Laudos para Credito de ICMS Na Conta de Energia

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Laudos para Crédito de ICMS na Conta de Energia

A Lei Complementar 87/1996 permitia que as empresas comerciais e


industriais utilizassem o crédito integral do ICMS destacado nas faturas de
energia elétrica, no entanto, sua vigência foi até 31 de dezembro de 2000 e a
partir desta data, passou a vigorar a Lei Complementar 102/2000. Com este
texto legal em vigor, a utilização do crédito de ICMS restringiu-se a 3 hipóteses:

1) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;

2) quando consumida no processo de industrialização;

3) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o


exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais.

Para as demais hipóteses a utilização do crédito vem sendo constantemente


postergada e atualmente a previsão é a de que seja possível a partir de 1º de
janeiro de 2020, conforme determina a Lei Complementar 138/2010.

Assim, as empresas industriais que queiram se creditar do ICMS destacado


nas notas fiscais de energia elétrica, terão que confeccionar um Laudo Técnico
emitido por um perito para quantificar a energia elétrica consumida nos setores
de industrialização. É possível buscar a retroatividade do crédito no período
dos últimos 05 (cinco) anos e os valores apurados poderão ser compensados
com débitos vincendos do ICMS, atentando-se às normas do regulamento
estadual do Estado onde estiver situado o estabelecimento.

Outro fato importante que refere-se ao crédito de ICMS sobre as faturas de


energia elétrica é a edição da Resolução nº 456, de 29 de novembro de 2000,
da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica que tratou, dentre outras
coisas, da demanda contratada.

As concessionárias de energia elétrica têm dois procedimentos distintos para


procederem à cobrança da energia consumida. O primeiro quanto ao consumo
(R$/KWh), onde é faturado o valor total da energia consumida dentro do ciclo
de leitura discriminado na fatura de energia, e o segundo (R$/MW) onde é
faturado o maior valor entre a Demanda Contratada e a Demanda Registrada e
é neste caso que existe um ponto a destacar.

O fato é que os consumidores de energia elétrica, através da Demanda


Contratada, estão pagando o imposto sem o seu efetivo consumo, vez que o
ICMS somente deve incidir sobre o valor da energia elétrica efetivamente
consumida (sobre os KWs registrados) e não sobre o valor da Demanda
Contratada, posto que, neste caso, não ocorreu a hipótese de incidência
prevista em lei para a exigência do tributo.

É importante salientar que em qualquer um dos casos relatados, não é passível


de crédito o consumo de energia relacionado ao prédio em que estão
localizadas as áreas de administração e vendas e ainda que o direito ao crédito
é dado somente às empresas que não optaram pelo recolhimento simplificado
do ICMS.

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