido a um desígnio e não ao acaso.
2. Então as coisas naturais foram criadas e organizadas por um ser inteligente e com
conhecimento e poder suficiente para tal.
3. Então esse ser (Deus) existe.
4. Logo, esse ser – que é Deus – existe.

De todos os seres em que consigamos pensar, Deus é o único que possui essas
características.
Objeções:

O criador inteligente pode não ser o Deus teísta e nem sequer ser divino.

Outra crítica é baseada na teoria de Charles Darwin, esta teoria explica a evolução dos
seres vivos através da seleção natural, sem pressupor que há desígnio na natureza.
Isto mostra a improbabilidade de haver um criador inteligente.

Argumento Ontológico - Anselmo de Cantuária

O argumento ontológico tem como objetivo mostrar que é necessária a existência de Deus.

1. Se Deus, o ser mais grandioso em que podemos pensar, for apenas uma ideia e não
existe realmente, então podemos pensar num ser mais grandioso que Deus.
2. Porém é falso que possamos pensar num ser mais grandioso do que Deus.
3. Assim sendo, Deus é o ser mais grandioso em que podemos pensar, e não é apenas
uma ideia e existe mesmo.

Objeções:

● Podemos sempre imaginar um ser mais grandioso do que Deus.


● Seguindo a estrutura do argumento: podemos afirmar a existência de coisas irreais.

Ou seja, o argumento cosmológico e teleológico têm base empírica, ou seja, partem de


ações.

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