TCC Gabriele Pocahy

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Trabalho de Conclusão de Curso

Curso de Técnico de Enfermagem

Fibromialgia: O uso de tratamentos não farmacológicos utilizados pela equipe


multiprofissional e cuidados de enfermagem em pacientes portadores de fibromialgia.
Gabriele Pocahy1, Elisa Maria Bezerra Maia2

INTRODUÇÃO

A síndrome da fibromialgia é considerada uma doença crônica, que causa dores


musculares que se espalham por todo corpo, afetando a rotina e o dia-dia do indivíduo. Essa
doença atinge em média 2% da população brasileira e sendo maior em mulheres com idade
entre 35 e 60 anos (PEREIRA et al, 2021).
Segundo Batista et al, 2012, a doença é caracterizada por dores com duração de mais
de três meses, principalmente na região cervical, cintura escapular e lombar com sensação
de peso no local, queimação e pontadas, causando a perda de força muscular, fadiga e perda
na flexibilidade. Devido a dor intensa a saúde mental desses pacientes acaba sendo afetada,
o que leva a ansiedade, depressão, estresse, distúrbios do sono e irritabilidade.
Para Leticia et al, 2013, a maioria dos portadores de fibromialgia correm risco de sofrer
danos graves que podem resultar em problemas psicológicos e físicos, impactando
diretamente em sua qualidade de vida. Porém, com o avanço de vários tratamentos não
farmacológicos essa realidade vem mudando, diversas terapias alternativas têm sido
apresentadas aos pacientes portadores de fibromialgia.
O objetivo desse estudo é realizar uma revisão sistemática da literatura com o intuito
de identificar tratamentos não farmacológicos utilizados pela equipe multiprofissional e
cuidados de enfermagem, como a prática de fisioterapia, pilates, hidrocinesioterapia,
massagem terapêutica, acupuntura e o uso da medicina alternativa, que são direcionados
para o alívio da dor, melhora do sono e funcionalidade, resultando na redução dos diversos
sintomas associados.

1Estudante do Curso de Técnico em Enfermagem do Centro Universitário UniAméricas - Descomplica,


Foz do Iguaçu, Paraná.
2 Mestre em Ensino, docente do Curso de Técnico em Enfermagem do Centro Universitário

UniAméricas - Descomplica, Foz do Iguaçu, Paraná. E-mail: elisa.maia@descomplica.com.br


METODOLOGIA

Este trabalho foi feito por meio de pesquisa qualitativa, descritiva aplicada a um estudo
de caso onde as informações foram coletadas por meio de uma entrevista informal com uma
paciente portadora de fibromialgia, na residência da própria no dia 01 de março de 2023,
mediante aceite a partir de termo de consentimento livre esclarecido para o uso das
informações no trabalho.
Foi realizado uma revisão sistemática da literatura encontrada nos sites da Scientific
Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
saúde (Lilacs), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Descritores em Ciências da saúde
(DeCS/MeSH), os critérios de inclusão para os artigos encontrados na categoria escolhida
para análise dos dados foram: ter menos de 15 anos, literaturas em português e inglês. Os
descritores selecionados foram: fibromialgia; dor crônica; cuidados de enfermagem.
Após a leitura e análise da literatura, foram encontrados 40 artigos, utilizando os
descritores acima listados. Foram excluídos 20 artigos pois não se enquadravam nos critérios
de inclusão, restando 20 artigos para análise e realização do estudo.
Após a realização de levantamento bibliográfico todos os dados encontrados foram
confrontados com os obtidos na prática do presente caso. A partir das informações coletadas
propomos um plano de cuidado de enfermagem para o caso de acordo com literatura
científica.
Essa pesquisa se baseou em um roteiro instrucional elaborado e proposto por
Galdeano, Rossi e Zago, 2003. que se constituí pelas seguintes etapas de pesquisa: (1)
questões norteadoras; (2) identificação (do local ou pessoa em estudo); (3) resumo dos
problemas ou alterações identificados; (4) fundamentação teórica; (5) alternativas ou
propostas; (6) ações implementadas ou recomendas e (7) discussão. Esse roteiro instrucional
proposto tem a finalidade de guiar o pesquisador para assegurar que não sejam esquecidos
ou omitidos dados considerados essenciais para o entendimento da pesquisa.

APRESENTAÇÃO DO CASO

T.A.S, 29 anos, 53kg, 1,62 cm, desempregada, casada, mãe de 3 filhos vivos, nega
abortos, católica não praticante, relata que há um histórico familiar de fibromialgia por parte
paterna com irmã, tia e avó portadoras da doença.
A paciente relata dores nos pontos da nuca, ombros, membros inferiores e superiores,
insônia, xerostomia, ansiedade e depressão, percebeu os sinais da fibromialgia a partir da
menarca, aos 16 anos, porém somente em 2019, aos 26 anos, recebeu o diagnóstico de
fibromialgia e depressão.
Foram feitos exames de sangue para excluir a possibilidade de outras doenças
reumatológicas, devido o diagnóstico da fibromialgia ser clínico, com base na anamnese e
exame físico, os critérios se baseiam na duração dos sintomas, quantidade de locais do corpo
que a paciente sofre as dores, o quanto afeta a qualidade de vida, funções diárias, a qualidade
do sono, presença de depressão e ansiedade.
Desde muito nova a paciente tem demonstrado muita responsabilidade, que as vezes
sucumbiu ao esgotamento mental que hoje ela se encontra, relatos de má convivência com
sua mãe, tenha sido um estopim dos problemas que ela adquiriu com esse tempo. Violência
verbal, e psicológica, muitas vezes leva o ser humano no limite, e com o tempo a tendencia
de termos problemas físicos, e mentais esse e caso da paciente.
Uma gravidez não planejada veio, na hora de muita angústia, fazendo com que a
paciente entrasse em depressão pós-parto ao ponto de negligenciar o próprio filho recém-
nascido, que demorou quase 3 meses para notar que havia um filho para cuidar. Paciente
relata muitas dores neste tempo, sugerindo que algo está errado com seu corpo, mais sem
dar muita importância continuava com a vida normalmente.
Com o passar do tempo, já com 3 filhos, a paciente que relatava muitas dores por
causa da fibromialgia, se encontrou no seu limite, com tristeza e perda de interesse que
caracterizaram uma depressão muito profunda que afetou o seu organismo inteiro que evoluiu
em alterações no sono, apetite, nível de energia, concentração, comportamentos diários e sua
autoestima, a paciente por muitas vezes procurou o sistema de saúde, que há menosprezou,
tratando o seu caso com frescura, como coisas de sua cabeça, que a deixaram mais perdida
e desorientada, a deixando sem tratamento.
Buscou tratamento de novo em 2019, assim foi prescrito fluoxetina 20g 1 vez por dia
a noite, que causou reações adversas como insônia e intoxicação medicamentosa, ao retorno
da consulta foi prescrito que a dose seja tomada de manhã, que ocasionou do efeito de
relaxamento muscular e sono, durante o dia, afetando as atividades diárias dela com tomar
conta da casa, filhos e trabalho, a paciente também relata enquanto usava o remédio se sentia
com o raciocínio lento, com dificuldade de se lembrar de coisas banais que havia feito minutos
antes, por seu médico trocar de cidade e parar de fazer terapia, resolveu abandonar o
tratamento, resultando em uma piora no caso da depressão, agora apresentando ideação
suicida, que com a vinda da pandemia se amplificaram ainda mais, culminando no
negligenciamento dos cuidados de seus filhos, que a abalou ainda mais, após sua filha sofrer
um abuso sexual fazendo com que decidisse voltar a procurar tratamento em 2022, após a
consulta foi prescrito amitriptilina 25g 2x ao dia e velija 30g, mais por não notar diferença no
tratamento parou de atender as consultas de retorno e o consumo do velija por conta própria,
e continua sem adesão total ao tratamento.

RESUMO DOS PROBLEMAS

O modelo de Horta (1979) apoia-se nas leis do equilíbrio, da adaptação e do holismo.


A enfermagem é definida como uma ciência aplicada e é uma profissão que integra a equipe
de saúde buscando a prestação de serviços ao ser humano através de suas funções nas
áreas específicas, da interdependência e na social. A autora considera que a enfermagem
visa o reconhecimento do ser humano, que tem necessidades humanas básicas, as quais são
classificadas em psicobiologias, psicossociais e psicoespirituais. (Zanetti et al, 1994)
Psicobiologias: A paciente sente dores nos pontos da coluna cervical, nuca, ombros,
que irradiam para os membros superiores e inferiores, insônia, xerostomia, ansiedade e
depressão.
Psicossociais: Tem bom convívio com o marido e filhos, relata que quando nova teve
má convivência com sua mãe, que usava de violência verbal, e psicológica contra ela e os
irmãos e a colocava numa condição de muita responsabilidade para cuidar dos irmãos e da
casa, hoje em dia ela ainda mantem contato com sua mãe, mesmo a convivência com ela
sendo difícil, e tem contato e boa convivência com seu pai, foi menosprezada pelos
funcionários do sistema de saúde que procurou ajuda.
Psicoespirituais: depressão, angústia, desesperança, culpa por negligência aos filhos
e abuso sexual da filha.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fibromialgia é considerada uma condição clínica complexa, caracterizada pela


presença de dor generalizada, pontos dolorosos sensíveis à palpação e ausência de
processos inflamatórios articulares ou musculares. Os pacientes portadores de fibromialgia
apresentam além da dor generalizada, uma série de outros sintomas, como rigidez articular
matinal, fadiga crônica, distúrbios do sono, cefaleia, transtornos comportamentais, ansiedade
e depressão, os sintomas variam de intensidade, que prejudica as atividades de vida diária e
a qualidade de vida do paciente (FARIA et al. 2014).
A população feminina é a mais afetada pela fibromialgia, geralmente entre 35 e 60
anos de idade. Os critérios para diagnóstico da fibromialgia são baseados nas características
clínicas, como dor generalizada persistente no mínimo por três meses, bilateral, acima e
abaixo da cintura e presença de dor à palpação digital em no mínimo 11 dos 18 tender points
(BARROS et al. 2015).
Segundo Junior et al, (2012) os 18 tender points (9 pares) seriam: 1- inserção dos
músculos suboccipitais na nuca; 2- ligamentos dos processos transversos da quinta à sétima
vértebra cervical; 3- borda rostral do trapézio; 4- origem do músculo supraespinhal; 5- junção
do músculo peitoral com a articulação costocondral da segunda costela; 6- dois centímetros
abaixo do epicôndilo lateral do cotovelo; 7- quadrante súpero-externo da região glútea, abaixo
da espinha ilíaca; 8- inserções musculares no trocanter femoral; 9- coxim gorduroso, pouco
acima da linha média do joelho.
A fisiopatologia que descreve a fibromialgia parte da observação de que o
aparecimento dos sintomas dolorosos ocorre de forma geralmente espontânea, simétrica e
num sentido craniocaudal, contrariando uma hipótese de lesões periféricas e sugerindo uma
origem nervosa central para a síndrome (RIBERTO; PATO, 2004).
Para Gomes et al, 2022, na fibromialgia a dor é percebida na musculatura e está
relacionada com a sensibilização das vias de transmissão da dor no sistema nervoso central.
A patogenia da fibromialgia não está esclarecida, embora tenham sido detectadas
concentrações anormais dos neuropeptídios no sistema nervoso central e alterações do eixo
hipotálamo-hipofisário-suprarrenal, existem amplas evidências de que haja redução
generalizada do limiar da dor à compressão e a alodinia mecânica dos pacientes com
fibromialgia não se limita aos pontos dolorosos, mas parece ser generalizada.
A causa determinante ainda é desconhecida, mas acredita-se que o quadro se
desenvolva a partir de um trauma físico, psicológico ou com infecções graves, fazendo com
que o cérebro, ao receber estímulos, ative todo o sistema nervoso, proporcionando uma
sensação dolorosa muito mais intensa do que em pessoas que não apresentam tal patologia,
existem evidências de uma predisposição genética para o seu desenvolvimento que,
associada com a exposição a fatores ambientais (estressores), inicia a manifestação dos
sintomas (BARROS et al,.2015; SANTOS; KRUEL,2009).
O tratamento indicado para pacientes com fibromialgia exige uma equipe
multidisciplinar composta por médico, psicólogo, fisioterapeuta e educador físico, sendo o
exercício físico a intervenção não medicamentosa mais importante e com maior nível de
evidência de benefício. É relevante o fato que a terapêutica medicamentosa isolada não se
apresenta eficiente no tratamento da doença (FRANCHINI et al.,2013).
Dentre os tratamentos não farmacológicos pode-se citar: massagem terapêutica,
acupuntura, eletro acupuntura (EA), nutrição e dietas, hidroterapia, eletroestimulação
transcutânea (TENS), yoga, exercício físico, programas de educação em saúde,
hidrocinesioterapia, entre outros tratamentos (FACULDADE DE MADICINA DE UFMG, 2020).

AÇÕES IMPLEMENTADAS OU RECOMENDADAS

O tratamento ideal para a fibromialgia é de natureza interdisciplinar, envolvendo


abordagens farmacológicas e não farmacológicas. Essa abordagem deve incluir estratégias
educacionais e a participação ativa do paciente no gerenciamento da doença. O principal
objetivo é reduzir a dor e melhorar as funções físicas, visando assim a melhoria da qualidade
de vida, sem recorrer ao abuso de medicamentos. No entanto, é importante ressaltar que não
há um tratamento específico que possa controlar completamente todos os sintomas da
fibromialgia (BARBOSA, 2020).

Berarbinelli et al, 2017, afirma que o plano de tratamento deve ser desenvolvido em
colaboração com o paciente, levando em consideração a intensidade da dor, a funcionalidade
e as características individuais. É importante considerar as questões biopsicossociais e
culturais, a fim de personalizar o tratamento de forma adequada.
Segundo Franchini et al, 2013, a fibromialgia requer uma abordagem terapêutica
abrangente, envolvendo uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos,
fisioterapeutas e educadores físicos. Nesse contexto, destaca-se o exercício físico como a
intervenção não medicamentosa mais crucial, oferecendo benefícios significativos. É
importante ressaltar que o uso exclusivo de medicamentos não se mostra eficaz no tratamento
dessa doença.
Portanto, numerosos estudos comprovam a importância da implementação de
cuidados combinados, que envolvem não apenas a abordagem farmacológica, mas também
exercícios físicos e terapia cognitivo-comportamental, a implementação desses cuidados
combinados é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com fibromialgia
(ANTUNES, 2020).
O controle da fibromialgia representa um desafio para os profissionais de saúde, uma
vez que requer a participação ativa dos pacientes e de suas famílias, isso implica em
mudanças de comportamento que prejudicam a saúde, e aderência a hábitos benéficos, com
o objetivo de melhorar a qualidade de vida. Além do ambiente clínico, o tratamento deve se
estender ao ambiente doméstico, integrando-se ao contexto de promoção da saúde. Os
pacientes e seus familiares necessitam de apoio e assistência nesse processo. O tratamento
das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) deve ser centrado no paciente e na família.
Intervenções voltadas aos pacientes devem focar no autocuidado, o conhecimento e o acesso
a informações, sendo essenciais para a tomada de decisões e o desenvolvimento de
habilidades sociais, visando fortalecer o empoderamento (BARBOSA, 2020).
É evidente que os profissionais de enfermagem desempenham um papel fundamental
na equipe multiprofissional, contribuindo significativamente para a adesão ao programa e
tratamento multimodal e possuem uma importante função na adesão a programas e
tratamentos multimodais, dentro das perspectivas de conhecimento, competências e atitudes
necessárias para promover a modificação de hábitos dos pacientes. Isso inclui a realização
de exercícios regulares, automassagem, relaxamento, higiene postural, alongamento e
melhoria do sono. Todos esses aspectos são relevantes para apoiar as mudanças nos hábitos
de vida, visando a melhoria da qualidade de vida e redução dos sintomas em pacientes com
fibromialgia (ANTUNES, 2020).

DISCUSSÃO

Com base no histórico da paciente e após a revisão de artigos científicos e estudos


disponíveis em plataformas de base de dados, foi realizada uma análise detalhada sobre o
papel da enfermagem na promoção da qualidade de vida dos pacientes portadores de
fibromialgia.
A falta de conhecimento e prática dos profissionais de saúde em lidar com a
progressão da doença aumentam a dificuldade do diagnóstico precoce e da criação e
desenvolvimento do plano terapêutico, bem como a ausência de uma rede de apoio
adequada; além das dores físicas, a fibromialgia está frequentemente associada à depressão,
o que pode impactar no processo de busca por ajuda e tratamento. Com isso prejudicando o
tratamento contínuo e levando a pessoa com fibromialgia a perder as esperanças de melhora
e bem-estar, resultando, por vezes, na regressão de todos os avanços já alcançados até
então.
A negligência dos sistemas de saúde desempenhou um papel significativo na decisão
da paciente de interromper o tratamento. Ela enfrentou dificuldades de acesso ao sistema de
saúde e foi tratada de forma insensível, sendo seu caso considerado apenas "coisas da
cabeça". Essa falta de reconhecimento e apoio por parte dos profissionais de saúde afetou
negativamente sua confiança e sua motivação para continuar buscando tratamento. O
desprezo de suas preocupações e sintomas pode ter levado a atrasos no diagnóstico e à falta
de suporte adequado, agravando ainda mais sua condição mental.
Além disso, a paciente relatou desafios significativos em relação à continuidade do
tratamento. Ela experimentou reações adversas à medicação prescrita, como insônia,
intoxicação medicamentosa e efeitos colaterais que afetaram sua vida diária. No entanto, a
falta de acompanhamento médico e uma equipe multidisciplinar comprometeu a capacidade
da paciente de adaptar seu tratamento, ajustar as doses ou explorar alternativas que melhor
atendessem às suas necessidades.
Esses desafios destacam a importância de um sistema de saúde sensível e
responsivo, capaz de fornecer tratamentos adequados para pacientes com doenças como a
fibromialgia e depressão. A colaboração entre uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos,
terapeutas e outros profissionais de saúde, é fundamental para garantir um cuidado
abrangente. Além disso, é necessário um acompanhamento contínuo para monitorar os
efeitos dos medicamentos, ajustar as doses conforme necessário e fornecer intervenções
terapêuticas adequadas.
A equipe de enfermagem desempenha um papel indispensável ao longo do curso do
tratamento, pois ela atua como o elo mais próximo entre o paciente/família e a equipe de
saúde, sua presença é fundamental para proporcionar suporte e cuidado contínuo,
considerando as necessidades individuais de cada paciente e garantindo uma abordagem
integral e bem-estar de mente, corpo e espírito (BARBOSA, 2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao desenvolver essa pesquisa foi possível perceber que a enfermagem junto com a
equipe multidisciplinar precisa trabalhar a parte social, biológica e espiritual dos pacientes,
assim as intervenções são capazes criar planos de cuidados eficazes que se encaixam com
o cotidiano de cada paciente com o objetivo de minimizar parte dos sintomas e proporcionar
uma melhora na qualidade de vida das pessoas que sofrem de fibromialgia.
É fundamental enfatizar que, devido à falta de conhecimento sobre as causas dessa
doença pouco estudada e divulgada, ainda existe um amplo campo a ser explorado e
compreendido, para expandir os planos de cuidados para proporcionar suporte e cuidado
contínuo, considerando as necessidades individuais de cada paciente.

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