Didática de Geografia II

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Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensino à Distância

Globalização e novas perspectivas para o ensino de geografia

Nome: Osvaldo Salé Chico


Código do Estudante: 708226002

Curso: Lic. em Ensino de Geografia


Disciplina: Didática de Geografia II
Ano de Frequência: 3º Ano
Tutor:

Gurué, Maio de 2024


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuaçã Subtota
do
o máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
organizacionais 
Estrutura Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 3.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área
de estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 2.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução..................................................................................................................................5

Objectivo geral.......................................................................................................................5

Objectivos específicos............................................................................................................5

Metodologia............................................................................................................................5

Globalização e novas perspectivas para o ensino de geografia..................................................6

Conclusão...................................................................................................................................9

Referências bibliográficas........................................................................................................10
Introdução
O mundo globalizado e capitalista do século XXI faz com que as pessoas tornem-se a
cada instante carentes e inseguras buscando incessantemente a felicidade, através do ter e não
do ser. O tempo é sempre curto para ouvir e compreender os seres vivos deste planeta que
pulsa. Compreendendo a educação como acção social comprometida com o aprendizado,
num processo de construção de saberes, de emoções e de afetividade. Esta unidade tem por
objectivo, discutir o ensino da Geografia, e propor novas perspectivas do ensino-aprendizado
com o olhar planetário e humanizado.

Objectivo geral
 Conhecer os desafios do processo de ensino e aprendizagem da Geografia face a
Globalização.

Objectivos específicos
 Identificar as novas perspectivas didáctico pedagógico no processo de nsino e
aprendizagem da Geografia no contexto da Globalização;
 Dar exemplos concretos, do impacto da Globalização no processo de ensino e
aprendizagem da Geografia.

Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que
possuo, basei-me na pesquisa bibliográfica, onde trouxe interpretações sólidas e
fundamentadas por diferentes autores de destaque que debruçaram sobre o tema em alusão.
Globalização e novas perspectivas para o ensino de geografia
Na perspectiva de Santo (2013), na sociedade actual, os processos da globalizaçã
o e suastransformações estão cada dia mais evidente, sendo assim, o conhecimento desse
assunto e sua gestão na escola tornou-se instrumentos fundamentais.

A partir daí surgem inúmeros desafios para o ensino da Geografia na escola e a utilização
denovas metodologias neste processo de ensino aprendizagem apresentase como uma das pos
sibilidades de tornar a disciplina mais instigante e proveitosa, até porque para muitos alunos,
a Geografia ainda é classificada como uma disciplina enfadonha e chata, pela utilização de
técnicas de ensino antigas e/ou até mesmo tradicionais podemos dizer, e isso permeia durante
séculos, acarretando o desprestígio da disciplina, pois os conteúdos não interligam ao
cotidiano dos alunos, foge da realidade e torna-se uma utopia para eles (Santo, 2013).

Desse modo, inúmeros discentes possuem dificuldades em realizar reflexões sobre práticas
socioespaciais, sobretudo conectandoas com a geografia. Os livros didáticos por sua vezcontr
ibuem com essa falta de reflexão sobre os conteúdos, dado os aspectos excessivamente
descritivos e o ensino tradicional que corrobora esta maneira mecânica de ensino. Logo,
Lacoste (2011) propõe utilizar as práticas sociais e espaciais diversificando em diferentes
escalas para secompreender os diferentes fenômenos do espaço. (Quaresma, et al.).Então,
surge a necessidade de investir em novas metodologias no ensino de Geografia para que
assim, possa melhor abordar as temáticas em sala de aula, tendo como pressuposto aqui,
o processo de globalização, numa conjuntura crítica desta dinâmica, correlacionando àsubjeti
vidade do espaço de vivência, respeitando as particularidades de cada localidade, as relações
sociais envolvidas e as problemáticas da dinâmica global no cotidiano.(Santo, 2013).Com o
passar do tempo, percebeu-se que os mapas têm um potencial significativo para o
desenvolvimento cognitivo dos alunos e para a compreensão das relações espaciais. Eles não
sãoapenas ferramentas visuais, mas também são representações poderosas de informaçõesgeo
gráficas. A partir dos anos 1970 e 1980, com o surgimento da Geografia Crítica e
umamudança nas perspectivas educacionais, os mapas começaram a ser reconsiderados como
recursos essenciais no ensino de Geografia. Conforme a compreensão da importância da
alfabetização cartográfica crescia, educadores perceberam que o uso de mapas pode
desenvolver habilidades cognitivas nos alunos, como interpretação de símbolos, análise
espacial, compreensão de escalas, entre outras. (Quaresma, et al.). Além disso, os mapas
permitem que os alunos visualizem e compreendam melhor as relações espaciais entre
lugares, fenômenos e processos, contribuindo para uma compreensão mais profunda da
Geografia. A utilização da Cartografia no ensino de Geografia não se limita a aspectos
acadêmicos. A compreensão das relações espaciais e a capacidade de ler mapas são
habilidades essenciais para a formação de cidadãos conscientes e participativos. Ao
entenderem como os lugares estão interconectados e como os fenômenos geográficos
ocorrem em diferentes escalas, os alunos podem tomar decisões informadas sobre questões
ambientais, sociais e políticas que afetam a comunidade local e global. Em resumo, a
evolução das discussões sobre a Cartografia no ensino de Geografia reflete uma mudança de
perspectiva sobre o valor dos mapas como ferramentas educacionais. Passou-se de momentos
em que os mapas foram subestimados para um reconhecimento crescente de que eles são
recursos fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, a compreensão espacial e a
formação de cidadãos conscientes do mundo ao seu redor. (Quaresma, et al.,)

A geografia no desenvolvimento de um projecto interdisciplinar na escola Para


Pontuschka, et al., (2007), a promoção e o desenvolvimento da interdisciplinaridade no
ensino de Geografia dependem do empenho do professor e também das condições
curriculares e estruturais do ensino. Nos paradigmas actuais da educação, em que o estudante
deixa de ser um mero receptor de conhecimento e passa a ser um ser activo no processo de
ensino-aprendizagem, as varia das abordagens englobam, muitas vezes, uma visão de mundo
por parte do estudante que vai muito além dos limites colocados em uma determinada área do
conhecimento ou disciplina escolar. Surge, nesse ínterim, o imperativo de se estabelecer uma
educação de caráter interdisciplinar, oque corrobora a construção de um grande desafio pelo
professor durante as suas aulas.

Segundo Girotto (2016), é possível admitir a existência de, pelo menos, duas
dimensões pelas quais são expressas o conhecimento geográfico: de um lado, uma dimensão
de disciplina escolar, directamente relacionada às práticas educativas, articuladas com a
trajetória do desenvolvimento dos currículos escolares; de outro, a dimensão de
conhecimento sistematizado, um campo teórico-metodológico submetido aos critérios de
validade do paradigma científico dominante. Compreender a relação entre estas duas
dimensões do conhecimento geográfico é fundamental para avançar qualitativamente na
formação inicial e continuada de professores de geografia, uma vez que é no embate, no
diálogo e na tensão constante entre estas duas dimensões que se localizam as principais
questões que envolvem tal processo. No caso da Geografia, há uma grande abertura para a
aplicação de um ensino interdisciplinar para que se trabalhe os conteúdos curriculares, haja
vista que muitos deles possuem relações – diretas ou indiretas – com as mais diversas áreas
do saber, desde a Química até a Filosofia e outras. Nesse sentido, é preciso, pois, abandonar a
ideia de “conhecimento parcelar”, em quecada disciplina apoia-se em conteúdos que lhe são
exclusivos, não podendo ser abordados por nenhuma outra área do saber. (Pontuschka, et al.,
2007),Dessa forma, para que se construa um ensino interdisciplinar de Geografia, é preciso,
primeiramente, que se compreenda que os conhecimentos são transversais às ciências e o que
caracteriza cada área do saber não é o seu objeto exclusivo de estudo, mas a sua abordagem.

Pontuschka, et. al. (2007), pondera que “os instrumentos teórico-metodológicos da


Geografia são diferentes dos instrumentos, por exemplo, da Física e da Biologia, no entanto
todos eles precisam ser apropriados pelos alunos, à luz de seu direito de cidadãos”. Isso
significa que, diante de diferentes instrumentos, os alunos encontram-se divididos diante de
variados aspectos de uma mesma realidade. A ideia do ensino interdisciplinar é o
estabelecimento de uma complementariedade entre esses distintos aspectos. A construção da
interdisciplinaridade no ensino de Geografia não é algo que dependa somente do professor.
Muitas vezes, não existe uma estrutura na escola que permita a construção de aulas
interdisciplinares ou mesmo o diálogo entre os professores. Há também problemas
relacionados às grades curriculares das diferentes disciplinas, haja vista que nem sempre
essas são pensadas em uma perspectiva interdisciplinar, o que dificulta em muito o trabalho
do professor. Materiais de apoio e livros didáticos também são instrumentos que podem se
aperfeiçoar no sentido de estabelecerem um ensino que o diálogo entre as diferentes áreas do
saber prepondere.

(Pontuschka, et al., 2007),O professor de Geografia, ao abordar temas e conceitos


originalmente vinculados a outras áreas do conhecimento, precisa ter muito cuidado. Em
primeiro lugar, há uma necessidade de se aplicar um esforço em compreender a lógica de
funcionamento dos demais saberes a fim de não abordá-los em sala de aula de maneira
errônea ou muito simplista. Outra preocupação é a de preservar, em termos éticos, o respeito
e a conduta das demais disciplinas, sob pena de violar política e conceitualmente as aulas dos
demais professores..(Pontuschka, et al., 2007)
Conclusão
A Geografia como ciência social deve despertar nos educandos a sensibilidade do
cuidado e conscientizando de que suas intervenções de maneira incorrecta prejudica a sua
própria vida e a vida de todos, uma vez que cada ser é sujeito da própria história.

A importância de uma educação planetária na sustentabilidade é uma filosofia de


educação que visa a formação da cidadania na construção de um novo paradigma ecológico,
novas maneiras para os seres humanos se relacionar com tudo e com todos.

Como na antiga visão da “força criadora de Gaia” , este é o momento histórico de


promover a inserção humana no equilíbrio dinâmico da natureza, para então cuidar do ser, do
outro e juntos cuidar do mundo.
Referências bibliográficas
Girotto E. D. (2016). A relação entre Geografia Escolar e Acadêmica na obra de Delgado
de Carvalho: Uma Análise a partir do Boletim Geográfico (1943-1947).

Pontuschka, et al., (2007). Para Ensinar e Aprender Geografia. São Paulo: Cortez.
Quaresma, E. F. Os Desafios do Ensino de Geografia e a Potencialidade da Cartografia
Escolar.

Santo, K. B., (2013). Globalização no Ensino de Geografia e Intervenção Pedagógica na


Escola de Ensino Fundamental Domingo Lopes da Silva.

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