Chemane
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1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................7
1.1. Objectivos.............................................................................................................................7
2. FUNÇÕES DIDÁCTICAS.......................................................................................................9
CONCLUSÃO...............................................................................................................................16
Referências bibliográficas.............................................................................................................17
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho com o tema “Funções didácticas” tem por objectivo levar os professores a
compreensão das funções didácticas como uma unidade, não actuando de maneira isolada, e a
mesma serve de suporte para o processo de ensino-aprendizagem.
1.1. Objectivos
Para a elaboração deste trabalho, enfatizou-se a pesquisa bibliográfica, que de acordo com
Prodanov et all (2013),
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colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já escrito sobre o assunto da
pesquisa” (p. 54).
A bibliografia utilizada não esgota a imensa literatura dedicada as questões ligadas ao assunto
tratado neste trabalho sobre as funções didácticas, que pela sua magnitude e importância nesta
área de formação obrigaria o tratamento de um leque de obras que versam sobre a temática. Não
obstante esta imensidão de literatura, tomamos como base os mais próximos às nossas
possibilidades de consulta, colectando autores renomados que fazem o tratamento desta temática.
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2. FUNÇÕES DIDÁCTICAS
Nesta parte do trabalho busca-se fazer uma abordagem do tema levando em consideração e como
linhas norteadoras, o conceito de funções didácticas, as principais funções didácticas e a relação
que pode estabelecer entre as diferentes funções didácticas no processo de ensino-aprendizagem.
Funções didácticas são etapas que decorrem do processo de ensino aprendizagem, visando
facilitar a actividade do professor. Estas funções estão estruturadas e sistematizadas.
Segundo Piletti (1991) as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o processo
completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades. Cada fase ou passo da aula
corresponde a uma só função didáctica dominante, embora nesta mesma fase se regista o
envolvimento das restantes, com o fim elas assegurarem a eficiência da assimilação da matéria.
Cada função didáctica, como momento ou passo da aula que reflecte as regularidades do
processo de ensino aprendizagem, é proposto o tempo da sua duração, conteúdo, método
dominante, conjuntos de meios e formas de ensino a utilizar inclusive as actividades concretas
dos alunos (Piletti, 1991).
Decorrente das consultas feitas, bem como da experiencia como profissional da educação,
cumpre-nos ressaltar que as principais funções didácticas são: Introdução e Motivação, Mediação
e Assimilação, Domínio e Consolidação e Controle e Avaliação.
As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realizam isoladamente, sobrepondo-se umas
das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmente uma função didáctica abre o
caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra,
assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma e tal totalidade reflecte
as relações especificas de cada função didáctica com a outra de maneira recíproca.
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2.2.1. Introdução e Motivação
Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio, início de uma
certa actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de motivar, acção dos factores que
determinam a conduta.
Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam assegurar o bom discurso
da aprendizagem;
Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;
Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a atenção dos alunos através
de avaliação de estímulos.
Segundo Libâneo (1994) Introdução, e a parte da entrada da aula que conduz ao aluno para
estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave,
apresenta a problemática de forma resumida.
Olhando para esta abordagem, pode-se concluir que a motivação tem dois campos
nomeadamente: campo psicológico (em que ela é o processo que se desenvolve no interior do
individuo e o impulsiona a agir mental ou fisicamente em função de algo) e campo didáctico
( em que a motivação é o processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no interior do
individuo, afim de predispô-lo na participação das actividades.
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2.2.2. Mediação e Assimilação
Nesta etapa ou Função Didáctica, se realiza a percepção dos objectos e fenómenos ligados ao
tem, a formação de conceitos, imaginação e de raciocínio dos alunos. No contexto didáctico,
mediação é um processo pelo qual o professor dirige o processo de ensino aprendizagem em que
são necessários elementos como: o professor, aluno, conteúdo, material didáctico, métodos e fins
a atingir.
Segundo Pilleti (1991) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve diálogo e no fim faz a síntese.
Depois de uma sucinta atenção e actividade mental dos alunos na etapa anterior, (Introdução e
Motivação) chega o momento dos alunos se familiarizarem com o conhecimento que irão
desenvolver e um dos procedimentos práticos tem sido a apresentação do conteúdo como
problema a ser resolvido, embora nem todos os conteúdos se prestam a isso.
Nesta etapa, pretende-se conseguir o aprimoramento do já novo saber nos alunos, para isso o
professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias através de exercícios e
actividades práticas para solidificar a compreensão. Ainda neste aspecto é preciso que os
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conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos afim de que sejam
disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de vida, do mesmo modo em
paralelo com os conhecimentos e através deles é preciso aprimorar a formação de habilidades e
hábitos para a utilização independente e criadora dos conhecimentos.
O controle e avaliação, acompanham todo o P.E.A. e forma ao mesmo tempo conclusão das
unidades do ensino. Segundo Libâneo (1994) para o professor poder dirigir efectivamente o
P.E.A. deve conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da
matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as actividades
do professor e do aluno em função dos objectivos definidos.
A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que visa
verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de modo a se
decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.
O próprio aluno deve perceber que a avaliação é um meio e, para isso, o professor deve explicar-
lhe os objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados. Através do controlo e
avaliação o professor ou educador pode providenciar se necessário rectificar, suplementar ou
mesmo reorientar a aprendizagem.
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2.3.1. Relação Introdução /Motivação e Mediação /Assimilação
O professor apresenta o assunto da aula de forma interactiva, faz uma revisão, reactivação dos
conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o novo assunto: coloca questões da
matéria nova para despertar interesse. A actividade anterior visa transformar os objectivos da
aula em objectivos de aprendizagem de cada um dos alunos.
O professor pode fazer a motivação de forma interactiva, quando colocando questões da matéria
nova ou ainda fazendo revisão dos conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o
novo assunto e ainda escrevendo o assunto da aula no quadro, tudo isso com vista a despertar
interesse nos alunos.
Uma vez o aluno motivado, o professor faz a mediação atreves de ilustrações, faz resumos,
esclarece os assuntos, expõe os conteúdos e o aluno na assimilação toma nota, presta atenção,
aplica os conhecimentos, apresente as questões, faz resumos e abstracções.
Sob ponto de vista de estruturação da aula, esta função, introdução e motivação constitui a
primeira etapa da aula, portanto, é caracterizado por um processo de estimulação destinado a
desencadear impulsos interiores do indivíduo a fim de predispô-lo a querer participar nas
actividades escolares oferecidas pelo mediador.
Estando o aluno motivado, na fase do domínio e consolidação procuram se reduzir os erros dos
alunos na compreensão da matéria e permitir a fixação dos conhecimentos na memória. Portanto,
ainda na fase de introdução e motivação entram elementos de reactivação, o que significa que um
bom domínio e consolidação começam com uma boa introdução e motivação. Consolidar e
dominar não só são funções de luta contra o esquecimento mas também para elevar o nível das
capacidades, desenvolver as habilidades, fixar os hábitos e aplicar o aprendido.
Sabendo-se que para o professor dirigir efectivamente o PEA ele precisa conhecer o grau das
dificuldades dos alunos na compreensão das matérias e para isso o professor precisa controlar e
avaliar os alunos; dependendo dos resultados o professor pode saber até que ponto foram
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motivados, isto é, pode medir até que ponto foi efectuada a função didáctica
Introdução/Motivação. Neste sentido o controle e avaliação tanto controla os alunos assim como
o professor.
Partindo de princípio que na medição e assimilação ocorre a medição do conteúdo por parte do
professor e consequente a assimilação parte do aluno quanto mais eficaz for esta função didáctica
tanto mais será a função didáctica Domínio / Consolidação, isto é, o aluno só poderá consolidar e
dominar o que tiver assimilado, esteja isto correcto ou errado.
Estas duas funções didácticas têm a seguinte relação: Só pode ser controlado e avaliado um
conteúdo previamente mediado e assimilado, isto é, o professor não pode avaliar conteúdos não
dados. Ao mesmo, o Controle avalia até que os conteúdos forem mediados e assimilados, para a
partir daí fazer ajustes se necessário ou manter o mesmo ritmo se a Assimilação/Mediação for
bem sucedida.
O mais importante é que, de facto, estes conhecimentos devem ser aprimorados possibilitando a
formação de habilidades, hábitos para utilização independente e criadora desses. Deste modo,
para a consolidação e a formação de habilidades e hábitos é necessários que se incluam
exercícios de fixação que podem ir desde perguntas simples até à recapitulação dos focos
principais da aula. Por isso, as tarefas de recapitulação, sistematização e os exercícios devem dar
oportunidade ao aluno de estabelecer entre o aprendido e situações novas, comparar os
conhecimentos obtidos com os factos da vida real, apresentar problemas ou questões
diferentemente de como foram abordados, por exemplo, no livro didáctico, pôr em prática
habilidades e hábitos decorrentes do estudo.
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Tendo consolidado a matéria, é preciso testar se também e ver de que maneira o professor
mediou, avaliando-se as actividades do professor e dos alunos, em função dos objectivos
definidos. Avalia-se o nível atingido, identificam-se os problemas ou dificuldades que existem e
propõem-se medidas para a sua solução.
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CONCLUSÃO
Da relação que se estabelece entre as funções importa verificar que: enquanto introdução e
motivação corresponde especificamente ao momento de preparação para a mediação de
conhecimento na sala de aula, a mediação e assimilação é o momento dos alunos familiarizarem-
se com o conhecimento que irão desenvolver. O Domínio e Consolidação é etapa que se pretende
conseguir o aprimoramento do já novo saber nos alunos, e, finalmente, o controle e avaliação
permite educador providenciar se necessário rectificar, suplementar ou mesmo reorientar a
aprendizagem.
Entre as varias funções didácticas também se pode encontrar uma relação de reciprocidade com
vista a permitir que o PEA seja cada vez mais eficiente e eficaz
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Referências bibliográficas
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. (colecção Magistério 2º Grau, Semi -Formação Professor).
Editora Cortez. São Paulo.1994.pp.128-145.
NERICI, Giuseppe Emídio. Didáctica - Uma introdução. 2. ed. Eletra Atlas. São Paulo 1999.
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