Fases Da Entrevista Clinica
Fases Da Entrevista Clinica
Fases Da Entrevista Clinica
Parte 1
“Escuta o doente,
ele diz-te o diagnóstico”
William Osler, 1898.
Brian McKinstry verificou que a maior parte dos doentes gosta de ser
chamada pelo primeiro nome, no entanto, 16% mostraram-se insatisfeitos por
esta forma de tratamento informal. A frequência dos insatisfeitos pela forma
mais informal era maior nos idosos. Estes aspectos comunicacionais,
aparentemente sem importância para o ato médico em si, mas que podem
afetar negativa ou positivamente, chamo “amenidades comunicacionais” e
devem ser estudados nas populações em que se trabalha, dado que os
resultados obtidos em outras sociedades só por coincidência podem ser
extrapoláveis.
Nesta fase o médico faz uma rápida revisão dos problemas de saúde
pendentes, visualiza a família, consciencializa o tipo de relação que têm, o tipo
de emoções e sentimentos que lhe desperta e muitos outros atributos que
definem aquele doente e aquele encontro como únicos e irrepetíveis.
Faz uma tentativa de previsão dos problemas que o doente pode trazer
mas mantém sempre uma atitude expectante e uma plasticidade que lhe
permita facilmente incorporar os reais motivos do doente. O erro mais
frequente desta fase é o médico “ir por atalhos”, saltando esta fase
e entrando diretamente na fase de abertura sem qualquer
preparação prévia para o encontro.
Entrada do doente
Logo que o doente entra o médico colhe uma primeira imagem do doente.
Se nos olha diretamente com um sorriso, provavelmente, exprimirá
amizade, confiança, conforto. Se o doente evita um olhar direto, olhando quase
sempre para o chão, não respondendo ao nosso sorriso ou a saudação,
trata-se certamente de um doente que se sente desconfortável.
Ao sentar-se rodeia a cadeira, provavelmente desejaria estar fora da
consulta. O doente tem uma conduta de evitação ou de fuga motivada
por várias razões, desde o não cumprimento da terapêutica ao receio que
lhe seja diagnosticada uma doença “má”, ou tem para comunicar algo muito
íntimo ou, ainda, porque lhe custa mostrar-se débil e doente. Por outro lado,
o doente irritado ou simplesmente triste não responde ao nosso sorriso ou
saudação. Já o doente agressivo olha de modo direto, de fronte franzida. Os
músculos da face e dos lábios podem estar contraídos. Este doente,
provavelmente, vem para protestar ou reivindicar.
O efeito da aparência física
Tempo de
Autores País Contexto fuga (média
em seg.)
Dar esta oportunidade de o doente contar a sua própria história, tal como a
vê e sente, pode ser, só por si, terapêutico. Muitas vezes é a primeira
oportunidade que o doente tem de contar a história do seu sofrimento sem
que ninguém o interrompa, com conselhos ou tranquilizações que, na maioria
dos casos, tem o único objetivo de libertar o ouvinte da carga ansiogênica da
narrativa. O fato de “ouvir” a sua própria história pode-lhe dar a possibilidade de
se aperceber de novas perspectivas, de relações causais e de
explicações para os seus sintomas.
Alguns estudos mostram que as consultas aditivas são das situações que
mais irritam os médicos. Por consultas aditivas entende-se as que, uma vez
resolvido o motivo inicial da consulta, o doente apresenta novo motivo
obrigando, praticamente, a um reinício de nova investigação, isto é,
adiciona-se novo motivo. Equivale ao que os anglo-saxónicos designam de
“by the way” e, nós, com “o já agora”. Neste tipo de consultas, todas as
previsões de tempo fracassam e, ao ter que reabrir outra vez a consulta, o
médico perde muitas vezes a postura que acaba ainda por agravar mais a
situação.
Existe contudo, uma outra razão para consultas aditivas, a que podemos
chamar de “pergunta ou consulta exploratória”. É o paciente que apresenta
um problema banal, toda a consulta corre em torno deste problema e, só no
final, é que o doente coloca um problema íntimo, isto é, depois de se certificar
que o médico é digno de confiança. Ou, se nos lembrarmos dos níveis de
conversação, provavelmente só agora se alcançou o 3º nível que permite
abordar temas íntimos. O médico deve sentir-se orgulhoso e honrado por este
tipo de consulta aditiva ter surgido, porque ela representa a coroação do êxito
comunicativo do profissional e da sua capacidade em
estabelecer uma relação efetiva.
Intervenções do acompanhante
Acompanhante intrometido
Por detrás de um acompanhante intrometido está um dominador, mas
também pode ser um indivíduo protetor ansioso (ansioso pelo que o doente
pode ter). Para este tipo de acompanhante podemos recorrer a várias
técnicas que se complementam:
Esvaziamento da interferência
Técnica de ponte
Pacto de intervenção
Marcação de novo encontro.
a) Esvaziamento da interferência
b) Pacto de intervenção
- Que pensa, Sr. Francisco, sobre o que a Dª. Silvina acaba de dizer sobre
o seu problema?
Esta é também uma boa técnica para avaliar ou atuar nas relações
interpessoais na família.
Mais uma vez a apresentação de tal proposta exige assertividade por parte
do médico que deve evitar fazer transparecer a sua frustração para que
ninguém se sinta rejeitado.
Acompanhante passivo
Acompanhante doente
O paciente pode trazer uma lista demasiado extensa para poder ser
abordada na sua globalidade numa só consulta. Nesta situação, convém acordar
quais são os problemas a abordar na presente consulta, se possível até enunciar
a ordem por que serão tratados, e estabelecer os que ficarão para futuros
encontros ou mesmo, os que nunca serão por nós abordados. Por
vezes é mesmo conveniente estabelecer o tempo disponível para a
consulta como é, por exemplo, consultas que visam sobretudo a psicoterapia.
1) baixa reatividade;
2) perguntas abertas;
3) silêncios funcionais;
4) facilitações ou expressões mínimas de incitamento ou prompts mínimas;
5) empatia; e
6) pedir exemplos.
a) Baixa reatividade
O Senhor Carlos, contabilista de 47 anos, vem ao serviço de urgência referindo uma dor
no peito.
É entrevistado pelo Dr. Santos.
Dr. Santos – Vejo aqui na sua ficha que o Senhor teve uma dor no peito. Ainda sente
essa dor?
Senhor Carlos – Não, agora não!
Dr. S. - Era uma dor forte ou uma
fraquinha?
Sr. C. – Parece-me ser mais do tipo
fraquinha.
Dr. S. – E a dor vinha para o braço?
Sr. C. - Não. Não me pareceu.
Dr. S. – E não piorava quando fazia exercício?
Sr. C. – Não!
unidade de tempo.
tempo.
Envolve o doente na entrevista.
Útil para obter informação
O doente pode exprimir
específica.
preocupações e ansiedades acerca
Útil em doentes tímidos ou
dos seus problemas.
desinteressados.
Tem, em si, potencial terapêutico.
A informação obtida limita-se às
A entrevista pode ser mais longa e perguntas.
DESVANTAGENS
b) Silêncios funcionais
Mia Couto exprime de uma forma poética, com um rigor literário e genial,
uma das tarefas do médico na consulta quando tem o objetivo de ajudar o
paciente a ajudar-se: pôr as orelhas nas confissões dos doentes.
c) Facilitações
Não basta dizer que se está disponível, ou pensar que se está disponível para
que o paciente exponha os seus pensamentos de modo livre e total. É
preciso que o médico demonstre por meios verbais e não verbais que está
disponível e quer ouvir a sua história. Existe um conjunto de
técnicas, que genericamente designamos de facilitações, têm por
objetivo facilitar a expressão do paciente de modo a que este se
exponha o mais livremente possível. As facilitações também são
designadas de expressões de incitação mínimas ou prompts mínimas.
f) Pedir exemplos
Este fruto apresentado deste modo, isolado do seu contexto, dá-nos muito
pouca informação sobre a sua história. De que árvore veio? Foi apanhado da
árvore ou do chão? Quais as características do solo? De que região é? Há
quanto tempo foi colhido? Qual o grau de maturidade quando foi colhido?
Como foi transportado? E muitas outras questões se poderão levantar.
Por exemplo, o doente que vem à consulta por cefaleia dizendo:
- Doutor, tenho tido muitas dores de cabeça ao ponto de, por vezes, não
conseguir continuar a trabalhar.
-Tente recordar uma vez que tenha tido essas dores de cabeça e diga-me
como é que isso foi.
Esta é a técnica do exemplo. Ela permite colher uma ideia mais
precisa acerca do sintoma, inserido num contexto psíquico e social. Para
além disso é, por si só, terapêutico dado que muitas vezes permite ao
próprio cliente tomar consciência dos fatores associados ao surgimento do
sintoma, como demonstra o caso abaixo. Mesmo quando a versão contada
pelo doente é cheia de lacunas informativas, é mais rentável dirigir as
perguntas para o preenchimento dessas lacunas e, assim, construir o
filme com a caracterização do sintoma integrado no seu contexto
psicossocial.
Se entendermos que os dados só são informação quando integrados no seu
contexto, então se colocarmos apenas questões teremos apenas dados, por
vezes demasiado dados que só nos confundem, mas dificilmente obteremos
informação.
- Sim. Olhe Doutor, ainda ontem eram para aí cinco da tarde. Estava numa reunião
lá no trabalho, que não tinha previsto e que o meu chefe tinha convocado de
última hora. Nos últimos tempos a minha relação com este chefe tem sido muito
tensa e portanto eu não lhe quis dar o pretexto de dizer que eu estava a folgar.
Nessa altura veio-me esta dor de cabeça aqui atrás (agarra a nuca com as duas
mãos), que eu nem conseguia mexer a cabeça. Felizmente que a reunião não
demorou muito senão eu não conseguiria ir até ao fim. Depois saí do trabalho,
sempre com esta malvada dor de cabeça. Tinha comprado dois bilhetes para ir
com a minha mulher a um concerto e tinha-lhe prometido que antes íamos
jantar a um restaurante de que gostamos muito e era uma maneira de celebramos
os nossos 17 anos de casados. Pois, já não tivemos tempo de ir jantar como
queríamos, eu tive que tomar duas aspirinas e só no início do concerto as dores
se desvaneceram. Aquilo da reunião irritou-me! Acho que tolero muito mal os
imprevistos. Gosto de ter o controle dos acontecimentos e quando isso não
acontece fico fora de mim.
Se calhar foi este fato que me provocou as minhas dores de cabeça. Porque, por
outro lado eu também estava apreensivo com o que a minha mulher me iria dizer
se não pudesse cumprir com o que lhe havia prometido. A bem dizer, as dores só
melhoraram depois de ela ter mostrado compreensão quando me disse: “deixa
pra lá o jantar, outras oportunidades virão”. Pensando melhor, estas dores têm
surgido em momentos em que estou tenso, o que tem acontecido muito nos últimos
tempos. Estupor daquele meu chefe! É um incompetente saído agora da
faculdade e que tem a mania que, lá porque tem um curso superior, sabe
tudo e que nós, que trabalhamos em seguros há mais de vinte anos, não
sabemos nada. Lá porque temos apenas o antigo Curso Comercial”.
3. FASE EXPLORATÓRIA
a) Repetição de frases
A repetição de frases é uma técnica fácil mas deve ser usada com alguma
parcimônia, sob pena do médico ser visto como um papagaio, que tudo
repete, gerando no doente irritação. Por outro lado, deve ter cuidado como faz
a repetição, nos aspectos não verbais e verbais, que podem transmitir
ideias de culpabilização e ou incredibilidade e levarem o paciente a refugiar-
se em si por entender tais indícios como antagonismo. Por exemplo:
Doente – Ontem não fui trabalhar.
Médico – Não foi trabalhar!!??
Com uma entoação clara de quem desaprova radicalmente o comportamento
do doente.
b) Clarificação
c) Assinalamentos
Exemplo:
Doente – tenho andado com estas dores de cabeça desde que o meu pai
faleceu... (breve pausa com umedecimento dos olhos) que não me deixam
sequer trabalhar.
Médico – vejo que falar da morte do seu pai a emociona, quer falar mais
sobre isso?
d) Interpretação
d) Resumo
O resumo é uma técnica muito útil em qualquer fase da consulta, não só para
sintonizar com o paciente mas também para alimentar a nossa concentração
na entrevista clínica.
É, ainda, muito útil quando nos sentimos “perdidos” e pretendemos
retomar novamente o espírito da consulta. Pode ainda, ser uma técnica
sutil de recuperar informação perdida numa situação em que, por
acaso, nos distraímos e o cliente “ficou a falar sozinho”; ao fazer o
resumo com aquilo que retivemos, o doente pode acrescentar o que
foi perdido sem o entrevistador dar a entender que teve um momento de
“ausência” mental.
Balint aponta como primeiro princípio para o médico “nunca dar conselho
ou tranquilização ao paciente antes de encontrar o que é o problema
real”
A revisão dos problemas prévios é uma tarefa que deve fazer parte da fase
exploratória e, idealmente, convém ser feita antes de se proceder à exploração
física dado que pode haver necessidade de a complementar com dados do
exame clínico. Se não tivermos esta preocupação corre-se o risco de ter que
proceder a nova exploração física com a consequente perda de tempo.
Exploração física
A atitude deve ser positiva e evitar usar “negativos” como por exemplo,
evitar dizer “não vai doer” e substituir por “vai ser como uma massagem” ou
“vai-me dizer o que sente”. O cérebro não reconhece os negativos e, portanto,
ao dizer que “não vai doer” o que o doente percepciona é o “vai doer”,
dado que o conceito de não-dor não existe. A atitude de positivar exige treino
constante e persistente porque o hábito já está tão automatizado (por isso é
hábito) que só pode ser mudado através de investimento de esforço de
aprendizagem.
Outros erros, que ocorrem durante esta fase, estão relacionados com
a ansiedade em chegar ao fim da consulta e com vícios comunicacionais
do médico. Até ao final da fase exploratória o médico acumula muita
tensão psicológica: quando é que chego ao fim da consulta? Quais são os
problemas deste doente? O que é que vou dizer? Será que ele vai aceitar o
que proponho? Estarei à altura das suas expectativas? Será que vai sair
tranquilo e satisfeito com a consulta?
Todas estas questões geram um elevado estado de tensão crítico que pode
ser mais ou menos tolerável, dependendo da experiência, do treino e do grau
de segurança do médico. Questões colocadas pelo doente, do tipo “o que é que
eu tenho, Doutor?” ou “o Doutor não consegue saber o que tenho?”
contribuem fortemente para aumentar a tensão crítica que “empurram” o médico
a precipitar-se para dar uma resposta rápida mas pouco consistente e insegura.
Cada médico tem o seu “limiar de tensão crítico”, isto é, um nível máximo
de tensão crítica que, uma vez alcançado, o leva a dar uma resposta, ou
seja, a passar à fase de resolução. Este é um conceito interessante e útil
descrito por Borrell i Carrió. Segundo este autor quando o médico atinge este
limiar de tensão crítica termina a fase exploratória e inicia a fase de resolução
e quanto mais preparado está o médico mais é capaz de tolerar a tensão
psicológica, maior é o seu limiar de tensão crítica e mais dificilmente entrará
em “atalhos” (também é designação de Borrell i Carrió) que o podem
fazer passar precipitadamente à fase seguinte da consulta e, mais tarde ou
mais cedo, se ver obrigado a regressar à fase anterior, ás vezes com novas
consultas.
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